Made available in DSpace on 2015-09-25T12:22:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Monalisa da Nobrega Cesarino Gomes.pdf: 1855093 bytes, checksum: 04d465b9ad8152a362f533d3cb00ebf8 (MD5) Previous issue date: 2014-05-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Oral diseases are highly prevalent in pre-school age children. In order to develop new health policies, it becomes essential to determine the impact of these conditions on the child s functional and psychosocial features. OBJECTIVE: The aim of this study was to evaluate the impact of oral health problems on oral health-related quality of life (OHRQoL) of preschool children aged three to five years and of their families, as well as to assess the influence of such problems on parental guilt. METHODS: This was a randomized cross-sectional study comprising a random sample of 843 preschool children aged between three and five years assisted in public and private pre-schools in the city of Campina Grande, PB, Brazil. Parents/guardians answered the Brazilian Early Childhood Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS) and a questionnaire on sociodemographic data and health perception. Clinical examination was performed by three calibrated examiners, who achieved good intra-examiner (k= 0.85-0.90) and interexaminer (0.83-0.88) agreement levels and were used diagnostic criteria for dental caries, traumatic dental injuries (TDI) and malocclusion already established in the literature. The hierarchical Poisson regression was used to identify associations between the independent variables and OHRQoL according to the levels of analysis (α = 5%). RESULTS: The frequency of negative impact of oral health problems on OHRQoL was 32.1% among children and 26.2% among families. The variables oldest child (PR= 1.430, 95%CI: 1.045-1.958), parent s/caregiver s perception of child s oral health as poor (PR= 1.732, 95%CI: 1.399-2.145), cavitated lesions (PR= 2.596; 95%CI: 1.9823.400) and TDI (PR= 1.413, 95%CI: 1.161-1.718) were significantly associated with the children s OHRQoL; while parent s/caregiver s perception of child s oral health as poor (PR= 2.116, 95%CI: 1.624-2.757), cavitated lesions (PR= 2.809, 95%CI: 2.009-3.926) and type of TDI (PR= 2.448, 95%CI: 1.288-4.653) were significantly associated with the family s OHRQoL. Parental guilt was identified in 22.8 % of the sample and was associated with parent s/caregiver s perception of child s oral health as poor (PR= 1.980, 95%CI: 1.479-2.649), history of toothache (PR= 2.427, 95%CI: 1.812-3.251), cavitated lesions (PR= 2.012, 95%CI: 1.397-2.896) and type of TDI (PR= 1.951, 95%CI: 1.099-3.461). CONCLUSION: Cavitated lesions and TDI cause negative impact on OHRQoL of the preschool children and their families. Also, the parents of children with these conditions were found to feel guiltier. Moreover, parent s/caregiver s perception of child s oral health as poor and birth order were predictors for a greater impact on quality of life. / As alterações bucais apresentam alta prevalência na idade pré-escolar, e para delinear novas políticas de saúde é essencial determinar o impacto dessas alterações nos aspectos funcionais e psicossociais da criança. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto das alterações bucais na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de pré-escolares de três a cinco anos de idade e suas famílias, bem como a influência de tais alterações na culpa parental. MÉTODOS: Um estudo transversal randomizado de amostra aleatória foi realizado com 843 pré-escolares entre três e cinco anos de idade assistidas em pré-escolas públicas e privadas de Campina Grande-PB, Brasil. Os pais/responsáveis responderam o Brazilian Early Childhood Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS) e um questionário sobre dados sociodemográficos e percepção de saúde. O exame clínico foi realizado por três pesquisadores previamente calibrados, com bom grau de concordância intraexaminador (k=0.85-0.90) e interexaminador (k=0.83-0.88) e foram usados critérios de diagnóstico para cárie dentária, traumatismo dentário (TDI) e má oclusão já estabelecidos na literatura. A regressão hierárquica de Poisson foi utilizada para verificar associações entre as variáveis independentes e QVRSB de acordo com os planos de análise (α = 5%). RESULTADOS: A frequência de impacto negativo das alterações bucais na QVRSB foi de 32.1% entre as crianças e 26.2% entre as famílias. As variáveis ser o filho primogênito (RP= 1.430; IC95%: 1.045-1.958), percepção ruim dos pais sobre a saúde bucal da criança (RP= 1.732; IC95%: 1.399-2.145), lesões cavitadas (RP= 2.596; IC95%: 1.982-3.400) e TDI (RP= 1.413; IC95%: 1.161-1.718) estiveram significativamente associados com QVRSB para as crianças; enquanto que percepção ruim dos pais sobre a saúde bucal da criança (RP= 2.116; IC95%: 1.624-2.757), lesões cavitadas (RP= 2.809; IC95%: 2.009-3.926) e tipo de TDI (RP= 2.448; IC95%: 1.2884.653) estiveram significativamente associados com a QVRSB da família. Em relação à culpa parental, esteve presente em 22.8% da amostra e a percepção ruim dos pais sobre a saúde bucal da criança (RP= 1.980; IC95%: 1.479-2.649), história de dor de dente (RP= 2.427; IC95%: 1.812-3.251), lesões cavitadas (RP= 2.012; IC95%: 1.397-2.896) e tipo de TDI (RP=1.951; IC95%: 1.099-3.461) estiveram significativamente associados com a culpa parental. CONCLUSÃO: Lesões cavitadas e TDI causam impacto negativo na QVRSB de pré-escolares e suas famílias, bem como os pais de crianças com essas condições apresentam uma maior culpa. Além disso, uma pior percepção dos pais sobre a saúde bucal dos filhos e ordem de nascimento foram preditores para um maior impacto na qualidade de vida.