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Os discursos sobre a violência nos programas da Secretaria da Educação do Estado de São PauloPino, Nadia Perez 20 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-20 / Não recebi financiamento / This dissertation naimed to analyze the discourses about violence in the programs of the State
Department of Education of São Paulo - SEESP - who se purpose is to avoid violence in school settings.
Two questions guide dour research: Why are there so many programs created to avoid violence? In
which way these programs understand violence and what are their conceptions of school, youth and
society? We conducted a documentary research on the different material sand official texts for each
program. The analysis of the discourses was based on the archaeological and genealogical method of
Michel Foucault. We verified that the different discourses, with their statements, presented common
conceptions about violence, youth and society, contradicting our initial hypothesis. However, despite the
unity of the discourse on violence, the different programs did not dialogue among themselves. Were
alized that statements presented the school as a victim external violence, and actions aimed at prevention
are also located outside school, especially in partnerships with institutions of the Secretariat of Public
Security and with the Judiciary Branch. In this way, educational activities to avoid and control violence
are rarely discussed. The discourses of social vulnerability and risk are constantly being used to
characterize young people who need measures of prevention, assimilation and control to avoid violence.
The discourses do not address society, but rather the community that must be integrated into the school
as a form of violence prevention. We did not observe in the discourses solutions aimed at the democratic
management of conflicts and violence, although in the discourses democracy and citizenship are always
tooken as an ideal that are desirable and that violence can avoid. We also verify that, progressively,
SEESP is abandoning the discourse of prevention and violence combat in favor of discourses of conflict
mediation. / Esta dissertação teve por objetivo analisar os discursos sobre a violência presente nos
programas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo -SEESP- destinados a
prevenção da violência em meio escolar. Duas indagações orientaram a nossa investigação:
Por que tantos programas destinados a prevenção da violência? O que estes programas
entendem por violência e quais são as suas concepções de escola, juventude e sociedade?
Como hipótese de pesquisa, acreditávamos que encontraríamos visões muito diferentes de
sociedade, juventude e escola em cada programa. Fizemos uma pesquisa documental nos
diferentes materiais e textos oficiais destinados a cada programa. A análise dos discursos foi
fundamentada no método arqueológico e genealógico de Michel Foucault. Verificamos que os
diferentes discursos, com seus enunciados, apresentavam concepções comuns sobre violência,
juventude e sociedade, contrariando assim a nossa hipótese inicial. Todavia, apesar da
unidade do discurso sobre a violência, os diferentes programas não dialogavam entre si.
Observamos que enunciados constroem a escola como vítima da violência externa, e as ações
destinadas à prevenção também estão localizadas fora da escola, especialmente nas parcerias
constante com órgãos da Secretaria da Segurança Pública e com o poder judiciário. Dessa
maneira, as atividades educativas para prevenção e controle da violência são pouco discutidas.
Os discursos da vulnerabilidade social e do risco são constantemente acionados para
caracterizar a condição dos jovens que precisam de medidas de prevenção, assimilação e de
controle para não desenvolverem atos violentos. A comunidade que deve integrada à escola
como uma forma de prevenção a violência. Não observamos nos discursos soluções voltadas
para a gestão democrática dos conflitos e da violência, embora nos discursos a democracia e a
cidadania são sempre apontadas como um ideal que se quer conquistar e que a violência pode
impedir. Verificamos também que, progressivamente, a SEESP está abandonando o discurso
da prevenção e de “combate” a violência em favor dos discursos da mediação dos conflitos.
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