O aumento da concorrência entre as empresas aéreas e o crescimento do número de acidentes aéreos, algumas vezes causados por falhas em sistemas das aeronaves, que não são solucionadas em tempo hábil pelos pilotos, vêm preocupando os setores responsáveis com o treinamento de pilotos. Para minimizar esses problemas, as empresas aéreas estão investindo em novas sistemáticas, a fim de melhorar a qualidade e reduzir os custos dos treinamentos de pilotos. Baseado no estudo de métodos, ferramentas e procedimentos de Engenharia de Software e Sistemas de Software para o treinamento de pilotos. Esta Metodologia foi aplicada para especificar, modelar, implementar e testar o Protótipo do Sistema Elétrico da Aeronave ERJ-145 para o treinamento interativo de Pilotos denominado SISTPIT. Este protótipo foi utilizado para representar e simular procedimentos reais de emergência ou instabilidades operacionais nas aeronaves, bem como verificar e validar a Metodologia proposta.

As competências técnicas e a formação superior para o aviador são contextualizadas neste trabalho. O domínio de diversos campos do saber é apresentado como essencial para que o piloto possa exercer sua profissão de forma plena e com segurança. Atualmente, apesar do reconhecimento de que pilotos comerciais necessitam de conhecimentos e competências distintas e específicas, não existe imposição legal no que se refere à exigência de curso superior para o exercício da profissão de piloto. Não obstante às novas tecnologias embarcadas nos aviões e ao intensivo treinamento prático das tripulações técnicas, acidentes aeronáuticos com o envolvimento de fatores contribuintes relativos à capacitação e formação profissional continuam a ocorrer em quantidades incompatíveis com os esforços dedicados à sua mitigação. Assim, a proatividade nas atividades de prevenção torna-se mandatória, com foco no incremento da qualidade da formação profissional dos pilotos comerciais e de linha aérea. O presente trabalho propõe a inclusão da exigência de curso superior em Ciências Aeronáuticas ou Aviação Civil no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC n 61) - Licenças, Habilitações e Certificados para Pilotos - para obtenção de licenças de piloto comercial e linha aérea de forma a elevar requisitos de capacitação, em uma medida proativa na prevenção de acidentes aeronáuticos.

Desde o surgimento do avião, pode-se constatar a evolução dessa máquina que tornou realidade um dos sonhos mais antigos da humanidade: voar. Com a crescente tecnologia, as aeronaves apresentam um padrão de segurança e confiabilidade cada vez maiores. Exemplo disso são os aviões que conseguem pousar sem o auxílio direto dos pilotos na utilização dos comandos de voo. Se as aeronaves estão mais seguras, por quê os acidentes ainda ocorrem? Para responder essa pergunta, torna-se necessário analisar outro elemento presente na realização de um voo: o homem. O ser humano, desde a realização do primeiro voo até hoje, não evoluiu anatomicamente, ou seja, não desenvolveu órgãos especiais para voar. Além disso, o homem sente frio, calor, sede, fome, cansaço e é influenciado por fatores externos, tais como a família e o ambiente de trabalho. Sendo assim, este trabalho tem como finalidade relacionar a ampla divulgação da Doutrina de Segurança de Voo com a realização de uma atividade aérea mais segura, através da transmissão de conhecimentos específicos referentes à Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Para tal, torna-se extremamente importante realizar um programa de atividades capaz de controlar e minimizar a influência desses fatores na realização dos voos. Além disso, também será analisado o momento ideal para que esse programa seja introduzido na carreira de um piloto da Força Aérea Brasileira, objetivando uma profissão balizada por conceitos e valores que o ajudarão a ter uma atitude profissional mais segura, contribuindo dessa forma, para a diminuição dos acidentes aeronáuticos. Para finalizar o trabalho, são apresentados e discutidos dois exemplos de acidentes ocorridos devido à indisciplina de voo e a sua relação direta com a ausência de uma Doutrina de Segurança de Voo na vida operacional de um piloto. Palavras-chave: Força Aérea Brasileira, Formação, instrução, doutrina, nível de atenção, atividade aérea, Segurança de Voo, acidentes aeronáuticos.