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INTERFACES ENTRE O ENSINO MÉDIO REGULAR E A JUVENILIZAÇÃO NA EJA: DIÁLOGOS, ENTRELAÇAMENTOS, DESAFIOS E POSSIBILIDADES SOBRE QUEFAZERES DOCENTES / INTERFACES BETWEEN THE REGULAR HIGH SCHOOL AND THE YOUTHNIZATION IN EJA: DIALOGUE, TWISTS, CHALLENGES AND POSSIBILITIES OF TEACHERS WHATDOINGSFreitas, Larissa Martins 27 August 2015 (has links)
Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul / This Master's Thesis is part of the Training Research Field, Knowledge and Professional Development of the Postgraduate Program in Education of the Federal University of Santa Maria/RS. We aim, with this research, understand how the educators (teachers) express the words about his teaching whatdoings through Dialogical Circles Investigative-training, considering the interfaces between High School and the youthnization in Youth and Adult Education (EJA), in view of a humanizing educational praxis. Therefore, we seek to answer the following research problem: how, through the Dialogical Circles Investigative-training, educators announce their teaching whatdoings reflecting on the interfaces between regular school and the youthnization in EJA, in view of educational praxis humanizing? Methodologically this study is based on a qualitative approach of the study case type (multicases), but also has research training features, as coauthors subjects actively participate in all stages of research. For the dynamics of formation meetings with educators, we use the methodology of the Dialogical Circles Investigative-training, inspired by Freire's Culture Circles in approach to research-training (JOSSO, 2004, 2010). As theoretical and conceptual contributions we used Paulo Freire's propositions in dialogue with other authors such as: Charlot (2000), Brandão (2013), Henz (2010, 2012), Arroyo (2001), Carrano (2011), Imbernón (2009, 2010, 2011), Garcia (2010), among others. Five (5) thematic generating analysis and understanding emerged from the dialogues with educators and students: the processes of auto(trans)formation of the educator; the teaching content and/or learning; the youthnization process in EJA; the learning and unlearning: frustrations and hopes and the challenge of dialog of loveliness and rigor. For analysis and interpretation of results, we use the focus on hermeneutic approach, as it allows to understand the reality that appears from the way in which each is in the world. Listening to students and, from their speeches, talking with educators, we found that the students who seek EJA are mainly young people between 18 (eighteen) and 21 (twenty-one) years, who migrated to the modality because they have experienced unsuccessful experiences in the regular High School and / or due to lack of meaning given for them to said step, and also seeking a more humane, meaningful and loving education. We noted that in EJA, teachers have a different look for young students and are committed to reflect on their teaching whatdoings in order to better accommodate these students and make teaching in the modality an effectively mobilizing significant and learning mobilizing, though they still have resistance to dialogue about their whatdoings in regular education. We concluded that there are many challenges facing the permanent auto(trans)formation of high school educators, in order to provide an awareness-and liberating education that enables them to be both teachers themselves as students, as well as realize that EJA has sought to move in this direction. / Esta Dissertação de Mestrado insere-se na Linha de Pesquisa Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria/RS. Objetivamos, com esta investigação, compreender com os educadores (professores) expressam os dizeres sobre seu quefazer docente por meio dos Círculos Dialógicos Investigativo-formativos, considerando as interfaces entre o Ensino Médio e a juvenilização na Educação de Jovens e Adultos (EJA), em vista de uma práxis educativa humanizadora. Para tanto, buscamos responder ao seguinte problema de pesquisa: como, por meio dos Círculos Dialógicos Investigativo-formativos, os educadores(as) anunciaram o seu quefazer docente refletindo sobre as interfaces entre a escola regular e a juvenilização na EJA, em vista de práxis educativas humanizadoras? Metodologicamente este estudo fundamenta-se em uma abordagem qualitativa do tipo estudo de caso (multicasos), porém, também possui características de pesquisa-formação, uma vez que os sujeitos coautores participam ativamente em todas as etapas da pesquisa. Para a dinâmica dos encontros formativos com os educadores, utilizamos a metodologia dos Círculos Dialógicos Investigativo-formativos, inspirados nos Círculos de Cultura freireanos em aproximação com a pesquisa-formação (JOSSO, 2004, 2010). Como aportes teórico-conceituais nos embasamos nas proposições de Paulo Freire em diálogo com outros autores, tais como: Charlot (2000), Brandão 2013), Henz (2003, 2007, 2010, 2012), Arroyo (2001, 2005, 2014), Carrano (2011), Imbernón (2009, 2010, 2011), Garcia (2010), entre outros. Emergiram dos diálogos com os educadores e com os estudantes 5 (cinco) temáticas geradoras de análise e compreensão: os processos auto(trans)formativos do ser educador; o ensino de conteúdos e/ou a aprendizagem; o processo de juvenilização na EJA; o aprender e o desaprender: frustrações e esperanças e o desafio da dialogicidade da amorosidade e da rigorosidade. Para análise e interpretação dos resultados, utilizamos o enfoque hermenêutico, pois este possibilita compreender a realidade que se apresenta a partir do modo pelo qual cada um está no mundo. Escutando os estudantes e, a partir das falas deles, dialogando com os educadores, verificamos que os educandos que buscam a EJA são principalmente jovens entre 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos que migraram para a modalidade em razão de terem vivenciado experiências mal sucedidas no Ensino Médio regular e/ou devido à falta de sentido atribuída por eles à referida etapa e, ainda, que buscam uma educação mais humana, significativa e afetuosa. Constatamos que, na EJA, os docentes possuem um olhar diferenciado para os jovens estudantes e comprometem-se a refletir sobre seus quefazeres docentes com vistas a melhor acolher esses educandos e tornar o ensino na modalidade efetivamente significativo e mobilizador de aprendizagens, no entanto ainda possuem resistência em dialogar sobre os seus quefazeres no ensino regular. Concluímos que são muitos os desafios que se colocam à auto(trans)formação permanente de educadores do Ensino Médio, com vistas a propiciar uma educação conscientizadora e libertadora que possibilite o ser mais tanto dos próprios docentes quanto dos estudantes, assim como percebemos que a EJA tem procurado caminhar nessa direção.
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