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Barganhando sobrevivências: os trabalhadores centro-africanos da expedição de Henrique de Carvalho à Lunda (1884-1888) / Survivals bargaining: workers of the Central Africa from the expedition of Henrique de Carvalho from Lunda (1884-1888)Santos, Elaine Ribeiro da Silva dos 17 December 2010 (has links)
Entre os anos de 1884 e 1888, o militar português Henrique Augusto Dias de Carvalho realizou uma grande expedição que partiu de Luanda e atingiu a mussumba (capital) da Lunda, governada pelo muatiânvua. Levava consigo vários objetivos, em parte determinados pelos interesses dos poderes governamentais de Lisboa, em parte por suas aspirações de saber científico. A esta expedição agregaram-se diferentes grupos de africanos, trabalhadores atraídos ou arregimentados que se revelaram responsáveis, em grande parte, pelo andamento da viagem. Tendo como referência a narrativa desta expedição, produzida por Henrique de Carvalho, a presente pesquisa é uma tentativa de reconstituir a história de vida desses homens e mulheres, dimensionando suas experiências a partir do pressuposto de que não foram marginais à organização e êxito do empreendimento português. Inserida a problemática no contexto mais amplo de processos históricos relacionados ao advento da política imperialista na segunda metade do século XIX, a atuação destes trabalhadores africanos foi analisada nos termos em que se rearticularam as formas de exploração do trabalho, acarretadas pelas abolições do tráfico de escravizados e da própria escravidão em regiões africanas. Importou-nos verificar não só as formas de participação de carregadores, guias e intérpretes na expedição de Henrique Carvalho, como também as respostas dadas por parte dos diferentes grupos africanos às formas de trabalho às quais se encontravam submetidos. Sob tal perspectiva, a investigação sobre a vivência destes trabalhadores, tal como registrada na obra do militar português, foi uma proposta de perscrutar resistências por meio do entendimento das suas noções de direitos e de deveres, formas de organização de tarefas, práticas cotidianas, estratégias no trato com as autoridades africanas e com o comando da expedição. / Between the years 1884 and 1888, the Portuguese military Henrique Augusto Dias de Carvalho made a great expedition from Luanda and reached mussumba (capital) of Lunda, governed by Muatianvua. He took with him several objectives, determined in part by the interests of the governmental powers of Lisbon, in part because their aspirations for scientific knowledge. In this expedition were added to different groups of Africans, lured or recruited workers who have proved responsible in large part by the progress of the trip. With reference to the narrative of this expedition, produced by Henrique de Carvalho, the present research is an attempt to reconstruct the life story of these men and women, measuring their experiences from the assumption that there were not marginal to the organization and success of the enterprise Portuguese. Set on the issue in the broader context of historical processes related to the advent of the imperialist policy in the second half of the nineteenth century, the role of African workers was analyzed in terms of what is rearticulate forms of exploitation of labor, brought about by the abolition of the slave trade and of slavery itself in African regions. Matters to us verify not only the forms of participation of porters, guides and interpreters in the expedition of Henrique de Carvalho, as well as the answers given by the various African groups the types of work for which they were submitted. From this perspective, the research about the experience of these workers, as recorded in the work of the Portuguese military, was a proposal for analyzing resistance through understanding of their notions of rights and duties, organizational tasks, daily practices, strategies in dealing with the African authorities and the command of the expedition.
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Barganhando sobrevivências: os trabalhadores centro-africanos da expedição de Henrique de Carvalho à Lunda (1884-1888) / Survivals bargaining: workers of the Central Africa from the expedition of Henrique de Carvalho from Lunda (1884-1888)Elaine Ribeiro da Silva dos Santos 17 December 2010 (has links)
Entre os anos de 1884 e 1888, o militar português Henrique Augusto Dias de Carvalho realizou uma grande expedição que partiu de Luanda e atingiu a mussumba (capital) da Lunda, governada pelo muatiânvua. Levava consigo vários objetivos, em parte determinados pelos interesses dos poderes governamentais de Lisboa, em parte por suas aspirações de saber científico. A esta expedição agregaram-se diferentes grupos de africanos, trabalhadores atraídos ou arregimentados que se revelaram responsáveis, em grande parte, pelo andamento da viagem. Tendo como referência a narrativa desta expedição, produzida por Henrique de Carvalho, a presente pesquisa é uma tentativa de reconstituir a história de vida desses homens e mulheres, dimensionando suas experiências a partir do pressuposto de que não foram marginais à organização e êxito do empreendimento português. Inserida a problemática no contexto mais amplo de processos históricos relacionados ao advento da política imperialista na segunda metade do século XIX, a atuação destes trabalhadores africanos foi analisada nos termos em que se rearticularam as formas de exploração do trabalho, acarretadas pelas abolições do tráfico de escravizados e da própria escravidão em regiões africanas. Importou-nos verificar não só as formas de participação de carregadores, guias e intérpretes na expedição de Henrique Carvalho, como também as respostas dadas por parte dos diferentes grupos africanos às formas de trabalho às quais se encontravam submetidos. Sob tal perspectiva, a investigação sobre a vivência destes trabalhadores, tal como registrada na obra do militar português, foi uma proposta de perscrutar resistências por meio do entendimento das suas noções de direitos e de deveres, formas de organização de tarefas, práticas cotidianas, estratégias no trato com as autoridades africanas e com o comando da expedição. / Between the years 1884 and 1888, the Portuguese military Henrique Augusto Dias de Carvalho made a great expedition from Luanda and reached mussumba (capital) of Lunda, governed by Muatianvua. He took with him several objectives, determined in part by the interests of the governmental powers of Lisbon, in part because their aspirations for scientific knowledge. In this expedition were added to different groups of Africans, lured or recruited workers who have proved responsible in large part by the progress of the trip. With reference to the narrative of this expedition, produced by Henrique de Carvalho, the present research is an attempt to reconstruct the life story of these men and women, measuring their experiences from the assumption that there were not marginal to the organization and success of the enterprise Portuguese. Set on the issue in the broader context of historical processes related to the advent of the imperialist policy in the second half of the nineteenth century, the role of African workers was analyzed in terms of what is rearticulate forms of exploitation of labor, brought about by the abolition of the slave trade and of slavery itself in African regions. Matters to us verify not only the forms of participation of porters, guides and interpreters in the expedition of Henrique de Carvalho, as well as the answers given by the various African groups the types of work for which they were submitted. From this perspective, the research about the experience of these workers, as recorded in the work of the Portuguese military, was a proposal for analyzing resistance through understanding of their notions of rights and duties, organizational tasks, daily practices, strategies in dealing with the African authorities and the command of the expedition.
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