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Caracterização química, estudo farmacológico e toxicológico de Siparuna guianensis Aublet. (Siparunaceae)

Conegundes, Jéssica Leiras Mota 28 June 2017 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-10-11T14:08:37Z No. of bitstreams: 1 jessicaleirasmotaconegundes.pdf: 1763849 bytes, checksum: 374bcafcbd3cb3795cf0a0c6af6419ee (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2018-10-16T14:06:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1 jessicaleirasmotaconegundes.pdf: 1763849 bytes, checksum: 374bcafcbd3cb3795cf0a0c6af6419ee (MD5) / Made available in DSpace on 2018-10-16T14:06:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 jessicaleirasmotaconegundes.pdf: 1763849 bytes, checksum: 374bcafcbd3cb3795cf0a0c6af6419ee (MD5) Previous issue date: 2017-06-28 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A espécie Siparuna guianensis Aublet. (Siparunaceae), conhecida como negramina, capitu, folha santa e limão-bravo, é amplamente distribuída no território nacional. A espécie tem sido tradicionalmente utilizada no combate de sintomas de algumas patologias como febre, inflamação, dores de cabeça e no corpo. O presente estudo teve como objetivos avaliar a atividade antioxidante, antinociceptiva, anti-inflamatória e toxidez oral aguda da partição em diclorometano (PDCM) das folhas de S. guianensis, bem como determinar o perfil químico de PDCM e suas frações. Para tal, as folhas secas foram submetidas à extração em metanol por maceração estática. O extrato metanólico foi então particionado, primeiramente com hexano, seguido de diclorometano, obtendose a PDCM que, por sua vez, foi fracionada e forneceu 14 frações (FD1 a FD14). O perfil químico da PDCM e suas frações foi determinado por cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), possibilitando a identificação de constituintes terpênicos e flavonoides. Com relação à atividade antioxidante in vitro, a PDCM foi eficaz em reduzir o radical DPPH (CI50 25 μg/mL); no método do fosfomolibidênio foi encontrado o valor de 0,34 mg/mg de PDCM em equivalentes de ácido ascórbico; no método do TBA a amostra na concentração de 7,5 mg foi capaz de inibir a peroxidação lipídica de forma estatisticamente igual à substância de referência (BHT), na mesma concentração. In vivo, a atividade anti-inflamatória foi avaliada em camundongos pelo método do edema de orelha induzido pelo óleo de cróton e pelo modelo de peritonite induzida por LPS. No primeiro modelo PDCM administrada por via oral (v.o.) foi capaz de reduzir significativamente o edema nas doses de 100 e 300 mg/kg em 54 e 52%, respectivamente. Enquanto que no segundo ensaio, PDCM na dose de 100 mg/kg foi capaz de inibir a migração leucocitária em 53%. O estudo toxicológico agudo, durante 14 dias, mostrou que esta amostra é segura para administração por via oral. PDCM v.o. apresentou ação antinociceptiva em dois dos três modelos utilizados. No modelo de contorções abdominais induzidas por ácido acético, as doses de 100, 200 e 300mg/kg foram capazes de inibir o número de contorções em 67, 71 e 83%, respectivamente. No teste da formalina, foi observada atividade tanto na nocicepção neurogênica, quanto na nocicepção inflamatória. Na primeira, todas as doses (100, 200 e 300 mg/kg) foram eficazes reduzindo em 56, 54 e 48%, respectivamente, o tempo de lambida. Do mesmo modo, na segunda fase todas as doses foram eficazes, porém de forma menos significativa que na primeira fase, reduzindo o tempo de lambida em 29, 38 e 44%, respectivamente. Devido à natureza comportamental dos ensaios antinociceptivos, o teste do campo aberto mostrou que a amostra não tem atividade sobre a locomoção dos animais. Os resultados indicam que a PDCM de S. guianensis possui potencial antioxidante, antinociceptiva e anti-inflamatória, provavelmente relacionados aos constituintes terpênicos e flavonoides presentes na espécie. / The species Siparuna guianensis Aublet. (Siparunaceae), known as negramina, capitú, folha-santa e limão-bravo, is widely distributed around the national territory. Species have traditionally been used to combat the symptoms of some pathologies fever, inflammation, headaches and body aches, and other disorders. The present study aimed to evaluate the antioxidant, antinociceptive and anti-inflammatory activities and acute oral toxicity profile of the dichloromethane partition (PDCM), as well as to determine the chemical profile of PDCM and its fractions. For this, the dry leaves were subjected to methanol extraction by static maceration. The methanolic extract was subject to liquidliquid partition, firstly with hexane, followed by dichloromethane, to obtain the dichloromethane partition (PDCM). Then, PDCM was fractionated, and 14 fractions (FD1 – FD14) were collected. The PDCM and fractions chemical profiles was performed using thin layer chromatography (TLC) and high performance liquid chromatography (HPLC), which allowed the identification of terpenes and flavonoids. According to the in vitro tests, PDCM was effective in reducing the DPPH radical (IC50 25 μg/mL); the value of 0.34 mg/mg of PDCM in ascorbic acid equivalents was determined using the fosfomolybdenium assay; the sample at 7.5 mg was able to inhibit lipid peroxidation with no statistical difference compared to the reference substance (BHT) at the same concentration in the TBA assay. Besides, the in vivo anti-inflammatory activity was investigated in mice by the cróton oil-induced ear edema and by the model of peritonitis induced by LPS. PDCM was capable to reduce the ear edema at 100 and 300 mg/kg by 54% and 52%, respectively. Also, PDCM inhibited the leucocyte migration by 53% at 100 mg/kg. The acute toxicological evaluation, during 14 days, suggested that the oral administration of this sample is safe. PDCM also showed antinociceptive action in two of the three models used. The number of writhing was reduced by 67%, 71% and 83% at 100, 200 and 300 mg/kg, respectively, in acetic acid-induced writhing test. The neurogenic and inflammatory antinociceptive activity was also observed by the formalin test. All doses (100, 200 and 300 mg/kg) were effective, reducing by 56%, 54% e 48% the licking time during the neurogenic inflammation, respectively. All doses (100, 200 and 300 mg/kg) were also effective in the second phase, however in a less significant manner, reducing the licking time by 29%, 38%, and 44%, respectively. Due to the behavioral nature of the antinociceptive assays, the open field test was carried out to ensure that the sample has no interference on animal locomotion. The results indicated that PDCM from S. guianensis is endowed with antioxidant, antinociceptive and antiinflammatory potential, probably related to the terpenes and flavonoids presented in this species.

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