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Singularidade na atividade de trabalho e da relação com o saber: desafios para a educação do trabalhadorSouza, Iara Tapia de 31 March 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-03-31 / Nenhuma / Este trabalho teve como objetivo analisar e compreender a singularidade do trabalhador presente nas situações de trabalho, quando, em atividade de trabalho. A coleta de dados foi realizada em uma indústria do segmento automotivo, situada em Porto Alegre, junto a trabalhadores que, atualmente, ocupam o cargo de montador de produção. O referencial teórico foi sustentado por dois pilares. A perspectiva ergológica, por Yves Schwartz, tomou uma representação significativa nesta pesquisa pelo fato de ter uma visão filosófica sobre a atividade de trabalho, considerando a singularidade, valores, escolhas e saberes do trabalhador em atividade. A segunda perspectiva incorporada foi de Bernard Charlot - antropológica - ao estudar a relação que o sujeito estabelece com seu saber. A partir do aporte teórico, juntamente com os dados coletados, foi possível realizar uma discussão e entender que os trabalhadores procuram, singularmente, criar, recriar e renormalizar em situações de trabalho. Isso se torna factível porque a atividade é um momento a ser vivido pelos trabalhadores. Por mais prescrita que seja a atividade, sempre haverá lacunas. O trabalho representa um objeto duplo para os trabalhadores. Por um lado, há o objetivo de atender às necessidades de independência financeira e de estar inserido socialmente. Por outro, o trabalho atendeu estes trabalhadores como objeto de desejo. Nas situações de trabalho, foi possível identificá-los investindo emocionalmente, se movimentando, se mobilizando para atender além do que havia sido prescrito pela empresa. Pode-se inferir que tal mobilização tenha ocorrido a partir da relação que constituíram com seus familiares, pais, amigos, colegas e professores, como também pela noção de classe: ser metalúrgico. Ao se colocar uma lupa na singularidade do trabalhador, emerge um grande desafio que é considerar as consequências para a formação do trabalhador da singularidade presente na sua atividade de trabalho e na sua relação com o saber. Assim, poderá influenciar nos fundamentos da educação de trabalhadores em nosso país. / This study aimed to analyze and understand the singularity of worker in labor situations, when in work activity. Data collection was performed in an automotive industry, located in Porto Alegre, with workers who currently occupy the position of production assembler. The theoretical reference was supported by two pillars. The ergological perspective, by Yves Schwartz, took a significant representation in this research, because it has a philosophical view on the work activity, considering the singularity, values, choices and knowledge of the worker in activity. The second incorporated perspective was anthropological, by Bernard Charlot, when studying the relation the subject establishes with his knowledge. From the theoretical contribution, with the data collected, it was possible to make a discussion and understand that workers seek, in a singular way, to create, to recreate and to renomalizate in work situations. This becomes feasible because the activity is a moment to be experienced by workers. However, it is prescribed, there will always be gaps. The work represents a double object to workers. On the one hand there is the objective of meeting the needs of financial independence and being placed socially. Second, the work met these workers as objects of desire. In work situations, it was possible to identify them investing emotionally, moving, preparing to meet beyond what had been prescribed by the company. It can be inferred that such mobilization occurred from the relationship that formed with their families, parents, friends, colleagues and teachers, but also by the notion of class: being metallurgists. When putting a magnifying glass on the singularity of the employee, it emerges a big challenge: to consider the consequences for the training worker of the singularity present in the work activity and its relationship with the knowledge. Thus, it can influence education workers fundaments in our country.
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