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Comunicação interpessoal em cuidados paliativos : um estudo à luz da teoria de PeplauGalvão, Maria Irení Zapalowski 02 August 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-09-08T16:12:24Z
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2016_MariaIreníZapalowskiGalvão.pdf: 3306600 bytes, checksum: c7dd062fd611971735ef60d9a382c48d (MD5) / A comunicação interpessoal sustenta as relações humanas e ancora as atividades assistenciais dos profissionais da saúde. As habilidades comunicacionais são componentes básicos no atendimento de alta qualidade e competência profissional. Dessa forma, ela constitui novo paradigma e meta na prática do cuidar, da educação e saúde. Objetiva-se, nesta pesquisa, analisar o processo de comunicação interpessoal entre a equipe, pacientes em cuidados paliativos e familiares em uma unidade de Oncologia, à luz da Teoria das Relações Interpessoais, de Peplau. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa, realizada com pacientes em cuidados paliativos, familiares e equipe de um hospital de Brasília-DF. Foi realizada uma análise documental em prontuário eletrônico dos pacientes em busca de termos relacionados a cuidados paliativos para a inclusão no estudo; entrevista em profundidade, no período de setembro e outubro de 2015. A análise do conteúdo do corpus gerado foi realizada com auxílio do software ALCESTE. A leitura das vivências dos pacientes à luz da teoria de Peplau apontou que o processo de comunicação interpessoal entre paciente e equipe se iniciou na fase de orientação por meio da resposta a uma necessidade sentida – doença, diagnóstico e tratamento. A identificação ocorreu mediante a empatia e o estabelecimento de vínculos de confiança com a equipe. Essa interação favoreceu a exploração de recursos disponíveis e a participação ativa no processo de tratamento. A fase resolução resiliente foi alcançada mediante a mobilização de recursos internos e suportes externos provenientes do familiar e equipe, adaptando-se à situação vivenciada com a possibilidade de ressignificar o seu processo de adoecimento. Nas vivências dos familiares à luz da teoria de Peplau evidenciou-se que a fase de orientação e identificação assemelha-se ao do paciente. Configurou-se, nesse momento, o acolhimento do familiar por uma equipe, sendo que cada integrante atuou de acordo com a sua competência, e juntos se apoiaram e concretizaram a relação de ajuda. O apoio da equipe e a comunicação eficaz favoreceram o paciente e familiar a usufruírem e explorarem todos os serviços disponíveis a fim de responder seus interesses e necessidades, a resolução. Apreendeu-se com a equipe que a comunicação eficaz nos cuidados paliativos é uma ferramenta que possibilita o levantamento das necessidades, estabelece a empatia e relação de ajuda, atende os desejos, viabiliza o trabalho em equipe e proporciona a capacitação para o cuidado. Dessarte, os maiores desafios estão ligados à abordagem da comunicação das más notícias concernentes à transição dos cuidados curativos para paliativos, prognóstico, progressão, evolução da doença e utilização da comunicação de maneira clara. Ressalta-se que a comunicação das más notícias é algo impactante e desafiador tanto para a equipe que comunica, como para o paciente e familiar que recebem. No contexto da comunicação, constatou-se que existem lacunas na formação acadêmica da equipe. Entretanto, as vivências in loco, trabalho e discussões em equipe ganham destaque, e são de grande valia para o aprimoramento da competência paliativista, desenvolvimento de ações práticas para o relacionamento interpessoal e a aquisição das habilidades comunicacionais. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Interpersonal communication sustains human relationships and anchors the welfare activities of health professionals. Communicational skills are basic components in the care of high quality and professional competence. Thus, it constitutes new paradigm and goal in care practice, of education and health. The objective in this research is to analyze the interpersonal communication process between staff, patients in palliative care and family in a unit of Oncology, in the light of the Theory of Interpersonal Relations by Peplau. This is an exploratory, descriptive research with a qualitative approach, conducted with patients in palliative care, family and staff of a hospital in Brasilia-DF. A documentary analysis in electronic medical records of patients for related terms to palliative care for inclusion in the study was conducted; in-depth interview, during September and October 2015. The analysis of the corpus content was performed using the software ALCESTE. Reading the experiences of patients in the light of Peplau theory pointed out that the process of interpersonal communication between patient and staff began in the orientation phase through response to a felt need – disease, diagnosis and treatment. The identification was made through empathy and bonds of trust establishment with the team. This interaction favored the exploitation of available resources and the active participation in the treatment process. The resilient resolution phase was achieved by mobilizing internal resources and external supports from the family and staff, adapting to the situation experienced with the ability to reframe the disease process. In the experience of the family in the light of Peplau theory, it showed that the phase of orientation and identification look likes the patient’s phase. At this time, there’s the host of the family by a team, with each member acting according to his/her ability, and together they have supported and realized the aid relationship. The team support and effective communication favored the patient and family to take advantage and explore all services in order to meet their interests and needs, the resolution. It was apprehended with the team that effective communication in palliative care is a tool that enables the assessment of the needs, establishing empathy and help relationship, meets the desires, enables teamwork and provides training for care. Thus, the biggest challenges are related to addressing the communication of bad news concerning the transition from curative to palliative, prognosis, progression, disease progression and use of communication clearly. It was emphasized that the communication of bad news is something striking and challenging for both: the team that communicates, and the patient and family that receives it. In the context of the communication, it was found that there are gaps in the academic training of the team. However, experiences in loco, work and team discussions are highlighted, and they are of great value to the improvement of palliative competence, development of practical actions to interpersonal relationships and the acquisition of communication skills. _________________________________________________________________________________________________ RESUMEN / La comunicación interpersonal sustenta las relaciones humanas y fija las actividades de bienestar de los profesionales de la salud. Las habilidades de comunicación son componentes básicos en el cuidado de alta calidad y competencia profesional. Por lo tanto, ella constituye nuevo paradigma y meta en la práctica de la atención, la educación y la salud. El objetivo, en esta investigación, es analizar el proceso de comunicación interpersonal entre el personal, los pacientes en cuidados paliativos y la familia en una unidad de Oncología a la luz de la Teoría de las relaciones interpersonales, de Peplau. Se trata de un estudio exploratorio, descriptivo, con abordaje cualitativo, realizado con pacientes en cuidados paliativos, la familia y el personal de un hospital en Brasilia-DF. Se realizó un análisis documental de los registros médicos electrónicos de pacientes para los términos relacionados con los cuidados paliativos para su inclusión en el estudio; entrevista en profundidad, entre septiembre y octubre de 2015. El análisis del contenido generado por el corpus se realizó utilizando el software ALCESTE.
La lectura de las experiencias de los pacientes a la luz de la teoría de Peplau señaló que el proceso de comunicación interpersonal entre el paciente y el personal comenzó en la fase de orientación a través respuesta a una necesidad sentida – enfermedad, el diagnóstico y el tratamiento. La identificación se realiza a través de la empatía y la creación de lazos de confianza con el equipo. Esta interacción favoreció la explotación de los recursos disponibles y la participación activa en el proceso de tratamiento. La fase de resolución resiliente se logró mediante la movilización de recursos internos y externos de apoyo de la familia y el personal, adaptándose a la situación vivida con la capacidad de replantear el proceso de la enfermedad. En la experiencia de la familia a la luz de la teoría de Peplau se demostró que la fase de orientación y de identificación se asemeja al paciente. Se ha configurado en este momento, la acogida de la familia por un equipo, con cada miembro actuado según su capacidad, y juntos han apoyado y se dio cuenta de la relación de ayuda. El apoyo del equipo y la comunicación efectiva favorecieron el paciente y su familia para disfrutar y explorar todos los servicios con el fin de satisfacer sus intereses y necesidades, la resolución. Con el equipo se ha aprehendido que la comunicación efectiva en los cuidados paliativos es una herramienta que permite la evaluación de las necesidades, establecer la relación de empatía y ayuda, cumple los deseos, permite el trabajo en equipo y proporciona formación para el cuidado. De este modo, los mayores desafíos están conectados al abordaje de la comunicación de las malas noticias concernientes a la transición de los cuidados curativos para paliativos, pronóstico, progresión evolución de la enfermedad y utilización de la comunicación de manera clara. Se resalta que la comunicación de las malas noticias es algo impactante y desafiador tanto para el equipo que comunica, como para el paciente y familiar que reciben. En el contexto de la comunicación, se constató que existen lagunas en la formación académica del equipo. Sin embargo, las vivencias in loco, trabajo y discusiones en equipo ganan destaque, y son de grande valía para la mejora de la cualificación paliativista, desarrollo de acciones prácticas a las relaciones interpersonales y la adquisición de habilidades de comunicación.
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