Spelling suggestions: "subject:"yaathe"" "subject:"aaaathe""
1 |
O acento lexical em yaathe. / The yaathe lexical accent.Cabral, Diogo Félix 27 April 2009 (has links)
Spoken by the Fulni-ô indians, whose community is located in Águas Belas district,
approximately 300 Km from Recife, Yaathe is an indigenous language belonging to Macro-Jê
phylum. Live and spoken by almost 3,700 members of the group, according to data provided
by FUNASA in 2006, it executes religions and social functions in the tribe, being the only
native language still spoken in the Northeast of Brazil. (COSTA, 1999). In spite of a large
study having already been undertaken of the Yaathe language, little is known about its
accentual system in phonetics terms as well as linguistically. Hence, this study was conducted
focusing on an experimental phonetic description of accent, aiming more consistent
formulations of its organization in the referred language. To reach our goals, we used acoustic
analyses principles, conjoined with technical procedures of laboratorial phonetics and,
following that, analysis principles of Metrical Phonology. Data processing showed that taking
into account only phonological criteria, it is not possible to define clearly the rules of
assignment of stress in Yaathe, calling for a morphological study to observe the behavior of
accent in words with an internal structure. From a phonetic point of view, we have reached
the following results: i) pitch has not a linguistic function as the melodic pattern is always
rising in the word; ii) length and intensity, either together or isolated, are the phonetic
correlate of accent; iii) the accent prominence occurs in the right margin of the word, in the
last or in the second-to-last syllable. From the phonological point of view, it was not possible
to formulate rules for the assignment of accent in the language. Nevertheless the research
made possible to sketch some hypothesis that can be pursued in the future towards a better
understanding of the prosodic system of Yaathe. / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / Falada pelos índios da tribo Fulni-o, cuja reserva indígena localiza-se no município de Águas
Belas, a cerca de 300 quilômetros de Recife, o Yaathe é uma língua indígena pertencente ao
tronco lingüístico Macro-Jê. Viva e falada por cerca de 3.700 indivíduos do grupo, segundo
dados fornecidos pela FUNASA em 2006, ela desempenha funções rituais e sociais na aldeia,
sendo a única língua nativa ainda falada no Nordeste do Brasil. (COSTA, 1999). Apesar de
um amplo estudo já desenvolvido sobre o Yaathe, pouco se sabe a respeito do seu sistema
acentual, tanto em termos fonéticos como em termos de funcionamento lingüístico. Dessa
forma, portanto, direcionamos a elaboração desse trabalho para uma descrição fonéticoexperimental
do acento, visando formulações mais consistentes a respeito da sua organização
na língua referida. Para tanto, utilizamos os pressupostos de análise acústica, aliando
procedimentos técnicos de fonética laboratorial e, posteriormente, princípios de análise da
Fonologia Métrica. A apreciação dos dados mostrou que levando em conta critérios
puramente fonológicos não seria possível definir claramente as regras de atribuição acentual
para o Yaathe, fazendo-se necessário, portanto, um estudo de caráter morfológico,
observando o comportamento do acento em palavras com estrutura interna. Do ponto de vista
fonético, obtivemos os seguintes resultados: i) o pitch não tem função lingüística, uma vez
que a curva melódica na palavra é sempre ascendente; ii) duração e intensidade, ora
conjuntamente, ora isolados, são os correlatos fonéticos do acento; iii) a proeminência
acentual ocorre na margem direita da palavra, na última ou na penúltima sílaba.
Fonologicamente, não foi possível decidir as regras de acentuação da língua. Entretanto, a
pesquisa permitiu esboçar hipóteses que poderão ser investigadas posteriormente para um
melhor conhecimento do sistema prosódico do Yaathe.
|
2 |
A sílaba em yaathe / The syllable in yaatheSilva, Fábia Pereira da 18 November 2011 (has links)
In this work, we propose an analysis of the syllable structure in Yaathe, in order to identify the phonetics and phonologic characters that determine the syllabic pattern of the language and to define this syllabic default. The theoretical assumptions used in the analysis are those of Autossegmental Phonology, theoretical proposal of the so-called nonlinear phonology, which considers the syllable as part of the prosodic organization, with its components hierarchically arranged. The general and motivational arguments of this theory, as well as their theoretical and methodological approaches are explained and applied to the analysis on the basis of Goldsmith (1976, 1990 and 1995), Katamba (1989), Gussenhoven & Jacobs, (1998) and Spencer (2005). In the carrying out of the work, we use the commonly used methodology in descriptive linguistics research, involving collection, transcription, treatment and elicitation of data, which were analyzed according to the theoretical model adopted. Ladefoged (1996, 2001) and Baart (2010), among others, supplied us with the orientations for the acoustic phonetic analyzes that was executed by using the Praat program. The work is divided in three chapters. In the first one, we show combinations of segments and undertake an acoustic analysis of consonants sequences to check if they are set to true clusters or if it was a vowel, even though reduced, in the transition of two segments. In the second chapter, we analyze the syllabic structure of the language, checking how the syllable is organized and what principles and restrictions are applied in this process. In the third and final chapter, we present an analysis of the processes that directly interfere with the syllabification. / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / Neste trabalho, propomos uma análise da estrutura da sílaba em Yaathe, de modo a identificar as características fonéticas e fonológicas que determinam o padrão silábico da língua e a definir esse padrão silábico. Os pressupostos teóricos que utilizamos na análise são os da Fonologia Autossegmental, proposta teórica da fonologia dita não-linear, que considera a sílaba como sendo parte da organização prosódica, com seus constituintes organizados hierarquicamente. Os argumentos gerais e motivadores dessa teoria, bem como seus pressupostos teóricos e metodológicos, são explicitados e aplicados à análise a partir de Goldsmith (1976, 1990 e 1995), Katamba (1989), Gussenhoven e Jacobs, (1998) e Spencer (2005). Na execução do trabalho, utilizamos a metodologia comumente usada na pesquisa da linguística descritivista, com coleta, transcrição, tratamento e elicitação dos dados, que foram submetidos à análise de acordo com o modelo teórico adotado. Para a análise fonética acústica, utilizamos o Praat e nos apoiamos nas orientações de uma vasta literatura sobre o tema, principalmente Ladefoged (1996, 2001) e Baart (2010). A dissertação apresenta três capítulos. No primeiro capítulo, mostramos combinações de segmentos e empreendemos uma análise acústica de sequências de consoantes para verificarmos se essas se configurariam como verdadeiros clusters ou se ocorreria uma vogal, mesmo que reduzida, na transição entre os dois segmentos. No segundo capítulo, analisamos a estrutura silábica da língua, verificando de que forma a sílaba se organiza e quais os princípios e restrições que são aplicados nessa estruturação. No terceiro e último capítulo, apresentamos uma análise dos processos que interferem diretamente na silabificação.
|
3 |
Análise acústico-experimental da duração de vogais em Yaathe / Análise acústico-experimental de la duración de vocales en YaatheSousa, Mariana Silva 25 September 2017 (has links)
A mediados de 2013, durante el levantamiento de datos de la lengua indígena brasileña Yaathe para la elaboración de un TCC, se observó que ocurría algo no muy común en las lenguas naturales y que se hace mucho tiempo intrigaba investigadores experientesde la lengua: sílabas con vocales orales y nasales prolongadas como núcleo, qué hora atraen el acento principal, o no. Comparamos, entonces, la duración en los diferentes tipos de vocales de la lengua, que posee, además de vocales largas acentuadas y vocales largas no acentuadas. De ahí vino a la motivación para el análisis que proponemos en esta disertación: aclarar por qué ese fenómeno ocurre en la lengua, cuál es la relación del acento con el correlato fonético duración. De este modo, este trabajo realiza un análisis estadístico descriptivo del correlato fonético duración a fin de observar si esa duración es un correlato fonético confiable para marcar la prominencia acentual en la lengua, hipótesis levantado por Cabral (2009). Nuestra propuesta de estudio fue amparada en la teoría el enfoque fonético de los estudios de la
lengua, la espina dorsal de los estudios fonético-acústicos de los sonidos del lenguaje humano. Nos basamos en Kent &Read (2015), Delgado Martins (1992), Barbosa y Madureira (2016), Ladefoged (2007), entre otros estudiosos. Los datos para el análisis fueron colectadosentre 2011 y 2013 y componen el corpus digital del proyecto titulado "Documentación de la lengua indígena brasileña Yaathe (Fulni-ô)", financiado por el CNPq. Las palabras para análisis fueron seleccionadas de dicho banco de datos, de acuerdo con los criterios número de sílabas (hasta tres sílabas) y estructura silábica.Consideramos el inventario de vocales de la lengua ya apuntados en trabajos anteriores sobre la lengua: Costa (1999); Cabral (2009); (2011, 2016). Las vocales fueron cortadas de las palabras y
segmentadas utilizando el PRAAT. Los valores de la duración de cada segmento se extrajeron
después de girar en misma aplicación (PRAAT) un Script, otra posibilidad que el propio programa ofrece para optimizar la extracción de valores automáticamente, esos valores fueron transportados al Exel, donde se calculó unamedia para cada tipo de vocal, en el caso de las orales, y la media para las nasales largas y breves en los dos contextos, acentuado y no acentuado.En posesión de esos valores, comparamos los valores medios de la duración. Este trabajo está organizado en tres secciones: en la primera sección, hacemos un panorama sobre el pueblo y la lengua de los Fulni-ô, informaciones etnográficas, así como apuntamos a los objetivos de la investigación; en la segunda sección, abordamos el aporte teórico utilizado en nuestra investigación; en la última sección, análisis estadístico descriptivo de los datos, comparando la duración entre vocales acentuadas y no acentuadas. Nuestros resultados muestran que el acento está marcado por la combinación de más de un correlato fonético, la
duración y la intensidad, ya que la frecuencia ya fue descartada en el análisis preliminar de Cabral (2009). Así, nuestros resultados sugieren correlación entre la duración y la intensidad para marcar el acento en Yaathe. Para la duración tenemos la hipótesis confirmada. Para la intensidad, tenemos una nueva hipótesis levantada a ser confirmada en un nuevo estudio. / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / Em meados de 2013, durante o levantamento de dados da língua indígena brasileira Yaathe para elaboração de um TCC, observou-se que ocorria algo não muito comum em línguas naturais e que há muito tempo intrigava pesquisadores experientes da língua: sílabas com vogais orais e nasais alongadas como núcleo, que ora atraem o acento principal, ora não. Comparamos, então, a duração nos diferentes tipos de vogais da língua, que possui, além de vogais longas acentuadas e vogais longas não acentuadas, vogais breves acentuadas e vogais breves não acentuadas. Daí veio à motivação para a análise que propomos nesta dissertação: esclarecer por que esse fenômeno acontece na língua, qual a relação do acento com o correlato fonético duração. Desse modo, este trabalho realiza uma análise estatística descritiva do correlato fonético duração a fim de observar se essa duração é um correlato fonético confiável para marcação da proeminência acentual na língua, hipótese levantada por Cabral (2009). Nossa proposta de estudo foi amparada na teoria da abordagem fonética dos estudos da língua, a espinha dorsal dos estudos fonético-acústicos dos sons da linguagem humana. Baseamo-nos em Kent &Read (2015), Delgado Martins(1992),Barbosa e Madureira (2016), Ladefoged (2007), entre outros estudiosos. Os dados para analise foram coletados entre 2011 e 2013 e compõem o corpus digital do projeto intitulado "Documentação da língua indígena brasileira Yaathe (Fulni-ô)", financiado pelo CNPq. As palavras para análise foram selecionadas do referido banco de dados, de acordo com os critérios número de sílabas (até três sílabas) e estrutura silábica. Consideramos o inventário de vogais da língua já depreendido em trabalhos anteriores sobre a língua: Costa (1999); Cabral(2009); Silva (2011, 2016). As vogais foram cortadas das palavras e segmentadas utilizando-se o PRAAT. Os valores da duração de cada segmento foram extraídos depois de ser rodado nesse mesmo aplicativo um Script, outra possibilidade que o próprio programa oferece para otimizar a extração de valores automaticamente, esses valores foram transportados para o Excel, onde foi calculada uma média para cada tipo de vogal, no caso das orais, e a média para as nasais longas e breves nos dois contextos, acentuado e não acentuado. De posse desses valores, comparamos os valores médios da duração. Este trabalho está organizado em três seções: na primeira seção, fazemos um panorama sobre o povo e a língua dos Fulni-ô, informações etnográficas, bem como apontamos para os objetivos da pesquisa; na segunda seção, abordamos o aporte teórico utilizado em nossa pesquisa; na última seção, trazemos a análise estatística e descritiva dos dados, comparando a duração entre vogais acentuadas e não acentuadas. Nossos resultados mostram que o acento é marcado pela combinação de mais de um correlato fonético, a duração e a intensidade, uma vez que a frequência já foi descartada na análise preliminar de Cabral (2009). Assim, nossos resultados sugerem correlação entre a duração e a intensidade para a marcação do acento em Yaathe. Para a duração, consideramos a hipótese confirmada. Para a intensidade, temos uma nova hipótese levantada a ser confirmada em um novo estudo.
|
Page generated in 0.0381 seconds