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A continuidade das práticas de manejo de milho crioulo no Vale do Capivari/SC

Rebollar, Paola May January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas. / Made available in DSpace on 2012-10-24T02:30:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 250547.pdf: 8816499 bytes, checksum: 79e8524589025ea81dfd97c0f61f5a70 (MD5) / O milho foi domesticado há pelo menos 6.000 anos no altiplano mexicano. A partir desta região foi dispersado para todo o continente americano. Inicialmente, esta espécie tinha pequena importância econômica. Ao longo de milênios as populações de milho foram melhoradas e passaram a ser alimento importante para diversos grupos indígenas americanos. Neste contexto, Santa Catarina apresenta uma história de 2.000 anos de cultivo de milho. Introduzido por grupos Jê, esta espécie passou a ter maior importância com a chegada dos Guarani amazônicos. Este grupo numeroso se instalou no oeste e nos vales e planícies costeiras da região leste do estado. O vale do Capivari é um destes vales. Neste local, populações de milho de polinização aberta continuam sendo cultivadas por famílias de agricultores teuto-brasileiros de forma tradicional. Esta pesquisa buscou encontrar evidências de continuidade das práticas de manejo e seleção de sementes de milho de indígenas Guarani nos agricultores familiares do vale do Capivari no registro histórico e a campo. Para tanto, foram utilizadas metodologias de pesquisa histórica para interpretar o processo de transmissão de conhecimentos sobre o milho entre indígenas e agricultores europeus, na perspectiva da longa duração. Por outro lado, foram utilizadas metodologias etnobotânicas de pesquisa de campo para identificar agricultores que manejam populações de milho de polinização aberta, localizar informantes-chave nas comunidades pesquisadas e registrar as práticas de manejo e seleção de sementes usadas no vale do Capivari. As práticas atuais indicam a herança de um sistema simplificado com apenas um tipo de milho (amarelinho) com manejo de cores semelhante ao sistema avati moroti dos Guarani. Duas práticas empregadas na manutenção das populações de milho de polinização aberta se destacaram: a presença de especialistas e redes de trocas de sementes. Tanto os agricultores do vale do Capivari quanto os Guarani reconhecem especialistas em manejo das populações cultivadas. Estas pessoas dedicam mais tempo e atenção que os demais agricultores do grupo na seleção de sementes. Enquanto os Guarani atribuem importância religiosa aos manejadores de milho, a comunidade do vale do Capivari reconhece monetariamente a importância de especialistas como a informante-chave desta pesquisa. Tanto indígenas como agricultores utilizam redes de trocas para contornar os efeitos de seleção rigorosa de espigas por tipo. Estas redes formam metapopulações o que pode reduzir a erosão genética do tipo de milho local. A alta produtividade do milho comercial depende de populações de polinização aberta que estão nas mãos de indígenas, agricultores familiares e pesquisadores. O registro da continuidade das práticas de manejo e seleção de sementes de milho no vale do Capivari aponta informações de grande importância para o melhoramento de plantas.

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