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Remexa minhas entranhas: poÃticas de um feminino monstruosoLara Nicolau Aniceto 00 June 2018 (has links)
nÃo hà / Em busca de outras possibilidades de subjetivaÃÃo, busco materializar a mulher-monstro em
uma prÃtica poÃtica que transborda os limites entre a arte e a vida. Registro de um estudo
sobre a condiÃÃo da mulher numa ordem patriarcal, onde esta à situada comumente no lugar
de âoutroâ, âabjetoâ, a fronteira de um ser nÃo humano. AtravÃs do meu repertÃrio de
vivÃncias desse lugar âoutroâ e da assimilaÃÃo de imagens presentes em contos mÃgicos,
delineia-se um percurso que conflui em uma performance orientada pelo feminismo e a
experiÃncia compartilhada e incorporada do sensÃvel. Ã fundamental a compreensÃo de um
momento que à marco histÃrico de Ãdio e extermÃnio Ãs mulheres: a âcaÃa Ãs bruxasâ
empreendida na Idade MÃdia, para chegar Ãs noÃÃes de contraproduÃÃo da opressÃo de gÃnero
no Ãmbito do movimento de arte feminista que teve inÃcio no final da dÃcada de 1960. Ao
lado de algumas performers que faziam do corpo o veÃculo para seu discurso, coloco-me. O
processo criativo desenvolvido ao longo desta pesquisa de cunho intuitivo, afetivo e pessoal,
mas tambÃm com um senso de interferÃncia e ruÃdo polÃtico, apresenta o Manifesto da
Mulher-Monstro e a coleÃÃo de intersecÃÃes entre teorias sobre o corpo e prÃticas sensoriais
coletivas, tecendo o lugar onde meu corpo despido à o centro da experiÃncia e da
subjetivaÃÃo. A mulher-monstro declara suas falhas e expÃe suas vÃsceras para que o pÃblico
lhe atravesse, molde e, ao remexer suas entranhas, ela desfaÃa-se, para criar-se novamente em
outra paisagem existencial. / In search of other possibilities of subjectivation, I try to materialize the monster woman, in a
poetic practice that overflows the boundaries between art and life. Record a study on the
condition of women in a patriarchal order, where it is commonly located in place of âotherâ,
âabjectâ, the border of a nonhuman being. Through my repertoire of experiences of this âotherâ
place and the assimilation of images present in magical tales, a path is drawn that converges
in a performance guided by feminism and the shared and incorporated experience of the
sensitive. It is essential to understand a moment that is a historical moment of hatred and
extermination of women: the âwitch huntâ undertaken in the Middle Ages, to arrive at notions
of counter-production of gender oppression in a realm where the performative and the
performative are found in the feminist art movement that began in the late 1960s. Alongside
some performers who made the body the vehicle for their speech, I place myself. The creative
process developed throughout this intuitive, affective and personal research, but also with a
sense of interference and political noise, presents the Monster Woman Manifesto and the
collection of intersections between theories about the body and collective sensory practices,
weaving the place where my naked body is the center of experience and subjectivation. The
monster woman declares her faults and exposes her viscera so that the public crosses him,
mold, and by stirring her bowels, she undoes herself, to create herself again in another
existential landscape.
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