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Construção e validação de instrumento para avaliação da prática de automedicação realizada por pacientes com desordens temporomandibularesDias, Isabela Maddalena 06 July 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-07-06 / O termo desordens temporomandibulares (DTM) refere-se a um conjunto de problemas clínicos dolorosos e/ou funcionais que pode acometer o sistema estomatognático, representando uma importante causa de dor crônica na região orofacial. Muitos pacientes com queixas constantes associadas ao distúrbio consideram a automedicação como meio mais rápido e prático para aliviar suas dores e não procuram ajuda de um profissional. Atualmente não há na literatura um instrumento específico para avaliar a prática de automedicação em pacientes com DTM, sendo objetivo do presente estudo construir e validar um questionário com essa finalidade. A primeira etapa para construção do instrumento foi a fase qualitativa, na qual, para que fossem gerados itens para construção do instrumento foram realizadas uma ampla revisão da literatura sobre os temas envolvidos no estudo, entrevistas semiestruturadas com pacientes com DTM e a dinâmica do grupo focal. Após essas etapas o material gerado foi criteriosamente lido e avaliado para que se iniciasse a construção do instrumento. Elaborou-se a primeira versão do questionário, sendo as perguntas desenvolvidas com base em escala de Likert, com cinco opções de resposta. A primeira versão do instrumento resultou em 62 questões divididas em 4 dimensões: DTM/Dor orofacial, medicamentos utilizados, opinião/atitudes com relação à automedicação, atendimento/tratamento das DTM. Após a validação de face realizada por um comitê de especialistas, alguns itens foram excluídos e outros criados, assim como a ordem dos mesmos foi alterada, para facilitar a leitura do pesquisador, porém sem permitir respostas semelhantes devido à sequência de perguntas muito parecidas. A versão para pré-teste apresentava 48 perguntas, e apesar de nenhuma das questões apresentar um grau de incompreensão maior que 20%, sete questões foram excluídas, por serem consideradas repetitivas e com pouca diferença do poder explicativo, quando comparadas a outras perguntas, após avaliação inicial dos dados. A versão para validação com 41 itens, foi aplicada em uma amostra de 110 pacientes com diagnóstico de DTM de acordo com os critérios do RDC/TMD (1992). De acordo com análise fatorial, 7 questões com carga abaixo de 0,30 foram retiradas, sendo sua versão final bifatorial, composta por 34 perguntas. A análise da consistência interna e estabilidade temporal resultou em valores de 0,844 do coeficiente de Alfa de Cronbach e 0,810 do coeficiente Kappa, respectivamente, indicando que o questionário apresenta confiabilidade e capacidade de reprodutibilidade, tendo propriedades satisfatórias para o objetivo que se propõe. Como objetivo final de classificar os pacientes de acordo com o grau/intensidade de automedicação, foi proposta uma classificação que permitiu discriminar em 3 grupos distintos quanto à exposição da automedicação: leve (34-81 pontos), moderado (82-103 pontos), severo (104-170 pontos) com base na pontuação do escore bruto de automedicação. Foi verificada maior prevalência (46,4%) de casos moderados de automedicação. Em síntese, espera-se que o instrumento construído possa contribuir para o desenvolvimento de mais estudos que avaliem a automedicação associada às DTM. A partir de uma maior discussão do assunto na literatura da área, será possível difundí-lo, esclarecendo importantes questões associadas à prática estudada, visando, principalmente, a sua redução. / The term temporomandibular disorders (TMD) refers to a set of clinical problems involving pain and/or dysfunction that can affect the stomatognathic system, representing a major cause of chronic pain in the orofacial region. Many patients with constant complaints associated with such disorders consider self-medication the fastest and most convenient way to ease their pain, and do not seek help from a professional. Currently there is no specific instrument found in the literature to assess the practice of self-medication in patients with TMD, thus the objective of this study was to construct and validate a questionnaire for this purpose. The first step in constructing the instrument was the qualitative phase, in which a comprehensive review of the literature on the subjects involved in the study, semi-structured interviews with TMD patients, and focus group dynamics were carried out in order to generate items for constructing the instrument. The generated material was then carefully read and evaluated in order to begin construction of the instrument. The first version of the questionnaire was developed, with questions based on five-point Likert scale response options. The first version of the instrument resulted in 62 questions divided into four dimensions: TMD / orofacial pain, medications used, opinions / attitudes regarding self-medication, care / treatment of TMD. Aftervalidation performed by a committee of experts, some items were excluded and others created, and their order was amended as well, to facilitate reading by the researcher, but without allowing similar responses due to the sequence of very similar questions. The pre-test version had 48 questions, and although none of the questions presented a misunderstanding rate greater than 20%, seven questions were excluded for being considered repetitive, and with little difference in the explanatory power compared to the other questions, after initial assessment of the data. The version for validation, with 41 items, was administered to a sample of 110 patients diagnosed with TMD according to the criteria of the RDC/TMD (1992). According to factor analysis, 7 questions with loadings below 0.30 were taken out, with the final version consisting of 34 questions. The analysis of internal consistency and temporal stability resulted in values of 0.844 for Cronbach's alpha coefficient and 0.810 for the Kappa coefficient, respectively, indicating that the questionnaire presents reliability and reproducibility, having satisfactory properties for its proposed objective. As to the ultimate goal of classifying patients according to the degree / intensity of self-medication, a classification was proposed that allowed discrimination into three distinct groups regarding self-medication exposure: mild (34-81 points), moderate (82-103 points), severe (104-170 points), based on the total for the self-medication raw score. Highest prevalence (46.4%) was observed for moderate cases of self-medication. In summary, it is hoped that the resulting instrument will contribute to the development of further studies assessing the self-medication associated with TMD. From further discussion of the subject in the literature, it will be possible to disseminate more information, clarifying important issues associated with the practice under study, aiming mainly at its reduction.
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