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Entre o mÃrito, as prioridades e o carecimento: a trajetÃria de uma instituiÃÃo de fomento cientÃfico (a FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico - FUNCAP) / Among the merit, the priorities and the lacking of resources: the trajectory of an institution of scientific development (the Cearense Foundation of Scientific and Technological Support - FUNCAP)Lilia Palmeira Pinheiro 22 February 2017 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / No Brasil, diferentemente do que ocorre na maioria dos paÃses considerados mais desenvolvidos do mundo (G-20 â O Brasil està incluÃdo entre eles) , mais da metade dos recursos para pesquisa cientÃfica advÃm do orÃamento pÃblico, enquanto que na maioria dos demais paÃses eles advÃm primordialmente da iniciativa privada. Esse fato tende a elevar a responsabilidade dos ÃrgÃos governamentais em bem gerir seu orÃamento, pois, se por um lado precisam otimizar o emprego do capital, por outro sÃo os principais responsÃveis pelo crescimento cientÃfico e tecnolÃgico do paÃs. A questÃo cientÃfica, principalmente nesse contexto, adentra necessariamente a questÃes nÃo apenas econÃmicas, mas tambÃm polÃticas e sociais. Dados atuais mostram que as FundaÃÃes Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) chegam, conjuntamente, a investir mais do que o CNPq (ÃrgÃo federal). Esses dados ilustram a relevÃncia crescente das fundaÃÃes estaduais no incremento da atividade cientÃfica no Brasil. Mas como sÃo geridos os recursos dessas fundaÃÃes? Quais os critÃrios adotados pelas instituiÃÃes para determinar sua destinaÃÃo orÃamentÃria? Que tipo de forÃas (polÃticas, acadÃmicas, sociais) està em jogo nessa disputa pelo erÃrio? No intuito de compreender esse jogo de forÃas em torno do campo cientÃfico e acadÃmico, elegeu-se como espaÃo de estudo a FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico - FUNCAP. Por meio de uma Sociologia das InstituiÃÃes pretende-se, pois, investigar em profundidade a atuaÃÃo dessa agÃncia, a fim de compreender como se deu sua atuaÃÃo frente aos embates prÃprios do campo cientÃfico, principalmente porque, em se tratando de uma agÃncia de fomento cientÃfico governamental, como o nome jà antecipa, esta se encontra necessariamente inserida em um contexto nÃo apenas acadÃmico, mas igualmente polÃtico. Pretendeu-se, para isso, analisar o percurso da FundaÃÃo desde sua criaÃÃo atà os dias atuais (1990-2017), de modo a entender como ela vem atuando, estabelecendo suas prioridades e gerindo seu orÃamento. Para isto, alÃm de analisar seus relatÃrios de atividades e as atas de seu conselho gestor, bem como documentos, instruÃÃes normativas e editais, arquivos e pÃgina eletrÃnica do ÃrgÃo (onde se registram as prÃticas da instituiÃÃo), recorreu-se a entrevistas com seus ex-gestores, com membros da âcomunidade cientÃficaâ local e das cÃmaras de assessoramento da instituiÃÃo, e com os funcionÃrios do ÃrgÃo. Remontar a trajetÃria da FUNCAP se mostrou um instrumento propÃcio para analisar sociologicamente algumas questÃes especÃficas do campo cientÃfico (Bourdieu), principalmente no que se refere ao mÃrito (dos pesquisadores e das pesquisas), as prioridades (de temas e aÃÃes) e a carÃncia (das instituiÃÃes que pleiteiam financiamento). A FUNCAP, nesse sentido, apresentou-se como um prÃspero microcosmo para analisar os embates e tensÃes do campo cientifico.
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