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A linguagem e os signos nas teorias do conhecimento no século das luzes / Language and signs in the theories of knowledge of the EnlightenmentAdell, Edna Amaral de Andrade 04 November 2016 (has links)
O objetivo da presente dissertação é mostrar a necessidade dos signos e da linguagem nas teorias de conhecimento na França no século XVIII. Embora muitos outros filósofos tenham investigado a questão da importância e da necessidade da linguagem, tais como Rousseau e Du Marsais, analisamos os textos de Condillac e Diderot, nos quais os signos e a linguagem são considerados essenciais para a aquisição de conhecimento. Tal escolha foi feita, pois tanto Condillac quanto Diderot tomaram o surdo e mudo de nascença como exemplo para corroborarem suas teses sobre a origem da linguagem. A primeira obra apresentada é o Essai sur lorigine des connaissances humaines (Ensaio sobre a origem dos conhecimentos humanos) de Condillac, que baseou seu trabalho no empirismo de John Locke no An Essay Concerning Human Understanding (Ensaio Acerca do Entenimento Humano). Na Primeira Parte do Ensaio, Condillac discute a origem e o desenvolvimento das faculdades da mente e do conhecimento humano. Para ele, a única fonte de todos os nossos conhecimentos encontra-se na sensação e todas as outras operações da mente são derivadas daí. Porém, para que essas operações se desenvolvam o uso dos signos e a linugagem se fazem absolutamente necessários. A Segunda Parte da obra descreve a origem e o progresso da linguagem cujos signos naturais são gradualmente substituídos por signos instituídos e sons articulados, formando-se a linugagem fonética articulada. A segunda obra analisada é o Tratado das Sensações, na qual Condillac demostra como as ideias se originam da sensação. Ele acredita que é necessário estudar os sentidos separadamente para poder distinguir quais ideias devem ser atribuídas a cada sentido. Dessa forma, pode-se observar como os sentidos são treinados e como um sentido pode auxiliar o outro. Em seguida, estudamos a Carta sobre os surdos e mudos de Diderot, texto no qual o autor francês investiga diversos tópicos estéticos, linguísticos e epistemológicos. Ele inicia a Carta com uma discussão sobre as inversões linguísticas e observa que o assunto somente pode ser tratado se primeiramente considerarmos como as linguagens foram formadas, o que conduz o enciclopedista a analisar a ordem natural das ideias e expressões. Para ele, a ordem natural só pode ser verificada por meio de um estduo da linguagem de gestos, visto que, os gestos exprimem melhor que as palavras. Para comprovar sua tese sobre a linguagem de gestos, ele utiliza exemplos da lingugaem gestual de surdos e mudos. Ele então desenvolve uma teoria sobre os hieróglifos, na qual a imagem hieroglífica reúne em uma única expressão todo um conjunto de sensações e ideias, passando pela linguagem de gestos, pantomima, prosódia, música e pintura. Baseado na teoria dos hieróglifos, ele mostra o conflito existente entre a ordem simultânea das ideias formadas em nosso pensamento e a ordem sucessiva do discurso. No final do texto, ele retoma os principais argumentos do debate precedente sobre a ordem das palavras. / The objective of this thesis is to show the necessity of signs and language in the theories of knowledge in France in the 18th century. Although several philosophers investigated the question of the importance and necessity of language, such as Rousseau and Du Marsais, we analysed texts of Condillac and Diderot, in which signs and language are considered to be essential for knowledge acquisition. Such choice was made since Condillac and Diderot considered the deaf-mute from birth as an example to corroborate their theses about the origin of language. The first book presented is the Essai sur lorigine des connaissances humanines by Condillac that based his work in the empiricism in the An Essay Concerning Human Understanding by John Locke. In Part I of the Essay, Condillac discuss the origin and development of the faculties of the mind and human knowledge. According to him, the only source for all knowledge is the sensation and the other operations are derived from this. However, for these operations to be developed the usage of signs and language are absolutely necessary. Part II of the Essay describes the origin and progress of the language which natural signs are gradually replaced by instituted signs and articulate sounds, what turn them into articulate phonetic language. The second text analysed is the Treatise on Sensations in which Condillac demonstrates how ideas come from sensation. He believes that it is necessary to study the senses separately to be able to distinguish which ideas should be assigned to each sense. In this way, it is possible to observe how the senses are trained and how a sense can aid another one. After that, we studied the Letter on the deaf and dumb by Diderot in which the French author investigates several aesthetics, linguistics and epistemological topics. He stars the Letter with a discussion about linguistic inversions and observes that the subject can only be dealt with if first we take into account how languages were formed. This leads the encyclopaedist to analyse the natural order of ideas and expressions. To corroborate his theses about gestural language, he uses examples of the deaf and dumb gestural language. Then, he develops a theory about hieroglyphs, in which the hieroglyphic image joins in one simple expression a whole set of sensations and ideas, going through pantomime, prosody, music and painting. Based on the theory of hieroglyphs, he shows the conflict that exists between the simultaneous order of formed ideas in our thought and the successive order of speech. At the endo of the text, he returns to the main arguments of the previous debate about the order of the words.
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A linguagem e os signos nas teorias do conhecimento no século das luzes / Language and signs in the theories of knowledge of the EnlightenmentEdna Amaral de Andrade Adell 04 November 2016 (has links)
O objetivo da presente dissertação é mostrar a necessidade dos signos e da linguagem nas teorias de conhecimento na França no século XVIII. Embora muitos outros filósofos tenham investigado a questão da importância e da necessidade da linguagem, tais como Rousseau e Du Marsais, analisamos os textos de Condillac e Diderot, nos quais os signos e a linguagem são considerados essenciais para a aquisição de conhecimento. Tal escolha foi feita, pois tanto Condillac quanto Diderot tomaram o surdo e mudo de nascença como exemplo para corroborarem suas teses sobre a origem da linguagem. A primeira obra apresentada é o Essai sur lorigine des connaissances humaines (Ensaio sobre a origem dos conhecimentos humanos) de Condillac, que baseou seu trabalho no empirismo de John Locke no An Essay Concerning Human Understanding (Ensaio Acerca do Entenimento Humano). Na Primeira Parte do Ensaio, Condillac discute a origem e o desenvolvimento das faculdades da mente e do conhecimento humano. Para ele, a única fonte de todos os nossos conhecimentos encontra-se na sensação e todas as outras operações da mente são derivadas daí. Porém, para que essas operações se desenvolvam o uso dos signos e a linugagem se fazem absolutamente necessários. A Segunda Parte da obra descreve a origem e o progresso da linguagem cujos signos naturais são gradualmente substituídos por signos instituídos e sons articulados, formando-se a linugagem fonética articulada. A segunda obra analisada é o Tratado das Sensações, na qual Condillac demostra como as ideias se originam da sensação. Ele acredita que é necessário estudar os sentidos separadamente para poder distinguir quais ideias devem ser atribuídas a cada sentido. Dessa forma, pode-se observar como os sentidos são treinados e como um sentido pode auxiliar o outro. Em seguida, estudamos a Carta sobre os surdos e mudos de Diderot, texto no qual o autor francês investiga diversos tópicos estéticos, linguísticos e epistemológicos. Ele inicia a Carta com uma discussão sobre as inversões linguísticas e observa que o assunto somente pode ser tratado se primeiramente considerarmos como as linguagens foram formadas, o que conduz o enciclopedista a analisar a ordem natural das ideias e expressões. Para ele, a ordem natural só pode ser verificada por meio de um estduo da linguagem de gestos, visto que, os gestos exprimem melhor que as palavras. Para comprovar sua tese sobre a linguagem de gestos, ele utiliza exemplos da lingugaem gestual de surdos e mudos. Ele então desenvolve uma teoria sobre os hieróglifos, na qual a imagem hieroglífica reúne em uma única expressão todo um conjunto de sensações e ideias, passando pela linguagem de gestos, pantomima, prosódia, música e pintura. Baseado na teoria dos hieróglifos, ele mostra o conflito existente entre a ordem simultânea das ideias formadas em nosso pensamento e a ordem sucessiva do discurso. No final do texto, ele retoma os principais argumentos do debate precedente sobre a ordem das palavras. / The objective of this thesis is to show the necessity of signs and language in the theories of knowledge in France in the 18th century. Although several philosophers investigated the question of the importance and necessity of language, such as Rousseau and Du Marsais, we analysed texts of Condillac and Diderot, in which signs and language are considered to be essential for knowledge acquisition. Such choice was made since Condillac and Diderot considered the deaf-mute from birth as an example to corroborate their theses about the origin of language. The first book presented is the Essai sur lorigine des connaissances humanines by Condillac that based his work in the empiricism in the An Essay Concerning Human Understanding by John Locke. In Part I of the Essay, Condillac discuss the origin and development of the faculties of the mind and human knowledge. According to him, the only source for all knowledge is the sensation and the other operations are derived from this. However, for these operations to be developed the usage of signs and language are absolutely necessary. Part II of the Essay describes the origin and progress of the language which natural signs are gradually replaced by instituted signs and articulate sounds, what turn them into articulate phonetic language. The second text analysed is the Treatise on Sensations in which Condillac demonstrates how ideas come from sensation. He believes that it is necessary to study the senses separately to be able to distinguish which ideas should be assigned to each sense. In this way, it is possible to observe how the senses are trained and how a sense can aid another one. After that, we studied the Letter on the deaf and dumb by Diderot in which the French author investigates several aesthetics, linguistics and epistemological topics. He stars the Letter with a discussion about linguistic inversions and observes that the subject can only be dealt with if first we take into account how languages were formed. This leads the encyclopaedist to analyse the natural order of ideas and expressions. To corroborate his theses about gestural language, he uses examples of the deaf and dumb gestural language. Then, he develops a theory about hieroglyphs, in which the hieroglyphic image joins in one simple expression a whole set of sensations and ideas, going through pantomime, prosody, music and painting. Based on the theory of hieroglyphs, he shows the conflict that exists between the simultaneous order of formed ideas in our thought and the successive order of speech. At the endo of the text, he returns to the main arguments of the previous debate about the order of the words.
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