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Relações sociais para superação da violência no cotidiano escolar e processos formativos de professores / Social relationships to overcome daily violence in school and teachear formative processes

Silva, Nilma Renildes da 26 June 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:57:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_revisada_para_encadernacao.pdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2006-06-26 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / This study is characterized as an intervention research that had as focus violence in the schools. It is common that, in discussions on violence, the biological aspects are emphasized, printing in it an inatist character. We defend, however, the thesis that violence is not innate in the individuals, that they appropriate themselves of violent forms of relationship in the development process. Therefore, the school and the teachers, that play the basic role of mediators in the construction of the process of sociability of the individuals, can contribute in the construction of relations that do without violence. For the accomplishment of this work, we used the theoretical contributions of the dialectical and historical materialism, historical and cultural Psychology and the theory of the daily life of Agnes Heller. We investigated, by means of questionnaires, interviews and group processes, the following aspects: 1 -) the reality of violence in schools and its implications in the daily activity of the teacher; 2 -) the concept of violence underlying teacher s practices; 3 -) how the teachers think that people learn (if they learn) to relate by means of violence; and 4 -) which conceptions of development were underlying to the representation they had of violence. The intervention carried through during the development of this research, related to the process of continued formation of teachers, had as objective to offer theoretical-methodological subsidies to assist them in overcoming the daily-life representations of violence, in direction to a critical concept that contributed for confrontation, in the scope of the teacher s activity, of the situations permeated by the use of violence. In the group processes, it was possible to face many of the immediate questions in relation to violence in the school. However, for the construction of social relations in schools that do without the use of violence, it becomes necessary to develop formative actions to all the actors of the school: teachers, students, parents, direction, employees, and external agents: family, community agents, etc. In the research process, it was confirmed that teachers bore concepts of violence based on inatist or religious perspectives, that made it impossible for them to face it, even in those situations where we could intervene. One concludes, also, that it is possible to extend the limits of understanding of the phenomenon of violence by means of the appropriation of scientific knowledge that show that violence is historically and socially conditioned, or either: men, in its relations, are the ones who determine its use and reach. We observed that, in the path in direction to the abolition of violence, we will face the need to overcome alienation, given that, objectively, is has its roots in the economic and social structure and is not, therefore, a metaphysical entity. This work presented a concrete contribution of researchers, research assistants, professors, school board, family members and students who think it is possible to do without the use of the violence in the school and social relations / Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa intervenção que teve como foco a violência nas escolas. Em reflexões sobre violência, comumente são enfatizados aspectos biológicos, imprimindo ao fenômeno caráter inatista. No entanto, partimos do princípio de que a violência não é inata, os indivíduos se apropriam de formas violentas de se relacionar durante o processo de desenvolvimento. A escola e o professor, que desempenham papel fundamental de mediadores na construção do processo de sociabilidade dos indivíduos, podem contribuir na construção de relações que prescindam da violência. Para realização deste trabalho, valemo-nos de contribuições teóricas do Materialismo histórico-dialético, da Psicologia histórico-cultural, da Pedagogia histórico-crítica e da teoria da vida cotidiana de Agnes Heller. Foram investigados, por meio de questionários, entrevistas e pelo processo grupal decorrente da intervenção realizada em uma unidade escolar, os seguintes aspectos: 1- a realidade da violência nas escolas e suas implicações no cotidiano da atividade do professor; 2- o conceito de violência subjacente à prática dos professores; 3- a concepção dos professores sobre o processo de aprendizado, pelas pessoas, de formas violentas de se relacionar; 4- as concepções de desenvolvimento que estavam subjacentes à representação que tinham de violência. A intervenção realizada durante o desenvolvimento da pesquisa, relacionada ao processo de formação continuada de professores, teve como objetivo oferecer subsídios teórico-metodológicos para superação das representações cotidianas sobre violência, em direção a uma concepção crítica que contribuísse para o enfrentamento, no âmbito da atividade do professor, das situações permeadas pelo uso da violência. No processo grupal foi possível enfrentar muitas das questões imediatas em relação à violência na escola. No entanto, para a construção de relações sociais na escola que prescindam do uso da violência, faz-se necessário desenvolver ações formativas junto aos atores da escola: professores, alunos, pais, direção, funcionários e aos agentes externos a ela: família, agentes comunitários, etc. No processo de pesquisa confirmou-se que os professores possuíam concepções de violência fundamentadas em perspectivas inatistas ou religiosas, que os impediam de enfrentá-la, mesmo em situações nas quais poderiam intervir. Conclui-se, também, que é possível ampliar os limites de compreensão sobre o fenômeno da violência por meio da apropriação de conhecimentos científicos que mostrem que a violência está condicionada histórica e socialmente, ou seja: são os homens, nas suas relações, que determinam seu uso e alcance. Observamos que, no caminho em direção à abolição da violência, nos depararemos com a necessidade da superação da alienação, posto que, objetivamente, esta tem suas raízes na estrutura econômica e social, não é uma entidade metafísica. Este trabalho apresentou uma contribuição concreta de pesquisadores, auxiliares de pesquisa, professores, dirigentes escolares, familiares e discentes que pensam ser possível prescindir do uso da violência nas relações escolares e sociais

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