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A oralidade como objeto de ensino: por uma perspectiva de desenvolvimento da lÃngua oral a partir do gÃnero debate / Orality as a teaching object: for a development perspective of the oral language from the debate genre

Elaine Cristina Forte Ferreira 25 November 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / De que maneira o ensino da oralidade pode ser sistematizado a partir do gÃnero debate? Essa questÃo, que permeia toda nossa investigaÃÃo, centra-se no fato de consideramos essencial a utilizaÃÃo de atividades significativas que possam conceber as modalidades da lÃngua como intercambiÃveis, pensadas num contÃnuo, de forma que uma seja a extensÃo da outra. Delineamos como objetivo geral desta pesquisa propor uma sistematizaÃÃo do ensino da lÃngua oral na escola a partir do gÃnero debate, partindo da anÃlise das dificuldades demonstradas pelos alunos na construÃÃo desse gÃnero. Para fundamentar nossa pesquisa, o fio condutor à permeado pelos pressupostos teÃricos de uma perspectiva sociointeracionista da linguagem (BAKHTIN, 2009), que contempla a interface sob a qual nos posicionamos: amparamo-nos em conceitos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), mais especificamente na perspectiva da Escola de Genebra (SCHNEUWLY; DOLZ, 1999; 2004); nos estudos da oralidade (MARCUSCHI, 2001; 2003; ANTUNES, 2003; FÃVERO, ANDRADE E AQUINO, 2003); em pressupostos da LinguÃstica de Texto, como a sequÃncia argumentativa (ADAM, 1992; 2008) e tÃpico discursivo (JUBRAN, 1993); e da AnÃlise da Conversa (MARCUSCHI, 1989; 2003; URBANO, 1999; PRETI, 1999) e da Fala-em-InteraÃÃo (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 2003). No intuito de atingir os objetivos dessa tese, empreendemos a realizaÃÃo da pesquisa de natureza qualitativa com nuances de pesquisa-aÃÃo que conta com a participaÃÃo de uma turma do 6 e uma turma do 7 ano do ensino fundamental. O processo de coleta de dados apresentou os seguintes procedimentos: submissÃo do projeto ao Comità de Ãtica, testagem dos procedimentos da pesquisa piloto e interaÃÃo com os alunos a partir da elaboraÃÃo de atividades para a produÃÃo do gÃnero debate. Os dados foram registrados em Ãudio e vÃdeo. As produÃÃes sÃo constituÃdas de textos orais, elaborados por alunos, a partir da apresentaÃÃo de temÃticas que suscitam discussÃo por terem a caracterÃstica de serem polÃmicas, o que, no nosso entender, pode ser a base para dar inÃcio à produÃÃo de debates. A partir desses procedimentos, construÃmos um corpus em 30h/ aulas. Os resultados a que chegamos demonstram que os principais entraves enfrentados pelos alunos na produÃÃo de um debate giram em torno de dois eixos: no que diz respeito à construÃÃo da argumentaÃÃo, hà argumentos inconsistentes e desvios de tÃpico recorrentes, que podem prejudicar os propÃsitos do gÃnero; e no que diz respeito aos elementos da oralidade, hÃ, de um lado, falta de planejamento e manifestaÃÃo de incerteza, hesitaÃÃo e dÃvida quando do uso de alguns marcadores conversacionais; e, de outro, existem constantes assaltos ao turno, que contribuem para rupturas de raciocÃnio e quebras na construÃÃo de sentido do texto que està sendo produzido pelo falante em curso. Para esses entraves, propomos atividades que podem amenizÃ-los e um roteiro de ensino do gÃnero debate. / How can the orality teaching be systematized from debate? This issue, which is the main theme throughtout this research, is focused on the fact that meaningful activities are considered to be essential, especially when the latter ones conceive langugae modalities as exchangeable. In other words, language modalities are regarded as a continuum between speech and writing, in a way that the latter one is an extension of the former one. We set as a research aim to propose a systematization in the orality teaching at school, taking the debate as the target text genre, by analyzing the difficulties that students demonstrated in writing this specific genre. As theoretical basis, we were guided by rationale found in the language sociointeractional perspective (BAKHTIN, 2009), which carries the interface that meets our investigation herein. In doing so, we stand on: Socio-Discursive Interactionism (SDI), mainly on the School of Geneva perspective (SCHNEUWLY; DOLZ, 1999; 2004); oral tradition studies (MARCUSCHI, 2001; 2003; ANTUNES, 2003; FÃVERO; ANDRADE; AQUINO, 2003); Text Linguistics, for instance: the argumentative constellation (ADAM, 1992; 2008), and discursive topic (JUBRAN, 1993); Conversation Analysis (MARCUSCHI, 1989; 2003; URBANO, 1999; PRETI, 1999); and Speech-in-Interaction (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 2003). In order to achieve this investigationâs aims, we relied on a qualitative action research, with the participation of one group on the 6th grade, and one group on the 7th grade from the Elementary Education. The data collection process followed this procedure: Project submission to the Ethics Committee, Pilot Researchâs procedures testing, and interaction with the students envolved upon elaborating activities to have them produce debate texts. Data were registered through audio and video. Data productions consist of oral texts, elaborated by students, followed by presentation of polemic themes that might raise discussions, which is, supposedly, a starting point to producing debate. Based on these procedures, we built up a corpus in 30 classes long. Results demonstrate that the most significant obstacles faced by students while producing debate rely on two points: with respect to the argumentative construction â there are inconsistent and arguments and recurrent topic deviation, which might jeopardize this genre proposes; and the ones pertaining to orality elements â there is, on one hand, lack of planing and incertainty manifestation, hesitation and doubt (upon using some conversation markers; and, on the other hand, constant turn-takings, which contribute to ratiocinaton rupture and a break in the meaning construction of the text which is being produced by the speaker in class. For those obstacles, we propose activities that might minimize them, as well as lesson plans on the debate genre.
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A oralidade como objeto de ensino: por uma perspectiva de desenvolvimento da língua oral a partir do gênero debate / Orality as a teaching object: for a development perspective of the oral language from the debate genre

Ferreira, Elaine Cristina Forte January 2014 (has links)
FERREIRA, Elaine Cristina Forte. A oralidade como objeto de ensino: por uma perspectiva de desenvolvimento da língua oral a partir do gênero debate. 2014. 229f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2014. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-06-30T12:45:40Z No. of bitstreams: 1 2014_tese_ecfferreira.pdf: 2832563 bytes, checksum: aa96dc2b0583e77376711f6445317373 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-06-30T12:48:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_tese_ecfferreira.pdf: 2832563 bytes, checksum: aa96dc2b0583e77376711f6445317373 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-06-30T12:48:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_tese_ecfferreira.pdf: 2832563 bytes, checksum: aa96dc2b0583e77376711f6445317373 (MD5) Previous issue date: 2014 / How can the orality teaching be systematized from debate? This issue, which is the main theme throughtout this research, is focused on the fact that meaningful activities are considered to be essential, especially when the latter ones conceive langugae modalities as exchangeable. In other words, language modalities are regarded as a continuum between speech and writing, in a way that the latter one is an extension of the former one. We set as a research aim to propose a systematization in the orality teaching at school, taking the debate as the target text genre, by analyzing the difficulties that students demonstrated in writing this specific genre. As theoretical basis, we were guided by rationale found in the language sociointeractional perspective (BAKHTIN, 2009), which carries the interface that meets our investigation herein. In doing so, we stand on: Socio-Discursive Interactionism (SDI), mainly on the School of Geneva perspective (SCHNEUWLY; DOLZ, 1999; 2004); oral tradition studies (MARCUSCHI, 2001; 2003; ANTUNES, 2003; FÁVERO; ANDRADE; AQUINO, 2003); Text Linguistics, for instance: the argumentative constellation (ADAM, 1992; 2008), and discursive topic (JUBRAN, 1993); Conversation Analysis (MARCUSCHI, 1989; 2003; URBANO, 1999; PRETI, 1999); and Speech-in-Interaction (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 2003). In order to achieve this investigation’s aims, we relied on a qualitative action research, with the participation of one group on the 6th grade, and one group on the 7th grade from the Elementary Education. The data collection process followed this procedure: Project submission to the Ethics Committee, Pilot Research’s procedures testing, and interaction with the students envolved upon elaborating activities to have them produce debate texts. Data were registered through audio and video. Data productions consist of oral texts, elaborated by students, followed by presentation of polemic themes that might raise discussions, which is, supposedly, a starting point to producing debate. Based on these procedures, we built up a corpus in 30 classes long. Results demonstrate that the most significant obstacles faced by students while producing debate rely on two points: with respect to the argumentative construction – there are inconsistent and arguments and recurrent topic deviation, which might jeopardize this genre proposes; and the ones pertaining to orality elements – there is, on one hand, lack of planing and incertainty manifestation, hesitation and doubt (upon using some conversation markers; and, on the other hand, constant turn-takings, which contribute to ratiocinaton rupture and a break in the meaning construction of the text which is being produced by the speaker in class. For those obstacles, we propose activities that might minimize them, as well as lesson plans on the debate genre. / De que maneira o ensino da oralidade pode ser sistematizado a partir do gênero debate? Essa questão, que permeia toda nossa investigação, centra-se no fato de consideramos essencial a utilização de atividades significativas que possam conceber as modalidades da língua como intercambiáveis, pensadas num contínuo, de forma que uma seja a extensão da outra. Delineamos como objetivo geral desta pesquisa propor uma sistematização do ensino da língua oral na escola a partir do gênero debate, partindo da análise das dificuldades demonstradas pelos alunos na construção desse gênero. Para fundamentar nossa pesquisa, o fio condutor é permeado pelos pressupostos teóricos de uma perspectiva sociointeracionista da linguagem (BAKHTIN, 2009), que contempla a interface sob a qual nos posicionamos: amparamo-nos em conceitos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), mais especificamente na perspectiva da Escola de Genebra (SCHNEUWLY; DOLZ, 1999; 2004); nos estudos da oralidade (MARCUSCHI, 2001; 2003; ANTUNES, 2003; FÁVERO, ANDRADE E AQUINO, 2003); em pressupostos da Linguística de Texto, como a sequência argumentativa (ADAM, 1992; 2008) e tópico discursivo (JUBRAN, 1993); e da Análise da Conversa (MARCUSCHI, 1989; 2003; URBANO, 1999; PRETI, 1999) e da Fala-em-Interação (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 2003). No intuito de atingir os objetivos dessa tese, empreendemos a realização da pesquisa de natureza qualitativa com nuances de pesquisa-ação que conta com a participação de uma turma do 6º e uma turma do 7º ano do ensino fundamental. O processo de coleta de dados apresentou os seguintes procedimentos: submissão do projeto ao Comitê de Ética, testagem dos procedimentos da pesquisa piloto e interação com os alunos a partir da elaboração de atividades para a produção do gênero debate. Os dados foram registrados em áudio e vídeo. As produções são constituídas de textos orais, elaborados por alunos, a partir da apresentação de temáticas que suscitam discussão por terem a característica de serem polêmicas, o que, no nosso entender, pode ser a base para dar início à produção de debates. A partir desses procedimentos, construímos um corpus em 30h/ aulas. Os resultados a que chegamos demonstram que os principais entraves enfrentados pelos alunos na produção de um debate giram em torno de dois eixos: no que diz respeito à construção da argumentação, há argumentos inconsistentes e desvios de tópico recorrentes, que podem prejudicar os propósitos do gênero; e no que diz respeito aos elementos da oralidade, há, de um lado, falta de planejamento e manifestação de incerteza, hesitação e dúvida quando do uso de alguns marcadores conversacionais; e, de outro, existem constantes assaltos ao turno, que contribuem para rupturas de raciocínio e quebras na construção de sentido do texto que está sendo produzido pelo falante em curso. Para esses entraves, propomos atividades que podem amenizá-los e um roteiro de ensino do gênero debate.

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