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A mercantilização da agricultura familiar do Alto Uruguai/RS : um estudo de caso no município de Três Palmeiras

Conterato, Marcelo Antonio January 2004 (has links)
Esta dissertação aborda as transformações na forma familiar de produção através da análise das estratégias de reprodução que levaram os “colonos” do Alto Uruguai a se transformarem em “agricultores familiares”. Esta transformação se dá mediante um processo de inserção mercantil que se acentua a partir da década de 1970, levando os agricultores a uma plena mercantilização da vida social e econômica. Embora o estudo abranja o território do Alto Uruguai como referência empírica, os dados foram coletados no município de Três Palmeiras, onde se procura valorizar os processos sociais que envolvem a trajetória histórica de uma forma de trabalho e produção que cada vez mais se insere nos circuitos mercantis e, por isso, passa a ter a sua reprodução cada vez mais mercantilizada. A mercantilização é entendida como um processo de externalização das relações de produção, onde o agricultor se torna dependente das relações com o ambiente social e econômico seja para comprar insumos e produtos, seja para vender a produção após um ano de trabalho. Este processo de mercantilização tem levado os agricultores familiares a estabelecer relações sociais e econômicas que privilegiam a especialização produtiva, a concentração dos meios de produção e a individualização do processo produtivo. Desta maneira, acabam reforçando um padrão agrícola de produção que historicamente tem se demonstrado concentrador e excludente, o que acentua os processos de diferenciação social e econômica entre os agricultores familiares. Este trabalho pretende dar uma contribuição ao estudo da agricultura familiar inserida num ambiente e sociedade de mercado e compreender a diversidade social e econômica que determina os processos de reprodução e diferenciação social e econômica na agricultura familiar. Da mesma forma, busca-se fornecer subsídios para os formuladores de políticas públicas e administradores locais na medida em que a agricultura familiar é a base social, econômica e cultural da sociedade da região estudada.
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A mercantilização da agricultura familiar do Alto Uruguai/RS : um estudo de caso no município de Três Palmeiras

Conterato, Marcelo Antonio January 2004 (has links)
Esta dissertação aborda as transformações na forma familiar de produção através da análise das estratégias de reprodução que levaram os “colonos” do Alto Uruguai a se transformarem em “agricultores familiares”. Esta transformação se dá mediante um processo de inserção mercantil que se acentua a partir da década de 1970, levando os agricultores a uma plena mercantilização da vida social e econômica. Embora o estudo abranja o território do Alto Uruguai como referência empírica, os dados foram coletados no município de Três Palmeiras, onde se procura valorizar os processos sociais que envolvem a trajetória histórica de uma forma de trabalho e produção que cada vez mais se insere nos circuitos mercantis e, por isso, passa a ter a sua reprodução cada vez mais mercantilizada. A mercantilização é entendida como um processo de externalização das relações de produção, onde o agricultor se torna dependente das relações com o ambiente social e econômico seja para comprar insumos e produtos, seja para vender a produção após um ano de trabalho. Este processo de mercantilização tem levado os agricultores familiares a estabelecer relações sociais e econômicas que privilegiam a especialização produtiva, a concentração dos meios de produção e a individualização do processo produtivo. Desta maneira, acabam reforçando um padrão agrícola de produção que historicamente tem se demonstrado concentrador e excludente, o que acentua os processos de diferenciação social e econômica entre os agricultores familiares. Este trabalho pretende dar uma contribuição ao estudo da agricultura familiar inserida num ambiente e sociedade de mercado e compreender a diversidade social e econômica que determina os processos de reprodução e diferenciação social e econômica na agricultura familiar. Da mesma forma, busca-se fornecer subsídios para os formuladores de políticas públicas e administradores locais na medida em que a agricultura familiar é a base social, econômica e cultural da sociedade da região estudada.
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A mercantilização da agricultura familiar do Alto Uruguai/RS : um estudo de caso no município de Três Palmeiras

Conterato, Marcelo Antonio January 2004 (has links)
Esta dissertação aborda as transformações na forma familiar de produção através da análise das estratégias de reprodução que levaram os “colonos” do Alto Uruguai a se transformarem em “agricultores familiares”. Esta transformação se dá mediante um processo de inserção mercantil que se acentua a partir da década de 1970, levando os agricultores a uma plena mercantilização da vida social e econômica. Embora o estudo abranja o território do Alto Uruguai como referência empírica, os dados foram coletados no município de Três Palmeiras, onde se procura valorizar os processos sociais que envolvem a trajetória histórica de uma forma de trabalho e produção que cada vez mais se insere nos circuitos mercantis e, por isso, passa a ter a sua reprodução cada vez mais mercantilizada. A mercantilização é entendida como um processo de externalização das relações de produção, onde o agricultor se torna dependente das relações com o ambiente social e econômico seja para comprar insumos e produtos, seja para vender a produção após um ano de trabalho. Este processo de mercantilização tem levado os agricultores familiares a estabelecer relações sociais e econômicas que privilegiam a especialização produtiva, a concentração dos meios de produção e a individualização do processo produtivo. Desta maneira, acabam reforçando um padrão agrícola de produção que historicamente tem se demonstrado concentrador e excludente, o que acentua os processos de diferenciação social e econômica entre os agricultores familiares. Este trabalho pretende dar uma contribuição ao estudo da agricultura familiar inserida num ambiente e sociedade de mercado e compreender a diversidade social e econômica que determina os processos de reprodução e diferenciação social e econômica na agricultura familiar. Da mesma forma, busca-se fornecer subsídios para os formuladores de políticas públicas e administradores locais na medida em que a agricultura familiar é a base social, econômica e cultural da sociedade da região estudada.
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A produção "pro gasto" : um estudo comparativo do autoconsumo no Rio Grande do Sul

Grisa, Catia January 2007 (has links)
Esta dissertação tem por tema as funções que a produção para o autoconsumo desempenha na agricultura familiar gaúcha. Parte-se de um estudo comparativo do autoconsumo em quatro municípios (Veranópolis, Morro Redondo, Salvador das Missões e Três Palmeiras) que apresentam produção agropecuária, características socioeconômicas e culturais distintas. Os procedimentos metodológicos utilizados referem-se à aplicação de questionários (238), entrevistas semi-estruturadas (35), diário de campo e dados de fontes secundárias (IBGE, FEE, etc.). O objetivo principal é investigar a importância e as funções do autoconsumo em universos empíricos que apresentam dinâmicas da agricultura familiar diferenciadas. Para tanto, adotou-se três hipóteses. A primeira supõe que, acompanhando a diversidade da agricultura familiar, a produção para o autoconsumo apresenta diferença de importância e de tipos de alimentos consumidos nos municípios pesquisados. A seguinte, conjectura que esta diferença de importância entre municípios e estabelecimentos deve-se à dinâmica da agricultura familiar local, características do contexto social e de cada unidade familiar. A última hipótese considera que o autoconsumo é um dos fatores explicativos da condição social e econômica das unidades familiares e configura-se como uma estratégia de fortalecimento da autonomia das mesmas. Propor este debate significa retomar um tema pouco discutido na literatura brasileira, e que, embora muitas vezes marginalizado e/ou considerado sem relevância, desempenha importante papel na agricultura familiar. Esta produção, central na organização produtiva e econômica das unidades camponesas, torna-se complementar à medida que ocorre o processo de mercantilização da agricultura e a metamorfose de camponeses a agricultores familiares. Não obstante esta condição de complementaridade no processo produtivo, o autoabastecimento alimentar continua apresentando-se uma estratégia relevante para a reprodução social das unidades familiares. Talvez acreditando que se trate de uma produção transitória e fadada ao desaparecimento, poucos estudiosos e pesquisadores se interessam pelo tema, repercutindo também na desconsideração por parte das políticas públicas. No entanto, produzir para o consumo da família constitui uma estratégia de fortalecimento de sua autonomia, visto que propicia maior controle das unidades familiares sobre seus processos de produção e reprodução social. O autoabastecimento mantém sob controle da família (ao menos em parte) uma das dimensões mais importantes à sua reprodução, a alimentação. Ademais, é fonte de segurança alimentar; estratégia de diversificação dos modos de vida; forma de economização; modo de manter homem, natureza e trabalho integrados em co-produção; mecanismo de defesa pela característica da alternatividade destes alimentos; fulcro de sociabilidade e; ainda relaciona-se com a identidade das unidades familiares. Os resultados alcançados vão ao encontro das hipóteses, exceto em parte da primeira assertiva, onde foi possível observar uma homogeneidade dos hábitos alimentares nos universos pesquisados, e não, como se supunha, diferenças expressivas nos tipos de alimentos produzidos. As conclusões ratificam que esta produção é uma estratégia recorrente e importante para a autonomia da agricultura familiar. Não se trata de uma produção arcaica, mas sim de um elemento integrante do modo de vida rural contemporâneo e deve ser considerado como instrumento potencial para o desenvolvimento rural. / This paper has for subject the functions that the production for autoconsumption plays in family farm of the Rio Grande do Sul. This study uses the comparative method to analyze four cities (Veranópolis, Morro Redondo, Salvador das Missões and Três Palmeiras) that present farming production, distinct economics, social and cultural characteristics. The used methodology refer to the application of questionnaires (238), half-structuralized interviews (35), daily of field and data of secondary sources (IBGE, FEE, etc.). The main objective is to investigate the importance and the functions of autoconsumption in empirical universes that present differentiated dynamic of family farm. Three hypotheses were adopted. The first assumes that, following the diversity of family farm, the production for autoconsumption presents difference of importance and types of foods consumed in the searched cities. The following suppose that this difference of importance between cities and establishments must it the dynamics of local family farm, characteristic of the social context and each familiar unit. The last hypothesis considers that autoconsumption is one of the explicatory factors of the social and economic condition of the familiar units and is configured as a strategy of strengthens of the autonomy. To propose this debate means to retake a subject little argued in Brazilian literature, and that, although many times marginalized and/or considered without relevance, have important role in familiar agriculture. This production, central in the productive and economic organization of the units’ peasants, becomes to complement to the measure that occurs the process of commoditization of agriculture and the metamorphosis of peasants to familiar farmers. Though this condition of complementary in the productive process, the alimentary autosupplying continues an important strategy for the social reproduction of the familiar units. Perhaps believing that this production should disappear, few studious and searching showed interests for the subject, also influencing in the lack of attention on the part of the policy makers. However, to produce for the consumption of the family constitutes a strategy of strengthens of its autonomy, because propitiates more control of the familiar units on its processes of production and social reproduction. The autosupplying keeps under control of family one of the dimensions most important to its reproduction, the food. Still, is source of alimentary security; strategy of diversification de livelihoods; an economy form; way to keep integrated man, nature and work in co-production; mechanism of defense for the characteristic of the alternativity of these foods; promote the sociability and; still are related with the identity of the familiar units.The results this study go to the meeting of the hypotheses, except in part of the first assertive, where it was possible to observe a homogeneity of the alimentary habits in the searched universes, and not, as it was assumed, relevant differences in the types of produced foods. The conclusions ratify that this production is a recurrent and important strategy for the autonomy of family farm. The autoconsumption is not an archaic production, but yes of an integrant element in the way of rural life contemporary and must be considered as potential instrument for the rural development.
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A produção "pro gasto" : um estudo comparativo do autoconsumo no Rio Grande do Sul

Grisa, Catia January 2007 (has links)
Esta dissertação tem por tema as funções que a produção para o autoconsumo desempenha na agricultura familiar gaúcha. Parte-se de um estudo comparativo do autoconsumo em quatro municípios (Veranópolis, Morro Redondo, Salvador das Missões e Três Palmeiras) que apresentam produção agropecuária, características socioeconômicas e culturais distintas. Os procedimentos metodológicos utilizados referem-se à aplicação de questionários (238), entrevistas semi-estruturadas (35), diário de campo e dados de fontes secundárias (IBGE, FEE, etc.). O objetivo principal é investigar a importância e as funções do autoconsumo em universos empíricos que apresentam dinâmicas da agricultura familiar diferenciadas. Para tanto, adotou-se três hipóteses. A primeira supõe que, acompanhando a diversidade da agricultura familiar, a produção para o autoconsumo apresenta diferença de importância e de tipos de alimentos consumidos nos municípios pesquisados. A seguinte, conjectura que esta diferença de importância entre municípios e estabelecimentos deve-se à dinâmica da agricultura familiar local, características do contexto social e de cada unidade familiar. A última hipótese considera que o autoconsumo é um dos fatores explicativos da condição social e econômica das unidades familiares e configura-se como uma estratégia de fortalecimento da autonomia das mesmas. Propor este debate significa retomar um tema pouco discutido na literatura brasileira, e que, embora muitas vezes marginalizado e/ou considerado sem relevância, desempenha importante papel na agricultura familiar. Esta produção, central na organização produtiva e econômica das unidades camponesas, torna-se complementar à medida que ocorre o processo de mercantilização da agricultura e a metamorfose de camponeses a agricultores familiares. Não obstante esta condição de complementaridade no processo produtivo, o autoabastecimento alimentar continua apresentando-se uma estratégia relevante para a reprodução social das unidades familiares. Talvez acreditando que se trate de uma produção transitória e fadada ao desaparecimento, poucos estudiosos e pesquisadores se interessam pelo tema, repercutindo também na desconsideração por parte das políticas públicas. No entanto, produzir para o consumo da família constitui uma estratégia de fortalecimento de sua autonomia, visto que propicia maior controle das unidades familiares sobre seus processos de produção e reprodução social. O autoabastecimento mantém sob controle da família (ao menos em parte) uma das dimensões mais importantes à sua reprodução, a alimentação. Ademais, é fonte de segurança alimentar; estratégia de diversificação dos modos de vida; forma de economização; modo de manter homem, natureza e trabalho integrados em co-produção; mecanismo de defesa pela característica da alternatividade destes alimentos; fulcro de sociabilidade e; ainda relaciona-se com a identidade das unidades familiares. Os resultados alcançados vão ao encontro das hipóteses, exceto em parte da primeira assertiva, onde foi possível observar uma homogeneidade dos hábitos alimentares nos universos pesquisados, e não, como se supunha, diferenças expressivas nos tipos de alimentos produzidos. As conclusões ratificam que esta produção é uma estratégia recorrente e importante para a autonomia da agricultura familiar. Não se trata de uma produção arcaica, mas sim de um elemento integrante do modo de vida rural contemporâneo e deve ser considerado como instrumento potencial para o desenvolvimento rural. / This paper has for subject the functions that the production for autoconsumption plays in family farm of the Rio Grande do Sul. This study uses the comparative method to analyze four cities (Veranópolis, Morro Redondo, Salvador das Missões and Três Palmeiras) that present farming production, distinct economics, social and cultural characteristics. The used methodology refer to the application of questionnaires (238), half-structuralized interviews (35), daily of field and data of secondary sources (IBGE, FEE, etc.). The main objective is to investigate the importance and the functions of autoconsumption in empirical universes that present differentiated dynamic of family farm. Three hypotheses were adopted. The first assumes that, following the diversity of family farm, the production for autoconsumption presents difference of importance and types of foods consumed in the searched cities. The following suppose that this difference of importance between cities and establishments must it the dynamics of local family farm, characteristic of the social context and each familiar unit. The last hypothesis considers that autoconsumption is one of the explicatory factors of the social and economic condition of the familiar units and is configured as a strategy of strengthens of the autonomy. To propose this debate means to retake a subject little argued in Brazilian literature, and that, although many times marginalized and/or considered without relevance, have important role in familiar agriculture. This production, central in the productive and economic organization of the units’ peasants, becomes to complement to the measure that occurs the process of commoditization of agriculture and the metamorphosis of peasants to familiar farmers. Though this condition of complementary in the productive process, the alimentary autosupplying continues an important strategy for the social reproduction of the familiar units. Perhaps believing that this production should disappear, few studious and searching showed interests for the subject, also influencing in the lack of attention on the part of the policy makers. However, to produce for the consumption of the family constitutes a strategy of strengthens of its autonomy, because propitiates more control of the familiar units on its processes of production and social reproduction. The autosupplying keeps under control of family one of the dimensions most important to its reproduction, the food. Still, is source of alimentary security; strategy of diversification de livelihoods; an economy form; way to keep integrated man, nature and work in co-production; mechanism of defense for the characteristic of the alternativity of these foods; promote the sociability and; still are related with the identity of the familiar units.The results this study go to the meeting of the hypotheses, except in part of the first assertive, where it was possible to observe a homogeneity of the alimentary habits in the searched universes, and not, as it was assumed, relevant differences in the types of produced foods. The conclusions ratify that this production is a recurrent and important strategy for the autonomy of family farm. The autoconsumption is not an archaic production, but yes of an integrant element in the way of rural life contemporary and must be considered as potential instrument for the rural development.
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A produção "pro gasto" : um estudo comparativo do autoconsumo no Rio Grande do Sul

Grisa, Catia January 2007 (has links)
Esta dissertação tem por tema as funções que a produção para o autoconsumo desempenha na agricultura familiar gaúcha. Parte-se de um estudo comparativo do autoconsumo em quatro municípios (Veranópolis, Morro Redondo, Salvador das Missões e Três Palmeiras) que apresentam produção agropecuária, características socioeconômicas e culturais distintas. Os procedimentos metodológicos utilizados referem-se à aplicação de questionários (238), entrevistas semi-estruturadas (35), diário de campo e dados de fontes secundárias (IBGE, FEE, etc.). O objetivo principal é investigar a importância e as funções do autoconsumo em universos empíricos que apresentam dinâmicas da agricultura familiar diferenciadas. Para tanto, adotou-se três hipóteses. A primeira supõe que, acompanhando a diversidade da agricultura familiar, a produção para o autoconsumo apresenta diferença de importância e de tipos de alimentos consumidos nos municípios pesquisados. A seguinte, conjectura que esta diferença de importância entre municípios e estabelecimentos deve-se à dinâmica da agricultura familiar local, características do contexto social e de cada unidade familiar. A última hipótese considera que o autoconsumo é um dos fatores explicativos da condição social e econômica das unidades familiares e configura-se como uma estratégia de fortalecimento da autonomia das mesmas. Propor este debate significa retomar um tema pouco discutido na literatura brasileira, e que, embora muitas vezes marginalizado e/ou considerado sem relevância, desempenha importante papel na agricultura familiar. Esta produção, central na organização produtiva e econômica das unidades camponesas, torna-se complementar à medida que ocorre o processo de mercantilização da agricultura e a metamorfose de camponeses a agricultores familiares. Não obstante esta condição de complementaridade no processo produtivo, o autoabastecimento alimentar continua apresentando-se uma estratégia relevante para a reprodução social das unidades familiares. Talvez acreditando que se trate de uma produção transitória e fadada ao desaparecimento, poucos estudiosos e pesquisadores se interessam pelo tema, repercutindo também na desconsideração por parte das políticas públicas. No entanto, produzir para o consumo da família constitui uma estratégia de fortalecimento de sua autonomia, visto que propicia maior controle das unidades familiares sobre seus processos de produção e reprodução social. O autoabastecimento mantém sob controle da família (ao menos em parte) uma das dimensões mais importantes à sua reprodução, a alimentação. Ademais, é fonte de segurança alimentar; estratégia de diversificação dos modos de vida; forma de economização; modo de manter homem, natureza e trabalho integrados em co-produção; mecanismo de defesa pela característica da alternatividade destes alimentos; fulcro de sociabilidade e; ainda relaciona-se com a identidade das unidades familiares. Os resultados alcançados vão ao encontro das hipóteses, exceto em parte da primeira assertiva, onde foi possível observar uma homogeneidade dos hábitos alimentares nos universos pesquisados, e não, como se supunha, diferenças expressivas nos tipos de alimentos produzidos. As conclusões ratificam que esta produção é uma estratégia recorrente e importante para a autonomia da agricultura familiar. Não se trata de uma produção arcaica, mas sim de um elemento integrante do modo de vida rural contemporâneo e deve ser considerado como instrumento potencial para o desenvolvimento rural. / This paper has for subject the functions that the production for autoconsumption plays in family farm of the Rio Grande do Sul. This study uses the comparative method to analyze four cities (Veranópolis, Morro Redondo, Salvador das Missões and Três Palmeiras) that present farming production, distinct economics, social and cultural characteristics. The used methodology refer to the application of questionnaires (238), half-structuralized interviews (35), daily of field and data of secondary sources (IBGE, FEE, etc.). The main objective is to investigate the importance and the functions of autoconsumption in empirical universes that present differentiated dynamic of family farm. Three hypotheses were adopted. The first assumes that, following the diversity of family farm, the production for autoconsumption presents difference of importance and types of foods consumed in the searched cities. The following suppose that this difference of importance between cities and establishments must it the dynamics of local family farm, characteristic of the social context and each familiar unit. The last hypothesis considers that autoconsumption is one of the explicatory factors of the social and economic condition of the familiar units and is configured as a strategy of strengthens of the autonomy. To propose this debate means to retake a subject little argued in Brazilian literature, and that, although many times marginalized and/or considered without relevance, have important role in familiar agriculture. This production, central in the productive and economic organization of the units’ peasants, becomes to complement to the measure that occurs the process of commoditization of agriculture and the metamorphosis of peasants to familiar farmers. Though this condition of complementary in the productive process, the alimentary autosupplying continues an important strategy for the social reproduction of the familiar units. Perhaps believing that this production should disappear, few studious and searching showed interests for the subject, also influencing in the lack of attention on the part of the policy makers. However, to produce for the consumption of the family constitutes a strategy of strengthens of its autonomy, because propitiates more control of the familiar units on its processes of production and social reproduction. The autosupplying keeps under control of family one of the dimensions most important to its reproduction, the food. Still, is source of alimentary security; strategy of diversification de livelihoods; an economy form; way to keep integrated man, nature and work in co-production; mechanism of defense for the characteristic of the alternativity of these foods; promote the sociability and; still are related with the identity of the familiar units.The results this study go to the meeting of the hypotheses, except in part of the first assertive, where it was possible to observe a homogeneity of the alimentary habits in the searched universes, and not, as it was assumed, relevant differences in the types of produced foods. The conclusions ratify that this production is a recurrent and important strategy for the autonomy of family farm. The autoconsumption is not an archaic production, but yes of an integrant element in the way of rural life contemporary and must be considered as potential instrument for the rural development.
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Dinâmicas regionais do desenvolvimento rural e estilos de agricultura familiar : uma análise a partir do Rio Grande do Sul

Conterato, Marcelo Antonio January 2008 (has links)
Este trabalho de Tese tem como tema a problematização das interfaces, relações e determinações que podem vir a afetar as transformações da agricultura familiar e, em que medida, esse processo traz repercussões e/ou influenciam as dinâmicas de desenvolvimento rural e de formação de estilos de agricultura familiar. As regiões e os respectivos municípios representativos de cada uma delas objeto da investigação foram: Serra – Veranópolis; Alto Uruguai - Três Palmeiras e; Missões - Salvador das Missões. O objetivo consiste em investigar, comparativamente, as semelhanças e diferenças no que concerne aos processos de mercantilização da agricultura familiar e suas implicações, em termos de diversificação das estratégias produtivas e reprodutivas, dos padrões de autonomia e dependência e seus desdobramentos acerca das dinâmicas territoriais de desenvolvimento rural e de estilos de agricultura familiar. Quatro hipóteses norteiam o trabalho. A primeira aponta dois tipos de mercantilização da agricultura familiar que auxiliam na explicação do tipo de desenvolvimento: um mais endógeno e autônomo (gerando economias de escopo e diversificação) e outro mais dependente e especializado (gerando economias de escala e especialização). A segunda hipótese postula que, para entender e explicar as diferenças entre as dinâmicas de desenvolvimento rural, é preciso identificar e analisar as estratégias de reprodução empregadas na agricultura familiar. A terceira assevera que a dinâmica de desenvolvimento de uma região é tributária de sua capacidade efetiva ou em potencial de integração intersetorial da economia local, na medida em que esta permite a combinação de atividades produtivas e a diversificação das fontes de renda por meio da consolidação de um mercado de trabalho não-agrícola. A quarta hipótese aponta que, para se ter um desenvolvimento rural endógeno e estilos de agricultura familiar mais autônomos e diversificados setorial e intersetorialmente, o que se produz não pode ser drenado para fora da região e acumulado por atores que não reinvestem o capital onde ele foi gerado, pois acarreta uma economia e agricultura muito vulneráveis e dependentes. Através do tratamento estatístico atribuído aos dados secundários utilizados para a construção do Índice de Desenvolvimento Rural (IDR) e aos dados primários originados da aplicação de 59 questionários padronizados em Veranópolis; 59, em Três Palmeiras; e 58, em Salvador das Missões foi possível testar a validade das hipóteses. Os dados atestaram que a mercantilização engendrou processos de desenvolvimento rural particulares. Em regiões onde a mecantilização permitiu que outros setores da economia se tornassem dinâmicos, de forma a desencadear economias de escopo e diversificação, e a inserção mercantil da agricultura para além do mercado de produtos agropecuários, observou-se que o desenvolvimento rural é mais harmônico, com a predominância de estilos de agricultura familiar, mais diversificados, autônomos e amplamente mercantilizados. Já nas regiões onde a mercantilização não foi capaz de desvincular a economia da produção de commodity agrícolas, criando economias de escala e de especialização, o desenvolvimento rural possui um viés agrícola pautado pela desarmonia, de tal modo que prevalecem estilos de agricultura familiar mais especializados, tanto em termos setoriais quanto intersetoriais, e dependentes no que tange ao grau de externalização, embora com variações espaciais importantes. Por fim, e quiça de forma surpreendente, o universo familiar não se demonstrou tão diverso e heterogêneo, com exceção de alguns indicadores que expressam o grau de externalização, de capital imobilizado, de remuneração (terra e trabalho) e renda, o que implica no constante aperfeiçoamento metodológico da perspectiva dos estilos de agricultura para captar a diversidade da agricultura familiar. / This thesis has as theme the problematization of the interfaces, relations and determinations that may effect the transformations in household agriculture and, in to which extent that process may cause and/or influence rural development dynamics and the formation of household agriculture styles. The regions and the municipalities which represent them, which were object of investigation, were respectively: Serra – Veranópolis; Alto Uruguai - Três Palmeiras e; Missões - Salvador das Missões. The objective of this work is to comparatively investigate the similarities and differences concerning to the trading process of the household agriculture and its implications in terms of the diversification of reproductive and productive strategies, dependency and autonomy patterns and its development concerned the territorial dynamics of rural development and household agricultural styles. Four hypotheses nurture this work: i) the first points for two types of trading in household agriculture that help in explaining two development types: one that is more endogenous and autonomous (generating scope and diversification economies) and other that is more dependent and specialized (generating scale and specialization economies); ii) the second hypothesis postulates that, in order to understand and explain the differences in rural development dynamics it is necessary to identify and to analyze the reproduction strategies that are used in household agriculture; iii) the third affirms that the development dynamics of a region is tributary of its effective capacity or in the potential of inter-sector integration of local economy, in the extent in which it allows the combination of productive activities and diversification of income sources by means of the consolidation of a market of non-agricultural work; iv) the forth hypothesis indicates that, in order to have an endogenous rural development and more autonomous household agricultural styles that are sector and inter-sector diversified, what is produced cannot be directed out of the region in which is produced and accumulate by agents that are not going to reinvest the capital where it was generated, which implies in a very vulnerable and dependent economy. Through the statistical treatment of the secondary data that were used to build the Rural Development Index (IDR), and to primary data that consist on the answers of 59 patterned questionnaires in Veranópolis; 59 in Três Palmeiras; 58 in Salvador das Missões that made possible to test the validity of the hypotheses. Data attested that the trading engendered particular rural development processes. In regions where the trading allowed other sectors of the economy to become dynamic, causing scope and diversification economies to occur, the trading agriculture insertion beyond the market of agropecuary products, one observed that the rural development is more harmonic, with the predomination of household agriculture styles, more diversified, autonomous and widely traded. However, in regions in which it was not possible to part production economy from the agriculture commodities, creating scale and specialized economies, rural development has an agricultural feature set by disharmony, in a way that prevails more specialized household agricultural styles in terms of sector as well as inter-sector that are dependent concerning to the degree of externalization, with important space variations, though. Finally, and maybe surprisingly, family universe was not as diverse and heterogeneous, excepted by some indicators that express the degree of externalization, de immobilized capital, remuneration (land and work) and income, which implies in continuous methodological improvement of the perspective on agricultural styles to catch the diversity of the household agriculture.
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Dinâmicas regionais do desenvolvimento rural e estilos de agricultura familiar : uma análise a partir do Rio Grande do Sul

Conterato, Marcelo Antonio January 2008 (has links)
Este trabalho de Tese tem como tema a problematização das interfaces, relações e determinações que podem vir a afetar as transformações da agricultura familiar e, em que medida, esse processo traz repercussões e/ou influenciam as dinâmicas de desenvolvimento rural e de formação de estilos de agricultura familiar. As regiões e os respectivos municípios representativos de cada uma delas objeto da investigação foram: Serra – Veranópolis; Alto Uruguai - Três Palmeiras e; Missões - Salvador das Missões. O objetivo consiste em investigar, comparativamente, as semelhanças e diferenças no que concerne aos processos de mercantilização da agricultura familiar e suas implicações, em termos de diversificação das estratégias produtivas e reprodutivas, dos padrões de autonomia e dependência e seus desdobramentos acerca das dinâmicas territoriais de desenvolvimento rural e de estilos de agricultura familiar. Quatro hipóteses norteiam o trabalho. A primeira aponta dois tipos de mercantilização da agricultura familiar que auxiliam na explicação do tipo de desenvolvimento: um mais endógeno e autônomo (gerando economias de escopo e diversificação) e outro mais dependente e especializado (gerando economias de escala e especialização). A segunda hipótese postula que, para entender e explicar as diferenças entre as dinâmicas de desenvolvimento rural, é preciso identificar e analisar as estratégias de reprodução empregadas na agricultura familiar. A terceira assevera que a dinâmica de desenvolvimento de uma região é tributária de sua capacidade efetiva ou em potencial de integração intersetorial da economia local, na medida em que esta permite a combinação de atividades produtivas e a diversificação das fontes de renda por meio da consolidação de um mercado de trabalho não-agrícola. A quarta hipótese aponta que, para se ter um desenvolvimento rural endógeno e estilos de agricultura familiar mais autônomos e diversificados setorial e intersetorialmente, o que se produz não pode ser drenado para fora da região e acumulado por atores que não reinvestem o capital onde ele foi gerado, pois acarreta uma economia e agricultura muito vulneráveis e dependentes. Através do tratamento estatístico atribuído aos dados secundários utilizados para a construção do Índice de Desenvolvimento Rural (IDR) e aos dados primários originados da aplicação de 59 questionários padronizados em Veranópolis; 59, em Três Palmeiras; e 58, em Salvador das Missões foi possível testar a validade das hipóteses. Os dados atestaram que a mercantilização engendrou processos de desenvolvimento rural particulares. Em regiões onde a mecantilização permitiu que outros setores da economia se tornassem dinâmicos, de forma a desencadear economias de escopo e diversificação, e a inserção mercantil da agricultura para além do mercado de produtos agropecuários, observou-se que o desenvolvimento rural é mais harmônico, com a predominância de estilos de agricultura familiar, mais diversificados, autônomos e amplamente mercantilizados. Já nas regiões onde a mercantilização não foi capaz de desvincular a economia da produção de commodity agrícolas, criando economias de escala e de especialização, o desenvolvimento rural possui um viés agrícola pautado pela desarmonia, de tal modo que prevalecem estilos de agricultura familiar mais especializados, tanto em termos setoriais quanto intersetoriais, e dependentes no que tange ao grau de externalização, embora com variações espaciais importantes. Por fim, e quiça de forma surpreendente, o universo familiar não se demonstrou tão diverso e heterogêneo, com exceção de alguns indicadores que expressam o grau de externalização, de capital imobilizado, de remuneração (terra e trabalho) e renda, o que implica no constante aperfeiçoamento metodológico da perspectiva dos estilos de agricultura para captar a diversidade da agricultura familiar. / This thesis has as theme the problematization of the interfaces, relations and determinations that may effect the transformations in household agriculture and, in to which extent that process may cause and/or influence rural development dynamics and the formation of household agriculture styles. The regions and the municipalities which represent them, which were object of investigation, were respectively: Serra – Veranópolis; Alto Uruguai - Três Palmeiras e; Missões - Salvador das Missões. The objective of this work is to comparatively investigate the similarities and differences concerning to the trading process of the household agriculture and its implications in terms of the diversification of reproductive and productive strategies, dependency and autonomy patterns and its development concerned the territorial dynamics of rural development and household agricultural styles. Four hypotheses nurture this work: i) the first points for two types of trading in household agriculture that help in explaining two development types: one that is more endogenous and autonomous (generating scope and diversification economies) and other that is more dependent and specialized (generating scale and specialization economies); ii) the second hypothesis postulates that, in order to understand and explain the differences in rural development dynamics it is necessary to identify and to analyze the reproduction strategies that are used in household agriculture; iii) the third affirms that the development dynamics of a region is tributary of its effective capacity or in the potential of inter-sector integration of local economy, in the extent in which it allows the combination of productive activities and diversification of income sources by means of the consolidation of a market of non-agricultural work; iv) the forth hypothesis indicates that, in order to have an endogenous rural development and more autonomous household agricultural styles that are sector and inter-sector diversified, what is produced cannot be directed out of the region in which is produced and accumulate by agents that are not going to reinvest the capital where it was generated, which implies in a very vulnerable and dependent economy. Through the statistical treatment of the secondary data that were used to build the Rural Development Index (IDR), and to primary data that consist on the answers of 59 patterned questionnaires in Veranópolis; 59 in Três Palmeiras; 58 in Salvador das Missões that made possible to test the validity of the hypotheses. Data attested that the trading engendered particular rural development processes. In regions where the trading allowed other sectors of the economy to become dynamic, causing scope and diversification economies to occur, the trading agriculture insertion beyond the market of agropecuary products, one observed that the rural development is more harmonic, with the predomination of household agriculture styles, more diversified, autonomous and widely traded. However, in regions in which it was not possible to part production economy from the agriculture commodities, creating scale and specialized economies, rural development has an agricultural feature set by disharmony, in a way that prevails more specialized household agricultural styles in terms of sector as well as inter-sector that are dependent concerning to the degree of externalization, with important space variations, though. Finally, and maybe surprisingly, family universe was not as diverse and heterogeneous, excepted by some indicators that express the degree of externalization, de immobilized capital, remuneration (land and work) and income, which implies in continuous methodological improvement of the perspective on agricultural styles to catch the diversity of the household agriculture.
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Dinâmicas regionais do desenvolvimento rural e estilos de agricultura familiar : uma análise a partir do Rio Grande do Sul

Conterato, Marcelo Antonio January 2008 (has links)
Este trabalho de Tese tem como tema a problematização das interfaces, relações e determinações que podem vir a afetar as transformações da agricultura familiar e, em que medida, esse processo traz repercussões e/ou influenciam as dinâmicas de desenvolvimento rural e de formação de estilos de agricultura familiar. As regiões e os respectivos municípios representativos de cada uma delas objeto da investigação foram: Serra – Veranópolis; Alto Uruguai - Três Palmeiras e; Missões - Salvador das Missões. O objetivo consiste em investigar, comparativamente, as semelhanças e diferenças no que concerne aos processos de mercantilização da agricultura familiar e suas implicações, em termos de diversificação das estratégias produtivas e reprodutivas, dos padrões de autonomia e dependência e seus desdobramentos acerca das dinâmicas territoriais de desenvolvimento rural e de estilos de agricultura familiar. Quatro hipóteses norteiam o trabalho. A primeira aponta dois tipos de mercantilização da agricultura familiar que auxiliam na explicação do tipo de desenvolvimento: um mais endógeno e autônomo (gerando economias de escopo e diversificação) e outro mais dependente e especializado (gerando economias de escala e especialização). A segunda hipótese postula que, para entender e explicar as diferenças entre as dinâmicas de desenvolvimento rural, é preciso identificar e analisar as estratégias de reprodução empregadas na agricultura familiar. A terceira assevera que a dinâmica de desenvolvimento de uma região é tributária de sua capacidade efetiva ou em potencial de integração intersetorial da economia local, na medida em que esta permite a combinação de atividades produtivas e a diversificação das fontes de renda por meio da consolidação de um mercado de trabalho não-agrícola. A quarta hipótese aponta que, para se ter um desenvolvimento rural endógeno e estilos de agricultura familiar mais autônomos e diversificados setorial e intersetorialmente, o que se produz não pode ser drenado para fora da região e acumulado por atores que não reinvestem o capital onde ele foi gerado, pois acarreta uma economia e agricultura muito vulneráveis e dependentes. Através do tratamento estatístico atribuído aos dados secundários utilizados para a construção do Índice de Desenvolvimento Rural (IDR) e aos dados primários originados da aplicação de 59 questionários padronizados em Veranópolis; 59, em Três Palmeiras; e 58, em Salvador das Missões foi possível testar a validade das hipóteses. Os dados atestaram que a mercantilização engendrou processos de desenvolvimento rural particulares. Em regiões onde a mecantilização permitiu que outros setores da economia se tornassem dinâmicos, de forma a desencadear economias de escopo e diversificação, e a inserção mercantil da agricultura para além do mercado de produtos agropecuários, observou-se que o desenvolvimento rural é mais harmônico, com a predominância de estilos de agricultura familiar, mais diversificados, autônomos e amplamente mercantilizados. Já nas regiões onde a mercantilização não foi capaz de desvincular a economia da produção de commodity agrícolas, criando economias de escala e de especialização, o desenvolvimento rural possui um viés agrícola pautado pela desarmonia, de tal modo que prevalecem estilos de agricultura familiar mais especializados, tanto em termos setoriais quanto intersetoriais, e dependentes no que tange ao grau de externalização, embora com variações espaciais importantes. Por fim, e quiça de forma surpreendente, o universo familiar não se demonstrou tão diverso e heterogêneo, com exceção de alguns indicadores que expressam o grau de externalização, de capital imobilizado, de remuneração (terra e trabalho) e renda, o que implica no constante aperfeiçoamento metodológico da perspectiva dos estilos de agricultura para captar a diversidade da agricultura familiar. / This thesis has as theme the problematization of the interfaces, relations and determinations that may effect the transformations in household agriculture and, in to which extent that process may cause and/or influence rural development dynamics and the formation of household agriculture styles. The regions and the municipalities which represent them, which were object of investigation, were respectively: Serra – Veranópolis; Alto Uruguai - Três Palmeiras e; Missões - Salvador das Missões. The objective of this work is to comparatively investigate the similarities and differences concerning to the trading process of the household agriculture and its implications in terms of the diversification of reproductive and productive strategies, dependency and autonomy patterns and its development concerned the territorial dynamics of rural development and household agricultural styles. Four hypotheses nurture this work: i) the first points for two types of trading in household agriculture that help in explaining two development types: one that is more endogenous and autonomous (generating scope and diversification economies) and other that is more dependent and specialized (generating scale and specialization economies); ii) the second hypothesis postulates that, in order to understand and explain the differences in rural development dynamics it is necessary to identify and to analyze the reproduction strategies that are used in household agriculture; iii) the third affirms that the development dynamics of a region is tributary of its effective capacity or in the potential of inter-sector integration of local economy, in the extent in which it allows the combination of productive activities and diversification of income sources by means of the consolidation of a market of non-agricultural work; iv) the forth hypothesis indicates that, in order to have an endogenous rural development and more autonomous household agricultural styles that are sector and inter-sector diversified, what is produced cannot be directed out of the region in which is produced and accumulate by agents that are not going to reinvest the capital where it was generated, which implies in a very vulnerable and dependent economy. Through the statistical treatment of the secondary data that were used to build the Rural Development Index (IDR), and to primary data that consist on the answers of 59 patterned questionnaires in Veranópolis; 59 in Três Palmeiras; 58 in Salvador das Missões that made possible to test the validity of the hypotheses. Data attested that the trading engendered particular rural development processes. In regions where the trading allowed other sectors of the economy to become dynamic, causing scope and diversification economies to occur, the trading agriculture insertion beyond the market of agropecuary products, one observed that the rural development is more harmonic, with the predomination of household agriculture styles, more diversified, autonomous and widely traded. However, in regions in which it was not possible to part production economy from the agriculture commodities, creating scale and specialized economies, rural development has an agricultural feature set by disharmony, in a way that prevails more specialized household agricultural styles in terms of sector as well as inter-sector that are dependent concerning to the degree of externalization, with important space variations, though. Finally, and maybe surprisingly, family universe was not as diverse and heterogeneous, excepted by some indicators that express the degree of externalization, de immobilized capital, remuneration (land and work) and income, which implies in continuous methodological improvement of the perspective on agricultural styles to catch the diversity of the household agriculture.

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