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Estruturas silábicas do português do Brasil: uma análise tipológica / Brazilian portuguese syllable structures: a typologicalaanalysis

Marques, Luciana Ferreira 04 September 2008 (has links)
A linguagem, manifestação natural do ser humano, vem sendo estudada por pelo menos dois milênios. No entanto, a comunidade científica em geral ainda reluta em considerar o estudo da linguagem humana (lingüística) como uma ciência. Certamente a forma como se estuda a linguagem influencia nessa opinião. A dicotomia entre língua e fala atribuída a Saussure (1970) ainda guia grande parte dos estudos científicos hoje em dia. Essa dicotomia ainda faz surgir grandes debates no mundo lingüístico. Se um pesquisador opta por estudar a fala, ele/ela provavelmente não vai lidar com língua e vice-versa. No entanto, nos últimos anos, essa perspectiva vem mudando, sob o impulso de pesquisadores como Ohala (1990) e Lindblom (1986), que perpetuam as fundações já estabelecidas no começo do século 20 por Rousselot (1904). Isso não significa que uma tendência lingüística mais baseada na substância negue qualquer princípio da teoria fonológica contemporânea. Ao contrário, procura prová-las baseando-se em paradigmas da ciência experimental. Dados de fala permitem fazer analises robustas de fenômenos lingüísticos, e paradigmas experimentais se aplicam bem a esses fenômenos. Essa é a perspectiva adotada por essa dissertação. Baseado na tipologia das línguas, e na teoria molde/conteúdo de evolução da fala (MACNEILAGE, 1998; 2008), este estudo objetiva situar o português do Brasil na tipologia das línguas do mundo, de forma a mostrar como seus padrões silábicos respeitam certas restrições neurológicas, psicológicas e sensoriais. Para alcançar esse objetivo, um banco de dados do português dividido em sílabas foi feito. Esse banco de dados foi analisado com um programa desenvolvido especificamente para estudos tipológicos da sílaba. Alguns fenômenos lingüísticos, tais como associações silábicas labial-central, coronal-frontal, dorsal-posteiror e o efeito L.C. (labial-coronal) são discutidos dentro do quadro da teoria molde/conteúdo. / Language, the natural expression of human beings, has been studied for at least two millennia. However, the scientific community still disagrees in considering the study of natural language (i.e. linguistics), as a science. Certainly the way it has been studied in the past influences this opinion. The dichotomy between language and speech attributed to Saussure (1970), still guides a substantial part of the research in linguistics nowadays. This dichotomy has been arising great debates in the linguistic world. If a researcher chooses to study speech, he/she will likely not deal with language and vice versa. However, in the last few decades, this perspective has been changing, under the impulsion of researchers like Ohala (1990) and Lindblom (1986) who perpetuate the foundations already established at the beginning of the 20th century by Rousselot (1904). This does not mean that a more substance-based linguistic trend denies every statement made in contemporary phonological theory. Instead, it rather searches to prove them based on the paradigms of experimental science. Speech data, allow making robust analyses of linguistic phenomena, and experimental paradigms apply particularly well to these phenomena. This is the perspective adopted by this thesis. Based on language typology, and on the frame/content theory of speech (MACNEILAGE, 1998; 2008), this study aims to situate Brazilian Portuguese in the syllable typology of the worlds languages, in order to show how its syllable patterns respect certain sensorial, physiological and neurological constraints.. In order to achieve this goal a data base of Portuguese words divided into syllables was made. This data base was then analyzed with a program specifically developed for typological studies of syllables. Some linguistic phenomena such as labial-central, coronal-frontal and dorsal-back associations and the L.C. (labial-coronal) effect are discussed within the frame/content theory framework.
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Estruturas silábicas do português do Brasil: uma análise tipológica / Brazilian portuguese syllable structures: a typologicalaanalysis

Luciana Ferreira Marques 04 September 2008 (has links)
A linguagem, manifestação natural do ser humano, vem sendo estudada por pelo menos dois milênios. No entanto, a comunidade científica em geral ainda reluta em considerar o estudo da linguagem humana (lingüística) como uma ciência. Certamente a forma como se estuda a linguagem influencia nessa opinião. A dicotomia entre língua e fala atribuída a Saussure (1970) ainda guia grande parte dos estudos científicos hoje em dia. Essa dicotomia ainda faz surgir grandes debates no mundo lingüístico. Se um pesquisador opta por estudar a fala, ele/ela provavelmente não vai lidar com língua e vice-versa. No entanto, nos últimos anos, essa perspectiva vem mudando, sob o impulso de pesquisadores como Ohala (1990) e Lindblom (1986), que perpetuam as fundações já estabelecidas no começo do século 20 por Rousselot (1904). Isso não significa que uma tendência lingüística mais baseada na substância negue qualquer princípio da teoria fonológica contemporânea. Ao contrário, procura prová-las baseando-se em paradigmas da ciência experimental. Dados de fala permitem fazer analises robustas de fenômenos lingüísticos, e paradigmas experimentais se aplicam bem a esses fenômenos. Essa é a perspectiva adotada por essa dissertação. Baseado na tipologia das línguas, e na teoria molde/conteúdo de evolução da fala (MACNEILAGE, 1998; 2008), este estudo objetiva situar o português do Brasil na tipologia das línguas do mundo, de forma a mostrar como seus padrões silábicos respeitam certas restrições neurológicas, psicológicas e sensoriais. Para alcançar esse objetivo, um banco de dados do português dividido em sílabas foi feito. Esse banco de dados foi analisado com um programa desenvolvido especificamente para estudos tipológicos da sílaba. Alguns fenômenos lingüísticos, tais como associações silábicas labial-central, coronal-frontal, dorsal-posteiror e o efeito L.C. (labial-coronal) são discutidos dentro do quadro da teoria molde/conteúdo. / Language, the natural expression of human beings, has been studied for at least two millennia. However, the scientific community still disagrees in considering the study of natural language (i.e. linguistics), as a science. Certainly the way it has been studied in the past influences this opinion. The dichotomy between language and speech attributed to Saussure (1970), still guides a substantial part of the research in linguistics nowadays. This dichotomy has been arising great debates in the linguistic world. If a researcher chooses to study speech, he/she will likely not deal with language and vice versa. However, in the last few decades, this perspective has been changing, under the impulsion of researchers like Ohala (1990) and Lindblom (1986) who perpetuate the foundations already established at the beginning of the 20th century by Rousselot (1904). This does not mean that a more substance-based linguistic trend denies every statement made in contemporary phonological theory. Instead, it rather searches to prove them based on the paradigms of experimental science. Speech data, allow making robust analyses of linguistic phenomena, and experimental paradigms apply particularly well to these phenomena. This is the perspective adopted by this thesis. Based on language typology, and on the frame/content theory of speech (MACNEILAGE, 1998; 2008), this study aims to situate Brazilian Portuguese in the syllable typology of the worlds languages, in order to show how its syllable patterns respect certain sensorial, physiological and neurological constraints.. In order to achieve this goal a data base of Portuguese words divided into syllables was made. This data base was then analyzed with a program specifically developed for typological studies of syllables. Some linguistic phenomena such as labial-central, coronal-frontal and dorsal-back associations and the L.C. (labial-coronal) effect are discussed within the frame/content theory framework.
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Estudo da possibilidade de geminação em português arcaico

Somenzari, Tatiana [UNESP] 20 February 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:30:23Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006-02-20Bitstream added on 2014-06-13T18:40:26Z : No. of bitstreams: 1 somenzari_t_me_arafcl.pdf: 849739 bytes, checksum: 7571209995f59d8f387a3c822eb1c9a5 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A presente Dissertação tem como objetivo o estudo da possibilidade de geminação em Português Arcaico, no período conhecido como trovadoresco, de dois pontos de vista: a partir da determinação do status de grafias duplas de consoantes e vogais e a partir da análise de casos específicos de grafias simples que podem representar sons complexos (no nível fonológico). Como corpus, são consideradas 114 cantigas de amigo e de amor, extraídas de quatro fontes diferentes: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa, Pergaminho Vindel e Pergaminho Sharrer. Realizou-se, primeiramente, uma investigação a respeito das relações entre letras e sons, na escrita do Português Arcaico, a partir do estabelecimento de contextos de ocorrência e variações de escrita possíveis para uma mesma palavra, ou palavras que contenham contextos de ocorrências semelhantes para um dado valor consonantal e vocálico. Em um segundo momento, os dados obtidos foram interpretados dentro da perspectiva dos modelos de Fonologia Não-Linear a respeito da sílaba, tendo em vista, principalmente, a hierarquia de constituintes proposta pelo modelo métrico (SELKIRK, 1980; HOGG; MCCULLY, 1987; HAYES, 1995; CAGLIARI, 1997; MASSINI-CAGLIARI, 1999a). Foram mapeados todos os casos de consoantes e vogais duplas na escrita e também os casos de escritas de vogais simples, mas que podem ter status de geminadas, interpretando-os, no nível fonológico. Foi feito um levantamento dos casos de sândi de vogais idênticas e dos verbos nos pretéritos perfeito e imperfeito do indicativo que apresentam vogais suspeitas, por razões dos processos flexionais dos verbos e interpretamos fonologicamente todos os casos quanto ao seu status... / This Dissertation aims to study the possibility of gemination in Medieval Portuguese, in trovadoresco period (XIIIth - XIVth centuries), from two different viewpoints: the determination of the phonological status of double spelling consonants and vowels; and the analysis of specific cases of simple spelling vowels that could possibly represent complex sounds in phonological level. The corpus is composed by 114 secular cantigas, from four different sources: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa, Pergaminho Vindel and Pergaminho Sharrer. Firstly, the relations between letters and sounds in Medieval Portuguese writing system were investigated, aiming to determinate the contexts of occurrence and possible variations for the same word representation - or words that contain similar occurrences for consonantal and vocalic values. The data was interpreted from Non-Linear Phonology approach, chiefly those theories concerning the hierarchical structure of the syllable (SELKIRK, 1980; HOGG; MCCULLY, 1987; HAYES, 1995; CAGLIARI, 1997; MASSINI-CAGLIARI, 1999). All the cases of double consonants and vowels in the cantigas writing system were mapped, as well as all the cases of simple vowels that possibly represent complex sounds in phonological level. The cases of external vocalic sandhi of identical vowels and inflexion of verbs in indicative past perfect and past imperfect tenses were also taken into consideration. The analysis shows that gemination in Medieval Portuguese exists, although quantitative distinctions (long vs. short segments) have been lost, from Latin do Portuguese...(Complete abstract, acess undermentioned eletronic address)
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Representação subjacente do ataque ramificado CCV na aquisição fonológica / Underlying representation of branched onsets CCV in phonological acquisition

Toni, Andressa 18 July 2016 (has links)
Esta pesquisa investiga o desenvolvimento das formas silábicas CCV (Consoante1 + Consoante2 + Vogal) do Português Brasileiro na fala infantil. Presente em palavras como triste, blusa, madrinha, tigre, a sílaba CCV é a última a ser adquirida pela criança, após os 5;0 anos de idade (LAMPRECHT, 1993). No entanto, palavras contendo contextos CCV podem figurar na produção infantil mesmo antes dos 2;0 anos: ab(r)e aqui (Lz. 1;09 anos); (o)b(r)igado (Ar. 1;09 anos). O objetivo deste trabalho é observar como o ataque ramificado manifesta seu desenvolvimento na fonologia infantil, questionando se o molde CCV estaria presente na Fonologia da criança mesmo antes das primeiras realizações-alvo desta sílaba. Analisam-se dados experimentais de 49 crianças, que elicitaram estímulos familiares ou logatomas do tipo /CCV.CV/ e /CV.CV/, e produções longitudinais de três crianças. Os corpora foram categorizados em cinco grupos conforme o percentual de realizações-alvo CCV, de 0%-%5 (G1) a acima de 76% (G5). Para acessar o conhecimento fonológico infantil sobre a ramificação de ataque, três fontes de evidência foram tomadas: (i) observação de padrões fonotáticos e estratégias de reparo impostas à produção da sílaba CCV; (ii) interação entre o ataque ramificado e a regra de palatalização de oclusivas alveolares; e (iii) comparação da duração de sílabas CCV reduzidas a C1V e de sílabas CV. Os resultados em (i) apontam que antes de produtivamente realizar o ataque ramificado como na forma-alvo, parte dos informantes em G1 empregou estratégias de reparo visando modificar a qualidade do segmento em C2, como em entrar [etja] e Dlato [pwa.t]. Observou-se ausência de uma ordem específica de desenvolvimento dos filtros fonotáticos no molde CCV. Contudo, detectou-se tendência significativa por evitar sílabas oclusiva coronal + líquida e preferência por sílabas oclusiva labial + líquida, o que creditamos ao Princípio de Contorno Obrigatório (McCarthy, 1986) e ao desenvolvimento do controle articulatório infantil (Goldstein, 2003). Em (ii) verificou-se que a palatalização em contextos /ti, di, tli, dli/ reduzidos à C1V (como trilho [ti.], Dlibo [i.b] e triângulo [tiã.g.l]) foi bloqueada por uma parcela dos informantes em G1, e não foi bloqueada pelo desenvolvimento do molde CCV na fala de informantes específicos dos grupos G2-G4. Observou-se, em (iii), que a duração é uma propriedade de aquisição ainda em curso: mesmo quando a ramificação de ataque foi produzida, constatou-se duração variável (mais longa, similar ou mais curta) entre C(C)V e CV. Os resultados em (i) e (ii) apontam manifestações da ramificação de ataque na produção de uma parcela de nossos informantes mesmo antes de suas primeiras realizações-alvo do CCV. Já a ausência de tais manifestações nos dados de parte das crianças em G1 sugere que a ramificação de ataque ainda deve emergir na Fonologia infantil. Atribuímos esta emergência à marcação do Parâmetro de Ataque Máximo, propondo que a variabilidade e a gradualidade pós-marcação paramétrica observada no percurso de aquisição pode ser devida à aquisição segmental, ao domínio articulatório-motor das sequências consonantais e ao design do experimento, causas também reportadas na literatura. / This research investigates the development of the syllabic forms CCV (Consonant1 + Consonant2 + Vowel) within Brazilian Portugueses child speech. Being present in words such as triste, blusa, madrinha, tigre, the CCV syllable is the last one to be acquired by the child, after 5;0 years old (LAMPRECHT, 1993). However, words containing CCV contexts may figure in child production even before 2;0 years old: ab(r)e aqui (Lz.1;09y.o.); (o)b(r)igado (Ar.1;09y.o). The main goal of this work is to observe how the branched onset presents its development in child phonology, questioning whether the CCV pattern would be available to the childs Phonology prior to the first target realizations of that syllable. There were analyzed experimental data from 49 children, who elicited habitual stimuli or logathomes of the type /CCV.CV/ and /CV.CV/, as well as longitudinal productions from three children. The corpora were categorized into five groups based on the percentage of CCV target realizations, from 0%-%5 (G1) to above 76% (G5). In order to access the child phonological knowledge of onset branching, three evidence sources were selected: (i) observation of phonotactic patterns and repair strategies imposed to the production of the CCV syllable; (ii) interaction between the branched onset and the rule for palatalization of alveolar implosives; and (iii) comparing the duration of CCV syllables reduced to C1V and CV syllables. The results in (i) point out that, before effectively realizing the branched onset as in the target form, part of the informants in G1 employed repair strategies aiming to modify the segments quality in C2, as in entrar [etja] and Dlato [pwa.t]. An absence of a specific order of development of phonotactic filters for the CCV pattern could be observed. However, there was detected a significant tendency to avoid coronal implosive+liquid syllables and a preference for labial implosive+liquid, which we credit to the Obligatory Contour Principle (McCarthy, 1986) and the development of child articulatory control (Goldstein, 2003). In (ii) it was verified that the palatalization within contexts /ti, di, tli, dli/ reduced to C1V (as trilho [ti.], Dlibo [i.b] and triângulo [tiã.g.l]) was blocked by a parcel of the informants in G1, yet it was not blocked by the development of the pattern CCV at the speech of specific informants from the groups G2-G4. It was observed in (iii) that duration is a property of acquisition still under development: even when onset branching was produced, it was found variable duration (longer, similar or shorter) between C(C)V and CV. The results in (i) and (ii) point towards expression of onset branching on the production of a parcel of the informants even before their first target realizations of CCV. On the other hand, the absence of such manifestation in the data of part of the children from G1 suggests that onset branching is yet to emerge at those childrens Phonology. It is claimed that this emergency is attributed to the setting of the Maximum Onset Parameter, and the post-parameter setting variability and gradualness observed in the course of acquisition can be due to the segment acquisition, to the motor-articulatory of the consonant sequences and to experiments design, as already reported by the literature.
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Representação subjacente do ataque ramificado CCV na aquisição fonológica / Underlying representation of branched onsets CCV in phonological acquisition

Andressa Toni 18 July 2016 (has links)
Esta pesquisa investiga o desenvolvimento das formas silábicas CCV (Consoante1 + Consoante2 + Vogal) do Português Brasileiro na fala infantil. Presente em palavras como triste, blusa, madrinha, tigre, a sílaba CCV é a última a ser adquirida pela criança, após os 5;0 anos de idade (LAMPRECHT, 1993). No entanto, palavras contendo contextos CCV podem figurar na produção infantil mesmo antes dos 2;0 anos: ab(r)e aqui (Lz. 1;09 anos); (o)b(r)igado (Ar. 1;09 anos). O objetivo deste trabalho é observar como o ataque ramificado manifesta seu desenvolvimento na fonologia infantil, questionando se o molde CCV estaria presente na Fonologia da criança mesmo antes das primeiras realizações-alvo desta sílaba. Analisam-se dados experimentais de 49 crianças, que elicitaram estímulos familiares ou logatomas do tipo /CCV.CV/ e /CV.CV/, e produções longitudinais de três crianças. Os corpora foram categorizados em cinco grupos conforme o percentual de realizações-alvo CCV, de 0%-%5 (G1) a acima de 76% (G5). Para acessar o conhecimento fonológico infantil sobre a ramificação de ataque, três fontes de evidência foram tomadas: (i) observação de padrões fonotáticos e estratégias de reparo impostas à produção da sílaba CCV; (ii) interação entre o ataque ramificado e a regra de palatalização de oclusivas alveolares; e (iii) comparação da duração de sílabas CCV reduzidas a C1V e de sílabas CV. Os resultados em (i) apontam que antes de produtivamente realizar o ataque ramificado como na forma-alvo, parte dos informantes em G1 empregou estratégias de reparo visando modificar a qualidade do segmento em C2, como em entrar [etja] e Dlato [pwa.t]. Observou-se ausência de uma ordem específica de desenvolvimento dos filtros fonotáticos no molde CCV. Contudo, detectou-se tendência significativa por evitar sílabas oclusiva coronal + líquida e preferência por sílabas oclusiva labial + líquida, o que creditamos ao Princípio de Contorno Obrigatório (McCarthy, 1986) e ao desenvolvimento do controle articulatório infantil (Goldstein, 2003). Em (ii) verificou-se que a palatalização em contextos /ti, di, tli, dli/ reduzidos à C1V (como trilho [ti.], Dlibo [i.b] e triângulo [tiã.g.l]) foi bloqueada por uma parcela dos informantes em G1, e não foi bloqueada pelo desenvolvimento do molde CCV na fala de informantes específicos dos grupos G2-G4. Observou-se, em (iii), que a duração é uma propriedade de aquisição ainda em curso: mesmo quando a ramificação de ataque foi produzida, constatou-se duração variável (mais longa, similar ou mais curta) entre C(C)V e CV. Os resultados em (i) e (ii) apontam manifestações da ramificação de ataque na produção de uma parcela de nossos informantes mesmo antes de suas primeiras realizações-alvo do CCV. Já a ausência de tais manifestações nos dados de parte das crianças em G1 sugere que a ramificação de ataque ainda deve emergir na Fonologia infantil. Atribuímos esta emergência à marcação do Parâmetro de Ataque Máximo, propondo que a variabilidade e a gradualidade pós-marcação paramétrica observada no percurso de aquisição pode ser devida à aquisição segmental, ao domínio articulatório-motor das sequências consonantais e ao design do experimento, causas também reportadas na literatura. / This research investigates the development of the syllabic forms CCV (Consonant1 + Consonant2 + Vowel) within Brazilian Portugueses child speech. Being present in words such as triste, blusa, madrinha, tigre, the CCV syllable is the last one to be acquired by the child, after 5;0 years old (LAMPRECHT, 1993). However, words containing CCV contexts may figure in child production even before 2;0 years old: ab(r)e aqui (Lz.1;09y.o.); (o)b(r)igado (Ar.1;09y.o). The main goal of this work is to observe how the branched onset presents its development in child phonology, questioning whether the CCV pattern would be available to the childs Phonology prior to the first target realizations of that syllable. There were analyzed experimental data from 49 children, who elicited habitual stimuli or logathomes of the type /CCV.CV/ and /CV.CV/, as well as longitudinal productions from three children. The corpora were categorized into five groups based on the percentage of CCV target realizations, from 0%-%5 (G1) to above 76% (G5). In order to access the child phonological knowledge of onset branching, three evidence sources were selected: (i) observation of phonotactic patterns and repair strategies imposed to the production of the CCV syllable; (ii) interaction between the branched onset and the rule for palatalization of alveolar implosives; and (iii) comparing the duration of CCV syllables reduced to C1V and CV syllables. The results in (i) point out that, before effectively realizing the branched onset as in the target form, part of the informants in G1 employed repair strategies aiming to modify the segments quality in C2, as in entrar [etja] and Dlato [pwa.t]. An absence of a specific order of development of phonotactic filters for the CCV pattern could be observed. However, there was detected a significant tendency to avoid coronal implosive+liquid syllables and a preference for labial implosive+liquid, which we credit to the Obligatory Contour Principle (McCarthy, 1986) and the development of child articulatory control (Goldstein, 2003). In (ii) it was verified that the palatalization within contexts /ti, di, tli, dli/ reduced to C1V (as trilho [ti.], Dlibo [i.b] and triângulo [tiã.g.l]) was blocked by a parcel of the informants in G1, yet it was not blocked by the development of the pattern CCV at the speech of specific informants from the groups G2-G4. It was observed in (iii) that duration is a property of acquisition still under development: even when onset branching was produced, it was found variable duration (longer, similar or shorter) between C(C)V and CV. The results in (i) and (ii) point towards expression of onset branching on the production of a parcel of the informants even before their first target realizations of CCV. On the other hand, the absence of such manifestation in the data of part of the children from G1 suggests that onset branching is yet to emerge at those childrens Phonology. It is claimed that this emergency is attributed to the setting of the Maximum Onset Parameter, and the post-parameter setting variability and gradualness observed in the course of acquisition can be due to the segment acquisition, to the motor-articulatory of the consonant sequences and to experiments design, as already reported by the literature.
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O acento do latim ao português arcaico

Quednau, Laura Rosane January 2000 (has links)
Este estudo diz respeito ao acento do latim e do português arcaico. Interpretado o acento à luz da Fonologia Métrica, admitimos, seguindo Jacobs (1990, 1997), que o troqueu irregular caracteriza melhor o latim clássico do que o troqueu mórico. Depois de discutir o acento do latim clássico e dar especial atenção às enclíticas, que ampliam o domínio do acento e sobre as quais, com respeito a seu papel no acento, defendemos uma posição contrária à de análises mais recentes, citadas neste trabalho, passamos ao acento em latim vulgar e, após, ao acento em português arcaico. Nessa trajetória, observa-se a perda das proparoxítonas por síncope em latim vulgar e, subseqüentemente, a perda da vogal final por apócope em algumas palavras em português arcaico, resultando palavras terminadas em sílaba pesada. A simplicidade conduz a evolução do latim clássico ao vulgar, passando o sistema acentual do troqueu irregular ao troqueu silábico, mas, do latim vulgar ao português arcaico, há uma volta ao troqueu irregular, em virtude da ocorrência de palavras terminadas em sílaba pesada. Essas últimas linhas encerram a tese que esta análise sustenta.
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A fricativa coronal /S/ do português do sul do Brasil: abordagem fonológica e fonético-acústica

COSTA, Sabrina Silveira 22 December 2016 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2017-06-28T18:06:41Z No. of bitstreams: 1 sabrina.pdf: 1471360 bytes, checksum: 844f8400df46b9858795565814eb0088 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-28T18:06:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 sabrina.pdf: 1471360 bytes, checksum: 844f8400df46b9858795565814eb0088 (MD5) Previous issue date: 2016-12-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES# / #2075167498588264571# / #600 / The present dissertation aims at describing acoustically the coronal fricative /s/ of Brazilian Portuguese spoken in the city of Pelotas. The focus is to determining the acoustic characteristics of this consonant in different syllabic positions in order to verify how acoustic properties may explain its behavior in the coda position. The studies regarding the Syllable Theory were one of the motives behind the research, and the Acoustic Theory of Speech Production served as the theoretical foundation of this study. The experiment of speech production controlled the fricative in different contexts, controlling following and previous vowel and consonantal context of voiceless and voiced occlusives. The stress pattern of the syllable in which /s/ was placed and gender of the participants were also considered for the analysis. Four volunteers, born and living in Pelotas, between the ages 30 and 50 years, with university degrees and monolingual, participated in this research. The data was collected in soundproof booth, and the acoustic analysis was performed using Praat (BOERSMA; WEENINK, 2001). The parameters considered for the analysis of the fricative included duration and four spectral moments: center of gravity, standard deviation or variance, skewness and kurtosis, which were analyzed separately for each context in which the fricative was inserted. The results suggest that the fricative /s/ behaves differently depending on syllable position and context in which it is. This, it can be argued that the segment seeks to adjust to the syllabic position of coda, even though the feature sonorant sets it apart from the other licensed consonants for the coda position in Brazilian Portuguese. / A presente dissertação tem o objetivo de descrever fonético-acusticamente a fricativa coronal /S/ do Português Brasileiro falado na cidade de Pelotas. O foco da investigação está nas características que este segmento fricativo apresenta nas posições silábicas, verificando particularidades acústicas que possam explicar seu funcionamento na posição de coda. Os estudos da Teoria da Sílaba foram uma das motivações deste trabalho, e a Teoria Acústica da Fala serviu de embasamento teórico para este estudo. O experimento apresentou a fricativa em diferentes contextos vocálicos seguintes e precedentes e em contexto consonantal de plosiva surda e sonora, a fim de observar seu comportamento em relação a essas variáveis. Foram consideradas também a tonicidade da sílaba e a variável extralinguística gênero dos informantes. Quatro voluntários, nascidos e residentes em Pelotas, com idade entre 30 e 50 anos, com ensino superior completo e monolíngues, participaram da pesquisa. A gravação dos dados foi realizada em cabine acústica, para subsequente análise, realizada no software Praat (BOERMA; WEENINK, 2001). Os parâmetros considerados para a análise da fricativa incluíram duração relativa e os quatro primeiros momentos espectrais – centro de gravidade, desvio-padrão ou variância, assimetria e curtose, que foram analisados separadamente para cada contexto em que a fricativa estava inserida. Os resultados evidenciam que a fricativa /s/ possui diferentes comportamentos a depender das posições silábicas e do contexto em que está inserida, evidenciando que o segmento busca adequação à posição silábica de coda, embora o traço soância o separe das demais consoantes licenciadas para a coda do PB.
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Análise do /s/ pós-vocálico no português brasileiro: coda ou onset com núcleo foneticamente vazio?

Pedrosa, Juliene Lopes Ribeiro 09 March 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:43:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1233471 bytes, checksum: 18383a1198cd8f692689f5bbdff60511 (MD5) Previous issue date: 2009-03-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / There has been a lot of discussion about the post-vocalic /s/ and its variable behavior in Brazilian Portugueses, as in Brescancini Brescancini (2002); Callou, Leite, Moraes (2002); Hora (2003); Ribeiro (2006); among others. All of them agree that /s/ occupies the coda position, alternating alveolar (ca[s]ca, me[z]mo, feli[s]), palatal (po[]te, de[]de, mai[]) and glotal (de[h]de, me[h]mo, mai[h]) realizations, and also deletion (me[]mo, mai[]), when the syllabic pattern turns into the less marked one (CV). Although this conception is widespread within the phonological theory, we believe that the particular status the coronal fricative possesses in relation to liquids and nasals (those licensed to occupy the coda position in Brazilian Portuguese) is a fact that deserves to be observed more carefully and one that can lead to another way of analysis. According to Harris & Gussmann (1998) and Ewen & Hulst (2001), some syllables can be formed by onset with a phonetically non-filled nucleus. Accordingly, these syllables satisfy the less marked pattern (CV) in underlying representation, but they do not show, in some cases, the phonetic representation in the surface. The fricatives would be prone to sustain the syllable weigh, since they have more frequency in duration in their production, and as such they do not need, in theory, the phonetic realization of their nuclei. These arguments make us, therefore, propose another classification of the post-vocalic /s/, considering it onset of a phonetically empty nucleus, that, in some dialects, is realized in final position ([fajzi], [majzi]). Therefore, our aim is to analyze the post-vocalic /s/ in Brazilian Portuguese, with the variationist results from Brescancini (2002); Callou, Leite, Moraes (2002); Hora (2003) and Ribeiro (2006), in order to highlight its variable pattern and to propose a ranking for Brazilian Portuguese, using, for such, the Optimality Theory (OT) in Coetzee‟s perspective. In this proposal, the evaluator (EVAL) realizes a harmonic ranking for the set of candidates, in a way that the losers are also ranked, that is, both the constraints and the candidates are ranked. In this way, it is possible to work with non-categorical phenomena, as such related to variation, and to produce a proficuous link between the Sociolinguistic Research and Optimality Theory. / Muito já se discutiu sobre o /s/ pós-vocálico e seu comportamento variável no português brasileiro, a exemplo dos trabalhos de Brescancini (2002); Callou, Leite, Moraes (2002); Hora (2003); Ribeiro (2006); dentre outros. Em todos eles, é consenso que o /s/ pós-vocálico ocupa a posição de coda, alternando-se entre as realizações alveolar (ca[s]ca, me[z]mo, feli[s]), palatal (po[]te, de[]de, mai[]) e glotal (de[h]de, me[h]mo, mai[h]), podendo, ainda, sofrer apagamento (me[]mo, mai[]), encaixando-se, dessa forma, no padrão silábico menos marcado (CV). Embora essa concepção seja bastante difundida na teoria fonológica, acreditamos que o perfil diferenciado que a fricativa coronal pós-vocálica possui em relação às líquidas e às nasais, consoantes licenciadas a ocupar a posição de coda no português brasileiro (PB), seja um fato que merece ser observado com mais cuidado e que pode levar a outro caminho de análise. Segundo Harris e Gussmann (1998) e Ewen e Hulst (2001), algumas sílabas podem ser formadas por onset com núcleo foneticamente não preenchido. De acordo com o proposto, essas sílabas satisfazem o padrão menos marcado (CV) na subjacência, mas não apresentam, em alguns casos, a representação fonética na superfície. As fricativas, por possuírem uma maior freqüência de duração em sua produção, seriam uma das consoantes mais propícias para sustentarem o peso da sílaba, não necessitando, em tese, da realização fonética de seu núcleo. Esses argumentos nos fazem, portanto, propor outra classificação do /s/ pós-vocálico, considerando-o onset de núcleo foneticamente vazio que, em alguns dialetos, chega a se realizar na posição final ([fajzi], [majzi]). Diante desse fato, é nosso objetivo analisar o /s/ pós-vocálico no PB, através dos resultados variacionistas de Brescancini (2002); Callou, Leite, Moraes (2002); Hora (2003) e Ribeiro (2006), a fim de salientar o seu padrão variável e propor uma hierarquização para o PB, utilizando, para tanto, a Teoria da Otimalidade (TO) na perspectiva de Coetzee (2004). Nessa proposta, o avaliador (EVAL) realiza um ordenamento harmônico para o conjunto completo dos candidatos, de forma que os perdedores também são ordenados entre si, ou seja, tanto as restrições são hierarquizadas como os candidatos analisados como variantes são ordenados. Dessa forma é possível trabalhar com fenômenos não-categóricos, a exemplo dos relacionados à variação, e efetivar um casamento profícuo entre a Pesquisa Sociolingüística e a Teoria da Otimalidade.
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Uma análise dos vocoides altos em português brasileiro : relações entre silabificação e atribuição do acento

Simioni, Taíse January 2011 (has links)
Neste trabalho, buscamos observar como os vocoides altos se comportam, no que diz respeito à silabificação e à atribuição do acento, em português brasileiro (PB). O termo “vocoide” é aqui empregado para designar um segmento subjacente que pode se realizar como vogal ou como glide. Nosso objetivo, então, é o de verificar em que contextos a realização se dará com uma ou com outro. Para a análise que tem como pressuposto teórico a Teoria de Otimidade (Prince e Smolensky (1993), McCarthy e Prince (1993b)), tomamos como ponto de partida as hipóteses de que o glide pós-vocálico localiza-se na coda silábica, enquanto o glide pré-vocálico forma núcleo complexo com a vogal seguinte. O principal argumento para a primeira hipótese é o fato de que o glide não coocorre com um (outro) segmento em coda. Fundamentando a segunda hipótese, há o fato de que o glide pré-vocálico possui um papel a desempenhar na atribuição do acento, uma vez que não existem palavras em PB nas quais o acento “pula” uma sílaba constituída por ditongo crescente na penúltima posição (*ídioma). Em uma análise não derivacional, não é possível interpretar tal ausência como consequência do fato de que, em uma etapa anterior de silabificação, o vocoide alto ocupa a posição de núcleo, o que significa que o acento não pode incidir em uma sílaba à sua esquerda, pois estaria sendo violada a restrição da “janela de três sílabas”. Propomos, então, um ranqueamento que dá conta das diferentes estruturas silábicas de vogal mais glide pós-vocálico e de glide pré-vocálico mais vogal. No que diz respeito à atribuição do acento, foi possível observar que, de maneira geral, o vocoide alto só receberá acento se for acentuado no input. Se o acento não estiver presente no input ou se outro segmento receber acento no input, haverá uma preferência pela realização do vocoide alto como glide, uma vez que tal realização permite a satisfação simultânea das restrições relativas à silabificação e à atribuição do acento. / In this work, we aim to analyze the way high vocoids behave in relation to syllabification and stress assignment in Brazilian Portuguese (BP). The term “vocoid” is used here to express a subjacent segment that can surface as vowel or glide. Our objective is to verify in which contexts will surface one or the other. Based on Optimality Theory (Prince and Smolensky (1993), McCarthy and Prince (1993b)), we take as starting point the hypothesis that the postvocalic glide is placed in the syllabic coda whereas the prevocalic glide forms a complex nucleus with the following vowel. In relation to the first hypothesis, the main argument refers to the fact that the glide does not co-occur with another coda segment. Concerning the second hypothesis, our argument refers to the fact that the prevocalic glide has to play a role in the stress assignment, since there are not words in BP in which the stress “jumps” a syllable constituted by rising diphthong in the penultimate position (*ídioma). In a non-derivational analysis, it is not possible to interpret this absence as a consequence of an anterior stage of syllabification, where the high vocoid was placed in the nucleus position, and stress placement on a syllable on its left would mean a “three syllable window” violation. Therefore, we propose a ranking that deals with the different syllabic structures of vowel plus postvocalic glide and prevocalic glide plus vowel. In relation to stress assignment, in a general way, we observed that the high vocoid will be stressed only if it is stressed in the input. If the stress is not present in the input or if other segment is stressed in the input, there will be a preference for the realization of a high vocoid as glide, since this realization allows a simultaneous satisfaction of the constraints relating to syllabification and to stress assignment.
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Uma análise dos vocoides altos em português brasileiro : relações entre silabificação e atribuição do acento

Simioni, Taíse January 2011 (has links)
Neste trabalho, buscamos observar como os vocoides altos se comportam, no que diz respeito à silabificação e à atribuição do acento, em português brasileiro (PB). O termo “vocoide” é aqui empregado para designar um segmento subjacente que pode se realizar como vogal ou como glide. Nosso objetivo, então, é o de verificar em que contextos a realização se dará com uma ou com outro. Para a análise que tem como pressuposto teórico a Teoria de Otimidade (Prince e Smolensky (1993), McCarthy e Prince (1993b)), tomamos como ponto de partida as hipóteses de que o glide pós-vocálico localiza-se na coda silábica, enquanto o glide pré-vocálico forma núcleo complexo com a vogal seguinte. O principal argumento para a primeira hipótese é o fato de que o glide não coocorre com um (outro) segmento em coda. Fundamentando a segunda hipótese, há o fato de que o glide pré-vocálico possui um papel a desempenhar na atribuição do acento, uma vez que não existem palavras em PB nas quais o acento “pula” uma sílaba constituída por ditongo crescente na penúltima posição (*ídioma). Em uma análise não derivacional, não é possível interpretar tal ausência como consequência do fato de que, em uma etapa anterior de silabificação, o vocoide alto ocupa a posição de núcleo, o que significa que o acento não pode incidir em uma sílaba à sua esquerda, pois estaria sendo violada a restrição da “janela de três sílabas”. Propomos, então, um ranqueamento que dá conta das diferentes estruturas silábicas de vogal mais glide pós-vocálico e de glide pré-vocálico mais vogal. No que diz respeito à atribuição do acento, foi possível observar que, de maneira geral, o vocoide alto só receberá acento se for acentuado no input. Se o acento não estiver presente no input ou se outro segmento receber acento no input, haverá uma preferência pela realização do vocoide alto como glide, uma vez que tal realização permite a satisfação simultânea das restrições relativas à silabificação e à atribuição do acento. / In this work, we aim to analyze the way high vocoids behave in relation to syllabification and stress assignment in Brazilian Portuguese (BP). The term “vocoid” is used here to express a subjacent segment that can surface as vowel or glide. Our objective is to verify in which contexts will surface one or the other. Based on Optimality Theory (Prince and Smolensky (1993), McCarthy and Prince (1993b)), we take as starting point the hypothesis that the postvocalic glide is placed in the syllabic coda whereas the prevocalic glide forms a complex nucleus with the following vowel. In relation to the first hypothesis, the main argument refers to the fact that the glide does not co-occur with another coda segment. Concerning the second hypothesis, our argument refers to the fact that the prevocalic glide has to play a role in the stress assignment, since there are not words in BP in which the stress “jumps” a syllable constituted by rising diphthong in the penultimate position (*ídioma). In a non-derivational analysis, it is not possible to interpret this absence as a consequence of an anterior stage of syllabification, where the high vocoid was placed in the nucleus position, and stress placement on a syllable on its left would mean a “three syllable window” violation. Therefore, we propose a ranking that deals with the different syllabic structures of vowel plus postvocalic glide and prevocalic glide plus vowel. In relation to stress assignment, in a general way, we observed that the high vocoid will be stressed only if it is stressed in the input. If the stress is not present in the input or if other segment is stressed in the input, there will be a preference for the realization of a high vocoid as glide, since this realization allows a simultaneous satisfaction of the constraints relating to syllabification and to stress assignment.

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