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Fragmento, escrita do desastre e testemunhos da desrazão / Fragment, writing of disaster and testimonies of unreasonLubliner, Ciro Martins 12 November 2015 (has links)
Esta pesquisa pretende colocar em diálogo, em um movimento de mútua iluminação, parte dos conceitos expostos no livro L\'Écriture du Désastrede Maurice Blanchot e da produção de um grupo de escritores brasileiros, reunidos aqui na forma de uma dita comunidade da desrazão. Partiremos inicialmente dos estímulos em Blanchot para a práticade uma escrita fragmentária que se fará posteriormente presente no desastre e nos testemunhos da desrazão. Estas referências se baseiam, sobretudo, nos pensamentos de dois filósofos alemães: F. Schlegel e F. Nietzsche. Após a visitação da potência do fragmento na escrita iremos diretamente ao levantamento de uma espécie de composição alquímica que parece haver no desastre blanchotiano. Isto será feito na identificação de alguns conceitos que pairam sobre ele, na formação de um corpo, molecularização e substancialização do desastre. Como forma de exemplificação para esta corporificação utilizaremos o filme Hiroshima mon amourde Alain Resnais, marcador de uma fissura no século XX através do acontecimento da barbárie atômica. Reuniremos então, por meio do conceito de comunidadetal qual colocado pelo filósofo francês Jean-Luc Nancy, autores da literatura brasileira que produziram escritos provenientes de estados de desatino, tendo mesmo parte de seus testemunhos registrados durante ou após períodos de internações psiquiátricas. Estes autores serão: Lima Barreto, Maura Lopes Cançado, Torquato Neto, Renato Pompeu e Rodrigo de Souza Leão. Por conta da carga confessional que muitos destes textos apresentam, nos apoiaremos ainda para uma análise mais profunda narelação entre a ficção e o real no pensamento quanto ao testemunho proposto por Jacques Derrida. Buscaremos também vislumbrar como os elementos da alquimia do desastre pairam e operam nestes escritos. Finalmente, veicularemos textualmente o trabalho poético-performático por nós realizado Fukushima mon amour, expositor das diferenças e transmutações dos tempos através da mediação do desastre e da desrazão na arte produzida a partir dos perigos e fantasmas provenientes do acidente nuclear. / This research aims to put in dialogue, in a mutual movement of enlightenment, the concepts exposed in the book L\'Écriture du Désastreof Maurice Blanchot and the production of a group of Brazilian writers, gathered here in the form of a so-called \"community of the unreasonable\". We will initially depart from Blanchot stimuli to the practice of fragmentary writing that will later appear in the writing of disaster. These references are based, above all, in the thoughts of two German philosophers: F. Schlegel and F. Nietzsche. After visiting the fragment in writing we will go directly to the lifting of a kind of \"alchemical composition\" there seems to be in Blanchot\'s disaster. This will be done by the identification of someconcepts that surrounds it, in the formation of a body, molecularization and substantiation of the disaster. As an example of this bodyfication we will use Alain Resnais\' Hiroshima mon amour, work that exposes a cleft in the 20th century through the nuclear barbarism. We will gather then, through the concept of community, raised by French philosopher Jean-Luc Nancy, authors of Brazilian literature that produced writings from folly states. Part of their testimonies where even written during and after periods of psychiatric hospitalizations. This authors are: Lima Barreto, Maura Lopes Cançado, Torquato Neto, Renato Pompeu and Rodrigo de Souza Leão. Because of the confessional charge that many of these texts present, we will use the thought about testimony that speculates the relation between fiction and reality proposed by Jacques Derrida. We will also seek to glimpse how the disaster alchemy\'s elements hover and operate in these writings. Finally, we will vehiculated the poetic-performative work createdby us: Fukushima mon amour, displaying the differences and transmutations of time through the mediation of the disaster and the unreasonable in art produced again from nuclear accidents.
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Fragmento, escrita do desastre e testemunhos da desrazão / Fragment, writing of disaster and testimonies of unreasonCiro Martins Lubliner 12 November 2015 (has links)
Esta pesquisa pretende colocar em diálogo, em um movimento de mútua iluminação, parte dos conceitos expostos no livro L\'Écriture du Désastrede Maurice Blanchot e da produção de um grupo de escritores brasileiros, reunidos aqui na forma de uma dita comunidade da desrazão. Partiremos inicialmente dos estímulos em Blanchot para a práticade uma escrita fragmentária que se fará posteriormente presente no desastre e nos testemunhos da desrazão. Estas referências se baseiam, sobretudo, nos pensamentos de dois filósofos alemães: F. Schlegel e F. Nietzsche. Após a visitação da potência do fragmento na escrita iremos diretamente ao levantamento de uma espécie de composição alquímica que parece haver no desastre blanchotiano. Isto será feito na identificação de alguns conceitos que pairam sobre ele, na formação de um corpo, molecularização e substancialização do desastre. Como forma de exemplificação para esta corporificação utilizaremos o filme Hiroshima mon amourde Alain Resnais, marcador de uma fissura no século XX através do acontecimento da barbárie atômica. Reuniremos então, por meio do conceito de comunidadetal qual colocado pelo filósofo francês Jean-Luc Nancy, autores da literatura brasileira que produziram escritos provenientes de estados de desatino, tendo mesmo parte de seus testemunhos registrados durante ou após períodos de internações psiquiátricas. Estes autores serão: Lima Barreto, Maura Lopes Cançado, Torquato Neto, Renato Pompeu e Rodrigo de Souza Leão. Por conta da carga confessional que muitos destes textos apresentam, nos apoiaremos ainda para uma análise mais profunda narelação entre a ficção e o real no pensamento quanto ao testemunho proposto por Jacques Derrida. Buscaremos também vislumbrar como os elementos da alquimia do desastre pairam e operam nestes escritos. Finalmente, veicularemos textualmente o trabalho poético-performático por nós realizado Fukushima mon amour, expositor das diferenças e transmutações dos tempos através da mediação do desastre e da desrazão na arte produzida a partir dos perigos e fantasmas provenientes do acidente nuclear. / This research aims to put in dialogue, in a mutual movement of enlightenment, the concepts exposed in the book L\'Écriture du Désastreof Maurice Blanchot and the production of a group of Brazilian writers, gathered here in the form of a so-called \"community of the unreasonable\". We will initially depart from Blanchot stimuli to the practice of fragmentary writing that will later appear in the writing of disaster. These references are based, above all, in the thoughts of two German philosophers: F. Schlegel and F. Nietzsche. After visiting the fragment in writing we will go directly to the lifting of a kind of \"alchemical composition\" there seems to be in Blanchot\'s disaster. This will be done by the identification of someconcepts that surrounds it, in the formation of a body, molecularization and substantiation of the disaster. As an example of this bodyfication we will use Alain Resnais\' Hiroshima mon amour, work that exposes a cleft in the 20th century through the nuclear barbarism. We will gather then, through the concept of community, raised by French philosopher Jean-Luc Nancy, authors of Brazilian literature that produced writings from folly states. Part of their testimonies where even written during and after periods of psychiatric hospitalizations. This authors are: Lima Barreto, Maura Lopes Cançado, Torquato Neto, Renato Pompeu and Rodrigo de Souza Leão. Because of the confessional charge that many of these texts present, we will use the thought about testimony that speculates the relation between fiction and reality proposed by Jacques Derrida. We will also seek to glimpse how the disaster alchemy\'s elements hover and operate in these writings. Finally, we will vehiculated the poetic-performative work createdby us: Fukushima mon amour, displaying the differences and transmutations of time through the mediation of the disaster and the unreasonable in art produced again from nuclear accidents.
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