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Tafoflora Neocarbonífera da Fazenda Santa Marta, Interglacial do Subgrupo Itararé, Grupo Tubarão, Bacia do Paraná, Região de Itapeva (SP), Brasil / not available

Zampirolli, Ana Paula 02 July 2001 (has links)
A Tafoflora Santa Marta, bairro Guarizinho, Município de Itapeva (SP) da porção mediana basal do Subgrupo Itararé, foi noticiada, primeiramente, por Millan et al. (1982) seguindo-se uma série de trabalhos sobre seus elementos componentes publicados por aquele autor entre 1987 e 1995. Constitui agora, tema dessa dissertação de mestrado. O levantamento e revisão de seus componentes tafoflorísticos vêm sendo efetuados sob a égide do Projeto Temático FAPESP 97/03639-8, intitulado: \"Levantamento da Composição e sucessão paleoflorísticas do Neocarbonífero-Eopermiano (Grupo Tubarão) no Estado de São Paulo\". Os fitofósseis, constituintes dessa tafoflora, são provenientes da entrada da antiga e abandonada mina de carvão da fazenda Santa Marta. Constituem-se de impressões delicadas de caules, folhas e sementes, abundantemente acumulados e superpostos, preservados em meio a material detrítico síltico-argiloso, marrom-claro, apresentando-se muito fragmentados. A assembléia fitofossilífera estudada corresponde ao material depositado no Museu Nacional UFRJ, coletado por Millan, e nesta dissertação, revisado e acrescido de novas coletas do referido jazigo. Essas foram depositadas na Coleção Científica do Laboratório de Paleontologia Sistemática do IGc-USP. A partir desses estudos, sua composição geral pode ser assim discriminada: Macroflora: Esfenópsidas (Sphenophyllum cf. S. churulianum, Sphenophyllum cf. S. rhodesii, Sphenophyllum sp. A, cf. Koretrophyllites sp., Paracalamites australis nov. emend., Paracalamites levis nov. emend., Paracalamites montemorensis nov. emend., Paracalamites sp.); Pteridófilas/Progimnospermópsidas (Botrychiopsis plantiana, cf. Eusphenopteris sp., Nothorhacopteris cf. N. argentinica, Aflébia de Nothorhacopteris cf. N. argentinica), Gimnospermópsidas (Noeggerathiopsis sp., Cordaicarpus zeilleri, Samaropsis itapevensis); Microflora: esporos lisos (Punctatisporites gretensis, P. lucidulus), esporos ) esporos granulados (Granulatisporites austroamericanus, Verrucosisporites morulatus, Dibolisporites disfacies, Raistrickia pinguis), esporos murornados (Ahrensisporites sp., Reticulatisporites sp., Murospora sp.), esporos cingulizonados (Lundbladispora riobonitenses, Vallatisporites ciliaris), grãos de pólen monossacados radial (Plicatipollenites malabarensis, Plicatipollenites densus), grãos de pólen bilateral (Potonieisporites brasiliensis, Potonieisporites congoensis, Potonieisporites magnus, Divarisaccus stringoplicatus, Caheniasaccites flavatus) e prasinófitas (Tasmanites sp.). Esses elementos são típicos de fácies hidro-higrófila e revelam pequeno transporte, contudo, aparecem depositados, junto a elementos mesofílicos num quadro regional glácio-flúvio-deltaico que, localmente, é mais sugestivo de ambiente lagunar/deltaico. Dado o grande volume de fitomassa acumulada, que constitui a formação de camadas de carvão (autóctones ou levemente hipoautóctones) mais a relativa diversificação das espécies componentes da assembléia há uma forte sugestão para clima temperado provavelmente menos rigoroso de um interglacial. Essa evidência paleoclimática corrobora a posição paleolatidudinal dada por paleomagnetismo que coloca essa área entre 30° e 60°S no Carbonífero superior inicial. A tafoflora Santa Marta é considerada neocarbonífera, de provável idade westfaliana, com base em seus elementos megaflorísticos comparáveis às associações da Zona NBG da Argentina e em seu conteúdo palinológico posicionada à Zona Biointervalo Ahrensisporites cristatus. Constitui parte integrante de tafoflora A, dentro da sucessão paleoflorística proposta por Rösler (1978) para a bacia do Paraná, correspondendo a uma flora gondvânica interglacial pré-glossopterídeas. / The Santa Marta Taphoflora, Guarizinho District, Municipality of Itapeva (SP), position in the median basal portion of the Itararé Subgroup, was firstly reported by J.H. Millan and coworkes in 1982. Between 1987 and 1995 Dr. J.H. Millan published a series of works/papers on its components. Under the auspices of the Thematic Project FAPESP 97/03639-8, entitled: \"Survey of paleofloristic composition and succession of Late Carboniferous-Early Permian (Tubarão Group) in the São Paulo State\", the Santa Maria Taphoflora is revised in this Master of Science dissertation. The study gathers samples collected by Dr. Millan that now belong to the Museu Nacional - UFRJ Scientific Collection, and new material collected by the author and other researchers. The new material integrates the Scientific Collection of the Laboratory of Systematic Paleontology of the Instituto de Geociências of the University of São Paulo. Abundant impressions of the taphoflora components are found at the entrance of an old coal-mine in the Santa Marta farm, preserved in a light brownish siltargillaceous material. Despite very fragmented, delicate stems, leaves and seeds are recognized and can be discriminated as follows: Macroflora: Sphenopsids (Sphenophyllum cf. S churulianum, Sphenophyllum cf. rhodesii, Sphenophellum sp. A., cf. Koretrophyllites sp., Paracalamites australis n. emend, Paracalamites levis in. emen, Paracalamites sp.); Pteridophylles/Progymnospermopsids, (Botrychiopsis plantiana, cf. Eusphenopteris sp., Nothorhacopteris cf. N. argentinica, Aphlebie Nothorhacopteris cf. N. argentinica); Gymnospermopsids (Noeggerathipsis sp., Cordaicarpus zeilleri, Samaropsis itapevensis); Microflora: smooth (?) spores (Punctatisporites gretensis, P. Iucidulus), granulated spores, (Granulatisporites austroamericanus, Verrucosisporites morulatus, Dibolisporites disfacies, Raistrickia pinguis), murornated spores (Ahrensisporites sp., Reticulatisporites sp., Murospora sp.), cingulizonate spore (Lundbladispora riobonitenses, Vallatisporites ciliares), radial monossacate pollen grains (Plicatipollenites malabarensis, Plicatipollenites densus), bilateral (Protonieisporites brasiliensis, Potonieisporites congoensis, Potonieisporites magnus, Divarisaccus stringoplicatus, Caheniasaccites flavatus), prasinophytes (Tasmanaites sp). This assemblage is typical of hydro-hygrophilous facies, suggesting shortdistance transport. However, a lagunar/deltaic environment would seem more appropriate, considering that it appears together with mesophilous elements, reflecting regional glacio-fluviatile-deltaic conditions. Taking into accournt the huge volume of accumulated phytomass that constitutes the coal measures (autochthonous and slightly hypoautochtonous) and the relatively wide diversification of species that compose the phytofossil assemblage, a temperate climate, probably less rigorous than an interglacial, is strongly favored. This paleoclimatic evidence corroborates the paleolatitudinal position given by paleomagnetism, which places this area betwee 30° and 60°S, in the earlier Late Carboniferous. The Santa Marta taphoflora is considered late Carboniferous, probably Westphalian in age, based on 1) its megafloristic elements that are comparable to the associations of the NBG Zone of Argentina, and 2) palynological content positioned at the Biointerval Zone Ahrensisporites cristatus. It integrates the taphoflora A of the paleofloristic succession proposed by Rösler (1978) for the Paraná Basin, corresponding to a Pre-Glossopterids interglacial gondwanic flora.
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Tafoflora Neocarbonífera da Fazenda Santa Marta, Interglacial do Subgrupo Itararé, Grupo Tubarão, Bacia do Paraná, Região de Itapeva (SP), Brasil / not available

Ana Paula Zampirolli 02 July 2001 (has links)
A Tafoflora Santa Marta, bairro Guarizinho, Município de Itapeva (SP) da porção mediana basal do Subgrupo Itararé, foi noticiada, primeiramente, por Millan et al. (1982) seguindo-se uma série de trabalhos sobre seus elementos componentes publicados por aquele autor entre 1987 e 1995. Constitui agora, tema dessa dissertação de mestrado. O levantamento e revisão de seus componentes tafoflorísticos vêm sendo efetuados sob a égide do Projeto Temático FAPESP 97/03639-8, intitulado: \"Levantamento da Composição e sucessão paleoflorísticas do Neocarbonífero-Eopermiano (Grupo Tubarão) no Estado de São Paulo\". Os fitofósseis, constituintes dessa tafoflora, são provenientes da entrada da antiga e abandonada mina de carvão da fazenda Santa Marta. Constituem-se de impressões delicadas de caules, folhas e sementes, abundantemente acumulados e superpostos, preservados em meio a material detrítico síltico-argiloso, marrom-claro, apresentando-se muito fragmentados. A assembléia fitofossilífera estudada corresponde ao material depositado no Museu Nacional UFRJ, coletado por Millan, e nesta dissertação, revisado e acrescido de novas coletas do referido jazigo. Essas foram depositadas na Coleção Científica do Laboratório de Paleontologia Sistemática do IGc-USP. A partir desses estudos, sua composição geral pode ser assim discriminada: Macroflora: Esfenópsidas (Sphenophyllum cf. S. churulianum, Sphenophyllum cf. S. rhodesii, Sphenophyllum sp. A, cf. Koretrophyllites sp., Paracalamites australis nov. emend., Paracalamites levis nov. emend., Paracalamites montemorensis nov. emend., Paracalamites sp.); Pteridófilas/Progimnospermópsidas (Botrychiopsis plantiana, cf. Eusphenopteris sp., Nothorhacopteris cf. N. argentinica, Aflébia de Nothorhacopteris cf. N. argentinica), Gimnospermópsidas (Noeggerathiopsis sp., Cordaicarpus zeilleri, Samaropsis itapevensis); Microflora: esporos lisos (Punctatisporites gretensis, P. lucidulus), esporos ) esporos granulados (Granulatisporites austroamericanus, Verrucosisporites morulatus, Dibolisporites disfacies, Raistrickia pinguis), esporos murornados (Ahrensisporites sp., Reticulatisporites sp., Murospora sp.), esporos cingulizonados (Lundbladispora riobonitenses, Vallatisporites ciliaris), grãos de pólen monossacados radial (Plicatipollenites malabarensis, Plicatipollenites densus), grãos de pólen bilateral (Potonieisporites brasiliensis, Potonieisporites congoensis, Potonieisporites magnus, Divarisaccus stringoplicatus, Caheniasaccites flavatus) e prasinófitas (Tasmanites sp.). Esses elementos são típicos de fácies hidro-higrófila e revelam pequeno transporte, contudo, aparecem depositados, junto a elementos mesofílicos num quadro regional glácio-flúvio-deltaico que, localmente, é mais sugestivo de ambiente lagunar/deltaico. Dado o grande volume de fitomassa acumulada, que constitui a formação de camadas de carvão (autóctones ou levemente hipoautóctones) mais a relativa diversificação das espécies componentes da assembléia há uma forte sugestão para clima temperado provavelmente menos rigoroso de um interglacial. Essa evidência paleoclimática corrobora a posição paleolatidudinal dada por paleomagnetismo que coloca essa área entre 30° e 60°S no Carbonífero superior inicial. A tafoflora Santa Marta é considerada neocarbonífera, de provável idade westfaliana, com base em seus elementos megaflorísticos comparáveis às associações da Zona NBG da Argentina e em seu conteúdo palinológico posicionada à Zona Biointervalo Ahrensisporites cristatus. Constitui parte integrante de tafoflora A, dentro da sucessão paleoflorística proposta por Rösler (1978) para a bacia do Paraná, correspondendo a uma flora gondvânica interglacial pré-glossopterídeas. / The Santa Marta Taphoflora, Guarizinho District, Municipality of Itapeva (SP), position in the median basal portion of the Itararé Subgroup, was firstly reported by J.H. Millan and coworkes in 1982. Between 1987 and 1995 Dr. J.H. Millan published a series of works/papers on its components. Under the auspices of the Thematic Project FAPESP 97/03639-8, entitled: \"Survey of paleofloristic composition and succession of Late Carboniferous-Early Permian (Tubarão Group) in the São Paulo State\", the Santa Maria Taphoflora is revised in this Master of Science dissertation. The study gathers samples collected by Dr. Millan that now belong to the Museu Nacional - UFRJ Scientific Collection, and new material collected by the author and other researchers. The new material integrates the Scientific Collection of the Laboratory of Systematic Paleontology of the Instituto de Geociências of the University of São Paulo. Abundant impressions of the taphoflora components are found at the entrance of an old coal-mine in the Santa Marta farm, preserved in a light brownish siltargillaceous material. Despite very fragmented, delicate stems, leaves and seeds are recognized and can be discriminated as follows: Macroflora: Sphenopsids (Sphenophyllum cf. S churulianum, Sphenophyllum cf. rhodesii, Sphenophellum sp. A., cf. Koretrophyllites sp., Paracalamites australis n. emend, Paracalamites levis in. emen, Paracalamites sp.); Pteridophylles/Progymnospermopsids, (Botrychiopsis plantiana, cf. Eusphenopteris sp., Nothorhacopteris cf. N. argentinica, Aphlebie Nothorhacopteris cf. N. argentinica); Gymnospermopsids (Noeggerathipsis sp., Cordaicarpus zeilleri, Samaropsis itapevensis); Microflora: smooth (?) spores (Punctatisporites gretensis, P. Iucidulus), granulated spores, (Granulatisporites austroamericanus, Verrucosisporites morulatus, Dibolisporites disfacies, Raistrickia pinguis), murornated spores (Ahrensisporites sp., Reticulatisporites sp., Murospora sp.), cingulizonate spore (Lundbladispora riobonitenses, Vallatisporites ciliares), radial monossacate pollen grains (Plicatipollenites malabarensis, Plicatipollenites densus), bilateral (Protonieisporites brasiliensis, Potonieisporites congoensis, Potonieisporites magnus, Divarisaccus stringoplicatus, Caheniasaccites flavatus), prasinophytes (Tasmanaites sp). This assemblage is typical of hydro-hygrophilous facies, suggesting shortdistance transport. However, a lagunar/deltaic environment would seem more appropriate, considering that it appears together with mesophilous elements, reflecting regional glacio-fluviatile-deltaic conditions. Taking into accournt the huge volume of accumulated phytomass that constitutes the coal measures (autochthonous and slightly hypoautochtonous) and the relatively wide diversification of species that compose the phytofossil assemblage, a temperate climate, probably less rigorous than an interglacial, is strongly favored. This paleoclimatic evidence corroborates the paleolatitudinal position given by paleomagnetism, which places this area betwee 30° and 60°S, in the earlier Late Carboniferous. The Santa Marta taphoflora is considered late Carboniferous, probably Westphalian in age, based on 1) its megafloristic elements that are comparable to the associations of the NBG Zone of Argentina, and 2) palynological content positioned at the Biointerval Zone Ahrensisporites cristatus. It integrates the taphoflora A of the paleofloristic succession proposed by Rösler (1978) for the Paraná Basin, corresponding to a Pre-Glossopterids interglacial gondwanic flora.
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Flora fóssil do pontal Rip, Ilha Nelson, Península Antártica: taxonomia e contexto geológico

Bastos, Bibiana Liguori 08 1900 (has links)
Submitted by William Justo Figueiro (williamjf) on 2015-07-21T22:20:38Z No. of bitstreams: 1 61c.pdf: 4293139 bytes, checksum: f4bcee93287f8741ae16bc08a0f959d2 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-21T22:20:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 61c.pdf: 4293139 bytes, checksum: f4bcee93287f8741ae16bc08a0f959d2 (MD5) Previous issue date: 2012-08 / CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Fósseis de plantas são comuns na Península Antártica e têm sido encontrados não apenas em áreas orientais, correspondentes aos ambientes de retro-arco, mas também na Terra de Graham e no arquipélago das Shetland do Sul, que representam respectivamente, o contexto de arco e ante-arco. Na ilha Nelson, que faz parte do arquipélago das Shetland do Sul, o registro fossilífero mostra-se profundamente ligado aos processos vulcânicos que marcaram sua história, inicialmente afetada pelos eventos mesozóicos de subducção do Pacífico e posteriormente pela construção de um arco de ilhas. A macro e microflora encontradas em um depósito piroclástico retrabalhado no nível superior do pontal Rip, a noroeste da Ilha Nelson, são aqui apresentadas pela primeira vez. Na macroflora dominam folhas muito fragmentadas de Nothofagus e de formas primitivas de angiospermas, relacionadas às famílias Lauraceae, Anacardiaceae e Melastomataceae. Escassas pínulas de pteridófitas e um único ramo de conífera também compõem esta assembleia. Entre os palinomorfos, as pteridófitas são o principal componente, seguidas por grãos de pólen de gimnospermas. A presença de grãos relacionados à Nothofagus é atestada por tipos ancestrais e modernos (e.g. Nothofagidites cf. endurus, N. cf. kaitangataensis e N. cf. brachyspinulosus). Grãos de Classopollis, em associação com Nothofagidites cf. endurus e N. cf. kaitangataensis, sugerem uma idade neocretácica para este depósito. Em relação à correlação estratigráfica, a composição da macroflora também mostrou maior identidade com aquelas presentes em outras exposições na ilha King George, especialmente, com assembléias atribuídas ao Campaniano médio (e.g. pontal Half Three, pontal Price e monte Zamek). Em termos paleofitogeográficos, foi possível observar o domínio das angiospermas relacionadas às formas decíduas e primitivas de Nothofagus, muitas das quais são similares a espécies modernas que crescem em áreas ao sul da América do Sul. Deste modo, baseando-se no domínio de folhas microfílicas e na presença de folhas e grãos de pólen relacionados à Nothofagus, pode-se sugerir uma condição de clima temperado úmido para a Península durante a deposição do nível estudado. Por fim, deve-se ressaltar que as pteridófitas (famílias Blechnaceae e Hymenophyllaceae), a cupressácea do gênero Papuacedrus e alguns dos morfotipos associados à Nothofagus aqui descritos, indicam que ainda existiam terras contínuas entre a Península Antártica e a Australásia durante o final do Cretáceo. / Plant fossils are common in the Antarctic Peninsula and have been found not only in the eastern areas that correspond to the back arc deposition environments, but also in the Graham Land and the South Shetland archipelago, which represent the arc and fore arc contexts, respectively. In the Nelson Island, part of the South Shetland archipelago, the fóssil record is deeply linked to the volcanic processes that marks its geological history, initially affected by the Mesozoic subduccion events and after by the construction of an island arc. The macro and microflora found in a reworked pyroclastic deposit from the upper part of Rip Point outcrop, in northwestern Nelson Island, are herein presented for the first time. The macroflora is dominated by very fragmented leaves of Nothofagus and primitive forms of angiosperms, related to the families Lauraceae, Anacardiaceae and Melastomataceae. Rare pinnules of Pteridophyta and a sole and partial conifer shoot also compound this assemblage. Amongst the palynomorphs, the Pteridophyta are a main component, follow by pollen grains of gymnosperms. The presence of grains related to Nothofagus is represented by ancestral and modern types (e.g. Nothofagidites cf. endurus, N. cf. kaitangataensis and N. cf. brachyspinulosus). The Classopollis grains, in association with Nothofagidites cf. endurus, N. cf. kaitangataensis, suggested a Late Cretaceous age to this deposit. In relation to stratigraphic correlation, the composition of macroflora showed also a greatest identity with ones recorded in other exposures found in the King George Island, specially, with assemblages attributed to the middle Campanian (e.g. Half Three point, Price point and Zamek Hill). In terms of paleophytogeography, it was possible observe the domain of angiosperms related to a deciduous and primitive leaves of Nothofagus, similar to many of modern species that live in southern South America. In this way, it is suggested that the Antarctic Peninsula was under a humid temperate climatic condition during the deposition time of study interval, based on the domain of microfilic leaves and the presence of leaves and pollen grains related to Nothofagus. Finally, it should be highlighted that the pteridophytes (families Blechnaceae e Hymenophyllaceae), the cupressacea of genus Papuacedrus and the few morphotypes associated to Nothofagus described here, indicated the existence of a land connection between the Antarctic Peninsula and Australasia during the end of Cretaceous.
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Taxonomia e contexto geológico da tafoflora da Ilha Dufayel, Ilha King George, Península Antártica

Fisch, Fabiane 30 July 2009 (has links)
Submitted by William Justo Figueiro (williamjf) on 2015-07-03T13:29:29Z No. of bitstreams: 1 32.pdf: 3411336 bytes, checksum: f358b7f3896f7cfa77f0e9df07d8de5c (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-03T13:29:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 32.pdf: 3411336 bytes, checksum: f358b7f3896f7cfa77f0e9df07d8de5c (MD5) Previous issue date: 2009-07-30 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Restos de plantas são comuns em áreas do norte da Península Antártica, em níveis datados entre o final do Cretáceo e início do Neógeno, tanto nas bacias de retroarco, como nas regiões correspondentes ao arco e antearco da Península continental e ilhas adjacentes. Sua importância reside na possibilidade que oferecem de reconstituir os eventos paleoclimáticos e paleogeográficos regionais aí ocorridos como, por sua relação com as modernas floras da América do Sul e Australásia, para a compreensão dos aspectos envolvidos na origem e distribuição das floras austrais modernas. A ilha King George, a mais setentrional das ilhas Shetland do Sul, insere-se no contexto de antearco e suas sucessões e fósseis foram profundamente afetados pelos eventos tectônicos e magmáticos que marcaram sua gênese. O objetivo deste trabalho é o estudo da flora preservada na pequena ilha Dufayel, situada no interior da baía Admiralty, porção central da ilha King George, onde os níveis com fósseis ocorrem entre litologias vulcânicas com idades K-Ar entre 52 e 57 Ma. A tafoflora foi revista e abordada em termos de sua caracterização taxonômica e relação com as litologias, e comparada com as presentes em bacias próximas e nas bacias austrais, objetivando avaliar sua coerência com as idades absolutas propostas, dada a possibilidade de rejuvenescimento das litologias datadas por este método. O intervalo fossilífero é constituído por tufos e tufos lapilíticos, com aproximadamente 4 m de espessura, atribuídos a Formação Dalmor Bank, unidade basal do Grupo Dufayel Island. Nas 42 amostras analisadas foi possível identificar 20 distintas formas, discutidas em suas afinidades. A precária preservação, onde muitas vezes faltavam os caracteres marginais e as nervuras de ordem mais alta, foi possível seu agrupamento em morfotipos e a separação de seus caracteres arquiteturais. Atestam uma tafocenose dominada por Nothofagus de folhas micro-mesofílicas, acompanhado por tipos relacionados com as famílias Myrtaceae, inclusive da secção Leptospermoidea, Sapindaceae, Anacardiaceae, Monimiaceae, Lauraceae, Celastraceae e Malvaceae, estando ausentes os fetos e coníferas, comuns em outras paleoassembléias da ilha King George. Composicionalmente a paleoflora é comparável com àquelas da base da Formação La Meseta, na Subacia de James Ross e das bacias austrais do Chile e Argentina durante o Paleoceno Superior e Eoceno basal. São igualmente correlacionáveis as que se distribuem entre o Eoceno e o Mioceno da Nova Zelândia. Assim, comprova-se a idade Eoceno Inferior (Ypresiano) proposta pelos dados isotópicos. Florestas subtropicais a temperadas úmidas de composição similar crescem hoje na região de Valdívia no Chile, e em áreas do sul da Austrália e na Nova Zelândia, entre os 35o e 45º de latitude. Sugerem condições ambientais mais aquecidas para seu crescimento nas áreas da Península durante o Paleógeno, e sua posterior dispersão para o norte, quando os climas na Antártica se tornaram desfavoráveis. / Plant remains preserved in levels deposited between the end of Cretaceous to the beginning of Neogene are common in the northern Antarctic Peninsula areas, been found both in the marine and transitional paleonvironments of the back-arc basins and in the corresponding arc and fore-arc subareal environments from the continental Peninsula and adjacent islands. Those floras have a critical role in the establishment of the paleoclimate and paleogeographic events occurred in this strategic area of the Gondwana land and to the understanding of the origin and distribution of modern southern hemisphere vegetation. King George Island, the northernmost South Shetland Islands, was formed in a fore-arc geological context and their successions and fossil were deeply affected by tectonic and magmatic events that marked its genesis. In this work the taphoflora identified in a 4 meters tick tephra deposit intercalated in an expressive volcanic and aglomerate pile at Dufayel Island, central area of KGI, was reviewed and discussed in terms of their taxonomic affinities and relationship to lithologies. It is compared with other plant fossil assemblages knowing from expositions of the island, with those knowing from Antarctic Peninsula, and from other southern basins, looking for its consistency with the K-Ar absolute ages of 57 and 52 Ma proposed to the lower and upper lava beds, given the possibility of rejuvenation in age of the lithologies dated by this method. Forty two samples were analyzed showing only impressions of leaves from 20 different morphotypes, some of them capable of to be established in its taxonomic affinities. Overall leaf material shows a very poor preservation, where often lacks the marginal characters and venation of higher order, that incentivates their treatment by morphological groups and occasionally the proposition of familiar and generic relations. The taphocenosis shows to be dominated by micro to mesophilic leaves of Nothofagus, accompanied by types related with Myrtaceae, including the section Leptospermoidea, Sapindaceae, Anacardiaceae, Monimiaceae, Lauraceae, Celastraceae and Malvaceae. Conifers and ferns, common in other fossil assemblages of King George Island and suggested in the previous works with this flora were not confirmed. The composition of the paleoflora is comparable with those present in the lower levels of La Meseta Formation, at James Ross basin, and some other floras identified in the southern basins from Chile, Argentina, with a Lower Eocene age. Also corresponds to the assemblages found in New Zealand, during the Upper Paleocene until Miocene. Those data gives support to the Lower Eocene (Ypresian) age proposed by the absolute methods obtained in the volcanic associated lithologies. Subtropical to temperate humid forests with a comparable composition grows today in Valdivian region of Chile, between 35o and 45º of latitude, and in areas of southern Australia and New Zealand, over thin and volcanic soils, suggesting similar conditions for its growth in the Antarctic Peninsula area during the Paleogene. Their disjunct modern distribution and its dispersion to more northern land masses seem to be a result of the definitive breakup of Gondwanaland and the arriving of severe and cold climates.

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