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Os fios e os rastros de O Vigilante Rodoviário: uma reflexão sobre o universo de criação e de produção de um seriado para a TV brasileira (1959-1962)Picerni, Icaro 29 April 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-04-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work aims to study the television series O Vigilante Rodoviário in dialogical and synchronous way. In the first field, we studied their relations with the literary narrative, as the melodrama, through the affiliation to the classic Hollywood movies. In the second field, we analyzed the ways of Brazilian television, a period marked by many trials and fed by numerous serial American productions vying with national programs.
Surviving after the bankruptcy of Film Company Maristela, Ary Fernandes and Alfredo Palacios created a television series that attracted the interests of the multinational Nestlé and that was broadcast on TV Tupi. This process does reflect on what being a pioneer within an even television in training and shows how the work sought to fit into hegemonic discourses to share some values with the urban middle class, who owned public capital to acquire an expensive receiver and inaccessible to the masses and do not constitute, therefore, a product of the culture industry.
Internally, the representations of the series were studied in their cultural and pedagogical dimension. There is in it a Manicheans view of the world according to which the criminal evil never triumphs. On the other hand, the show presents the viewer values as legalism, respect for elders and hierarchies, the love of animals, the importance of collective security and the exaltation of the São Paulo State Highway Patrol.
O Vigilante Rodoviário, on the one hand, conveys values of the urban upper middle class, and on the other, was established as an attempt to create a national industry pioneer series of programs. It can be seen as a quest to recover the national cinema, but limited by competition from American cinema hegemonic even in Brazil / Este trabalho tem como objetivo estudar o seriado televisivo O Vigilante Rodoviário nos sentidos dialógicos e sincrônico. No primeiro campo, levantamos suas articulações com a narrativa literária, como o melodrama, passando pelas filiações ao cinema clássico hollywoodiano. No segundo campo, analisamos os caminhos da televisão brasileira, numa fase marcada por diversas experimentações e alimentada por inúmeras produções americanas seriadas que disputavam com os programas nacionais.
Procurando sobreviver após a falência da Companhia Cinematográfica Maristela, Ary Fernandes e Alfredo Palácios criaram um seriado televisivo que atraiu os interesses da multinacional Nestlé e que foi transmitido pela TV Tupi. Esse processo faz refletir sobre o que é ser um pioneiro no interior de uma televisão ainda em formação e mostra como a obra procurava se encaixar em discursos hegemônicos ao compartilhar alguns valores com a classe média urbana, público que possuía capital para adquirir um aparelho receptor oneroso e inacessível às massas, não se constituindo, assim, um produto da indústria cultural.
No âmbito interno, as representações do seriado foram estudadas em sua dimensão cultural e pedagógica. Há nele uma visão maniqueísta sobre o mundo segundo a qual o mal criminoso jamais triunfa. Por outro lado, o seriado apresenta ao telespectador valores como o legalismo, o respeito aos mais velhos e às hierarquias, o amor aos animais, a importância da segurança coletiva e a exaltação da Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo.
O Vigilante Rodoviário, portanto, de um lado, transmite valores da alta classe média urbana e, do outro, constituiu-se como uma tentativa de criar uma indústria nacional de programas seriados de forma pioneira. Ele pode ser visto como uma busca por recuperar o cinema nacional, mas limitada pela concorrência do cinema norte-americano hegemônico até mesmo no Brasil
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