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Análise do /s/ pós-vocálico no português brasileiro: coda ou onset com núcleo foneticamente vazio?Pedrosa, Juliene Lopes Ribeiro 09 March 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-03-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / There has been a lot of discussion about the post-vocalic /s/ and its variable behavior in Brazilian Portugueses, as in Brescancini Brescancini (2002); Callou, Leite, Moraes (2002); Hora (2003); Ribeiro (2006); among others. All of them agree that /s/ occupies the coda position, alternating alveolar (ca[s]ca, me[z]mo, feli[s]), palatal (po[]te, de[]de, mai[]) and glotal (de[h]de, me[h]mo, mai[h]) realizations, and also deletion (me[]mo, mai[]), when the syllabic pattern turns into the less marked one (CV). Although this conception is widespread within the phonological theory, we believe that the particular status the coronal fricative possesses in relation to liquids and nasals (those licensed to occupy the coda position in Brazilian Portuguese) is a fact that deserves to be observed more carefully and one that can lead to another way of analysis. According to Harris & Gussmann (1998) and Ewen & Hulst (2001), some syllables can be formed by onset with a phonetically non-filled nucleus. Accordingly, these syllables satisfy the less marked pattern (CV) in underlying representation, but they do not show, in some cases, the phonetic representation in the surface. The fricatives would be prone to sustain the syllable weigh, since they have more frequency in duration in their production, and as such they do not need, in theory, the phonetic realization of their nuclei. These arguments make us, therefore, propose another classification of the post-vocalic /s/, considering it onset of a phonetically empty nucleus, that, in some dialects, is realized in final position ([fajzi], [majzi]). Therefore, our aim is to analyze the post-vocalic /s/ in Brazilian Portuguese, with the variationist results from Brescancini (2002); Callou, Leite, Moraes (2002); Hora (2003) and Ribeiro (2006), in order to highlight its variable pattern and to propose a ranking for Brazilian Portuguese, using, for such, the Optimality Theory (OT) in Coetzee‟s perspective. In this proposal, the evaluator (EVAL) realizes a harmonic ranking for the set of candidates, in a way that the losers are also ranked, that is, both the constraints and the candidates are ranked. In this way, it is possible to work with non-categorical phenomena, as such related to variation, and to produce a proficuous link between the Sociolinguistic Research and Optimality Theory. / Muito já se discutiu sobre o /s/ pós-vocálico e seu comportamento variável no português brasileiro, a exemplo dos trabalhos de Brescancini (2002); Callou, Leite, Moraes (2002); Hora (2003); Ribeiro (2006); dentre outros. Em todos eles, é consenso que o /s/ pós-vocálico ocupa a posição de coda, alternando-se entre as realizações alveolar (ca[s]ca, me[z]mo, feli[s]), palatal (po[]te, de[]de, mai[]) e glotal (de[h]de, me[h]mo, mai[h]), podendo, ainda, sofrer apagamento (me[]mo, mai[]), encaixando-se, dessa forma, no padrão silábico menos marcado (CV). Embora essa concepção seja bastante difundida na teoria fonológica, acreditamos que o perfil diferenciado que a fricativa coronal pós-vocálica possui em relação às líquidas e às nasais, consoantes licenciadas a ocupar a posição de coda no português brasileiro (PB), seja um fato que merece ser observado com mais cuidado e que pode levar a outro caminho de análise. Segundo Harris e Gussmann (1998) e Ewen e Hulst (2001), algumas sílabas podem ser formadas por onset com núcleo foneticamente não preenchido. De acordo com o proposto, essas sílabas satisfazem o padrão menos marcado (CV) na subjacência, mas não apresentam, em alguns casos, a representação fonética na superfície. As fricativas, por possuírem uma maior freqüência de duração em sua produção, seriam uma das consoantes mais propícias para sustentarem o peso da sílaba, não necessitando, em tese, da realização fonética de seu núcleo. Esses argumentos nos fazem, portanto, propor outra classificação do /s/ pós-vocálico, considerando-o onset de núcleo foneticamente vazio que, em alguns dialetos, chega a se realizar na posição final ([fajzi], [majzi]). Diante desse fato, é nosso objetivo analisar o /s/ pós-vocálico no PB, através dos resultados variacionistas de Brescancini (2002); Callou, Leite, Moraes (2002); Hora (2003) e Ribeiro (2006), a fim de salientar o seu padrão variável e propor uma hierarquização para o PB, utilizando, para tanto, a Teoria da Otimalidade (TO) na perspectiva de Coetzee (2004). Nessa proposta, o avaliador (EVAL) realiza um ordenamento harmônico para o conjunto completo dos candidatos, de forma que os perdedores também são ordenados entre si, ou seja, tanto as restrições são hierarquizadas como os candidatos analisados como variantes são ordenados. Dessa forma é possível trabalhar com fenômenos não-categóricos, a exemplo dos relacionados à variação, e efetivar um casamento profícuo entre a Pesquisa Sociolingüística e a Teoria da Otimalidade.
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