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Prevalência de abuso de álcool e outras drogas em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva / Prevalence of alcohol and other drugs abuse in hospitalized patients in an Intensive Care Unit

Pereira, Gabriela Botelho 19 January 2017 (has links)
Submitted by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2018-03-29T13:43:58Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_Gabriela_Botelho_Pereira.pdf: 1970985 bytes, checksum: 57fb6aee9f4166d161553cee3ffab8d9 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-03T18:38:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertacao_Gabriela_Botelho_Pereira.pdf: 1970985 bytes, checksum: 57fb6aee9f4166d161553cee3ffab8d9 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-01-19 / Sem bolsa / O consumo abusivo de álcool e outras drogas é um grave problema de saúde pública, podendo evoluir para a cronificação, causando transtornos para a vida familiar, social, assim como complicações físicas e mentais. O presente estudo tem por objetivo verificar a prevalência do diagnóstico de abuso/dependência de álcool e outras drogas em usuários internados em Unidade de Terapia Intensiva, assim como descrever as características sociodemográficas e clínicas dos mesmos. Conhecer o perfil dessa população e características clínicas pode fundamentar o planejamento de políticas públicas que privilegiem a atenção básica e estratégias de redução de danos para evitar a cronificação da doença, assim como identifiquem a primordialidade de leitos hospitalares e de cuidados intensivos destinados a essa população. Foi utilizada metodologia descritiva e transversal. Foram pesquisados 865 prontuários de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva, no período de 2012 a 2015, obtendo uma prevalência de diagnóstico de uso abusivo e dependência de álcool e outras drogas de 51,9% (449), sendo 22% do total de internados usuários abusivos de álcool e 48,7% de tabaco, na maioria homens (68,9%), de cor auto referida branca (84,7%), na faixa etária predominante de 61 a 70 anos (27,6%). Os diagnosticados usuários abusivos ou dependentes apresentaram maior duração da internação (5 vs 4 dias), mais frequente uso de ventilação mecânica (63,9% vs 52,9%) e tempo de uso de ventilação mecânica (5 vs 4 dias) quando comparados aos não dependentes. Com relação a distribuição das causas de internação na Unidade de Terapia Intensiva, os pacientes com diagnóstico de uso abusivo de álcool e outras drogas foram 100% dos que internaram por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (n=22), 84% dos que internaram por hemorragia digestiva (n=21), 66,7% dos que internaram por insuficiência hepática (n=6), 66,7% dos que internaram por infarto agudo do miocárdio (n=4) e 63,6% por outras cardiopatias (n=6). Dos pacientes que internaram por insuficiência respiratória aguda, 142 (60,7%) foram diagnosticados usuários abusivos de álcool, dos que internaram por complicações da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida foram 22 (59,5%) e dos que internaram por sepse 128 (50,8%). Dos que apresentavam comorbidades cardiovasculares, os usuários com diagnóstico de uso abusivo de álcool e outras drogas eram 47,4%, respiratórias 72,7%, infecciosas 60,3%, neoplasias 51,8%, neurológicas 32,1%, renais ou metabólicas 35,3%, gastrointestinais 78,1% e psiquiátricas 31,2%. Conclui-se que há prevalência relevante de diagnóstico de uso abusivo ou dependência de álcool e outras drogas que internam em Unidade de Terapia Intensiva, principalmente substâncias psicoativas lícitas, e que as internações são por causas diversas, sendo muitas patologias relacionadas ao uso excessivo de álcool e outras drogas. Faz-se necessário discutir a qualificação da equipe de saúde para realizar a identificação do uso abusivo ou dependência de álcool e outras drogas, registrar adequadamente as informações em prontuários, assim como realizar a assistência integral aos usuários, com terapêutica adequada ao problema, orientações direcionadas ao usuário e familiares e inserção adequada na rede de atenção à saúde. / Among the hospitalized patients in the Intensive Care Unit (ICU), a prevalence of 51.9% patients had the diagnosis of alcohol abuse or dependency. Knowing the profile and clinical characteristics of this population may fundament the planning of public politics that privilege primary health care assistance and strategies to damage reduction, in order to avoid the chronification of the disease, as well to identify the primordiality of hospital beds and intensive care towards this population. Therefore, the following study was aimed to verify the relation between the diagnosis of alcohol and other drugs abuse and hospitalization in the ICU. It has a retrospective, descriptive and exploratory, transversal and quantitative methodology. Eight hundred and sixty-five (865) charts of patients hospitalized in the ICU were researched from 2012 to 2015, from which a prevalence of diagnosis of alcohol and other drugs abuse and dependency was 51.9% (449), being 22% from the total hospitalized abusive users of alcohol, 48% from tobacco, most male (68.9%), self-referred white (84.7%), predominantly from 61 to 70 years old (27.6%), with 1.7 times more chance to hospitalize for extended time (15 to 20 days – IC 95% - 1.3-2.1), from 1.2 times more chance to make use of mechanical ventilation (IC 95% - 1.1-1.4), and 1.2 chances superior to present death closure (IC 95% - 1.0-1.2). In what concerns distribution of causes of hospitalization in the ICU, patients with the diagnosis of alcohol and other drugs abuse was 100% from the ones that hospitalized for chronic obstructive pulmonary disease (DPOC) (n=22), 84% from the ones that hospitalized for gastrointestinal bleeding (n=21), 66.7% from the ones that hospitalized for liver failure (n=6), 66.7% from the ones that hospitalized for acute heart failure (n=4), and 63.6% for other cardiopathies (n=6). From the patients that hospitalized for acute respiratory failure, 142 (60.7%) were diagnosed abusive alcohol users, from which 22 (59.5%) hospitalized for acquired immunodeficiency syndrome, and 128 (50.8%) hospitalized for sepsis. From the ones that presented cardiovascular comorbidities, the users with diagnosis of alcohol and other drugs abuse totalized 47.4%, respiratory 72.7%, and infectious 60.3%, neoplasia 51.8%, neurological 32.1%, renal or metabolic 35.3%, gastrointestinal 78.1%, and psychiatric 31.2%. Thus, there is a relevant prevalence of diagnosis for alcohol and other drugs abuse and dependency in patients that hospitalize in the ICU, mainly for legal psychoactive drugs. In addition, the hospitalizations are for diverse causes, being many pathologies related to the excessive use of alcohol and other drugs. It is necessary to discuss the qualification of the health providers in order to make the identification of alcohol and other drugs abuse and dependency. Also, it is important to adequately record information in patients’ charts, as well to perform the whole-care assistance to the users, with adequate therapeutic focused on the problem, provide guidance to the user and her/his family, and adequately insert them in the health care service.

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