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ESPAÇO E TEMPO NAS MINAS DO CAMAQUÃ EM CAÇAPAVA DO SUL/RS / SPACE AND TIME IN THE MINAS DO CAMAQUÃ EM CAÇAPAVA DO SUL/RSSilva, Rogério Marques 15 December 2008 (has links)
Currently, one lives a reality where the economic issue has great importance. Facing this, the
geographical space, a product of socio-economic changes over time, can serve as an important
focus of research in what refer to such trends. In this context, it is found Minas do Camaquã,
at the municipality of Caçapava do Sul, in Rio Grande do Sul, an assembly of working towns
formed over 130 years of copper exploitation, as object of study, which purpose is to attempt
to understand the spatial changes throughout the process of copper extraction and the future
trends for this space. The methodology of the research starts up from a dialectic vision, where
in the beginning was researched the history of the site survey in order to study the different
special conformations along the copper production. Later, we tried to understand the
dynamics of space during and after the activity of mining through interviews and skilled
application of questionnaires, verifying as well the probable trends space for the coming
years. From 1942, the Brazilian Copper Company - CBC came to extract copper in the
region. From this moment on, the local landscape would include a structure formed by an
urban industrial area and a set of seven towns in addition to clubs, squares, hospitals and
others. After 50 years, the depth of copper reserves combined with low prices and Brazilian
policy of privatization, were the reasons that prompted the closing activities in 1996. From
this moment on, all the mining structure was abandoned. From about 5000 residents,
remained around 400. Whole towns have been shut down. Buildings were demolished. After
12 years form the closing of activities, one can verify that there are some ideas being worked
on, but still far from solve the needs of the city. Successive municipal governments and their
neglect with the local make today from Minas do Camaquã, a post-industrial space which
peculiarities keep resemblance to many degraded areas, like railway cities shut deactivated
and former military bases, in what refer to the underprivileged position within the production
process. The mining return face of the current studies of the geology of the region and tourist
activity because of the beautiful scenery of this region, come as opportunities to develop the
local economy. / Atualmente, vive-se uma realidade onde a questão econômica possui grande importância.
Diante disto, o espaço geográfico, produto das transformações sócio-econômicas ao longo do
tempo, pode servir de importante foco de pesquisa no que confere a tais tendências. Neste
contexto, apresenta-se as Minas do Camaquã, no município de Caçapava do Sul, no Rio
Grande do Sul, um conjunto de vilas operárias formadas ao longo de 130 anos de exploração
de cobre, como objeto de estudo, cujo objetivo se é a tentativa do entendimento das
transformações espaciais ao longo do processo de extração de cobre verificando-se ainda as
tendências futuras para este espaço. A metodologia de pesquisa parte de uma visão dialética,
onde inicialmente realizou-se o levantamento da história do local a fim de se estudar as
diferentes conformações espaciais ao longo da produção de cobre. Posteriormente, buscou-se
através de entrevistas qualificadas e aplicação de questionários o entendimento da dinâmica
espacial durante e após o término da atividade de mineração, verificando-se ainda as
prováveis tendências espaciais para os próximos anos. A partir de 1942, a Companhia
Brasileira do cobre - CBC passou a extrair cobre nesta região. Deste momento em diante, a
paisagem local passaria a comportar uma estrutura urbana formada por uma área industrial e
um conjunto de sete vilas além de clubes, praças, hospitais entre outros. Após 50 anos, a
profundidade das reservas de cobre, aliada aos baixos preços do minério e a política brasileira
de privatizações, foram os motivos que levaram o encerramento das atividades no ano de
1996. Deste momento em diante, toda a estrutura dos tempos de mineração foi abandonada.
De aproximadamente 5000 moradores, restaram cerca de 400. Vilas inteiras foram
desativadas. Prédios foram demolidos. Após 12 anos do término das atividades, pode-se
verificar que existem algumas idéias sendo trabalhadas, porém ainda muito longe de sanar as
necessidades da localidade. Sucessivos governos municipais e seu descaso com o local fazem
hoje das Minas do Camaquã, um espaço pós-industrial cujas especificidades guardam
semelhanças a muitas áreas degradadas, como cidades ferroviárias desativadas e antigas bases
militares, no que confere à posição desprivilegiada dentro do processo produtivo. A volta da
mineração diante dos atuais estudos da geologia da região e a atividade turística devido as
belas paisagens desta região, surgem como possibilidades de dinamizar a economia local.
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