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Estudo da margem continental ibérica ocidental com base em dados gravimétricos e magnetométricos regionais / Studies of Western Iberian margin based on regional gravity and magnetic dataLuizemara Soares Alves 29 June 2012 (has links)
Os métodos potenciais são conhecidos como uma ferramenta útil para estudos regionais. Na Ibéria Ocidental, a gravimetria e a magnetometria podem ser
utilizadas para auxiliar no entendimento de algumas questões sobre a estruturação tectônica offshore. Nesta região, tanto as estruturas geradas pela quebra continental, quanto às herdadas do embasamento variscano, tem uma importante contribuição para a resposta geofísica regional observada com estes métodos. Este trabalho tem como objetivo correlacionar as feições geofísicas observadas com alguns modelos geológicos do arcabouço tectônico da Ibéria Ocidental já publicados na literatura. Mapas filtrados foram usados para auxiliar no reconhecimento de diferentes assinaturas geofísicas, os quais foram calculados a partir dos mapas de gravidade Bouguer e do campo magnético total tais como o gradiente horizontal total, derivada tilt, derivada vertical, e integral vertical. O domínio crustal continental foi definido a partir da interpretação dos dados gravimétricos, utilizando gradiente de
gravidade horizontal total da Anomalia Bouguer. Os dados magnéticos, originais e filtrados, foram utilizados para identificar mais três domínios regionais offshore, que sugerem a existência de três tipos de crosta não-siálica. Dois deles são propostos como domínios de transição. A região da crosta de transição mais próxima do continente tem uma fraca resposta regional magnética, e a porção mais distal é um domínio de anomalia de alta amplitude, semelhante à resposta magnética oceânica. O limite crustal oceânico não pôde ser confirmado, mas um terceiro domínio offshore, a oeste da isócrona C34, poderia ser considerado como crosta oceânica, devido ao padrão magnético que apresenta. Alguns lineamentos do embasamento
foram indicados na crosta continental offshore. As feições gravimétricas e magnéticas interpretadas coincidem, em termos de direção e posição, com zonas de sutura variscanas, mapeados em terra. Assim, esses contatos podem corresponder à continuação offshore destas feições paleozoicas, como o contato entre as zonas de Ossa Morena-Zona Centro-Ibérica. Nesta interpretação, sugere-se que a crosta continental offshore pode ser composta por unidades do Sudoeste da Península Ibérica. Isto permite considerar que a Falha de Porto-Tomar pertence a uma faixa de deformação strike-slip, onde parte das bacias mesozoicas da margem continental está localizada. / Potential field methods are known as a very useful tool to regional studies. On Western Iberia, gravimetric and magnetometric data could be helpful to understand
some questions about the offshore tectonic framework. In this area, both continental break-up features and inherited continental basement structures have a strong
contribution to compose the regional geophysical response on gravimetric and magnetometric maps. This work aims to correlate observed geophysical features of
the Iberian margin with some geological models about the tectonic framework of Western Iberia, already published on literature. Filtered maps were used to recognize different geophysical signatures, which were computed from both calculated Bouguer gravity and total magnetic field, such as total horizontal gradient, tilt derivative, vertical derivative, and vertical integration. The continental crustal domain was defined from gravity data interpretation using an enhanced total horizontal gradient of Bouguer Anomaly maps. Magnetic data was used to identify three more regional offshore domains that could indicate three types of non-sialic crust. Two of them are proposed as transitional domains. The landward transitional crust has a very weak regional magnetic response, and the seaward one is a high amplitude anomaly domain, similar to oceanic magnetic response. The oceanic crustal boundary was not confirmed, but a third offshore domain, seaward from C34 isochron, could be considered as oceanic crust by its magnetic pattern. Some basement lineaments were indicated in the offshore continental crust. Gravimetric and magnetic features coincide in terms of their direction and position with Variscan suture zones mapped
onshore. Therefore these contacts could correspond the offshore continuation of these Paleozoic features, such as the Ossa-Morena Zone and Centro-Ibérica Zone suture zone. In this interpretation, offshore continental crust could be formed by units from Southwest Iberia. It allows considering the Porto-Tomar fault as a part of a
swath of strike-slip deformation, where mesozoic basins are located.
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Estudo da margem continental ibérica ocidental com base em dados gravimétricos e magnetométricos regionais / Studies of Western Iberian margin based on regional gravity and magnetic dataLuizemara Soares Alves 29 June 2012 (has links)
Os métodos potenciais são conhecidos como uma ferramenta útil para estudos regionais. Na Ibéria Ocidental, a gravimetria e a magnetometria podem ser
utilizadas para auxiliar no entendimento de algumas questões sobre a estruturação tectônica offshore. Nesta região, tanto as estruturas geradas pela quebra continental, quanto às herdadas do embasamento variscano, tem uma importante contribuição para a resposta geofísica regional observada com estes métodos. Este trabalho tem como objetivo correlacionar as feições geofísicas observadas com alguns modelos geológicos do arcabouço tectônico da Ibéria Ocidental já publicados na literatura. Mapas filtrados foram usados para auxiliar no reconhecimento de diferentes assinaturas geofísicas, os quais foram calculados a partir dos mapas de gravidade Bouguer e do campo magnético total tais como o gradiente horizontal total, derivada tilt, derivada vertical, e integral vertical. O domínio crustal continental foi definido a partir da interpretação dos dados gravimétricos, utilizando gradiente de
gravidade horizontal total da Anomalia Bouguer. Os dados magnéticos, originais e filtrados, foram utilizados para identificar mais três domínios regionais offshore, que sugerem a existência de três tipos de crosta não-siálica. Dois deles são propostos como domínios de transição. A região da crosta de transição mais próxima do continente tem uma fraca resposta regional magnética, e a porção mais distal é um domínio de anomalia de alta amplitude, semelhante à resposta magnética oceânica. O limite crustal oceânico não pôde ser confirmado, mas um terceiro domínio offshore, a oeste da isócrona C34, poderia ser considerado como crosta oceânica, devido ao padrão magnético que apresenta. Alguns lineamentos do embasamento
foram indicados na crosta continental offshore. As feições gravimétricas e magnéticas interpretadas coincidem, em termos de direção e posição, com zonas de sutura variscanas, mapeados em terra. Assim, esses contatos podem corresponder à continuação offshore destas feições paleozoicas, como o contato entre as zonas de Ossa Morena-Zona Centro-Ibérica. Nesta interpretação, sugere-se que a crosta continental offshore pode ser composta por unidades do Sudoeste da Península Ibérica. Isto permite considerar que a Falha de Porto-Tomar pertence a uma faixa de deformação strike-slip, onde parte das bacias mesozoicas da margem continental está localizada. / Potential field methods are known as a very useful tool to regional studies. On Western Iberia, gravimetric and magnetometric data could be helpful to understand
some questions about the offshore tectonic framework. In this area, both continental break-up features and inherited continental basement structures have a strong
contribution to compose the regional geophysical response on gravimetric and magnetometric maps. This work aims to correlate observed geophysical features of
the Iberian margin with some geological models about the tectonic framework of Western Iberia, already published on literature. Filtered maps were used to recognize different geophysical signatures, which were computed from both calculated Bouguer gravity and total magnetic field, such as total horizontal gradient, tilt derivative, vertical derivative, and vertical integration. The continental crustal domain was defined from gravity data interpretation using an enhanced total horizontal gradient of Bouguer Anomaly maps. Magnetic data was used to identify three more regional offshore domains that could indicate three types of non-sialic crust. Two of them are proposed as transitional domains. The landward transitional crust has a very weak regional magnetic response, and the seaward one is a high amplitude anomaly domain, similar to oceanic magnetic response. The oceanic crustal boundary was not confirmed, but a third offshore domain, seaward from C34 isochron, could be considered as oceanic crust by its magnetic pattern. Some basement lineaments were indicated in the offshore continental crust. Gravimetric and magnetic features coincide in terms of their direction and position with Variscan suture zones mapped
onshore. Therefore these contacts could correspond the offshore continuation of these Paleozoic features, such as the Ossa-Morena Zone and Centro-Ibérica Zone suture zone. In this interpretation, offshore continental crust could be formed by units from Southwest Iberia. It allows considering the Porto-Tomar fault as a part of a
swath of strike-slip deformation, where mesozoic basins are located.
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