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A evocação de sonoridades instrumentais na escrita para piano no ciclo Winterreise de Franz SchubertBiancolino, Ticiano [UNESP] 27 June 2008 (has links) (PDF)
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biancolino_t_me_ia.pdf: 8518794 bytes, checksum: e0883b41634079e4cc679ac8ef255b1d (MD5) / Os escritos estéticos dos autores do Frühromantik (Primeiro Romantismo), surgidos a partir das duas últimas décadas do século XVIII, constituíram a base do pensamento do Romantismo musical alemão. De vital importância dentro desta nova concepção estética foi o entendimento da música instrumental como a manifestação mais nobre das artes, algo que ia contra o preceito que vigorara até então, segundo o qual a música sem voz possuía pouco valor, por ser incapaz, apenas por meio de sons, de imitar o mundo físico e despertar sentimentos nos ouvintes. Paralelamente a esse processo, o piano - cujos primeiros modelos bem sucedidos surgiram entre 1698 e 1730 - ganhou maior repertório no último quarto do século XVIII e, ao mesmo tempo, passou a ser utilizado como substituto de formações instrumentais maiores, em reduções de sinfonias e óperas. Este trabalho trata da importância que os fenômenos de valorização da música instrumental, da formação da linguagem do piano e da utilização deste instrumento enquanto redutor da orquestra exerceram no aparecimento do Lied em princípios do século XIX, um gênero híbrido entre música e poesia e entre música vocal e música instrumental, que se contrapôs à tradição da canção estrófica setecentista. Mais especificamente, esta pesquisa investiga em qual medida a composição da parte do piano do ciclo de canções Winterreise (1827) de Franz Schubert foi realizada sobre a idéia de evocação de sonoridades de outros instrumentos, tomando por base similaridades de escrita entre determinadas passagens da obra de Schubert e aquelas retiradas de obras sinfônicas e de câmara, do próprio Schubert e de outros compositores que representaram grandes influências suas, especialmente Haydn, Mozart e Beethoven. / The aesthetic writings by Frühromantik (Early Romantic) authors, which appeared during the last decades of the eighteenth century, became the basis of German musical conception of Romanticism. Fundamentally important that new aesthetic idea was the undestanding of instrumental music as the noblest manifestation of arts, which was against the old precept that music without singing was worthless, as it was incapable of imitating the physical world and reviving the listener's sentiments. Simultaneously, the repertoire for piano - which early successful model appeared between 1698 and 1730 - was substantially increased during the last quarter of the eighteenth century and, at the same time, gradually started to be used as a substitute for larger instrumental groups, and reductions of symphonies and operas. The present work discusses how the phenomena of instrumental music valorization, piano idiom formation and its use as a substitute for an orchestra (piano reduction) influenced the advent of Lied at the beginning of the nineteenth century - a hybrid genre between music and poetry - and between vocal and instrumental music, in opposition to the eughteenth century strophic song tradition. More specifically, this research examines how much of the piano accompaniment of Fraz Schubert's song cycle Winterreise (1827) was based on the idea of the evocation of the sonorities of other instruments, using as evidence stylistic similarities between some of the passages from Schubert's works and those extracted from symphonic and chamber pieces - by both Schubert himself and other composers, notably his major influences: Haydn, Mozart and Beethoven.
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