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A política externa turca entre o ocaso das forças armadas e a ascensão dos religiososLeães, Ricardo Fagundes January 2015 (has links)
O artigo em questão trata da evolução das relações civis-militares na Turquia e de sua estreita vinculação com a política externa do país. A partir de uma análise sobre o desenvolvimento do kemalismo na Turquia, demonstramos como as Forças Armadas conseguiram institucionalizar suas prerrogativas, de forma a ter grande relevância para a formulação da política externa turca. Ao longo da Guerra Fria, então, o papel jogado pelos militares fez com que Ancara se mantivesse alinhado ao Ocidente, com receio da ascensão de movimentos contrários, como o marxismo, o islamismo e o curdismo. No entanto, a partir de 1999, observamos o processo contrário, com o afastamento das Forças Armadas dos centros de decisão da política turca. Esse fenômeno foi acentuado a partir de 2002, com a emergência do AKP, que levou os setores religiosos ao governo e intensificou o declínio dos militares enquanto agentes políticos. Em termos diplomáticos, verificou-se uma transformação significativa da política externa da Turquia, que abandonou a matriz de aliança com o Ocidente em favor de uma estratégia mais regionalista e assertiva. / This article deals with the evolution of civil-military relations in Turkey, and with its strict link with its foreign policy. With that spirit, we analyzed the development of Kemalism in Turkey and we showed how the Turkish Armed Forces managed to institutionalize their prerogatives, so they could play a paramount role to the formulation of Turkish foreign policy. During the Cold War, therefore, it meant the Ankara has always been a close ally to the West, especially because Army feared the rise of antagonist political movements such as Marxism, Islamism and Kurdism. However, from 1999, we can observe the exact opposite phenomenon, because the Turkish Armed Forces have been ostracized when it comes to the Turkish political process. This fact was deeply intensified since 2002, when the AKP won the general elections. The AKP victory brought some religious segments to the core of the government and that deepen the military decline as political actors. Diplomatically, we remarked a significant shift in Turkish foreign policy, once Turkey abandoned its unquestionable alliance with the West in favor of a more assertive and regionalist strategy.
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A política externa turca entre o ocaso das forças armadas e a ascensão dos religiososLeães, Ricardo Fagundes January 2015 (has links)
O artigo em questão trata da evolução das relações civis-militares na Turquia e de sua estreita vinculação com a política externa do país. A partir de uma análise sobre o desenvolvimento do kemalismo na Turquia, demonstramos como as Forças Armadas conseguiram institucionalizar suas prerrogativas, de forma a ter grande relevância para a formulação da política externa turca. Ao longo da Guerra Fria, então, o papel jogado pelos militares fez com que Ancara se mantivesse alinhado ao Ocidente, com receio da ascensão de movimentos contrários, como o marxismo, o islamismo e o curdismo. No entanto, a partir de 1999, observamos o processo contrário, com o afastamento das Forças Armadas dos centros de decisão da política turca. Esse fenômeno foi acentuado a partir de 2002, com a emergência do AKP, que levou os setores religiosos ao governo e intensificou o declínio dos militares enquanto agentes políticos. Em termos diplomáticos, verificou-se uma transformação significativa da política externa da Turquia, que abandonou a matriz de aliança com o Ocidente em favor de uma estratégia mais regionalista e assertiva. / This article deals with the evolution of civil-military relations in Turkey, and with its strict link with its foreign policy. With that spirit, we analyzed the development of Kemalism in Turkey and we showed how the Turkish Armed Forces managed to institutionalize their prerogatives, so they could play a paramount role to the formulation of Turkish foreign policy. During the Cold War, therefore, it meant the Ankara has always been a close ally to the West, especially because Army feared the rise of antagonist political movements such as Marxism, Islamism and Kurdism. However, from 1999, we can observe the exact opposite phenomenon, because the Turkish Armed Forces have been ostracized when it comes to the Turkish political process. This fact was deeply intensified since 2002, when the AKP won the general elections. The AKP victory brought some religious segments to the core of the government and that deepen the military decline as political actors. Diplomatically, we remarked a significant shift in Turkish foreign policy, once Turkey abandoned its unquestionable alliance with the West in favor of a more assertive and regionalist strategy.
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A política externa turca entre o ocaso das forças armadas e a ascensão dos religiososLeães, Ricardo Fagundes January 2015 (has links)
O artigo em questão trata da evolução das relações civis-militares na Turquia e de sua estreita vinculação com a política externa do país. A partir de uma análise sobre o desenvolvimento do kemalismo na Turquia, demonstramos como as Forças Armadas conseguiram institucionalizar suas prerrogativas, de forma a ter grande relevância para a formulação da política externa turca. Ao longo da Guerra Fria, então, o papel jogado pelos militares fez com que Ancara se mantivesse alinhado ao Ocidente, com receio da ascensão de movimentos contrários, como o marxismo, o islamismo e o curdismo. No entanto, a partir de 1999, observamos o processo contrário, com o afastamento das Forças Armadas dos centros de decisão da política turca. Esse fenômeno foi acentuado a partir de 2002, com a emergência do AKP, que levou os setores religiosos ao governo e intensificou o declínio dos militares enquanto agentes políticos. Em termos diplomáticos, verificou-se uma transformação significativa da política externa da Turquia, que abandonou a matriz de aliança com o Ocidente em favor de uma estratégia mais regionalista e assertiva. / This article deals with the evolution of civil-military relations in Turkey, and with its strict link with its foreign policy. With that spirit, we analyzed the development of Kemalism in Turkey and we showed how the Turkish Armed Forces managed to institutionalize their prerogatives, so they could play a paramount role to the formulation of Turkish foreign policy. During the Cold War, therefore, it meant the Ankara has always been a close ally to the West, especially because Army feared the rise of antagonist political movements such as Marxism, Islamism and Kurdism. However, from 1999, we can observe the exact opposite phenomenon, because the Turkish Armed Forces have been ostracized when it comes to the Turkish political process. This fact was deeply intensified since 2002, when the AKP won the general elections. The AKP victory brought some religious segments to the core of the government and that deepen the military decline as political actors. Diplomatically, we remarked a significant shift in Turkish foreign policy, once Turkey abandoned its unquestionable alliance with the West in favor of a more assertive and regionalist strategy.
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