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Sentidos da profissão docenteCericato, Itale Luciane 16 December 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-12-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study aims to understand the senses and meanings attributed by teachers to their
professional activity throughout their teaching experience. To this end, we interviewed three
high school teachers working in the public educational system of São Paulo, each of them
being in a different career time. The data were analyzed in the light of the postulates of the
social-historical psychology, focusing on two central categories: meaning and significance.
The findings indicated that the meanings attributed by each of the three teachers to their
teaching activities are unique and singular, although sharing some common features.
Among these representations, some are worth mentioning: a) the fact that teaching is
defined by common sense ideas, which reproduce and, consequently, perpetuated a same
discourse through generations of teachers. As a result, the necessarily knowledge
constructed by the specialized literature about the teaching, and the teaching profession, is
absolutely not considered; b) students are seen as unmotivated for learning; c) experience is
perceived as more valuable for teaching than teaching formation or continuing education.
All teachers pointed out that it is impossible to promote learning in all students,
exposing, consequently, a lacks of political commitment with the role of Education.
Furthermore, all teachers reported an absence of collaborative work within the school,
confirming that the teaching activities are conducted primarily in isolation. Differently, the
changes introduced in the recently implemented educational policies of São Paulo - such as
the use of text books elaborated by the state or receiving credit for the school s results in
students performance evaluation - are seen by each teacher in a particular way. The
meanings attributed to the teaching activity itself are various: it is defined as the ability to
transmit knowledge to a person devoid of it, or as the fulfillment of a goal that someone had
always pursued, or yet as a daily and unfair struggle, given the stress involved in teaching.
Based on these findings, the conclusion is that the teaching profession needs to be changed
in several aspects, namely: the initial training, as it is currently defined, is not sufficient to
provide future guidance in the profession, so that the offer of continuing education in a
systematic way and within the schools themselves is imperative. Finally, it is extremely
necessary to replace the culture of isolation by a collaborative one, allowing teachers to
learn with their peers in exchanging their successful and painful experiences / Este estudo objetiva compreender os sentidos atribuídos por professores à sua atividade
profissional. Foram entrevistadas três professoras do ensino médio da rede pública
paulista, com diferentes tempos de carreira. Os dados foram analisados com base no
referencial teórico da Psicologia Sócio-histórica, com foco nas categorias sentido e
significado. As conclusões apontam para o fato de que os sentidos atribuídos pelas
professoras às suas atuações são únicos e singulares, embora partilhem muitos aspectos
comuns. Dentre estes últimos, percebemos que a docência é definida mais por critérios
do senso comum e pela reprodução de discursos perpetuados ao longo de gerações do
que, como seria esperado, pelos conhecimentos produzidos pela literatura especializada.
Além disso, verificamos que os alunos são considerados desmotivados para a
aprendizagem, e os conhecimentos produzidos em função da prática cotidiana são mais
valorizados do que a formação continuada. É unânime a constatação de não ser possível
ensinar a todos os alunos, inferindo-se dessa proposição uma postura de acomodação.
Comum a todas as professoras também é a ausência de um trabalho colaborativo no
interior da escola, confirmando que a atividade docente é realizada prioritariamente de
maneira isolada. Mudanças recentes nas políticas educacionais paulistas como o uso
dos cadernos de disciplina, a bonificação por desempenho e a avaliação dos índices de
rendimento da escola são vistas de modo diferente pelas professoras. Diferentes
também são os sentidos atribuídos à própria atividade: a docência ora é definida como
possibilidade de transmitir um saber a uma pessoa dele desprovida; ora é apresentada
como a realização de algo que sempre se quis fazer; ora é considerada uma luta
cotidiana e desleal, dado o desgaste envolvido no ensinar. Com base nesses achados,
afirmamos que a docência precisa mudar em dois aspectos fundamentais: a formação
inicial que, em seus moldes atuais, não é suficiente para fornecer diretrizes aos futuros
professores e a formação continuada que é mais bem realizada quando ocorre de
maneira sistemática e no interior das próprias escolas. Concluímos que é urgente
substituir a cultura do isolamento docente por uma cultura do trabalho colaborativo, que
permita aos professores a troca de experiências bem-sucedidas sobre suas atuações
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