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Compreensão de textos por adolescentes surdos: o estabelecimento de inferências de previsãoMELO, Luciana Pimentel Fernandes de January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Este estudo objetivou investigar o processo de compreensão textual em adolescentes
surdos oralizados e adolescentes ouvintes, a partir das inferências de previsão. Três
aspectos a respeito da previsão foram considerados: a capacidade de fazer previsões a
respeito de informações veiculadas num texto, a capacidade de explicar as bases
geradoras de suas previsões (informações intratextuais ou extratextuais) e a habilidade
em verificar se as informações previstas ocorreram ou não no texto. Participaram deste
estudo dois grupos de adolescentes (13 a 17 anos): Grupo 1 - 20 surdos oralizados,
cursando da 4ª a 8ª séries do ensino fundamental; e Grupo 2 - 20 ouvintes, cursando da
6ª a 8ª séries do ensino fundamental. Adotou-se neste estudo, a metodologia on-line
utilizada em outras investigações. Esta metodologia por envolver a leitura interrompida
de um texto, possibilita investigar as inferências de previsão. Os participantes deveriam
ler um texto narrativo subdividido em partes e, após a leitura de cada uma das partes,
deveriam responder a perguntas de previsão ( sobre o que você acha que vai ser essa
história? , por exemplo), logo em seguida a perguntas de explicação ( por que você
pensa assim? ) e, ao final da leitura completa do texto, responder a perguntas de
verificação ( esta história falava sobre o que você imaginou quando leu o título? , por
exemplo). As respostas obtidas foram analisadas levando em consideração categorias
básicas: não responde, respostas prováveis e respostas improváveis para as perguntas
de previsão; não responde, respostas adequadas e respostas inadequadas para as
perguntas de explicação; e respostas corretas e incorretas para as perguntas de
verificação. Em relação à previsão, os resultados demonstraram os surdos e os
ouvintes se assemelham quanto ao estabelecimento de inferências de previsão
coerentes com o texto. No entanto, a principal diferença entre esses grupos é que os
surdos, quando comparados aos ouvintes apresentaram maior número de respostas
consideradas incoerentes e improváveis. Isso indica que apesar dos surdos serem
capazes de estabelecer previsões de forma adequada, ainda demonstram limites em
relação aos ouvintes. Em relação à explicação, tanto os surdos como os ouvintes
tendem a dar explicações adequadas, sejam elas baseadas no texto (intratextuais) ou
no conhecimento de mundo do leitor (extratextuais). No entanto, explicações
inadequadas e vagas foram muito mais freqüentes entre os surdos do que entre os
ouvintes. Os surdos, de certa forma, parecem ter dificuldades em declarar as bases
geradoras de suas inferências de previsão. Em relação à verificação, os ouvintes fazem
verificações apropriadas em quase todos os casos, enquanto os surdos apresentaram
dificuldades quanto a isso. Os surdos tendiam a desconsiderar o que foi anteriormente
previsto e em assumir fatos ocorridos no texto como sendo previstos inicialmente.
Diante disso, pode-se concluir que, o pouco acesso ao mundo da escrita e a
conhecimentos de mundo parece contribuir para as dificuldades encontradas, embora
as mesmas não apontem para um grande distanciamento entre surdos e ouvintes. Por
conseguinte, faz-se necessário implementar práticas pedagógicas inovadoras voltadas
para os surdos, no sentido de privilegiar situações e propor intervenções que aumentem
as oportunidades de leitura dos leitores aprendizes surdos
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O que sabem as crianças que aparentemente não aprendem? explorando competências cognitivas em crianças com dificuldades de aprendizagem escolarTavares de Andrade, Luciana January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / O objetivo geral do presente estudo é investigar habilidades cognitivas em crianças que
apresentam dificuldades de aprendizagem, ou fraco desempenho escolar, partindo para
explorar o que elas podem fazer em interação com outras crianças e adultos. A partir do
efetivo global de uma turma de alunos considerados fracos, foram selecionadas oito crianças,
matriculadas na quarta-série do ensino fundamental, rede pública de ensino, na faixa etária
entre nove e onze anos, sem diagnóstico explícito relacionado a afecções neurológicas,
restrições sensoriais ou deficiências de desenvolvimento cognitivo. Tais crianças foram
divididas em quatro díades, buscando-se nessa divisão obedecer aos seguintes critérios:
heterogeneidade quanto ao grau de dificuldade, afinidade pessoal entre os membros da díade e
variação quanto ao gênero dos membros. As quatro díades foram submetidas ao seguinte rol
de atividades, sob assistência da experimentadora: a) situações-problema relacionadas a
conhecimentos conceituais e algorítmicos em matemática; b) atividade relacionada a
conceitualização no contexto de aspectos morais; c) situações-problema baseadas em
raciocínio hipotético-dedutivo. Os protocolos referentes a tais situações e díades foram
analisados clinicamente, tendo-se chegado às seguintes conclusões: a) o grupo demonstrou
clara disponibilidade para engajamento em tarefas de natureza escolar; b) as díades se
beneficiaram claramente da interação com a examinadora no transcorrer das tarefas e
atividades; c) houve interação produtiva entre as díades, mesmo na ausência de interações
discursivas explícitas entre os membros; tal aspecto foi particularmente visível na tarefa
voltada para avaliação de desenvolvimento moral d) no contexto das situações-problema em
matemática, as díades mobilizaram conhecimentos escolares e extra-escolares, oferecendo
respostas e elaborações para todos os problemas; e) o nível global de desempenho do grupo,
nas atividades propostas, não permitiu inferir comprometimento cognitivo grave por parte das
mesmas. Como conclusão geral, verificou-se que crianças com dificuldade de aprendizagem
não podem ser grosseiramente assimiladas a crianças com déficit estrutural de
desenvolvimento, o que traz subsídio importante para a reflexão pedagógica acerca de
dificuldades de aprendizagem na escola, e do papel e contribuição do psicólogo escolar para
tal reflexão
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