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Depressão alastrante cortical em ratos adultos tratados com L-Arginina durante o aleitamentoFRAZÃO, Marília Ferreira January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Como um precursor essencial para a síntese de moléculas protéicas com grande
importância biológica, a arginina apresenta marcável versatilidade metabólica e
regulatória. O Óxido Nítrico (NO), gerado a partir da arginina, exerce papel
multifuncional no sistema nervoso, incluindo modulação da liberação de
neurotransmissores, regulação do fluxo sanguíneo local cerebral e plasticidade sináptica.
Estudo recente tem sugerido que a sinalização mediada pelo óxido nítrico está envolvida
na depressão alastrante cortical (DA; Wang et al., Neuropharmacol. 44:949-957, 2003).
Nós investigamos em ratos o efeito da administração de L-arginina (ARG) combinado
ao estado nutricional, durante o período do aleitamento, na propagação da depressão
alastrante cortical (DA), em ratos adultos. Ratos Wistar foram amamentados em
ninhadas de 6 ou 12 filhotes por mãe (respectivamente N6 e N12). Nesse período os
filhotes receberam, por gavagem, ou solução contendo o aminoácido ARG (5, 10, 20
mg/dia respectivamente, durante a primeira, segunda e terceira semana de tratamento),
ou L- histidina (HIS 7, 14, 28mg/dia respectivamente, durante a primeira, segunda e
terceira semana de tratamento) ou água destilada (C). Os pesos corporais foram obtidos
nos dias 7/14/21/25/30/60/90 e no dia do registro eletrofisiológico. Os animais foram
submetidos ao registro da DA, por 4 horas, quando tornaram-se adultos (90 110 dias).
A DA foi deflagrada a cada 20 min pela aplicação de KCl a 2%, por 1 min, na região do
córtex frontal, e registrada durante 4 horas em 2 pontos do córtex parie tal, através do
eletrocorticograma e da variação lenta de voltagem (VLV) que acompanha a DA. Ao
final do registro, foram determinados os pesos encefálicos úmidos. Os animais N12
apresentaram pesos corporais e encefálicos menores e velocidades da DA maiores do
que os respectivos grupos N6. Aos 90 dias de vida, os animais ARG-N6 apresentaram
pesos corporais estatisticamente superiores aos dos grupos HIS-N6 e C-N6. Tais achados
não foram encontrados nos animais desnutridos precocemente. Nos animais N6, mas não
nos N12, os ratos tratados com ARG apresentaram altas velocidades de DA, quando
comparado com o grupo C-N6. Esses dados concluem que: 1) aumento da ninhada de 6
para 12 filhotes foi efetivo ao alterar os pesos corporal e encefálico de acordo como já
descrito anteriormente; 2) tratamento precoce com ARG-N6 aumenta a susceptibilidade
cortical à DA a julgar pelas altas velocidades, sugerindo a participação deste
aminoácido na DA; 3) o déficit nutricional induzido pela condição N12 alterou o efeito
da ARG na DA
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