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Estudo diagenético aplicado ao Membro Maruim da Formação Riachuelo , na parte terrestre da sub-bacia de Sergipe, Brasil / Diagenetic study applied to Maruim Member (Riachuelo Formation) in the onshore part of the Sergipe sub-basin

Mary Luz Raigosa Diaz 30 June 2011 (has links)
Financiadora de Estudos e Projetos / Agência Nacional do Petróleo / O Membro Maruim da Formação Riachuelo (Neoalbiano), na parte terrestre da Sub-bacia de Sergipe, contém fácies de água rasa compostas, principalmente, por rudstone/grainstone oncolítico oolítico, com baixo conteúdo e variedade de bioclastos. A correlação dos afloramentos e análise petrográfica detalhada, envolvendo catodoluminescência, microscopia eletrônica de varredura (MEV) e estudos isotópicos e análise química elementar, permitiram a reconstrução da história diagenética do intervalo estudado. As rochas carbonáticas do Membro Maruim estão completamente afetadas por processos diagenéticos associados aos estágios eogenético, mesogenético e telogenético. A dolomitização foi um dos principais produtos diagenéticos observados no estágio eogenético e encontra-se substituindo total ou parcialmente os calcários do Membro Maruim. A dolomitização concentra-se no topo dos ciclos deposicionais descritos na área de estudo e diminuem gradativamente para a base dos mesmos. As relações entre a porosidade e a dolomitização foram estudadas com base nas comparações da fábrica cristalina da dolomita preservada nos afloramentos estudados. Os resultados isotópicos das dolomitas indicam que o processo de dolomitização ocorreu a partir do refluxo de salmouras em um ambiente ligeiramente hipersalino (penesalino). As áreas mais próximas ao contato com a salmoura, fonte dos fluidos dolomitizantes, exibem menor desenvolvimento de porosidade, uma vez que nessas regiões ocorreriam processos de superdolomitização (Pedreira Carapeba). Nestas áreas a assinatura isotópica do carbono e do oxigênio é muito positiva (o valor do δ13C varia de 2.37 a 4.83 e o valor do δ18O oscila entre 0.61 e 3.92), indicando que os processos diagenéticos tardios não teriam alterado significativamente a assinatura isotópica original. As dolomitas geradas nas áreas afastadas da salmoura (pedreiras Massapé, Inorcal I, Inorcal II, Inhumas e Santo Antônio) exibem um maior desenvolvimento de porosidade e têm uma composição isotópica de carbono e oxigênio mais negativa (o valor do δ13C varia de -5.66 a 2.61 e o valor do δ18O oscila entre -4.25 e 0.38). A assinatura isotópica das dolomitas descritas nestas pedreiras também se encontra alterada por processos de dedolomitização. Os cimentos diagenéticos precipitados durante o estágio mesogenético foram os principais responsáveis pela obliteração da porosidade primária e secundária dos calcários do Membro Maruim. Adicionalmente, estes cimentos diagenéticos tardios calcitizaram as dolomitas, fechando parcialmente a porosidade secundária das mesmas. A porosidade das rochas carbonáticas também se encontra fortemente reduzida pela compactação mecânica e química. A dissolução foi o único processo que levou à geração de porosidade secundária no estágio telogenético, porém em porcentagens muito baixas. As fácies dolomíticas são as que apresentam maior desenvolvimento de porosidade secundária, como consequência dos processos de dissolução no ambiente telogenético. A dissolução compreende um dos últimos eventos diagenéticos identificados no intervalo estudado. / The Maruim Member of the Riachuelo Formation (Neoalbian), in the terrestrial part of the Sergipe Sub-basin, contains shallow water facies composed mainly of rudstone/grainstone with oncolites and oolites, characterized by the low content and variety of bioclasts. The correlation of the outcrops and the integration of the petrographic, cathodoluminescence, SEM and geochemical (elemental and isotopic study) analyses allowed the reconstruction of the diagenetic history of the studied interval. Carbonates of the Maruim Member are completely affected by diagenetic processes of the eogenetic, mesogenetic and telogenetic phases. The dolomitization was one of the main diagenetic products of the eogenetic phase and it replaces all or part of the limestones of the Maruim Member. The dolomitization is concentrated at the top of the depositional cycles described in the study area and it gradually decreases towards their base. The relationships between porosity and dolomitization were studied with basis on the comparisons of the crystalline dolomite fabric through the studied outcrops. The isotopic results of the dolomites indicate that the dolomitization process occurred from the reflux of brines in a slightly hypersaline environment (penesaline environment). The areas closest to the contact with the brine, source of the dolomitizing fluids, exhibit lower porosity development because there would have occurred processes of super dolomitization (Carapeba Quarry). In these areas, the carbon and oxygen isotopic signature is very positive (δ13C between 2.37 and 4.83, δ18O between 0.61 and 3.92), indicating that the late diagenetic processes would not have altered much the original isotopic signal. The dolomites generated in the areas farthest from the brine source of the dolomitizing fluids (Massapé, Inorcal I, Inorcal II, Inhumas and San Antonio Quarries), exhibit a greater development of porosity and have an isotopic composition of carbon and oxygen of more negative values (δ13C between -5.66 and 2.61, δ18O between -4.25 and 0.38). Moreover, in these quarries the isotopic signature of the dolomites is also altered by processes of dedolomitization. Diagenetic cements precipitated during the mesogenetic phase was responsible for the obliteration of the primary and secondary porosity of the Maruim Member limestones. Further, the late diagenetic cements calcitized the dolomite and partially closed its secondary porosity. The porosity of the carbonate rocks is also greatly reduced by mechanical and chemical compaction. Dissolution was the only process that led to the generation of secondary porosity in the telogenetic stage, although in very low proportions. The dolomitic facies are those that present greater development of secondary porosity as a result of the dissolution processes in the telogenetic environment. The dissolution comprises one of the last diagenetic events identified in the studied interval.
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Estudo diagenético aplicado ao Membro Maruim da Formação Riachuelo , na parte terrestre da sub-bacia de Sergipe, Brasil / Diagenetic study applied to Maruim Member (Riachuelo Formation) in the onshore part of the Sergipe sub-basin

Mary Luz Raigosa Diaz 30 June 2011 (has links)
Financiadora de Estudos e Projetos / Agência Nacional do Petróleo / O Membro Maruim da Formação Riachuelo (Neoalbiano), na parte terrestre da Sub-bacia de Sergipe, contém fácies de água rasa compostas, principalmente, por rudstone/grainstone oncolítico oolítico, com baixo conteúdo e variedade de bioclastos. A correlação dos afloramentos e análise petrográfica detalhada, envolvendo catodoluminescência, microscopia eletrônica de varredura (MEV) e estudos isotópicos e análise química elementar, permitiram a reconstrução da história diagenética do intervalo estudado. As rochas carbonáticas do Membro Maruim estão completamente afetadas por processos diagenéticos associados aos estágios eogenético, mesogenético e telogenético. A dolomitização foi um dos principais produtos diagenéticos observados no estágio eogenético e encontra-se substituindo total ou parcialmente os calcários do Membro Maruim. A dolomitização concentra-se no topo dos ciclos deposicionais descritos na área de estudo e diminuem gradativamente para a base dos mesmos. As relações entre a porosidade e a dolomitização foram estudadas com base nas comparações da fábrica cristalina da dolomita preservada nos afloramentos estudados. Os resultados isotópicos das dolomitas indicam que o processo de dolomitização ocorreu a partir do refluxo de salmouras em um ambiente ligeiramente hipersalino (penesalino). As áreas mais próximas ao contato com a salmoura, fonte dos fluidos dolomitizantes, exibem menor desenvolvimento de porosidade, uma vez que nessas regiões ocorreriam processos de superdolomitização (Pedreira Carapeba). Nestas áreas a assinatura isotópica do carbono e do oxigênio é muito positiva (o valor do δ13C varia de 2.37 a 4.83 e o valor do δ18O oscila entre 0.61 e 3.92), indicando que os processos diagenéticos tardios não teriam alterado significativamente a assinatura isotópica original. As dolomitas geradas nas áreas afastadas da salmoura (pedreiras Massapé, Inorcal I, Inorcal II, Inhumas e Santo Antônio) exibem um maior desenvolvimento de porosidade e têm uma composição isotópica de carbono e oxigênio mais negativa (o valor do δ13C varia de -5.66 a 2.61 e o valor do δ18O oscila entre -4.25 e 0.38). A assinatura isotópica das dolomitas descritas nestas pedreiras também se encontra alterada por processos de dedolomitização. Os cimentos diagenéticos precipitados durante o estágio mesogenético foram os principais responsáveis pela obliteração da porosidade primária e secundária dos calcários do Membro Maruim. Adicionalmente, estes cimentos diagenéticos tardios calcitizaram as dolomitas, fechando parcialmente a porosidade secundária das mesmas. A porosidade das rochas carbonáticas também se encontra fortemente reduzida pela compactação mecânica e química. A dissolução foi o único processo que levou à geração de porosidade secundária no estágio telogenético, porém em porcentagens muito baixas. As fácies dolomíticas são as que apresentam maior desenvolvimento de porosidade secundária, como consequência dos processos de dissolução no ambiente telogenético. A dissolução compreende um dos últimos eventos diagenéticos identificados no intervalo estudado. / The Maruim Member of the Riachuelo Formation (Neoalbian), in the terrestrial part of the Sergipe Sub-basin, contains shallow water facies composed mainly of rudstone/grainstone with oncolites and oolites, characterized by the low content and variety of bioclasts. The correlation of the outcrops and the integration of the petrographic, cathodoluminescence, SEM and geochemical (elemental and isotopic study) analyses allowed the reconstruction of the diagenetic history of the studied interval. Carbonates of the Maruim Member are completely affected by diagenetic processes of the eogenetic, mesogenetic and telogenetic phases. The dolomitization was one of the main diagenetic products of the eogenetic phase and it replaces all or part of the limestones of the Maruim Member. The dolomitization is concentrated at the top of the depositional cycles described in the study area and it gradually decreases towards their base. The relationships between porosity and dolomitization were studied with basis on the comparisons of the crystalline dolomite fabric through the studied outcrops. The isotopic results of the dolomites indicate that the dolomitization process occurred from the reflux of brines in a slightly hypersaline environment (penesaline environment). The areas closest to the contact with the brine, source of the dolomitizing fluids, exhibit lower porosity development because there would have occurred processes of super dolomitization (Carapeba Quarry). In these areas, the carbon and oxygen isotopic signature is very positive (δ13C between 2.37 and 4.83, δ18O between 0.61 and 3.92), indicating that the late diagenetic processes would not have altered much the original isotopic signal. The dolomites generated in the areas farthest from the brine source of the dolomitizing fluids (Massapé, Inorcal I, Inorcal II, Inhumas and San Antonio Quarries), exhibit a greater development of porosity and have an isotopic composition of carbon and oxygen of more negative values (δ13C between -5.66 and 2.61, δ18O between -4.25 and 0.38). Moreover, in these quarries the isotopic signature of the dolomites is also altered by processes of dedolomitization. Diagenetic cements precipitated during the mesogenetic phase was responsible for the obliteration of the primary and secondary porosity of the Maruim Member limestones. Further, the late diagenetic cements calcitized the dolomite and partially closed its secondary porosity. The porosity of the carbonate rocks is also greatly reduced by mechanical and chemical compaction. Dissolution was the only process that led to the generation of secondary porosity in the telogenetic stage, although in very low proportions. The dolomitic facies are those that present greater development of secondary porosity as a result of the dissolution processes in the telogenetic environment. The dissolution comprises one of the last diagenetic events identified in the studied interval.
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Proveniência dos sedimentos de porção aflorante do membro Angico, Formação Riachuelo, da sub-bacia de Sergipe

Santos, André Alves dos 30 July 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The Sergipe-Alagoas Basin has one of the most complete stratigraphic succession of eastern and southeastern shores of Brazil. In Sub-basin of Sergipe the Riachuelo Formation occurs in the namesake city in Sergipe, about 30 km Northwest of the state capital. This formation register the first sediments deposited under marine conditions and is subdivided into three members: Angico, Taquari and Maruim. These rocks are an example of sedimentation related to the drift phase, during the opening of the South Atlantic Ocean. In this work we obtained U-Pb isotopic data (LA-ICP-MS) of 82 detrital zircon grains, from two samples of sandstones belonging to the Angico Member. They indicate five main groups age intervals, suggesting the following sources: G1 [901 Ma to 1152 Ma - 11%] Orogenic System Sergipe (Borborema Province); G2 [1439 Ma to 1508 Ma - 4%] Borborema Province and São Francisco Craton; G3 [1762 Ma to 2467 Ma - 27%] Serrinha Nucleus (Craton); G4 [2603 Ma to 2892 Ma - 30%] Serrinha Nucleus (São Francisco Craton); and G5 [2953 Ma to 3468 Ma - 28%] Serrinha Nucleus (São Francisco Craton). The majority of the ages obtained (85%) are paleoproterozoic to paleoarqueanas, and probably, the Serrinha Nucleus (Craton) was the main source area for the sediments of the Angico Member. / A Bacia de Sergipe-Alagoas possui uma das mais completas sucessões estratigráficas das margens leste e sudeste do Brasil. Na Sub-Bacia de Sergipe a Formação Riachuelo aflora na cidade homônima em Sergipe, a cerca de 30 km a noroeste da capital do estado. Esta formação registra os primeiros sedimentos depositados sob condições marinhas e é subdividida em três membros: Angico, Taquari e Maruim. Estas rochas representam um exemplo de sedimentação relacionada à fase Drifte, durante a abertura do Oceano Atlântico Sul. Neste trabalho foram obtidos os dados isotópicos U-Pb (LA-ICP-MS) de 82 grãos detríticos de zircão, em duas amostras de arenitos pertencentes ao Membro Angico. Foi possível indicar cinco principais grupos de intervalos de idade, que sugerem as seguintes fontes: G1 [901 Ma a 1152 Ma – 11%] Sistema Orogênico Sergipano (Província Borborema); G2 [1439 Ma a 1508 Ma – 4%] Província Borborema e Cráton do São Francisco; G3 [1762 Ma a 2467 Ma – 27%] Núcleo Serrinha (Cráton do São Francisco); G4 [2603 Ma a 2892 Ma – 30%] Núcleo Serrinha (Cráton do São Francisco); e G5 [2953 Ma a 3468 Ma – 28%] Núcleo Serrinha (Cráton do São Francisco). A maioria das idades obtidas (85%) são paleoproterozoicas a paleoarqueanas, e provavelmente, o Núcleo Serrinha (Cráton do São Francisco) foi a principal área-fonte para os sedimentos do Membro Angico.

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