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Versões de Nabókov / Nabokov versionsUrso, Graziela Schneider 09 May 2016 (has links)
Esta Tese visa aprofundar algumas questões da poética nabokoviana, a partir de uma tradução inédita do russo para o português brasileiro de capítulos de (Druguíe Beregá), de 1954, uma das variações de sua autobiografia, chamada, na Rússia, de romance. Incluída em seleções e antologias no mundo todo, esta obra de Nabókov possui uma história repleta de matizes linguísticos e estilísticos: um de seus princípios foi um conto-ensaio escrito em francês, Mademoiselle O (1936), recomposto e traduzido para o inglês, tornando-se uma primeira versão em livro de memórias, Conclusive Evidence, ou Speak, Memory (1951, EUA e Inglaterra, respectivamente), revertido e reformulado em russo, por sua vez retransformado em uma versão final, Speak, Memory: An Autobiography Revisited (1967). A comparação entre os textos corrobora a hipótese de que as transformações que se concretizam na recriação de , obra mediadora, são fundamentais para a leitura tanto da última versão em inglês, como também da primeira. Para Nabókov, essa reescritura, além do processo criativo inerente ao ato tradutório, passa a ser uma releitura e revisão de sua própria obra, com alterações que vão além das peculiaridades de cada língua. Dessa forma, faz-se necessário ler, traduzir e examinar cada versão como texto independente. A tradução, em todas as suas formas e manifestações, como mote e como prática, tem papel essencial na obra e na vida de Nabókov. É com ela que ele inicia sua trajetória literária, é por meio dela que ele retorna à Rússia e à língua russa. A relação do escritor com o tradutor e a (auto)tradução é crucial e a Tese tem o propósito de refletir sobre não uma Arte da Tradução nabokoviana, mas Artes da Tradução, já que transformam o tradutor em escritor, o autotradutor em revisor, e o revisor em reescritor. / This dissertation aims to deepen some issues about the Nabokovian poetics, presenting the first Russian translation into Brazilian Portuguese of some chapters of (1954), one of the variations of his autobiography, known as a novel in Russia. Included in selections and anthologies around the world, this work has a history full of linguistic and stylistic nuances: one of the first versions was a story-essay written in French, Mademoiselle O (1936), recomposed and translated into English, becoming a memoir, Conclusive Evidence, or Speak, Memory (1951, USA and England, respectively), reworked in Russian, and then reprocessed into a final version: Speak, Memory: An Autobiography Revisited (1967). A comparison of the texts shows that the transformations performed in recreating , an interposed work, are key to reading the last version in English, as well as the first. For Nabokov, this rewriting, besides the creative process inherent to the act of translation, becomes a reinterpretation and revision of his own work, full of changes beyond the peculiarities of each language. Thus, it is necessary to read, translate and study each version as a autonomous text. Translation in all its forms and expressions, as a theme and as a practice, plays an essential role in Nabokov\'s work and life. It is translating that he began his literary career, it is through it that he returns to Russia and Russian language. The writer\'s relationship with the translator and (self)translation is critical and the dissertation aims to reflect on not a Nabokovian Art of Translation, but multiple Arts of Translation since they transform the translator into a writer, the self-translator into an editor, the editor into a rewriter.
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Versões de Nabókov / Nabokov versionsGraziela Schneider Urso 09 May 2016 (has links)
Esta Tese visa aprofundar algumas questões da poética nabokoviana, a partir de uma tradução inédita do russo para o português brasileiro de capítulos de (Druguíe Beregá), de 1954, uma das variações de sua autobiografia, chamada, na Rússia, de romance. Incluída em seleções e antologias no mundo todo, esta obra de Nabókov possui uma história repleta de matizes linguísticos e estilísticos: um de seus princípios foi um conto-ensaio escrito em francês, Mademoiselle O (1936), recomposto e traduzido para o inglês, tornando-se uma primeira versão em livro de memórias, Conclusive Evidence, ou Speak, Memory (1951, EUA e Inglaterra, respectivamente), revertido e reformulado em russo, por sua vez retransformado em uma versão final, Speak, Memory: An Autobiography Revisited (1967). A comparação entre os textos corrobora a hipótese de que as transformações que se concretizam na recriação de , obra mediadora, são fundamentais para a leitura tanto da última versão em inglês, como também da primeira. Para Nabókov, essa reescritura, além do processo criativo inerente ao ato tradutório, passa a ser uma releitura e revisão de sua própria obra, com alterações que vão além das peculiaridades de cada língua. Dessa forma, faz-se necessário ler, traduzir e examinar cada versão como texto independente. A tradução, em todas as suas formas e manifestações, como mote e como prática, tem papel essencial na obra e na vida de Nabókov. É com ela que ele inicia sua trajetória literária, é por meio dela que ele retorna à Rússia e à língua russa. A relação do escritor com o tradutor e a (auto)tradução é crucial e a Tese tem o propósito de refletir sobre não uma Arte da Tradução nabokoviana, mas Artes da Tradução, já que transformam o tradutor em escritor, o autotradutor em revisor, e o revisor em reescritor. / This dissertation aims to deepen some issues about the Nabokovian poetics, presenting the first Russian translation into Brazilian Portuguese of some chapters of (1954), one of the variations of his autobiography, known as a novel in Russia. Included in selections and anthologies around the world, this work has a history full of linguistic and stylistic nuances: one of the first versions was a story-essay written in French, Mademoiselle O (1936), recomposed and translated into English, becoming a memoir, Conclusive Evidence, or Speak, Memory (1951, USA and England, respectively), reworked in Russian, and then reprocessed into a final version: Speak, Memory: An Autobiography Revisited (1967). A comparison of the texts shows that the transformations performed in recreating , an interposed work, are key to reading the last version in English, as well as the first. For Nabokov, this rewriting, besides the creative process inherent to the act of translation, becomes a reinterpretation and revision of his own work, full of changes beyond the peculiarities of each language. Thus, it is necessary to read, translate and study each version as a autonomous text. Translation in all its forms and expressions, as a theme and as a practice, plays an essential role in Nabokov\'s work and life. It is translating that he began his literary career, it is through it that he returns to Russia and Russian language. The writer\'s relationship with the translator and (self)translation is critical and the dissertation aims to reflect on not a Nabokovian Art of Translation, but multiple Arts of Translation since they transform the translator into a writer, the self-translator into an editor, the editor into a rewriter.
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