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Entre a ética e a tecnologia: um diálogo com Emmanuel LevinasCardoso, Paulo Ricardo Cerveira January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / The present study aims at finding out the potential contribution of Emmanuel Levinas’ ethics of alterity in the qualification of the doctor-patient relationship. Levinas proposes an ethic based on the no denial of alterity, where the Other, which is introduced in a significant way, provokes a shaking in the structure of the Self. This questioning of the Self demands an answer that should be provided, giving no space to the possibility of escaping the responsibility of answering the Other’s command. When the Me is called, the instauration of justice is started, that means, there is a field for the ethic relationship. This relationship begins in the dialogue started in the introduction of the Other, through the unveiling of the face. The importance of ethics as a fundament is emphasized in the criticism to the idea that technology keeps the doctor away from the patient and in the denounce that the individual has never been the main focus of modern medicine. Literature is also suggested as an instrument to help breaking the Totality of medical knowledge, as well as the responsible use of technology as a way of building up justice. / A intenção do presente estudo é apurar a potencial contribuição da ética da alteridade de Emmanuel Levinas na qualificação da relação médico-paciente. Levinas propõe uma ética fundamentada na não negação da alteridade, onde o Outro, que se apresenta de modo significativo, provoca um abalo na estrutura do Mesmo. Este questionamento do Mesmo demanda uma resposta que deve ser dada, não existindo possibilidade de escapar à responsabilidade de responder ao comando do Outro. Quando o eu é chamado inicia-se a instauração da justiça, ou seja, surge o campo para a relação ética. Relação que inicia no diálogo inaugurado na apresentação do Outro, através do desvelamento do rosto. A importância da ética como fundamento é ressaltada na crítica à idéia de que a tecnologia afasta o médico do paciente e na denúncia que o indivíduo nunca foi o foco principal da medicina moderna. Por fim, é sugerida a literatura como instrumento de auxílio na ruptura da Totalidade do saber médico, assim como, o uso responsável da tecnologia sendo um caminho na construção da justiça.
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A proposta de uma ética da responsabilidade para a civilização tecnológica em Hans Jonas / The proposal of a ethic of responsibility for a technological civilization in Hans JonasLima, Valéria Cassandra Oliveira de January 2009 (has links)
LIMA, Valéria Cassandra Oliveira de. A proposta de uma ética da responsabilidade para a civilização tecnológica em Hans Jonas. 2009. 133f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Filosofia, Fortaleza (CE), 2009. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-11-06T12:49:17Z
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Previous issue date: 2009 / This study examines the proposal for an ethics of responsibility in Hans Jonas, and constitutes it as a north in the solution to the problem of ethical proposal. In the present context, it was established a foundational crisis of moral and, at the same time, a need of reasoning of the moral judgments, considering the existing ethical vacuum in the pluralistic and secularized humanity. In this perspective, the search for a value in itself should constitute the most fundamental character of an ethical proposal. Jonas identifies this value in itself in life, that is, the existence of an authentic life in the future. An ethics for the technological civilization must differentiate itself from the view of nature as an object indifferent to the ethical positioning, thus it is urgent a new ethical posture according to the modifying character of human actions. The threat of an absence of existence is likely to be constituted as a compass for this new in the field of ethics, this malum is what Hans Jonas calls the "heuristic of fear" and this unleashes that what is at stake is the integrity of the human essence itself. The idea of duty and of human conduct properly guides the moral, but one can not talk about moral and human conduct without the presence of the man in the world as a primary and primordial datum. The presence of life in the world has become a duty. The justification for such ethics is the acclaim of an unconditional imperative that is the authentic existence in the future, as well as search for an ethical reasoning in the Being and in the value of life in its general appearance. The goal with this feat is to overcome the subjectivism of values and to implement an ethics beyond the intersubjective space. For this to occur, it is introduced more effectively the concept of responsibility within the sphere of morality. Diverting the ethical aspect from the momentary act itself, ethics is established in the actions and their causal projections for the future, taking into account long-term impact and irreversible acts. / A presente pesquisa analisa a proposta de uma ética da responsabilidade em Hans Jonas e a constitui como um norte na consolidação de um valor crucial à ética. No contexto atual instaurou-se uma crise fundacionista da moral e, ao mesmo tempo, uma necessidade de fundamentação dos juízos morais, haja vista o vazio ético vigente na humanidade pluralista e secularizada. Nessa perspectiva, a busca de um valor em si deve constituir o caráter mais fundamental de uma proposta ética. Jonas identifica este valor em si na vida, ou seja, na existência de uma vida autêntica no futuro. Uma ética para a civilização tecnológica deve diferenciar-se da visão da natureza como um objeto indiferente ao posicionamento ético. Sendo assim, faz-se urgente um novo comportamento ético conforme o caráter modificado das ações humanas. A ameaça de um não-existir pode vir a constituir-se como bússola para esse novo campo ético. Este malum constitui o que Hans Jonas denomina de heurística do temor, e esta deflagra que o que está em jogo é a integridade da própria essência humana. A ideia de dever e da conduta humana orienta propriamente a moral, porém não se pode falar em moral e conduta humana sem a presença do homem no mundo como um dado primário e primordial. A presença da vida no mundo tornou-se um dever. A justificativa para tal ética é a aclamação de um imperativo incondicional que é a existência autêntica no futuro, bem como a busca de uma fundamentação ética no Ser e no valor da vida em seu aspecto geral. O objetivo com tal feito é superar o subjetivismo dos valores e implementar uma ética que transponha o espaço intersubjetivo. Para tanto, introduz-se de forma mais efetiva o conceito de responsabilidade dentro da esfera da moralidade. Divergindo o aspecto ético do ato momentâneo em si, é estabelecida a ética nas ações e em suas projeções causais para o futuro, levando em consideração impactos a longo prazo e atos irreversíveis.
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