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Fatores associados a transtornos psiquiátricos no pós-partoKerber, Suzi Roseli January 2008 (has links)
OBJETIVO: Esta dissertação tem por objetivo apresentar o estudo da associação entre transtornos psiquiátricos pós-parto e fatores demográficos, psicossociais e relacionados à gestação e parto em uma amostra de base populacional de um bairro de Porto Alegre. MÉTODO: O estudo envolveu todas as mães de crianças nascidas em hospital público no bairro Vila Jardim, em Porto Alegre, de novembro de 1998 a dezembro de 1999. As famílias foram estudadas quando os bebês completaram quatro meses de idade. A saúde mental das mães e pais foi avaliada pelo Self Report Questionnaire (SRQ) e por entrevistas semi-estruturadas individuais e do casal. A Escala Avaliação Global do Funcionamento Relacional (GARF) do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) foi usada para aferir a qualidade do relacionamento do casal, do relacionamento materno com sua família de origem, com a família paterna e com a rede social. Para os outros fatores foram feitas perguntas diretas à mãe e ao pai da criança. RESULTADOS: Segundo a escala SRQ 34,45% das 148 mulheres entrevistadas apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, sendo que a avaliação clínica feita por dois profissionais de saude mental que avaliavam independentemente utilizando os critérios diagnósticos do DSM-IV indicou um percentual de 54%. Sessenta e dois por cento das mulheres coabitavam com companheiro, sendo que estes também foram entrevistados. Dos 118 pais, 25,4% apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, segundo a escala SRQ. Nesta população, o fato de coabitar ou não com companheiro não esteve associado com transtorno mental. Nesta pesquisa, na análise de regressão logística estudando a totalidade do grupo de mulheres os fatores que se mostraram relacionados com o desfecho (SRQ igual ou superior a sete ) foram a baixa renda familiar (p=0,017) e a presença de transtorno psiquiátrico materno no passado (p=0,043). Na regressão logística feita exclusivamente com as mulheres que viviam com companheiro, apenas a má qualidade da relação do casal (notas de 1 a 3 pela escala GARF) esteve associada à presença de transtornos psiquiátricos quatro meses após o parto (OR=7,34, p=0,001). CONCLUSÃO: Este estudo reforça a necessidade de verificar a presença de transtornos psiquiátricos da mãe nas consultas de puericultura, introduz dados sobre o pai e, especialmente, sobre a importância de avaliar rotineiramente a relação conjugal. / OBJECTIVE: To study the association between suspicion of psychiatric disorder and demographic, psychosocial factors, as well as those related to pregnancy and delivery, in a population-based sample of women from a circumscribed neighborhood in Porto Alegre. METHOD: This study included the mothers of all the children born in public hospitals in Vila Jardim, a district of Porto Alegre, Brazil, from November 1998 through December 1999. Families were assessed when infants were 4 months of age. Parents’ mental health was assessed using the Self-Report Questionnaire (SRQ) and individual and couple semi-structured interviews. The DSM-IV Global Assessment of Relational Functioning Scale was used to measure quality of couple relationship, of maternal relationship with the mother's family of origin, with paternal family and with social network. As to other factors, direct questions were asked to the child’s parents. RESULTS: According to the SRQ scale, 34.45% of all 148 interviewed women had suspicion of psychiatric disorder. The clinical assessment by two mental health professionals independently using DSM-IV criteria revealed a percentage of 54%. Sixty-two percent of women lived with partners, who were also interviewed. Of the 118 fathers, 25.4% had suspicion of psychiatric disorder, according to the SRQ scale. In this population, the fact of living or not with a partner was not associated with mental disorder. Analysis by logistic regression of the total group of women showed that factors associated with the main outcome (SRQ equal or higher than 7) were low family income (p = 0.017) and presence of previous maternal psychiatric disorder (p = 0.043). Logistic regression including only women living with a partner showed that poor marital relationship was associated with presence of psychiatric disorder, 4 months after delivery (OR = 7.34 p = 0.001). CONCLUSION: This study reinforces the need of investigating presence of maternal psychiatric disorder during childcare, introduces data on the father and especially on the importance of a routine assessment of the marital relationship.
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Fatores associados a transtornos psiquiátricos no pós-partoKerber, Suzi Roseli January 2008 (has links)
OBJETIVO: Esta dissertação tem por objetivo apresentar o estudo da associação entre transtornos psiquiátricos pós-parto e fatores demográficos, psicossociais e relacionados à gestação e parto em uma amostra de base populacional de um bairro de Porto Alegre. MÉTODO: O estudo envolveu todas as mães de crianças nascidas em hospital público no bairro Vila Jardim, em Porto Alegre, de novembro de 1998 a dezembro de 1999. As famílias foram estudadas quando os bebês completaram quatro meses de idade. A saúde mental das mães e pais foi avaliada pelo Self Report Questionnaire (SRQ) e por entrevistas semi-estruturadas individuais e do casal. A Escala Avaliação Global do Funcionamento Relacional (GARF) do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) foi usada para aferir a qualidade do relacionamento do casal, do relacionamento materno com sua família de origem, com a família paterna e com a rede social. Para os outros fatores foram feitas perguntas diretas à mãe e ao pai da criança. RESULTADOS: Segundo a escala SRQ 34,45% das 148 mulheres entrevistadas apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, sendo que a avaliação clínica feita por dois profissionais de saude mental que avaliavam independentemente utilizando os critérios diagnósticos do DSM-IV indicou um percentual de 54%. Sessenta e dois por cento das mulheres coabitavam com companheiro, sendo que estes também foram entrevistados. Dos 118 pais, 25,4% apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, segundo a escala SRQ. Nesta população, o fato de coabitar ou não com companheiro não esteve associado com transtorno mental. Nesta pesquisa, na análise de regressão logística estudando a totalidade do grupo de mulheres os fatores que se mostraram relacionados com o desfecho (SRQ igual ou superior a sete ) foram a baixa renda familiar (p=0,017) e a presença de transtorno psiquiátrico materno no passado (p=0,043). Na regressão logística feita exclusivamente com as mulheres que viviam com companheiro, apenas a má qualidade da relação do casal (notas de 1 a 3 pela escala GARF) esteve associada à presença de transtornos psiquiátricos quatro meses após o parto (OR=7,34, p=0,001). CONCLUSÃO: Este estudo reforça a necessidade de verificar a presença de transtornos psiquiátricos da mãe nas consultas de puericultura, introduz dados sobre o pai e, especialmente, sobre a importância de avaliar rotineiramente a relação conjugal. / OBJECTIVE: To study the association between suspicion of psychiatric disorder and demographic, psychosocial factors, as well as those related to pregnancy and delivery, in a population-based sample of women from a circumscribed neighborhood in Porto Alegre. METHOD: This study included the mothers of all the children born in public hospitals in Vila Jardim, a district of Porto Alegre, Brazil, from November 1998 through December 1999. Families were assessed when infants were 4 months of age. Parents’ mental health was assessed using the Self-Report Questionnaire (SRQ) and individual and couple semi-structured interviews. The DSM-IV Global Assessment of Relational Functioning Scale was used to measure quality of couple relationship, of maternal relationship with the mother's family of origin, with paternal family and with social network. As to other factors, direct questions were asked to the child’s parents. RESULTS: According to the SRQ scale, 34.45% of all 148 interviewed women had suspicion of psychiatric disorder. The clinical assessment by two mental health professionals independently using DSM-IV criteria revealed a percentage of 54%. Sixty-two percent of women lived with partners, who were also interviewed. Of the 118 fathers, 25.4% had suspicion of psychiatric disorder, according to the SRQ scale. In this population, the fact of living or not with a partner was not associated with mental disorder. Analysis by logistic regression of the total group of women showed that factors associated with the main outcome (SRQ equal or higher than 7) were low family income (p = 0.017) and presence of previous maternal psychiatric disorder (p = 0.043). Logistic regression including only women living with a partner showed that poor marital relationship was associated with presence of psychiatric disorder, 4 months after delivery (OR = 7.34 p = 0.001). CONCLUSION: This study reinforces the need of investigating presence of maternal psychiatric disorder during childcare, introduces data on the father and especially on the importance of a routine assessment of the marital relationship.
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Fatores associados a transtornos psiquiátricos no pós-partoKerber, Suzi Roseli January 2008 (has links)
OBJETIVO: Esta dissertação tem por objetivo apresentar o estudo da associação entre transtornos psiquiátricos pós-parto e fatores demográficos, psicossociais e relacionados à gestação e parto em uma amostra de base populacional de um bairro de Porto Alegre. MÉTODO: O estudo envolveu todas as mães de crianças nascidas em hospital público no bairro Vila Jardim, em Porto Alegre, de novembro de 1998 a dezembro de 1999. As famílias foram estudadas quando os bebês completaram quatro meses de idade. A saúde mental das mães e pais foi avaliada pelo Self Report Questionnaire (SRQ) e por entrevistas semi-estruturadas individuais e do casal. A Escala Avaliação Global do Funcionamento Relacional (GARF) do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) foi usada para aferir a qualidade do relacionamento do casal, do relacionamento materno com sua família de origem, com a família paterna e com a rede social. Para os outros fatores foram feitas perguntas diretas à mãe e ao pai da criança. RESULTADOS: Segundo a escala SRQ 34,45% das 148 mulheres entrevistadas apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, sendo que a avaliação clínica feita por dois profissionais de saude mental que avaliavam independentemente utilizando os critérios diagnósticos do DSM-IV indicou um percentual de 54%. Sessenta e dois por cento das mulheres coabitavam com companheiro, sendo que estes também foram entrevistados. Dos 118 pais, 25,4% apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, segundo a escala SRQ. Nesta população, o fato de coabitar ou não com companheiro não esteve associado com transtorno mental. Nesta pesquisa, na análise de regressão logística estudando a totalidade do grupo de mulheres os fatores que se mostraram relacionados com o desfecho (SRQ igual ou superior a sete ) foram a baixa renda familiar (p=0,017) e a presença de transtorno psiquiátrico materno no passado (p=0,043). Na regressão logística feita exclusivamente com as mulheres que viviam com companheiro, apenas a má qualidade da relação do casal (notas de 1 a 3 pela escala GARF) esteve associada à presença de transtornos psiquiátricos quatro meses após o parto (OR=7,34, p=0,001). CONCLUSÃO: Este estudo reforça a necessidade de verificar a presença de transtornos psiquiátricos da mãe nas consultas de puericultura, introduz dados sobre o pai e, especialmente, sobre a importância de avaliar rotineiramente a relação conjugal. / OBJECTIVE: To study the association between suspicion of psychiatric disorder and demographic, psychosocial factors, as well as those related to pregnancy and delivery, in a population-based sample of women from a circumscribed neighborhood in Porto Alegre. METHOD: This study included the mothers of all the children born in public hospitals in Vila Jardim, a district of Porto Alegre, Brazil, from November 1998 through December 1999. Families were assessed when infants were 4 months of age. Parents’ mental health was assessed using the Self-Report Questionnaire (SRQ) and individual and couple semi-structured interviews. The DSM-IV Global Assessment of Relational Functioning Scale was used to measure quality of couple relationship, of maternal relationship with the mother's family of origin, with paternal family and with social network. As to other factors, direct questions were asked to the child’s parents. RESULTS: According to the SRQ scale, 34.45% of all 148 interviewed women had suspicion of psychiatric disorder. The clinical assessment by two mental health professionals independently using DSM-IV criteria revealed a percentage of 54%. Sixty-two percent of women lived with partners, who were also interviewed. Of the 118 fathers, 25.4% had suspicion of psychiatric disorder, according to the SRQ scale. In this population, the fact of living or not with a partner was not associated with mental disorder. Analysis by logistic regression of the total group of women showed that factors associated with the main outcome (SRQ equal or higher than 7) were low family income (p = 0.017) and presence of previous maternal psychiatric disorder (p = 0.043). Logistic regression including only women living with a partner showed that poor marital relationship was associated with presence of psychiatric disorder, 4 months after delivery (OR = 7.34 p = 0.001). CONCLUSION: This study reinforces the need of investigating presence of maternal psychiatric disorder during childcare, introduces data on the father and especially on the importance of a routine assessment of the marital relationship.
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Depressão puerperal: avaliação da relevância dada pelos profissionais de saúde antes e após intervenção educativaAlvares, Lucas Bondezan 11 October 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T13:10:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Lucas Bondezan Alvares.pdf: 360228 bytes, checksum: bd2880603f26acdab0373b0841a9102d (MD5)
Previous issue date: 2013-10-11 / The pregnancy, childbirth and puerperium compose a very significant human
experience, with strong upside potential and very enriching for all who
participate. The postpartum period has been described as a period of female life
in which mental disorders are particularly frequent, which could reflect a
stereotypical view of society and health professionals about the positive
experiences arising from the myth of unconditional maternal love. This research
aims to present strategies to enable health professionals through continuing
education, thinking in the clinical situation of postpartum depression (PPD),
allowing them to act preventively in the care of pregnant or postpartum women.
The methodological design was action research focused on qualitative analysis,
the first stage consisted of interviews applied to healthcare professionals
involved in caring for pregnant and postpartum women, seeking to investigate
how the approach was on the PPD in the Basic Health and Maternity of
Penápolis / SP. Subsequently we perform activity in order of Continuing
Education for professionals involved, and in the third stage we repeat the
interviews with professionals participating in the study on the impact that the
discussion on the subject caused in their care practices maternal health.
We conclude that there was no specific approach on PPD in prenatal, with clear
lack of suitable space for reflection involving matters that were not the technical
aspects of obstetrical conditions. After the educational intervention, we saw
important changes that were reflected in the discourses on new positions ahead
to patients, staff and the best rapport, including management support to
embrace concerns about PPD institutional form, determining the deployment
routine for the diagnosis and for referral of patients with PPD and a new project
due to the results of our research. Therefore it became clear the relevance of
making on continuing education a current practice of the health team, and also
to allow space for continuing education in order to listen to the reality of
professionals, encouraging them to seek solutions and solving their conflicts
before, thereby lowering anxieties and strengthening networking and
relationship between the professionals themselves / A gestação, parto e puerpério constituem uma experiência humana das mais
significativas, com forte potencial positivo e muito enriquecedora para todos
que dela participam. O puerpério tem sido apontado como um período da vida
feminina em que os transtornos mentais são particularmente frequentes, o que
poderia refletir a visão estereotipada da sociedade e dos profissionais da saúde
sobre as vivências positivas decorrentes do mito do amor materno
incondicional. A presente pesquisa teve como objetivo apresentar estratégias
para capacitar profissionais da área de saúde, através de educação
continuada, a pensar na situação clínica de depressão puerperal (DP),
permitindo que possam agir de forma preventiva no atendimento da gestante
ou puérpera. O método utilizado foi pesquisa-ação focado em análise
qualitativa cuja primeira etapa constou de entrevistas aplicadas aos
profissionais de saúde envolvidos no atendimento de gestantes e puérperas
buscando-se investigar como se fazia a abordagem sobre DP na nas Unidades
Básicas de Saúde e na Maternidade de Penápolis/SP Posteriormente
realizamos ação de Educação Continuada para os profissionais envolvidos e
na terceira etapa foi realizada nova entrevista com os profissionais
participantes do estudo sobre o impacto que a discussão sobre o tema teve em
suas práticas de atenção a saúde da gestante. Concluímos que não havia
nenhuma abordagem específica relativa a DP no pré natal, com clara ausência
de espaço propício para a reflexão envolvendo assuntos que não fossem os
aspectos técnicos médicos da gravidez. Após a intervenção educativa
percebemos importantes mudanças que se refletiram nos discursos sobre
novas posturas frente às pacientes, melhor entrosamento na equipe e, inclusive
o apoio dos gestores para adotar a preocupação sobre DP de forma
institucional, determinando a implantação de rotina para o diagnóstico e para o
encaminhamento de pacientes com DP e de um novo projeto decorrente dos
resultados de nossa pesquisa. Portanto ficou evidente a relevância de se fazer
da educação continuada uma prática corrente à equipe de saúde, e também de
possibilitar espaços de educação permanente visando a escuta da realidade
dos profissionais, estimulando a eles que busquem soluções e resolubilidade
diante de seus conflitos, diminuindo assim as angústias e fortalecendo o
trabalho em rede e o vínculo entre os próprios profissionais
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