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REDES DE PRODUÇÃO E DINÂMICA NA ORGANIZAÇÃO DAS ESPACIALIDADES / PRODUCTION NETS AND DYNAMICS IN SPATIALITY ORGANIZATIONBaréa, Neiva Marli Martins dos Santos 07 November 2008 (has links)
Net relationships are coordinated by the action of participants interconnected in many scales
and geographic spatiality; in a social, political, economic, and solidarity character. The rural
space presents a complexity of processes from such relationships in the 21st Century, with
production restructuring and new organization and spatiality dynamics. In despite of the fact
that the net relationships are not new, the study of their processes are relevant currently. In
some specific spatialities the increasing importance of agrindustrial integration is highlighted,
connected to the CAIs and familiar agrindustries. This way, the research aimed to distinguish
and analyze the establishment and presence of production nets that coordinate and organize
the productive processes in the rural space through vertical and horizontal relationships. The
empirical referent was the town of Caibi in the state of Santa Catarina. The set of theoretical,
methodological, and conceptual approaches led to a dialectical analysis and a systemic
methodology. Different data collection techniques have been applied for the investigation.
The conceptual thought conveyed to the terminology net and its current diffusion, as well as
the establishment of nets in Brazilian agriculture, its processes and dynamics for the
restructuring, approaching different types of nets and the implications for the involved
participants. The modernization process in agriculture, from 1960, increased socio-economic
inequality among participants, products, and nets. It has also caused the increase of rural
exodus, making visible the structures and products specificities. This process led to new
ways of net production in the vanguard of the 21st Century, due to the restructuring of the
capitalist production mode. Different participants, products, and nets develop relationships
through exogenous and endogenous paths, willing to enable the production system. The first
makes the vertical spatiality, resulting into production increase and, consequently influencing
the economic growth with innovations that, to a certain extent, enable the social group to stay
in the rural area. A production mode integrated to the competitive market and cheap
workforce exploitation contribute to the market fragility. The second is set horizontally and
characterized by trusting bonds, learning, and innovation; it preserves the autonomy of the
rural participant constituted by their know-how and culture. These nets might contribute for
possible development ways simultaneously approaching welfare based on social,
environmental, and economic harmony. / As relações em rede são coordenadas pelas ações dos atores interligados em diversas
escalas e meios da espacialidade geográfica, seja de caráter social, político, econômico,
familiar ou solidário. O rural apresenta uma complexidade de processos oriundos de tais
relações na aurora do século XXI, com reestruturação da produção e de novas formas de
organização na dinâmica das espacialidades. Apesar das relações em redes, não serem
novas, o estudo de seus processos no rural ganharam relevância nos dias atuais. Em
determinadas espacialidades evidencia-se a importância crescente do sistema de integração
agroindustrial, ligado aos CAIs e as agroindústrias familiares. Deste modo, se objetivou
distinguir e analisar a formação e a presença das redes de produção que coordenam e
organizam os processos produtivos no meio rural, por meio de relações verticais e
horizontais, configurando-se nas dinâmicas dessas espacialidades. Usou-se como
referencial empírico o município de Caibi/SC, para isso, lançou-se mão de arcabouço
teórico-metodológico-conceitual, embasado na análise dialética e na metodologia sistêmica.
Os procedimentos de investigação se serviram de diferentes técnicas de coleta de dados e
de ferramentas para seu tratamento. A reflexão conceitual se remeteu a origem da
terminologia rede e a difusão deste termo na contemporaneidade, bem como do
estabelecimento de redes na agricultura brasileira, seus processos e dinâmicas de
reestruturação, abordando os diferentes tipos de redes e as implicações para os atores
envolvidos. O processo de modernização na agricultura, a partir de 1960, agravou as
desigualdades socioeconômicas entre atores, produtos e redes, provocando o aumento do
êxodo rural e tornando visíveis as estruturas, as especificidades dos produtos e entre os
atores. Este processo levou ao surgimento de novas formas de redes de produção na
vanguarda do Século XXI, provocadas pela reestruturação do modo de produção capitalista.
São diferentes atores, produtos e tipos de redes de produção tramando relações por vias
exógenas ou endógenas ao local, no afã de garantir sua reprodução no sistema. As
primeiras tramam a espacialidade verticalmente resultando no aumento da produção e,
consequentemente influindo no crescimento econômico, com inovações que, de certo modo,
possibilitam a permanência do grupo social no campo. Mesmo que para isso altere a cultura
sob um sistema de produção integrado ao mercado competitivo e de exploração da mão-deobra
barata, contribuindo para a fragilidade do mercado e debilitando o local. As segundas,
estabelecidas na horizontalidade e em laços de confiança se regem pela aprendizagem e
inovação, preservando a autonomia do ator rural constituída pelo seu saber-fazer e sua
cultura. Estas redes podem estar contribuindo para possíveis caminhos do propalado
desenvolvimento que concirna simultaneamente, a tríade do bem-estar, com base na
harmonia do social, do ambiental e do econômico.
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