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Urbanização em Goiás no século XVIII / Urbanization in the eighteenth century GoiásBoaventura, Deusa Maria Rodrigues 21 November 2007 (has links)
A urbanização da Capitania de Goiás esteve na dependência direta da política centralizadora de ocupação colonial portuguesa do século XVIII, particularmente no que se refere à expansão e legitimação do território além do meridiano de Tordesilhas e ao descobrimento de importantes pontos mineratórios localizados na região central do Brasil. A consolidação dessa política e, conseqüentemente, da ocupação de Goiás, coube ao colonizador que, colocando-se a serviço da averiguação de míticos imaginários, utilizou os recursos de uma cartografia em crescente desenvolvimento desde o século XVI e que lhe permitiram comutar imprecisas informações e relatos em cálculos exatos e ter uma real visualização do novo espaço. Com essas ações, formaram-se na Capitania mais de cinqüenta núcleos urbanos, segundo uma tradicional concepção do urbanismo português, que previa a realização de levantamentos topográficos e o uso de mapas feitos por sertanistas, engenheiros militares e governadores que, juntos, se responsabilizaram pela organização e desenho do território. Outras formas estratégicas de ocupação territorial também foram adotadas por Portugal, tais como a criação da prelazia e de paróquias, a abertura de caminhos, a adoção do sistema sesmarial, a fundação da capital e o incentivo às atividades mineratórias e agropastoris. Para a efetiva posse do território goiano, a Coroa lusa implantou também normas indigenistas e incentivou a construção de aldeamentos desde a primeira metade do século XVIII, os quais, embora sem a perfeição de traçado alcançada no período pombalino, foram concebidos a partir de praças centrais, retangulares ou quadradas, inscritas em malhas previstas, cujas características garantiram a continuidade de uma tradição portuguesa de desenho urbano erudito e regular, que se baseava em princípios matemáticos e geométricos. / The urbanization of the Captainship of Goiás founds its explanations in a group of factors that are related to the Portuguese centralizing politics of colonial occupation in the 18th century, particularly those that are referred to the expansion and legitimating of the territory beyond the Tordesilhas meridian, and to the discovering of important mining spots localized in the central region of Brazil. The consolidation of the politics and, consequently, of the occupation of Goiás, was carried by the colonizer, which, with the access to a cartography that had been developed since the 16th century, set to the purpose of the checking imaginary myths, transforming inaccurate information and reports into exact calculation and a real visualization of the new space. With these actions it was created on the Captainship more than fifty urban clusters, following a traditional conception of the Portuguese urbanism, with topographic studies and maps made by peasants, military engineers and governors which together were responsible to the organization and the mapping of the territory. Another strategic ways of territorial occupation were also implemented by Portugal, such as: the creation of the prelature, of the parishes, the opening of colonial ways, the adoption of the sesmarial system, the foundation of the capital and the stimulation of the mining and agricultural activities. Due to the possession effectiveness of the territory, the Portuguese crown also implemented Indian regulations and stimulated the construction of villages since the first half of the 18th century, which, even though, without the perfect drawing reached on the Pombalin period, were conceived with rectangular or squared central squares, inscribed into predicted streets, which it characteristics guaranteed the continuity of a Portuguese tradition of erudite and regular urban drawing that was based on mathematical and geometrical principles.
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Urbanização em Goiás no século XVIII / Urbanization in the eighteenth century GoiásDeusa Maria Rodrigues Boaventura 21 November 2007 (has links)
A urbanização da Capitania de Goiás esteve na dependência direta da política centralizadora de ocupação colonial portuguesa do século XVIII, particularmente no que se refere à expansão e legitimação do território além do meridiano de Tordesilhas e ao descobrimento de importantes pontos mineratórios localizados na região central do Brasil. A consolidação dessa política e, conseqüentemente, da ocupação de Goiás, coube ao colonizador que, colocando-se a serviço da averiguação de míticos imaginários, utilizou os recursos de uma cartografia em crescente desenvolvimento desde o século XVI e que lhe permitiram comutar imprecisas informações e relatos em cálculos exatos e ter uma real visualização do novo espaço. Com essas ações, formaram-se na Capitania mais de cinqüenta núcleos urbanos, segundo uma tradicional concepção do urbanismo português, que previa a realização de levantamentos topográficos e o uso de mapas feitos por sertanistas, engenheiros militares e governadores que, juntos, se responsabilizaram pela organização e desenho do território. Outras formas estratégicas de ocupação territorial também foram adotadas por Portugal, tais como a criação da prelazia e de paróquias, a abertura de caminhos, a adoção do sistema sesmarial, a fundação da capital e o incentivo às atividades mineratórias e agropastoris. Para a efetiva posse do território goiano, a Coroa lusa implantou também normas indigenistas e incentivou a construção de aldeamentos desde a primeira metade do século XVIII, os quais, embora sem a perfeição de traçado alcançada no período pombalino, foram concebidos a partir de praças centrais, retangulares ou quadradas, inscritas em malhas previstas, cujas características garantiram a continuidade de uma tradição portuguesa de desenho urbano erudito e regular, que se baseava em princípios matemáticos e geométricos. / The urbanization of the Captainship of Goiás founds its explanations in a group of factors that are related to the Portuguese centralizing politics of colonial occupation in the 18th century, particularly those that are referred to the expansion and legitimating of the territory beyond the Tordesilhas meridian, and to the discovering of important mining spots localized in the central region of Brazil. The consolidation of the politics and, consequently, of the occupation of Goiás, was carried by the colonizer, which, with the access to a cartography that had been developed since the 16th century, set to the purpose of the checking imaginary myths, transforming inaccurate information and reports into exact calculation and a real visualization of the new space. With these actions it was created on the Captainship more than fifty urban clusters, following a traditional conception of the Portuguese urbanism, with topographic studies and maps made by peasants, military engineers and governors which together were responsible to the organization and the mapping of the territory. Another strategic ways of territorial occupation were also implemented by Portugal, such as: the creation of the prelature, of the parishes, the opening of colonial ways, the adoption of the sesmarial system, the foundation of the capital and the stimulation of the mining and agricultural activities. Due to the possession effectiveness of the territory, the Portuguese crown also implemented Indian regulations and stimulated the construction of villages since the first half of the 18th century, which, even though, without the perfect drawing reached on the Pombalin period, were conceived with rectangular or squared central squares, inscribed into predicted streets, which it characteristics guaranteed the continuity of a Portuguese tradition of erudite and regular urban drawing that was based on mathematical and geometrical principles.
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A transferência da cidade portuguesa para o Brasil - 1532-1640Lemoine Neves, André 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa tem como objetivo analisar os processos de urbanização do Brasil colônia entre 1532 e
1640, verificando se tais processos foram o resultado da transfrência de um saber-fazer
desenvolvido ao longo da Idade Média em Portugal e, devidamente adaptado às condições da nova
colônia ou se foram resultados de procedimentos inéditos de urbanização, derivados de
conhecimentos teóricos definidos, em grande parte, a partir das teorias renascentistas sobre a cidade,
sua forma e funcionamento. Os resultados obtidos apontam para uma transferência dos modelos da
cidade portuguesa para o território hoje brasileiro segundo conhecimentos vernaculares acumulados
ao longo de séculos e não para a existência de um modelo específico desenvolvido para a nova
colônia portuguesa e baseado nos tratados contemporâneos ao recorte temporal da pesquisa.Para seu
desenvolvimento, a pesquisa se valeu de conhecimentos históricos, morfológicos e da Lógica Social
do Espaço para verificar as relações entre as formas e modos de funcionamento das cidades
portuguesas e daquelas desenvolvidas pelos portugueses no Brasil buscando suas semelhanças e
diferenças, permanências e mutações no intuito de definir o genótipo da cidade existente no Brasil
colônia que não possuía relações com modelos ideais nem na forma, nem no funcionamento
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