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Rádio Comunitária e potência de ação coletiva: uma análise da perspectiva do radialista da Rádio Comunitária Heliópolis FMPurin, Gláucia Tais 08 December 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-12-08 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This research aimed to investigate the power of the FM Community Radio Heliopolis (RCH) to constitute a collective action space, in view of their broadcasters. For this, rescues the history of the issuer, principles, way of planning and contextualizing performance with the history of community radio stations in the world and analyzes the meanings of broadcasters and directors about their role in the community and in the cores of Union structure, Residents Associations Heliopolis Area (UNAS) through its various social projects in places. The theoretical framework adopted is the Socio-Historical Social Psychology especially the theory of Lev. Vygotsky about language and meaning / significance, the reflections about social transformation Silvia T. Lane, the dialectic exclusion / inclusion of B. Sawaia, and in theory affectivity B. Espinosa. The methodology is based on the perspective of qualitative research of ethnological style, using the observation procedure of the radio operation recorded in a field diary, individual semi-structured interviews with the broadcasters and the directors of the issuer, as well as informal conversations also recorded in diary. Together, documents were analyzed from the station and programming documents on Community Radio Heliopolis and UNAS. Thus, data analysis follows the Vygotsky's orientation speech subtext of the search obtained in the field. We understand that the RCH is a product and producer of subjectivity, by producing meanings, and senses, and is also an instrument for mediation in relations to the extent that influences the social, collective, and cultural. The history of RCH and the analysis of the way the interviews indicated its potential to be devised by leaders of the community, run by locals, pioneering in winning the award for the alternative to mainstream media, and also for strength in coping with prejudice that the media itself produces about Heliopolis community, transmitting local information about reality. It also showed that the RCH develops utility functions, transmitting information from the community, encouraging bands or unknown artists; and also with an educational function, training of broadcasters, and transmission of programs and vignettes of educational information, cultural and journalistic, making it a coping strategy to the sale. Although currently be seen emptying the public sphere based on overestimation of intimacy, privacy, the withdrawal and silence, we consider this a North that CRs must not be lost sight of. In this sense, we reflect that to overcome the dichotomy between public and private spheres is necessary to tow the notion of community to its politicization in search of territories able to motivate exchanges of views, wishes and ideas, providing "good meetings" with each other, and thus investing in the power of collective action, and common power capable of preventing disproportionate excesses among themselves, as those that generate poverty and slavery. We believe that the RCH can further explore their educational potential, cultural, participatory and politician, from his affectation and power of collective action together with social movements, reinforcing its reporting role, their struggle for rights, for public policy, by democratizing communication, as well as the participatory democracy / Esta pesquisa objetivou investigar a potência da Rádio Comunitária Heliópolis FM (RCH) para se constituir em espaço de ação coletiva, na perspectiva de seus radialistas. Para tanto, resgata da história da emissora, princípios, forma de planejamento e atuação contextualizando com a história das rádios comunitárias no mundo e analisa os sentidos dos radialistas e diretores sobre seu papel na comunidade e na estrutura da União de Núcleos, Associações de Moradores de Heliópolis e Região (UNAS) mediante seus diversos projetos sociais na locais.
O referencial teórico adotado é da Psicologia Social Sócio-Histórica especialmente a teoria de Lev. Vigotski sobre linguagem e sentido/significado, nas reflexões sobre transformação social de Silvia T. Lane, da dialética exclusão/inclusão de B. Sawaia, e na teoria da afetividade de B. Espinosa.
A metodologia enquadra-se na perspectiva da pesquisa qualitativa de estilo etnológico, usando o procedimento de observação do funcionamento da rádio registrado em diário de campo, entrevistas individuais semi-estruturadas com os radialistas e a diretoria da emissora, além de conversas informais também registradas em diário de campo. Conjuntamente, foram analisados documentos da programação da emissora e de documentos sobre a Rádio Comunitária Heliópolis e da UNAS. Dessa forma, a análise dos dados segue a orientação de Vigotski da busca do subtexto do discurso obtido no campo.
Compreendemos que a RCH é produto e produtora de subjetividades, mediante a produção de significados, e sentidos, e também é um instrumento de mediação das relações, na medida em que influencia na vida social, coletiva, e cultural. A história da RCH e a análise dos sentidos nas entrevistas, indicaram seu potencial por ser idealizada por lideranças da própria comunidade, administrada pelos moradores locais, sendo pioneira na conquista pela outorga, pela alternativa a mídia hegemônica, e também pela resistência no enfrentamento ao preconceito que a própria mídia produz sobre a comunidade de Heliópolis, transmitindo informações locais sobre a realidade. Mostrou também que a RCH desenvolve funções de utilidade pública, transmitindo informações da própria comunidade, incentivando bandas ou artistas desconhecidos; e também com uma função educativa, de formação dos locutores, e na transmissão de programas e vinhetas de informação educativa, cultural e jornalística, tornando-se uma estratégia de enfrentamento à alienação.
Apesar de atualmente se observar o esvaziamento da esfera pública baseada na hipervalorização da intimidade, da privacidade, do retraimento e silêncio, consideramos este um norte que as RCs não se podem perder de vista. Neste sentido, refletimos que para superar a dicotomia entre esfera pública e privada é preciso atrelar a noção de comunidade a sua politização em busca de territórios capazes de motivar trocas de opiniões, vontades, e ideias, proporcionando bons encontros com o outro, e investindo assim na potência de ação coletiva, e no poder comum capaz de impedir os excessos desproporcionais entre si, como os que geram a miséria e a escravidão.
Acreditamos que a RCH pode explorar ainda mais seu potencial educativo, cultural, participativo e político, a partir de sua afetação e potência de ação coletiva em conjunto com movimentos sociais, reforçando seu papel de denúncia, sua luta por direitos, por políticas públicas, pela democratização da comunicação, assim como pela democracia participativa
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