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Avaliação anatômica de artérias coronárias humanas por ressonância magnética, ultra-som intravascular e anatomia patológica \"in vitro\" / Anatomical evaluation of human coronary arteries by magnetic resonance, intravascular ultrasound and pathological anatomy \"in vitro\"

Gomes, Everli Pinheiro de Souza Gonçalves 15 September 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: A avaliação da morfologia das artérias coronárias é objeto de interesse dentro do desenvolvimento de uma melhor qualidade de imagem que possibilite um diagnóstico fidedigno das lesões coronárias. Para isso, estudos com ressonância magnética (RM) e ultra-som intravascular coronário (UIV) tem se desenvolvido na tentativa de mensurar e caracterizar melhor a doença coronária in vivo. OBJETIVO: Determinar a capacidade da ressonância magnética em detectar alterações na luz e na parede das artérias coronárias com aterosclerose, tendo como padrões o ultra-som intracoronário e a anatomia patológica.MÉTODOS: Estudamos 13 corações de pacientes, falecidos por infarto do miocárdio. Os corações foram fixados com solução de formol a 10% sob perfusão com pressão constante de 80 mmHg. Em seguida as artérias coronárias interventricular anterior, direita e circunflexa esquerda foram dissecadas, preservando-se a adventícia e parte da aorta. As seguintes medidas foram feitas: área total do vaso (ATV), área da luz (AL), maior (MaDV) e menor (MeDV) diâmetro do vaso, diâmetro mínimo (DminL) e máximo (DmaxL) da luz do vaso e espessura mínima (EminP) e máxima (EMaxP) da parede pelos seguintes métodos: UIV, RM e anatomia patológica (AP). Foram analisadas 38 artérias, correspondendo a 355 segmentos arteriais. Utilizamos em média os 3 primeiros centímetros de cada artéria, e em cada centímetro foram avaliados 3 segmentos: proximal, médio e distal. As medidas obtidas nos 3 métodos foram comparadas através do teste de correlação de Pearson e método de Bland Altman Plot. As comparações entre os 3 métodos, pelas suas respectivas médias e desvios padrão, foram realizadas pela análise de variância para medidas repetidas.RESULTADOS: As médias das variáveis na RM,UIV e AP foram respectivamente: ATV 15,46 ± 4,83, 13,86 ± 5,20 e 11,87 ± 4,57; MaDV 4,75 ± 0,84, 4,40 ± 0,87 e 4,18 ± 0,87; MeDV 4,23 ± 0,73, 3,75 ± 0,72 e 3,48 ± 0,70; AL 5,59 ± 2,93, 6,86 ± 3,18 e 5,57 ± 2,46; DmiL 2,54 ± 0,64, 2,55 ± 0,57 e 2,32 ± 0,52; DmaxL 3,07 ± 0,65, 3,34 ± 0,76 e 3,04 ± 0,83; EminP 0,76 ± 0,25, 0,38 ± 0,18 e 0,34 ± 0,17; EmaxP 1,11 ± 0,39, 0,88 ± 0,37 e 0,90 ± 0,48. As correlações com maior significância foram: 1. APxRM: ATV e AL (r=0,767 e r=0,805); 2. RMxUIV ATV e AL (r=0,836 e r=0,770); 3. APxUIV ATV e MeDV (r=0,89 e r=0,692). As variáveis que tiveram melhor correlação foram a ATV, MaDV, MeDV e AL nos 3 métodos. A EminP e EmaxP tiveram fraca correlação. As médias das variáveis DminL e DmáxL nos 3 métodos foram muito próximas. Na variável ATV notamos que a média superestimou a medida do vaso. CONCLUSÃO: A RM correlacionou-se com o UIV para a maioria das medidas, em especial: ATV, MaDV, MeDV, AL e DmaxL. As medidas nesses 2 métodos se correlacionaram em menor intensidade com a AP, sendo nesta sempre com valores menores. Assim, a RM pode vir a ser método fidedigno para o diagnóstico e prognóstico na doença aterosclerótica coronariana, na dependência do desenvolvimento tecnológico permitindo maior rapidez na aquisição de imagens / INTRODUCTION: Numerous studies in the area of image have been conducted to evaluate the morphology of the coronary arteries. Major technical advances have provided better image quality that allows a reliable diagnosis of coronary lesions. For this, studies with cardiovascular magnetic resonance (CMR) and coronary intravascular ultrasound has been developed in an attempt to better measure and characterize coronary heart disease \"in vivo\". PURPOSE: To determine the capacity of CMR to detect changes in the lumen and the wall of the coronary arteries caused by atherosclerosis, using as references intravascular ultrasound (IVUS) and pathology measurements. METHODS: We examined 13 hearts of patients that died of myocardial infarction. The hearts were fixed with formalin solution to the 10% with constant pressure of 80 mmHg. Then the left anterior descending (LAD), left circumflex (LCx) and right coronary (RCA) arteries were dissected from the the aorta and epicardial fat and isolated as pathological specimens. The arteries were analyzed by CMR, IVUS and pathology and the images were subjected to analysis of the following parameters: total vessel area (TVA), lumen area (LA), major (MaVD) and minor vessel diameter (MiVD), minor (MiLD) and major lumen diameter (MaLD), minor (MiWT) and major wall thickness (MaWT). We analyzed the entire 355 arterial segments, using at least the first proximal 2 cm, in most cases 3 cm or more of each artery. In every centimeter we measured the parameters of the proximal, mid and distal segments. The measures obtained in the three methods were compared using Pearson correlation and the method of Bland and Altman plot. Comparisons among the three methods, by their respective averages and standard deviations, were carried out by analysis of variance with repeated measures. RESULTS: Measures in CMR,IVUS e PA were as follow respectively: TVA 15.46 ± 4.83, 13.86 ± 5.20 and 11.87 ± 4.57; MaVD 4.75 ± 0.84, 4.40 ± 0.87 and 4.18 ± 0.87; MeVD 4.23 ± 0.73, 3.75 ± 0.72 and 3.48 ± 0.70; LA 5.59 ± 2.93, 6.86 ± 3.18 and 5.57 ± 2.46; MiLD 2.54 ± 0.64, 2.55 ± 0.57 and 2.32 ± 0.52; MaLD 3.07 ± 0.65, 3.34 ± 0.76 and 3.04 ± 0.83; MiWT 0.76 ± 0.25, 0.38 ± 0.18 and 0.34 ± 0.17; MaWT 1.11 ± 0.39, 0.88 ± 0.37 and 0.90 ± 0.48.The best correlations were: 1. PAxCMR: TVA and LA (r=0.767 and r=0.805); 2. CMRxIVUS: TVA and LA (r=0.836 and r=0.770); 3. PAxIVUS: TVA and MiVD (r=0.89 and r=0.692). The variables that have shown the best correlations were TVA, MaVD, MiVD and LA in the 3 methods. The MiWT and MaWT had a weak correlation. The averages of variables MiLD and MaLD in the 3 three methods were very similar. CONCLUSION: CMR correlated well with IVUS for the majority of measures done and in especial for TVA, LA, MaVD, MiVD and MaLD. Measures in both methods had lower correlation with pathology that showed the lower values of all. As a perspective CMR may be a reliable method for measuring coronary artery dimensions, depending on new technical development for faster image acquirer
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Avaliação anatômica de artérias coronárias humanas por ressonância magnética, ultra-som intravascular e anatomia patológica \"in vitro\" / Anatomical evaluation of human coronary arteries by magnetic resonance, intravascular ultrasound and pathological anatomy \"in vitro\"

Everli Pinheiro de Souza Gonçalves Gomes 15 September 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: A avaliação da morfologia das artérias coronárias é objeto de interesse dentro do desenvolvimento de uma melhor qualidade de imagem que possibilite um diagnóstico fidedigno das lesões coronárias. Para isso, estudos com ressonância magnética (RM) e ultra-som intravascular coronário (UIV) tem se desenvolvido na tentativa de mensurar e caracterizar melhor a doença coronária in vivo. OBJETIVO: Determinar a capacidade da ressonância magnética em detectar alterações na luz e na parede das artérias coronárias com aterosclerose, tendo como padrões o ultra-som intracoronário e a anatomia patológica.MÉTODOS: Estudamos 13 corações de pacientes, falecidos por infarto do miocárdio. Os corações foram fixados com solução de formol a 10% sob perfusão com pressão constante de 80 mmHg. Em seguida as artérias coronárias interventricular anterior, direita e circunflexa esquerda foram dissecadas, preservando-se a adventícia e parte da aorta. As seguintes medidas foram feitas: área total do vaso (ATV), área da luz (AL), maior (MaDV) e menor (MeDV) diâmetro do vaso, diâmetro mínimo (DminL) e máximo (DmaxL) da luz do vaso e espessura mínima (EminP) e máxima (EMaxP) da parede pelos seguintes métodos: UIV, RM e anatomia patológica (AP). Foram analisadas 38 artérias, correspondendo a 355 segmentos arteriais. Utilizamos em média os 3 primeiros centímetros de cada artéria, e em cada centímetro foram avaliados 3 segmentos: proximal, médio e distal. As medidas obtidas nos 3 métodos foram comparadas através do teste de correlação de Pearson e método de Bland Altman Plot. As comparações entre os 3 métodos, pelas suas respectivas médias e desvios padrão, foram realizadas pela análise de variância para medidas repetidas.RESULTADOS: As médias das variáveis na RM,UIV e AP foram respectivamente: ATV 15,46 ± 4,83, 13,86 ± 5,20 e 11,87 ± 4,57; MaDV 4,75 ± 0,84, 4,40 ± 0,87 e 4,18 ± 0,87; MeDV 4,23 ± 0,73, 3,75 ± 0,72 e 3,48 ± 0,70; AL 5,59 ± 2,93, 6,86 ± 3,18 e 5,57 ± 2,46; DmiL 2,54 ± 0,64, 2,55 ± 0,57 e 2,32 ± 0,52; DmaxL 3,07 ± 0,65, 3,34 ± 0,76 e 3,04 ± 0,83; EminP 0,76 ± 0,25, 0,38 ± 0,18 e 0,34 ± 0,17; EmaxP 1,11 ± 0,39, 0,88 ± 0,37 e 0,90 ± 0,48. As correlações com maior significância foram: 1. APxRM: ATV e AL (r=0,767 e r=0,805); 2. RMxUIV ATV e AL (r=0,836 e r=0,770); 3. APxUIV ATV e MeDV (r=0,89 e r=0,692). As variáveis que tiveram melhor correlação foram a ATV, MaDV, MeDV e AL nos 3 métodos. A EminP e EmaxP tiveram fraca correlação. As médias das variáveis DminL e DmáxL nos 3 métodos foram muito próximas. Na variável ATV notamos que a média superestimou a medida do vaso. CONCLUSÃO: A RM correlacionou-se com o UIV para a maioria das medidas, em especial: ATV, MaDV, MeDV, AL e DmaxL. As medidas nesses 2 métodos se correlacionaram em menor intensidade com a AP, sendo nesta sempre com valores menores. Assim, a RM pode vir a ser método fidedigno para o diagnóstico e prognóstico na doença aterosclerótica coronariana, na dependência do desenvolvimento tecnológico permitindo maior rapidez na aquisição de imagens / INTRODUCTION: Numerous studies in the area of image have been conducted to evaluate the morphology of the coronary arteries. Major technical advances have provided better image quality that allows a reliable diagnosis of coronary lesions. For this, studies with cardiovascular magnetic resonance (CMR) and coronary intravascular ultrasound has been developed in an attempt to better measure and characterize coronary heart disease \"in vivo\". PURPOSE: To determine the capacity of CMR to detect changes in the lumen and the wall of the coronary arteries caused by atherosclerosis, using as references intravascular ultrasound (IVUS) and pathology measurements. METHODS: We examined 13 hearts of patients that died of myocardial infarction. The hearts were fixed with formalin solution to the 10% with constant pressure of 80 mmHg. Then the left anterior descending (LAD), left circumflex (LCx) and right coronary (RCA) arteries were dissected from the the aorta and epicardial fat and isolated as pathological specimens. The arteries were analyzed by CMR, IVUS and pathology and the images were subjected to analysis of the following parameters: total vessel area (TVA), lumen area (LA), major (MaVD) and minor vessel diameter (MiVD), minor (MiLD) and major lumen diameter (MaLD), minor (MiWT) and major wall thickness (MaWT). We analyzed the entire 355 arterial segments, using at least the first proximal 2 cm, in most cases 3 cm or more of each artery. In every centimeter we measured the parameters of the proximal, mid and distal segments. The measures obtained in the three methods were compared using Pearson correlation and the method of Bland and Altman plot. Comparisons among the three methods, by their respective averages and standard deviations, were carried out by analysis of variance with repeated measures. RESULTS: Measures in CMR,IVUS e PA were as follow respectively: TVA 15.46 ± 4.83, 13.86 ± 5.20 and 11.87 ± 4.57; MaVD 4.75 ± 0.84, 4.40 ± 0.87 and 4.18 ± 0.87; MeVD 4.23 ± 0.73, 3.75 ± 0.72 and 3.48 ± 0.70; LA 5.59 ± 2.93, 6.86 ± 3.18 and 5.57 ± 2.46; MiLD 2.54 ± 0.64, 2.55 ± 0.57 and 2.32 ± 0.52; MaLD 3.07 ± 0.65, 3.34 ± 0.76 and 3.04 ± 0.83; MiWT 0.76 ± 0.25, 0.38 ± 0.18 and 0.34 ± 0.17; MaWT 1.11 ± 0.39, 0.88 ± 0.37 and 0.90 ± 0.48.The best correlations were: 1. PAxCMR: TVA and LA (r=0.767 and r=0.805); 2. CMRxIVUS: TVA and LA (r=0.836 and r=0.770); 3. PAxIVUS: TVA and MiVD (r=0.89 and r=0.692). The variables that have shown the best correlations were TVA, MaVD, MiVD and LA in the 3 methods. The MiWT and MaWT had a weak correlation. The averages of variables MiLD and MaLD in the 3 three methods were very similar. CONCLUSION: CMR correlated well with IVUS for the majority of measures done and in especial for TVA, LA, MaVD, MiVD and MaLD. Measures in both methods had lower correlation with pathology that showed the lower values of all. As a perspective CMR may be a reliable method for measuring coronary artery dimensions, depending on new technical development for faster image acquirer

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