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Geologia do Terreno Paranaguá / Geology of Paranaguá Terrane

Cury, Leonardo Fadel 25 June 2009 (has links)
O Terreno Paranaguá é composto por unidades geológicas pré-cambrianas distribuídas ao longo de uma faixa alongada segundo a direção NE-SW, com cerca de 250 Km de extensão, tendo em média 30 km de largura. Ocupa a porção sul sudeste do território brasileiro, abrangendo os Estados de São Paulo (Terreno Paranaguá Setentrional), Paraná e Santa Catarina (Terreno Paranaguá Meridional). Esse terreno é constituído em grande parte por um complexo ígneo, representado pelas suítes Morro Inglês, Rio do Poço e Canavieiras-Estrela. Como encaixantes desses granitos l.s., ocorrem rochas gnáissicas e gnáissico-migmatíticas do Complexo São Francisco do Sul e rochas metassedimentares da Sequência Rio das Cobras. A Suíte Morro Inglês apresenta assinaturas litoquímicas condizentes com rochas graníticas formadas em arco magmático, apresentando caráter cálcio-alcalino de alto K a shoshoníticos, com conteúdos relativamente altos de Ba, Nb, Zr, Rb, Sr, Th e K2O. Este padrão é semelhante ao observado em ambientes sin a tardi-colisionais, associados a arcos-magmáticos maduros, com fontes modificadas pela contaminação crustal. A Suíte Canavieiras-Estrela é constituída por quartzo-monzodioritos, leuco-granodioritos e monzogranitos, com termos porfiríticos e inequigranulares, com máficos representados por biotita ± anfibólio. Comparativamente, as rochas da Suíte Morro Inglês apresentam maiores valores de \'K IND.2 O\' e menores de \'Na IND.2 O\' do que as rochas da Suíte Canavieiras-Estrela. Ambas as suítes apresentam importantes variações de Ba e Sr, altos valores de Rb e Zr, médios a altos valores de Nb e Y. As rochas da Suíte Rio do Poço podem ser individualizadas em duas unidades distintas, com diferenças petrográficas e litogeoquímicas. Os sienogranitos rapakivi apresentam características compatíveis com granitos do tipo A, metaluminosos a marginalmente peraluminosos. Porém, tal interpretação não parece adequada para os leucogranitos com duas micas desta suíte, que apresentam caráter marginalmente peraluminoso, com termos mais empobrecidos em ETRP, sem anomalia negativa de Eu. Os dados petrográficos e, principalmente, estruturais sugerem que a colocação das suítes Morro Inglês, Canavieiras-Estrela e Rio do Poço ocorreram durante um estágio tardio do período colisional. As idades U-Pb (zircão) dessas suítes são bastante próximas, não permitindo uma separação clara das mesmas. Observa-se uma grande concentração de idades no intervalo 600-580 Ma, representando o principal período do magmatismo no Terreno Paranaguá. Com menor freqüência, valores mais antigos do intervalo de 620-610 Ma foram obtidos nas três suítes, sugerindo a presença de um magmatismo relativamente precoce na evolução desse terreno. As idades U-Pb (zircão) obtidas em bordas de cristais, bem como em veios leucograníticos tardios, distribuem-se no intervalo 560-480 Ma. Essas idades devem estar associadas a importantes eventos termotectônicos do Cambro-Ordoviciano, relacionados a Orogenia Rio Doce. Os metassedimentos da Sequência Rio das Cobras ocorrem como faixas alongadas e pouco expressivas. Na porção meridional do Terreno Paranaguá, ocorrem paragêneses fácies xisto verde, zona da biotita (Serra da Prata PR), enquanto nas porções central e setentrional ocorrem paragêneses fácies anfibolito, podendo atingir fácies granulito em associações com cianita-granada-silimanitafeldspato alcalino (Guaraqueçaba PR e Iguape -SP). Análises U-Pb em zircão dos gnaisses de alto grau caracterizam idades concentradas no intervalo 1,8-2,1 Ga. Os pontos analíticos realizados nas bordas de zircão caracterizam idades de 611 ± 39 Ma. Idades U-Pb em monazitas caracterizam um intervalo relativamente mais jovem em 599 ± 5 Ma, provavelmente associado ao pico metamórfico. O Complexo São Francisco do Sul é representado por gnaisses compostos por dioritos, quartzomonzodioritos, granodioritos, trondhjemitos e monzogranitos. Na região de Guaratuba e Guaraqueçaba (Terreno Paranaguá Central) são freqüentes as feições de migmatização, com leucossomas graníticos com granada e turmalina. Análises U-Pb caracterizam períodos de cristalização do zircão no Paleoproterozóico (2.173 ± 18 Ma), Neoproterozóico (626 ± 25 Ma) e Cambro-Ordoviciano (510-490 Ma). O balizamento do Terreno Paranaguá com as microplacas Luis Alves e Curitiba é tectônico, caracterizado pelas zonas de cisalhamento transcorrentes Palmital e Alexandra em sua porção meridional, e zonas de cavalgamento Serra Negra e Icapara em sua porção setentrional. As zonas de cisalhamento transcorrentes Palmital e Alexandra (Terreno Paranaguá Meridional) apresentam cinemática sinistral com componente obliqua, caracterizada pela coexistência de lineações strike slip e down dip. As zonas de cisalhamento Serra Negra e Icapara representam uma grande frente de colisão, localizada no Terreno Paranaguá Setentrional. Apresentam vergências para nor noroeste e componentes obliquas (lineações strike slip e down dip). A transição dessas duas tectônicas distintas se faz por falhas de abatimento, com direções N-S ou NNW-SSE, estando ambas associadas a um regime transpressivo com características de rampa lateral. Os padrões estruturais observados sugerem que a colocação do Terreno Paranaguá Setentrional é relacionada a uma tectônica de nappes com rumo nor noroeste. Esta colisão está provavelmente inserida no contexto de aglutinação da porção oeste do Supercontinente Gondwana, durante o Neoproterozóico. / The Paranaguá Terrane is composed of precambrian geological units distributed in a NE-SW elongated swath, about 250 km long and 30 km wide, in south-southeastern Brazil, within the States of São Paulo (Nothern Paranaguá Terrane), Paraná and Santa Catarina (Southern Paranaguá Terrane). This terrane is constituted mainly by an igneous complex, represented by the Morro Inglês, Rio do Poço and Canavieiras-Estrela suites. The country rocks of these l.s. granites are gnaissic and gnaissic-migmatitic rocks of the São Francisco do Sul Complex and metassedimentary rocks of the Rio das Cobras Sequence. Lithochemical signatures of the Morro Inglês Suite are compatible with arc magmatic-generated granitic rocks, with high-K to shoshonitic calc-alkaline character and relatively high contents of Ba, Nb, Zr, Rb, Sr, Th and K2O. This pattern resembles the one observed in sin- to late-collisional environments related to mature magmatic arcs, with sources modified by crustal contamination. The Canavieiras-Estrela Suite is composed of quartz-monzodiorites, leucogranites and monzogranites, with porphyritic and inequigranular rocks, with mafics represented by biotite ± anfibole. Comparativily, the Morro Inglês Suite rocks present higher values of \'K IND.2 O\' and smaller values of \'Na IND.2 O\' than the rocks of the Canavieiras-Estrela Suite. Both suites show important variations of Ba and Sr, high values of Rb and Zr, and medium-to-high values of Nb and Y. Two distinct rock units can be individualized in the Rio do Poço Suite, based on petrographical and lithogeochemical differences. The rapakivi sienogranites characteristics are compatible with metaluminous to marginally peraluminous type A granites. Such interpretation does not seem adequate for the two-mica leucogranites in this suite, which present a marginally peraluminous character, with HREE-depleted rocks, without an Eu negative anomaly. Petrographic and, mostly, structural data suggest that the Morro Inglês, Canavieiras-Estrela and Rio do Poço suites emplacement occurred during a late stage of the collisional event. U-Pb ages (zircon) of these suites are very close and does not allow a clear separation of them. A high concentration of ages between 600-580 Ma represent the main magmatic period of the Paranaguá Terrane. Although less frequent, older ages between 620-610 Ma were obtained in the three suites, suggesting the presence of a relatively early magmatism in this terrane\'s evolution. U-Pb ages (zircon) obtained in crystals borders, as well as in late leucogranitic veins, are distributed between 560-480 Ma. These ages must be related with important thermotectonic events of the Cambro-Ordovician Rio Doce Orogeny. The metassedimentary rocks of the Rio das Cobras Sequence occur as elongated strips, with little areal expression. In the southern portion of the Paranaguá Terrane, green schist (biotite zone) paragenesis are present (Serra da Prata PR), while in the central and northern portions there are afibolite facies paragenesis up to granulite facies in association with kyanite-garnet-sillimanite-K feldspar (Guaraqueçaba - PR e Iguape -SP). U-Pb zircon analysis of the high-grade gneisses show a concentration of ages between 1.8-2.1 Ga. The analytical spots in zircon borders yield ages of 611 ± 39 Ma. U-Pb monazite ages yield a relatively younger interval of 599 ± 5 Ma, probably related with the metamorphic peak. The São Francisco do Sul Complex is represented by gneisses composed of diorites, quartzmonzodiorites, granodiorite, trondhjemites and monzogranites. In the Guaratuba and Guaraqueçaba region (Central Paranaguá Terrane) migmatization features are frequent, with garnet and turmaline-bearing granitic leucosomes. U-Pb analysis yield Paleoproterozoic (2.173 ± 18 Ma), Neoproterozoic (626 ± 25 Ma) and Cambro-Ordovician (510-490 Ma) zircon crystallization ages. The limit of the Paranaguá Terrane with the Luis Alves and Curitiba microplates is tectonic, characterized by the Palmital and Alexandra transcurrent shear zones in its southern portion and by the Serra Negra and Icapara thrusts in its northern portion. Both Palmital and Alexandra transcurrent shear zones (Southern Paranaguá Terrane) present sinistral kinematic with oblique component, marked by the coexistence of strike-slip and down-dip lineations. The Serra Negra and Icapara shear zones represent a large collision front, located in the Northern Paranaguá Terrane, with north-northwest vergence and oblique components (strike-slip and down-dip lineations). The transition between these two distinct tectonic styles is given by N-S or NNW-SSE faults associated with a transpressive regime, with lateral ramp characteristics. The observed structural pattern suggest that the emplacement of the Northern Paranaguá Terrane is due to nappe tectonics towards north-northwest. This collision is probably related with the Neoproterozoic aglutination setting of the western Gondwana Supercontinent.
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Geologia do Terreno Paranaguá / Geology of Paranaguá Terrane

Leonardo Fadel Cury 25 June 2009 (has links)
O Terreno Paranaguá é composto por unidades geológicas pré-cambrianas distribuídas ao longo de uma faixa alongada segundo a direção NE-SW, com cerca de 250 Km de extensão, tendo em média 30 km de largura. Ocupa a porção sul sudeste do território brasileiro, abrangendo os Estados de São Paulo (Terreno Paranaguá Setentrional), Paraná e Santa Catarina (Terreno Paranaguá Meridional). Esse terreno é constituído em grande parte por um complexo ígneo, representado pelas suítes Morro Inglês, Rio do Poço e Canavieiras-Estrela. Como encaixantes desses granitos l.s., ocorrem rochas gnáissicas e gnáissico-migmatíticas do Complexo São Francisco do Sul e rochas metassedimentares da Sequência Rio das Cobras. A Suíte Morro Inglês apresenta assinaturas litoquímicas condizentes com rochas graníticas formadas em arco magmático, apresentando caráter cálcio-alcalino de alto K a shoshoníticos, com conteúdos relativamente altos de Ba, Nb, Zr, Rb, Sr, Th e K2O. Este padrão é semelhante ao observado em ambientes sin a tardi-colisionais, associados a arcos-magmáticos maduros, com fontes modificadas pela contaminação crustal. A Suíte Canavieiras-Estrela é constituída por quartzo-monzodioritos, leuco-granodioritos e monzogranitos, com termos porfiríticos e inequigranulares, com máficos representados por biotita ± anfibólio. Comparativamente, as rochas da Suíte Morro Inglês apresentam maiores valores de \'K IND.2 O\' e menores de \'Na IND.2 O\' do que as rochas da Suíte Canavieiras-Estrela. Ambas as suítes apresentam importantes variações de Ba e Sr, altos valores de Rb e Zr, médios a altos valores de Nb e Y. As rochas da Suíte Rio do Poço podem ser individualizadas em duas unidades distintas, com diferenças petrográficas e litogeoquímicas. Os sienogranitos rapakivi apresentam características compatíveis com granitos do tipo A, metaluminosos a marginalmente peraluminosos. Porém, tal interpretação não parece adequada para os leucogranitos com duas micas desta suíte, que apresentam caráter marginalmente peraluminoso, com termos mais empobrecidos em ETRP, sem anomalia negativa de Eu. Os dados petrográficos e, principalmente, estruturais sugerem que a colocação das suítes Morro Inglês, Canavieiras-Estrela e Rio do Poço ocorreram durante um estágio tardio do período colisional. As idades U-Pb (zircão) dessas suítes são bastante próximas, não permitindo uma separação clara das mesmas. Observa-se uma grande concentração de idades no intervalo 600-580 Ma, representando o principal período do magmatismo no Terreno Paranaguá. Com menor freqüência, valores mais antigos do intervalo de 620-610 Ma foram obtidos nas três suítes, sugerindo a presença de um magmatismo relativamente precoce na evolução desse terreno. As idades U-Pb (zircão) obtidas em bordas de cristais, bem como em veios leucograníticos tardios, distribuem-se no intervalo 560-480 Ma. Essas idades devem estar associadas a importantes eventos termotectônicos do Cambro-Ordoviciano, relacionados a Orogenia Rio Doce. Os metassedimentos da Sequência Rio das Cobras ocorrem como faixas alongadas e pouco expressivas. Na porção meridional do Terreno Paranaguá, ocorrem paragêneses fácies xisto verde, zona da biotita (Serra da Prata PR), enquanto nas porções central e setentrional ocorrem paragêneses fácies anfibolito, podendo atingir fácies granulito em associações com cianita-granada-silimanitafeldspato alcalino (Guaraqueçaba PR e Iguape -SP). Análises U-Pb em zircão dos gnaisses de alto grau caracterizam idades concentradas no intervalo 1,8-2,1 Ga. Os pontos analíticos realizados nas bordas de zircão caracterizam idades de 611 ± 39 Ma. Idades U-Pb em monazitas caracterizam um intervalo relativamente mais jovem em 599 ± 5 Ma, provavelmente associado ao pico metamórfico. O Complexo São Francisco do Sul é representado por gnaisses compostos por dioritos, quartzomonzodioritos, granodioritos, trondhjemitos e monzogranitos. Na região de Guaratuba e Guaraqueçaba (Terreno Paranaguá Central) são freqüentes as feições de migmatização, com leucossomas graníticos com granada e turmalina. Análises U-Pb caracterizam períodos de cristalização do zircão no Paleoproterozóico (2.173 ± 18 Ma), Neoproterozóico (626 ± 25 Ma) e Cambro-Ordoviciano (510-490 Ma). O balizamento do Terreno Paranaguá com as microplacas Luis Alves e Curitiba é tectônico, caracterizado pelas zonas de cisalhamento transcorrentes Palmital e Alexandra em sua porção meridional, e zonas de cavalgamento Serra Negra e Icapara em sua porção setentrional. As zonas de cisalhamento transcorrentes Palmital e Alexandra (Terreno Paranaguá Meridional) apresentam cinemática sinistral com componente obliqua, caracterizada pela coexistência de lineações strike slip e down dip. As zonas de cisalhamento Serra Negra e Icapara representam uma grande frente de colisão, localizada no Terreno Paranaguá Setentrional. Apresentam vergências para nor noroeste e componentes obliquas (lineações strike slip e down dip). A transição dessas duas tectônicas distintas se faz por falhas de abatimento, com direções N-S ou NNW-SSE, estando ambas associadas a um regime transpressivo com características de rampa lateral. Os padrões estruturais observados sugerem que a colocação do Terreno Paranaguá Setentrional é relacionada a uma tectônica de nappes com rumo nor noroeste. Esta colisão está provavelmente inserida no contexto de aglutinação da porção oeste do Supercontinente Gondwana, durante o Neoproterozóico. / The Paranaguá Terrane is composed of precambrian geological units distributed in a NE-SW elongated swath, about 250 km long and 30 km wide, in south-southeastern Brazil, within the States of São Paulo (Nothern Paranaguá Terrane), Paraná and Santa Catarina (Southern Paranaguá Terrane). This terrane is constituted mainly by an igneous complex, represented by the Morro Inglês, Rio do Poço and Canavieiras-Estrela suites. The country rocks of these l.s. granites are gnaissic and gnaissic-migmatitic rocks of the São Francisco do Sul Complex and metassedimentary rocks of the Rio das Cobras Sequence. Lithochemical signatures of the Morro Inglês Suite are compatible with arc magmatic-generated granitic rocks, with high-K to shoshonitic calc-alkaline character and relatively high contents of Ba, Nb, Zr, Rb, Sr, Th and K2O. This pattern resembles the one observed in sin- to late-collisional environments related to mature magmatic arcs, with sources modified by crustal contamination. The Canavieiras-Estrela Suite is composed of quartz-monzodiorites, leucogranites and monzogranites, with porphyritic and inequigranular rocks, with mafics represented by biotite ± anfibole. Comparativily, the Morro Inglês Suite rocks present higher values of \'K IND.2 O\' and smaller values of \'Na IND.2 O\' than the rocks of the Canavieiras-Estrela Suite. Both suites show important variations of Ba and Sr, high values of Rb and Zr, and medium-to-high values of Nb and Y. Two distinct rock units can be individualized in the Rio do Poço Suite, based on petrographical and lithogeochemical differences. The rapakivi sienogranites characteristics are compatible with metaluminous to marginally peraluminous type A granites. Such interpretation does not seem adequate for the two-mica leucogranites in this suite, which present a marginally peraluminous character, with HREE-depleted rocks, without an Eu negative anomaly. Petrographic and, mostly, structural data suggest that the Morro Inglês, Canavieiras-Estrela and Rio do Poço suites emplacement occurred during a late stage of the collisional event. U-Pb ages (zircon) of these suites are very close and does not allow a clear separation of them. A high concentration of ages between 600-580 Ma represent the main magmatic period of the Paranaguá Terrane. Although less frequent, older ages between 620-610 Ma were obtained in the three suites, suggesting the presence of a relatively early magmatism in this terrane\'s evolution. U-Pb ages (zircon) obtained in crystals borders, as well as in late leucogranitic veins, are distributed between 560-480 Ma. These ages must be related with important thermotectonic events of the Cambro-Ordovician Rio Doce Orogeny. The metassedimentary rocks of the Rio das Cobras Sequence occur as elongated strips, with little areal expression. In the southern portion of the Paranaguá Terrane, green schist (biotite zone) paragenesis are present (Serra da Prata PR), while in the central and northern portions there are afibolite facies paragenesis up to granulite facies in association with kyanite-garnet-sillimanite-K feldspar (Guaraqueçaba - PR e Iguape -SP). U-Pb zircon analysis of the high-grade gneisses show a concentration of ages between 1.8-2.1 Ga. The analytical spots in zircon borders yield ages of 611 ± 39 Ma. U-Pb monazite ages yield a relatively younger interval of 599 ± 5 Ma, probably related with the metamorphic peak. The São Francisco do Sul Complex is represented by gneisses composed of diorites, quartzmonzodiorites, granodiorite, trondhjemites and monzogranites. In the Guaratuba and Guaraqueçaba region (Central Paranaguá Terrane) migmatization features are frequent, with garnet and turmaline-bearing granitic leucosomes. U-Pb analysis yield Paleoproterozoic (2.173 ± 18 Ma), Neoproterozoic (626 ± 25 Ma) and Cambro-Ordovician (510-490 Ma) zircon crystallization ages. The limit of the Paranaguá Terrane with the Luis Alves and Curitiba microplates is tectonic, characterized by the Palmital and Alexandra transcurrent shear zones in its southern portion and by the Serra Negra and Icapara thrusts in its northern portion. Both Palmital and Alexandra transcurrent shear zones (Southern Paranaguá Terrane) present sinistral kinematic with oblique component, marked by the coexistence of strike-slip and down-dip lineations. The Serra Negra and Icapara shear zones represent a large collision front, located in the Northern Paranaguá Terrane, with north-northwest vergence and oblique components (strike-slip and down-dip lineations). The transition between these two distinct tectonic styles is given by N-S or NNW-SSE faults associated with a transpressive regime, with lateral ramp characteristics. The observed structural pattern suggest that the emplacement of the Northern Paranaguá Terrane is due to nappe tectonics towards north-northwest. This collision is probably related with the Neoproterozoic aglutination setting of the western Gondwana Supercontinent.
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Evolução estrutural da Sierra de Umango, Sierras Pampeanas Ocidentais, Noroeste da Argentina / Structural evolution of the Sierra de Umango, Western Sierras Pampeanas, Northwestern Argentina

Meira, Vinicius Tieppo 17 June 2010 (has links)
A Sierra de Umango está localizada na porção ocidental da Província de La Rioja, no noroeste argentino. Situa-se na região do \"Pampean Flat-slab\" dos Andes Centrais e conforma um conjunto de blocos do embasamento, soerguidos e rotacionados no Cenozóico, denominado de Sierras Pampeanas Ocidentais. As Sierras Pampeanas Ocidentais são caracterizadas por rochas meta-ígneas de idade mesoproterozóica grenvilliana e unidades metassedimentares metamorfisadas no Ordoviciano, e são interpretadas como parte do Terreno Composto Cuyania. As rochas metamórficas da região de Umango são limitadas a oeste por rochas sedimentares devonianas da Pré-Cordilheira, e a leste por rochas ígneas e sedimentares do Sistema Famatina. A descrição litológica e a análise estrutural das rochas da Sierra de Umango possibilitaram propor um modelo de evolução estrutural para a região. Seis unidades geológicas foram diferenciadas: i- unidade do embasamento de idade mesoproterozóica, Ortognaisses Juchi, ii- Unidades Metassedimentares Tambillo e iii- Tambillito, iv- Granito El Peñon, Ordoviciano sincolisional, v- Unidade de Rochas Metabásicas El Cordobés, vi- granitos tardi a póscolisionais Los Guandacolinos e Cerro Veladero. No evento tectônico colisional Ordoviciano, caracterizado por um sistema de nappes e zonas de cisalhamento, foram reconhecidas três fases deformacionais (D1, D2 e D3). A fase D1 corresponde provavelmente ao estágio do metamorfismo progressivo, D2 apresenta condições P-T próximas ao pico metamórfico e a fase D3, de dobras apertadas a recumbentes com foliação plano-axial S3, freqüentemente associada a falhas inversas, registra o estágio retrogressivo do metamorfismo. A estrutura metamórfica principal das rochas é uma foliação de transposição S2, ou uma foliação milonítica. Relíquias de foliação S1 são reconhecidas, principalmente, em núcleos de porfiroblastos intercinemáticos de granada e estaurolita, sugerindo a progressão contínua das fases D1 e D2. O metamorfismo ordoviciano alcançou condições de fácies anfibolito superior a granulito em regimes de média a alta pressão. A estrutura está caracterizada por klippen dos Ortognaisses Juchi sobre a Unidade Tambillo, transportadas para S-SW e limitada, a oeste, por uma zona de cisalhamento lateral dextral (Zona de Cisalhamento Cerro Cacho - Puntilla), como rampa lateral. Esse quadro estrutural está relacionado à colisão oblíqua do Terreno Cuyania, subductado sob a protomargem de Gondwana. O sentido de subducção para NE foi inferido com base na cinemática de extrusão sinmetamórfica, registrada nas nappes (topo para S-SW) e na Zona de Cisalhamento Cerro Cacho - Puntilla. Pelo menos dois eventos posteriores deformaram as estruturas pré-existentes. A fase deformacional D4 corresponde a um dobramento normal, com comprimento de onda na ordem de 10 km, orientado N-S. São dobras cilíndricas que deformaram a foliação S2 e associam-se a zonas de cisalhamento discretas. O padrão cilíndrico e os eixos subhorizontais das dobras D4 pressupõem a orientação horizontal a subhorizontal para as estruturas pré-existentes, principalmente S2. As dobras D4 são responsáveis pela preservação sinformal das klippen Juchi e Água La Falda. A foliação, em estado sólido, presente no Granito Los Guaundacolinos é paralela ao plano axial destas dobras. Essa deformação corresponde à tectônica Chanica, na interface entre o Devoniano e o Carbonífero. Dobras D5, de eixo com orientação E-W, deformam o conjunto das estruturas e podem estar vinculadas ao soerguimento durante o Ciclo Andino. / The Sierra de Umango is located at the occidental portion of La Rioja Province, northwestern Argentina. It is part of basement blocks, uplifted and rotated in the Cenozoic times, called Western Sierras Pampeanas. This region is situated in the Pampean Flat-slab of the Central Andes. Meta-igneous rocks of grenvillian mesoproterozoic age and metasedimentary units metamorphosed in the Ordovician times, characterize the Western Sierras Pampeanas. These rocks are interpreted as a part of Cuyania Composite Terrane. In the region of the Sierra de Umango, the Western Sierras Pampeanas are limited on the west by Devonian sedimentary rocks of Precordillera, and by igneous and sedimentary rocks of Famatina System on the east. The lithological description and structural analysis of rocks from Sierra de Umango enable to propose a structural evolution model for the region. Six geological units were distinguished: i- the basement unit Juchi Ortogneisses of mesoproterozoic age, iimetasedimentary units Tambillo and iii- Tambillito, iv- Ordovician sin-collisional El Peñon Granite, v- El Cordobés metamafic rocks unit; vi- late to post-collisional Los Guandacolinos and Cerro Veladero granites. The Ordovician collisional event is characterized by a nappe system and shear zones, and the rocks affected by this event show three deformational phases (D1, D2 and D3). D1 phase corresponds probably to the progressive metamorphic stage; D2 exhibits P-T conditions close to metamorphic peak; and D3 phase, of tight to recumbent folds with S3 axial plane foliation which is often related to thrust faults, records the retrogressive metamorphic stage. The main metamorphic structure of Umango´s rocks is a transposition foliation S2 or a mylonitic foliation. The relics of S1 are recognized, mainly, in cores of interkinematics porphyroblasts of garnet and staurolite, suggesting a continuous progression from D1 to D2. The Ordovician metamorphism reached granulite to upper amphibolite facies conditions in a medium to high pressure regime. The general structure is characterized by Juchi Ortogneisses klippen which was overthrust onto Tambillo Unit, in a S-SW sense, and it is limited, on west, by a right lateral shear zone (Cerro Cacho - Puntilla Shear Zone), as a lateral ramp. This structural pattern is related to the oblique collision of Cuyania Terrane, subducted underneath to the proto-Andean margin of Gondwana. The subduction sense to NE was inferred from the sin-metamorphic extrusion, registered on the nappes (top to S-SW) and on the Cerro Cacho - Puntilla Shear Zone. At least two latest events deformed the earlier structures. The D4 deformacional phase corresponds to a normal folding, with wavelenght at about 10 km, with N-S orientation. They are cylindrical folds which modified de S2 surface and are associated to discrete shear zones. The cylindrical pattern and the subhorizontal axes of the D4 folds presuppose that S2 were, originally, flat-lying surfaces. D4 folds are responsible for preserving the sinformal Juchi and Água La Falda klippen. The solid state foliation described in the Los Guandacolinos Granite is parallel to the D4 axial planes. This deformation corresponds to the Chanica Tectonic, on the interval between Devonian and Carboniferous times. D5 folds, with E-W oriented axes, deform the structures set and could be associated with the uplifting during the Andean Cycle.
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A litosfera das Bacias do Chaco-Paraná e Paraná integrando gravimetria e sondagens magnetotelúricas: novos vínculos à tectônica do Gondwana Sul-Ocidental / Chaco-Paraná and Paraná Basins lithosphere through gravity and magnetotelluric soundings: new constraints to the South-Western Gondwana tectonics

Gabriel Negrucci Dragone 11 July 2018 (has links)
Nesta tese, dados gravimétricos terrestres e de satélite foram combinados revelando que as bordas oeste e sul da Bacia do Paraná são caracterizadas por um forte gradiente que se estende por 2000 km, desde o cráton Rio Apa até a margem continental Atlântica na latitude do Sinclinal de Torres. Enquanto a Bacia do Paraná é caracterizada por anomalias Bouguer negativas (~-80 mGal), os crátons Rio de la Plata, Rio Tebicuary e Rio Apa e a Bacia do Chaco-Paraná são marcados por anomalias Bouguer positivas (~10 mGal). Dados sismológicos e de compensação isostática permitiram correlacionar a variação regional da amplitude das anomalias Bouguer à espessura crustal, de ~40 km na Bacia do Paraná para 30-35 km nos crátons. Essas observações geofísicas e a ocorrência de granitos cálcio-alcalinos de idade Neoproterozoica-Cambriana ao longo do gradiente gravimétrico indicam um ambiente tectônico de colisão e zona de subducção. A essa descontinuidade de escala litosférica denominamos Zona de Sutura do Oeste do Paraná (WPS Western Paraná Suture shear/zone). Dois perfis magnetotelúricos (MT) foram coletados para estudar a natureza e a estrutura elétrica da crosta e do manto litosférico através da WPS. O primeiro perfil se estende por 830 km desde o cráton Rio de la Plata, no Uruguai, até a parte sul da Bacia do Paraná. Modelagem inversa 2-D desses dados mostra que o manto superior no cráton Rio de la Plata é bastante resistivo (~2000 m) até 250 km de profundidade, enquanto o manto superior na Bacia do Paraná é geralmente mais condutivo e heterogêneo. Com base numa descontinuidade lateral de escala litosférica bem definida no modelo de resistividade, o limite nordeste do cráton Rio de la Plata é redefinido no norte do bloco Valentines. O segundo perfil se estende por 450 km na Argentina, entre o cráton Rio Tebicuary e a Bacia do Paraná. No modelo MT o cráton Rio Tebicuary é caracterizado por um manto superior resistivo (2000 m) até 150 km de profundidade. A litosfera na Bacia do Paraná é menos resistiva (~500 m) e provavelmente menos espessa (~80 km). Um perfil MT entre o cráton Rio Apa e a Bacia do Paraná mostra estrutura geoelétrica similar. As estruturas elétricas observadas, juntamente com dados geocronológicos, geoquímicos, sismológicos e densidade, sugerem processos de refertilização na litosfera da Bacia do Paraná. Sucessões de anomalias condutivas em antigas zonas de sutura e resistivas em blocos e terrenos juvenis nos modelos geoelétricos, integradas a dados geológicos, indicam um processo de acresção horizontal e uma progressão de subducções de placas litosféricas oceânicas, sendo a mais jovem sob a litosfera continental da Bacia do Paraná. Os resultados obtidos mostram que a WPS é uma descontinuidade litosférica de primeira ordem que marca o fechamento de um oceano durante os estágios finais da formação do Gondwana Sul-Ocidental no Neoproterozoico-Cambriano. / In this thesis, terrestrial and satellite gravity data were integrated revealing a steep gravity gradient at the western and southern borders of the Paraná Basin. This gradient extends for 2,000 km from the Rio Apa craton to the Brazilian Atlantic margin at Torres Syncline latitude. Negative Bouguer anomalies (~-80 mGal) occur over the Paraná Basin, whereas positive anomalies are observed at Rio de la Plata, Rio Tebicuary and Rio Apa cratons, as well as Chaco-Paraná Basin. Seismological data and isostasy correlate the gravity gradient with crustal thickness variation, being thicker in the Paraná Basin (~40 km) and shallower in the cratons (~35 km). These geophysical observations and the presence of Neoproterozoic calc-alkaline granites along the gravity gradient suggest a collisional and subduction tectonic setting. This lithospheric discontinuity is hereafter referred to as Western Paraná Suture/shear zone (WPS). Two magnetotelluric (MT) profiles perpendicular to WPS were set up to study the electrical structure and nature of the crust and lithospheric mantle across the suture zone. The first profile, 830 km long, extends northward from Rio de la Plata craton, in Uruguay, to Paraná Basin southern border. 2-D inversion of this MT profile shows that the Rio de la Plata craton upper mantle is highly resistive (~2000 m) down to 250 km depth, whereas the Paraná Basin lithosphere is conductive and heterogeneous. Based on a lithospheric-scale lateral discontinuity in the resistivity model, the Rio de la Plata craton northern limit is redefined to the Valentines block northern limit. The second profile is 450 km long and extends from Rio Tebicuary craton to the Paraná Basin, and all stations are in Argentina. The MT model shows that Rio Tebicuary craton is characterized by a resistive lithosphere (2000 m) down to 150 km depth. The Paraná Basin lithosphere is less resistive (~500 m) and probably thinner (~80 km). Previous MT study between the Rio Apa craton and the Paraná basin, to the north, shows a similar electrical structure. These electrical characteristics, integrated with geochronological, geochemical, seismological and density data, suggest that Paraná Basin lithosphere underwent refertilization episodes. In the geoelectrical models, a series of resistive blocks and juvenile terrains and conductive anomalies in suture zone relics, integrated with geological data, suggest a horizontal accretionary process by means of progressive oceanic lithospheres subductions, the youngest one occurring below the Paraná Basin continental lithosphere. Altogether, these results show that the WPS is a first order lithosphere discontinuity, a site of an ocean closure during the South-Western Gondwana late stages of amalgamation in Neoproterozoic/Cambrian times.
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A litosfera das Bacias do Chaco-Paraná e Paraná integrando gravimetria e sondagens magnetotelúricas: novos vínculos à tectônica do Gondwana Sul-Ocidental / Chaco-Paraná and Paraná Basins lithosphere through gravity and magnetotelluric soundings: new constraints to the South-Western Gondwana tectonics

Dragone, Gabriel Negrucci 11 July 2018 (has links)
Nesta tese, dados gravimétricos terrestres e de satélite foram combinados revelando que as bordas oeste e sul da Bacia do Paraná são caracterizadas por um forte gradiente que se estende por 2000 km, desde o cráton Rio Apa até a margem continental Atlântica na latitude do Sinclinal de Torres. Enquanto a Bacia do Paraná é caracterizada por anomalias Bouguer negativas (~-80 mGal), os crátons Rio de la Plata, Rio Tebicuary e Rio Apa e a Bacia do Chaco-Paraná são marcados por anomalias Bouguer positivas (~10 mGal). Dados sismológicos e de compensação isostática permitiram correlacionar a variação regional da amplitude das anomalias Bouguer à espessura crustal, de ~40 km na Bacia do Paraná para 30-35 km nos crátons. Essas observações geofísicas e a ocorrência de granitos cálcio-alcalinos de idade Neoproterozoica-Cambriana ao longo do gradiente gravimétrico indicam um ambiente tectônico de colisão e zona de subducção. A essa descontinuidade de escala litosférica denominamos Zona de Sutura do Oeste do Paraná (WPS Western Paraná Suture shear/zone). Dois perfis magnetotelúricos (MT) foram coletados para estudar a natureza e a estrutura elétrica da crosta e do manto litosférico através da WPS. O primeiro perfil se estende por 830 km desde o cráton Rio de la Plata, no Uruguai, até a parte sul da Bacia do Paraná. Modelagem inversa 2-D desses dados mostra que o manto superior no cráton Rio de la Plata é bastante resistivo (~2000 m) até 250 km de profundidade, enquanto o manto superior na Bacia do Paraná é geralmente mais condutivo e heterogêneo. Com base numa descontinuidade lateral de escala litosférica bem definida no modelo de resistividade, o limite nordeste do cráton Rio de la Plata é redefinido no norte do bloco Valentines. O segundo perfil se estende por 450 km na Argentina, entre o cráton Rio Tebicuary e a Bacia do Paraná. No modelo MT o cráton Rio Tebicuary é caracterizado por um manto superior resistivo (2000 m) até 150 km de profundidade. A litosfera na Bacia do Paraná é menos resistiva (~500 m) e provavelmente menos espessa (~80 km). Um perfil MT entre o cráton Rio Apa e a Bacia do Paraná mostra estrutura geoelétrica similar. As estruturas elétricas observadas, juntamente com dados geocronológicos, geoquímicos, sismológicos e densidade, sugerem processos de refertilização na litosfera da Bacia do Paraná. Sucessões de anomalias condutivas em antigas zonas de sutura e resistivas em blocos e terrenos juvenis nos modelos geoelétricos, integradas a dados geológicos, indicam um processo de acresção horizontal e uma progressão de subducções de placas litosféricas oceânicas, sendo a mais jovem sob a litosfera continental da Bacia do Paraná. Os resultados obtidos mostram que a WPS é uma descontinuidade litosférica de primeira ordem que marca o fechamento de um oceano durante os estágios finais da formação do Gondwana Sul-Ocidental no Neoproterozoico-Cambriano. / In this thesis, terrestrial and satellite gravity data were integrated revealing a steep gravity gradient at the western and southern borders of the Paraná Basin. This gradient extends for 2,000 km from the Rio Apa craton to the Brazilian Atlantic margin at Torres Syncline latitude. Negative Bouguer anomalies (~-80 mGal) occur over the Paraná Basin, whereas positive anomalies are observed at Rio de la Plata, Rio Tebicuary and Rio Apa cratons, as well as Chaco-Paraná Basin. Seismological data and isostasy correlate the gravity gradient with crustal thickness variation, being thicker in the Paraná Basin (~40 km) and shallower in the cratons (~35 km). These geophysical observations and the presence of Neoproterozoic calc-alkaline granites along the gravity gradient suggest a collisional and subduction tectonic setting. This lithospheric discontinuity is hereafter referred to as Western Paraná Suture/shear zone (WPS). Two magnetotelluric (MT) profiles perpendicular to WPS were set up to study the electrical structure and nature of the crust and lithospheric mantle across the suture zone. The first profile, 830 km long, extends northward from Rio de la Plata craton, in Uruguay, to Paraná Basin southern border. 2-D inversion of this MT profile shows that the Rio de la Plata craton upper mantle is highly resistive (~2000 m) down to 250 km depth, whereas the Paraná Basin lithosphere is conductive and heterogeneous. Based on a lithospheric-scale lateral discontinuity in the resistivity model, the Rio de la Plata craton northern limit is redefined to the Valentines block northern limit. The second profile is 450 km long and extends from Rio Tebicuary craton to the Paraná Basin, and all stations are in Argentina. The MT model shows that Rio Tebicuary craton is characterized by a resistive lithosphere (2000 m) down to 150 km depth. The Paraná Basin lithosphere is less resistive (~500 m) and probably thinner (~80 km). Previous MT study between the Rio Apa craton and the Paraná basin, to the north, shows a similar electrical structure. These electrical characteristics, integrated with geochronological, geochemical, seismological and density data, suggest that Paraná Basin lithosphere underwent refertilization episodes. In the geoelectrical models, a series of resistive blocks and juvenile terrains and conductive anomalies in suture zone relics, integrated with geological data, suggest a horizontal accretionary process by means of progressive oceanic lithospheres subductions, the youngest one occurring below the Paraná Basin continental lithosphere. Altogether, these results show that the WPS is a first order lithosphere discontinuity, a site of an ocean closure during the South-Western Gondwana late stages of amalgamation in Neoproterozoic/Cambrian times.
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Neoproterozoische bis paläozoische Krustendynamik am Westrand des Río de la Plata Kratons / Neoproterozoic to Palaeozoic evolution at the the western margin of the Río de la Plata Craton

Drobe, Malte 26 November 2009 (has links)
No description available.
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Evolução estrutural da Sierra de Umango, Sierras Pampeanas Ocidentais, Noroeste da Argentina / Structural evolution of the Sierra de Umango, Western Sierras Pampeanas, Northwestern Argentina

Vinicius Tieppo Meira 17 June 2010 (has links)
A Sierra de Umango está localizada na porção ocidental da Província de La Rioja, no noroeste argentino. Situa-se na região do \"Pampean Flat-slab\" dos Andes Centrais e conforma um conjunto de blocos do embasamento, soerguidos e rotacionados no Cenozóico, denominado de Sierras Pampeanas Ocidentais. As Sierras Pampeanas Ocidentais são caracterizadas por rochas meta-ígneas de idade mesoproterozóica grenvilliana e unidades metassedimentares metamorfisadas no Ordoviciano, e são interpretadas como parte do Terreno Composto Cuyania. As rochas metamórficas da região de Umango são limitadas a oeste por rochas sedimentares devonianas da Pré-Cordilheira, e a leste por rochas ígneas e sedimentares do Sistema Famatina. A descrição litológica e a análise estrutural das rochas da Sierra de Umango possibilitaram propor um modelo de evolução estrutural para a região. Seis unidades geológicas foram diferenciadas: i- unidade do embasamento de idade mesoproterozóica, Ortognaisses Juchi, ii- Unidades Metassedimentares Tambillo e iii- Tambillito, iv- Granito El Peñon, Ordoviciano sincolisional, v- Unidade de Rochas Metabásicas El Cordobés, vi- granitos tardi a póscolisionais Los Guandacolinos e Cerro Veladero. No evento tectônico colisional Ordoviciano, caracterizado por um sistema de nappes e zonas de cisalhamento, foram reconhecidas três fases deformacionais (D1, D2 e D3). A fase D1 corresponde provavelmente ao estágio do metamorfismo progressivo, D2 apresenta condições P-T próximas ao pico metamórfico e a fase D3, de dobras apertadas a recumbentes com foliação plano-axial S3, freqüentemente associada a falhas inversas, registra o estágio retrogressivo do metamorfismo. A estrutura metamórfica principal das rochas é uma foliação de transposição S2, ou uma foliação milonítica. Relíquias de foliação S1 são reconhecidas, principalmente, em núcleos de porfiroblastos intercinemáticos de granada e estaurolita, sugerindo a progressão contínua das fases D1 e D2. O metamorfismo ordoviciano alcançou condições de fácies anfibolito superior a granulito em regimes de média a alta pressão. A estrutura está caracterizada por klippen dos Ortognaisses Juchi sobre a Unidade Tambillo, transportadas para S-SW e limitada, a oeste, por uma zona de cisalhamento lateral dextral (Zona de Cisalhamento Cerro Cacho - Puntilla), como rampa lateral. Esse quadro estrutural está relacionado à colisão oblíqua do Terreno Cuyania, subductado sob a protomargem de Gondwana. O sentido de subducção para NE foi inferido com base na cinemática de extrusão sinmetamórfica, registrada nas nappes (topo para S-SW) e na Zona de Cisalhamento Cerro Cacho - Puntilla. Pelo menos dois eventos posteriores deformaram as estruturas pré-existentes. A fase deformacional D4 corresponde a um dobramento normal, com comprimento de onda na ordem de 10 km, orientado N-S. São dobras cilíndricas que deformaram a foliação S2 e associam-se a zonas de cisalhamento discretas. O padrão cilíndrico e os eixos subhorizontais das dobras D4 pressupõem a orientação horizontal a subhorizontal para as estruturas pré-existentes, principalmente S2. As dobras D4 são responsáveis pela preservação sinformal das klippen Juchi e Água La Falda. A foliação, em estado sólido, presente no Granito Los Guaundacolinos é paralela ao plano axial destas dobras. Essa deformação corresponde à tectônica Chanica, na interface entre o Devoniano e o Carbonífero. Dobras D5, de eixo com orientação E-W, deformam o conjunto das estruturas e podem estar vinculadas ao soerguimento durante o Ciclo Andino. / The Sierra de Umango is located at the occidental portion of La Rioja Province, northwestern Argentina. It is part of basement blocks, uplifted and rotated in the Cenozoic times, called Western Sierras Pampeanas. This region is situated in the Pampean Flat-slab of the Central Andes. Meta-igneous rocks of grenvillian mesoproterozoic age and metasedimentary units metamorphosed in the Ordovician times, characterize the Western Sierras Pampeanas. These rocks are interpreted as a part of Cuyania Composite Terrane. In the region of the Sierra de Umango, the Western Sierras Pampeanas are limited on the west by Devonian sedimentary rocks of Precordillera, and by igneous and sedimentary rocks of Famatina System on the east. The lithological description and structural analysis of rocks from Sierra de Umango enable to propose a structural evolution model for the region. Six geological units were distinguished: i- the basement unit Juchi Ortogneisses of mesoproterozoic age, iimetasedimentary units Tambillo and iii- Tambillito, iv- Ordovician sin-collisional El Peñon Granite, v- El Cordobés metamafic rocks unit; vi- late to post-collisional Los Guandacolinos and Cerro Veladero granites. The Ordovician collisional event is characterized by a nappe system and shear zones, and the rocks affected by this event show three deformational phases (D1, D2 and D3). D1 phase corresponds probably to the progressive metamorphic stage; D2 exhibits P-T conditions close to metamorphic peak; and D3 phase, of tight to recumbent folds with S3 axial plane foliation which is often related to thrust faults, records the retrogressive metamorphic stage. The main metamorphic structure of Umango´s rocks is a transposition foliation S2 or a mylonitic foliation. The relics of S1 are recognized, mainly, in cores of interkinematics porphyroblasts of garnet and staurolite, suggesting a continuous progression from D1 to D2. The Ordovician metamorphism reached granulite to upper amphibolite facies conditions in a medium to high pressure regime. The general structure is characterized by Juchi Ortogneisses klippen which was overthrust onto Tambillo Unit, in a S-SW sense, and it is limited, on west, by a right lateral shear zone (Cerro Cacho - Puntilla Shear Zone), as a lateral ramp. This structural pattern is related to the oblique collision of Cuyania Terrane, subducted underneath to the proto-Andean margin of Gondwana. The subduction sense to NE was inferred from the sin-metamorphic extrusion, registered on the nappes (top to S-SW) and on the Cerro Cacho - Puntilla Shear Zone. At least two latest events deformed the earlier structures. The D4 deformacional phase corresponds to a normal folding, with wavelenght at about 10 km, with N-S orientation. They are cylindrical folds which modified de S2 surface and are associated to discrete shear zones. The cylindrical pattern and the subhorizontal axes of the D4 folds presuppose that S2 were, originally, flat-lying surfaces. D4 folds are responsible for preserving the sinformal Juchi and Água La Falda klippen. The solid state foliation described in the Los Guandacolinos Granite is parallel to the D4 axial planes. This deformation corresponds to the Chanica Tectonic, on the interval between Devonian and Carboniferous times. D5 folds, with E-W oriented axes, deform the structures set and could be associated with the uplifting during the Andean Cycle.

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