Made available in DSpace on 2016-06-02T19:51:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4826.pdf: 5942430 bytes, checksum: 653511833864c808aaee3f5ea9c2de52 (MD5) Previous issue date: 2012-11-30 / The adoption and the organization of a new a production system reproduces changes not only to the work organization, but for people involved in this environment. From the second half of the twentieth century, in answer to the depletion of mass production system, lean production system comes at Toyota, the company localized in Japan. This production model has the main characteristics like wastes reduction, quality continuous improvement, work processes flexibility, team building, besides others aspects that provided the answer to the market request. Several scholars defect lean production as the production model capable that provides a better work environment for the workers, with better organization and a professional qualification increase. Other theorists, however, consider lean production as a new model of work intensification, with practices that, although they advocate the qualification increase, lean production increases the work rhythm and the work responsibility. This dissertation aims to confront this theorical duality existing among the lean production scholars in the literature with a case study on the workers perception about the adoption of the lean production tools in a metalworking company. As a result of this case study, the workers indicate positive and negative effects. The positive effects show the work improvement with the chance to learn new functions (multifunctionality), the introduction of new technologies, the possibility to learn knowledge of new production techniques, a work organization rearrangement, a better sector organization (5S Program), the possibility of participating in kaizen (factory), and the change in the physical work environment (the transformation of the cell layout). The negative effects mentioned were these: the increased of the workload, the work rhythm and work pressure, they generated by the new organization, the withdrawal of some intervals of work, lack of wage increases. Some suggestions are left for companies that will adopt the tools of lean production, that will contribute to the success of this adoption: to introduce new concepts, you need to add the workers since the beginning of the process, so they can participate better in the process; you need to elucidate with clarity and transparency the objectives of each change, and what is expected of each employee, because many of them can consider the lean production as something negative because they don´t know the lean production goals and consequences. / A adoção e a estruturação de um novo sistema ou modo de produção geram mudanças não só para a organização do trabalho, mas para os indivíduos envolvidos no processo. A partir da segunda metade do século XX, em resposta ao esgotamento da produção em massa, surge a produção enxuta na Toyota, empresa sediada no Japão. Este modelo produtivo tem como características principais a redução de desperdícios, a melhoria contínua de qualidade, a flexibilização dos processos de trabalho, a formação de equipes, entre outros aspectos que proporcionaram atender à demanda do mercado. Vários estudiosos defendem a produção enxuta como o modelo de produção capaz de propiciar um melhor ambiente de trabalho aos operários, com melhores condições de organização e aumento da qualificação profissional. Outros teóricos, porém, consideram a produção enxuta como um novo modelo de intensificação do trabalho, com práticas que, embora preguem o aumento da qualificação, acabam por elevar o ritmo e a responsabilidade de trabalho. Esta dissertação tem como objetivo confrontar uma dualidade teórica existente entre os estudiosos da produção enxuta na literatura e com um estudo sobre a percepção dos trabalhadores acerca da adoção das ferramentas da produção enxuta em uma empresa metal mecânica. Como resultado deste estudo de caso, ocorreu que os trabalhadores apontam efeitos positivos e negativos. Os positivos mostram a melhoria no trabalho com a possibilidade de aprender novas funções (multifuncionalidade), a introdução de novas tecnologias, a possibilidade de conhecimento de novas técnicas de produção, um rearranjo da organização do trabalho, mais bem organização do setor (Programa 5S), a possibilidade da participação em kaizen (na fábrica), e alteração no ambiente físico de trabalho (a transformação do layout em célula). Os efeitos negativos apontados foram estes: o aumento da carga, do ritmo e da pressão do trabalho gerado pela nova organização, a retirada de alguns intervalos de trabalho, a falta de reajuste salarial. Algumas sugestões são deixadas para as empresas que venham adotar as ferramentas da produção enxuta, contribuindo para o sucesso dessa adoção: ao introduzir os novos conceitos, inserir os trabalhadores desde o início para que eles possam participar melhor do processo; elucidar com clareza e transparência os objetivos de cada mudança, e o que se espera do trabalhador, pois, muitos deles podem considerar algo como negativo por desconhecer os seus objetivos e consequências.