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O trabalho de jovens universitários e repercussões no sono e na sonolência: trabalhar e estudar afeta diferentemente homens e mulheres? / Employment among college students and repercussion on sleep and sleepiness: does working and studying affect men and women differently?Nagai, Roberta 04 December 2009 (has links)
Introdução: Trabalhar e estudar têm sido frequentemente observadas entre jovens universitários. Um dos resultados dessa dupla jornada esta população é a restrição aos horários de dormir e acordar, especialmente nos dias de trabalho. Como conseqüência da privação de sono, relatos de sonolência excessiva diurna e queda no desempenho nos estudos e no trabalho são frequentes. Em relação às diferenças entre os sexos, poucos são estudos que abordam as características dos padrões do ciclo vigília-sono e sonolência de universitários trabalhadores, homens e mulheres. Objetivo: Analisar o ciclo vigília-sono e sonolência de homens e mulheres que trabalham e estudam no turno noturno. Metodologia: Participaram deste projeto 82 estudantes universitários trabalhadores, de 21 a 26 anos de idade, que freqüentavam as aulas no período noturno. Na primeira etapa, os participantes preencheram o questionário de caracterização das condições de vida, saúde e trabalho. Na segunda etapa, os participantes utilizaram um actímetro durante 7 dias consecutivos para obtenção de dados de sono e vigília, preencheram a escala de sonolência Karolinska (KSS) e realizaram um teste de vigilância psicomotora (PVT) em diversos momentos do dia. Além disso, os estudantes preencheram um protocolo diário de atividades para obter dados referentes ao tempo dedicado ao trabalho, trabalho doméstico, atividades físicas, atividades extracurriculares, transporte, aulas na faculdade, folga e sono. Neste protocolo também foram incluídas questões relacionadas ao consumo de cafeína, teobromina e bebidas alcoólicas. As análises das variáveis do ciclo vigília sono, sonolência e médias dos tempos de reação foram feitas utilizando a ANOVA para medidas repetidas. As análises das atividades diárias entre os sexos foram realizadas análises de variância (ANOVA) de 2 fatores (sexo e dia da semana) ou teste t-student. As análises das variáveis dependentes relatos de sonolência excessiva nas aulas e tempo dedicado as aulas foram realizadas através, respectivamente, das análises de regressão logística e linear multivariadas. Em todas as análises utilizou-se como nível de significância =5 por cento . Resultados: Os resultados mostraram que nos dias de trabalho as mulheres apresentaram maiores durações de sono que os homens. Também, observou-se que as mulheres apresentaram um inicio de sono e meio da fase do sono mais adiantado e maior eficiência do sono comparadas aos homens. Além disso, nos dias de trabalho as mulheres estavam mais sonolentas e apresentaram tempos de reação mais lentos do que os homens. Aos domingos os estudantes (homens e mulheres) relataram níveis de sonolência menores do que aos sábados. O resultado da análise de regressão logística multivariada mostrou associação entre relatos de sonolência excessiva durante as aulas e: maiores jornadas de trabalho, meio da fase do sono >3:30hs, relatos de fadiga e menor consumo de cafeína nos dias de trabalho. O resultado da análise de regressão linear multivariada mostrou associação entre maior tempo dedicado às aulas na faculdade e: ser do sexo feminino, menores jornadas de trabalho semanal, menores durações de sono nos dias de trabalho, relatos de sonolência excessiva aos sábados e não consumir bebidas alcoólicas. Conclusões: A dupla jornada de trabalho e estudo interfere negativamente no tempo dedicado às aulas e também em outras atividades diárias, podendo comprometer o desempenho acadêmico e o tempo livre dos estudantes, para se dedicar em atividades extracurriculares e atividades físicas. São necessários outros estudos para melhor esclarecer as diferenças entre os sexos relativas aos padrões de sono. Particularmente, as causas da maior sonolência entre as mulheres jovens solteiras e sem filhos comparadas com homens com características sóciodemográficas semelhantes / Introduction: Working and studying are often observed among college students. One of the results of this double journey is the restricted bed and wake up time, especially among work days. This might have as a consequence excessive daytime sleepiness and reduced performance at school and at work. There a few number of studies discussing the sleep-wake patterns and sleepiness patterns of working college students, males and females. Objective: to assess sleep wake patterns among working college students, males and females. Methodology: Eighty-two evening working college students, from 21 to 26 years old participated in this study. Initially, all participants answered a comphreensive questionnaire on living, health and working conditions. Then, students worn for 7 consecutive days an actigraph, to obtain data on sleep-wake patterns. During the same days, they answered the Karolinska Sleepiness Scale and performed a Psychomotor Vigilance Task along the day. Also, participants answered a daily activity protocol to obtain data on time spent doing the following activities: work, domestic work, physical activities, commuting and leisure times, extracurricular activities, college classes, and sleep. Students answered questions about caffeine, theobromine and alcohol beverages consumption. The analyses of the sleep wake patterns, sleepiness and means of reaction time were performed using the ANOVA for repeated measures. To detect sex differences in daily activities a 2 way-ANOVA or a t-student test were performed. Multivariate linear and logistic regression analyses were used to detect the associated variables with time spent in college classes and excessive sleepiness during classes, respectively. In all analyses were considered the level of significance =5 per cent . Results: The results showed that during work days women showed longer sleep length compared to men. Women also showed an advanced sleep onset and midsleep, and higher sleep efficiency compared to men. Beside this, on work days, females were sleepier and showed slower reaction time than men. On Sundays students (males and females) reported to be more alert than on Saturdays. The results of the multivariate logistic regression analyses showed significant association between reported excessive sleepiness during classes and: longer working times, mid sleep >3:30hs, reported fatigue and fewer caffeine intake during work days. The results of the multivariate linear regression analyses showed significant association between more time spent in classes and: sex (females), shorter weekly working hours, shorter sleep length, reported excessive sleepiness on Saturdays and no alcohol consumption. Conclusions: The double burden of studying and working can interfere negatively on time attending classes and other daily activities. Thus, academic performance, and time spent on physical and extracurricular activities might be compromised. Further studies are necessary in order to clarify sex differences on sleep. These studies may explain the causes of higher sleepiness showed by single women with no children compared to male colleagues with similar socio demographic features
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O trabalho de jovens universitários e repercussões no sono e na sonolência: trabalhar e estudar afeta diferentemente homens e mulheres? / Employment among college students and repercussion on sleep and sleepiness: does working and studying affect men and women differently?Roberta Nagai 04 December 2009 (has links)
Introdução: Trabalhar e estudar têm sido frequentemente observadas entre jovens universitários. Um dos resultados dessa dupla jornada esta população é a restrição aos horários de dormir e acordar, especialmente nos dias de trabalho. Como conseqüência da privação de sono, relatos de sonolência excessiva diurna e queda no desempenho nos estudos e no trabalho são frequentes. Em relação às diferenças entre os sexos, poucos são estudos que abordam as características dos padrões do ciclo vigília-sono e sonolência de universitários trabalhadores, homens e mulheres. Objetivo: Analisar o ciclo vigília-sono e sonolência de homens e mulheres que trabalham e estudam no turno noturno. Metodologia: Participaram deste projeto 82 estudantes universitários trabalhadores, de 21 a 26 anos de idade, que freqüentavam as aulas no período noturno. Na primeira etapa, os participantes preencheram o questionário de caracterização das condições de vida, saúde e trabalho. Na segunda etapa, os participantes utilizaram um actímetro durante 7 dias consecutivos para obtenção de dados de sono e vigília, preencheram a escala de sonolência Karolinska (KSS) e realizaram um teste de vigilância psicomotora (PVT) em diversos momentos do dia. Além disso, os estudantes preencheram um protocolo diário de atividades para obter dados referentes ao tempo dedicado ao trabalho, trabalho doméstico, atividades físicas, atividades extracurriculares, transporte, aulas na faculdade, folga e sono. Neste protocolo também foram incluídas questões relacionadas ao consumo de cafeína, teobromina e bebidas alcoólicas. As análises das variáveis do ciclo vigília sono, sonolência e médias dos tempos de reação foram feitas utilizando a ANOVA para medidas repetidas. As análises das atividades diárias entre os sexos foram realizadas análises de variância (ANOVA) de 2 fatores (sexo e dia da semana) ou teste t-student. As análises das variáveis dependentes relatos de sonolência excessiva nas aulas e tempo dedicado as aulas foram realizadas através, respectivamente, das análises de regressão logística e linear multivariadas. Em todas as análises utilizou-se como nível de significância =5 por cento . Resultados: Os resultados mostraram que nos dias de trabalho as mulheres apresentaram maiores durações de sono que os homens. Também, observou-se que as mulheres apresentaram um inicio de sono e meio da fase do sono mais adiantado e maior eficiência do sono comparadas aos homens. Além disso, nos dias de trabalho as mulheres estavam mais sonolentas e apresentaram tempos de reação mais lentos do que os homens. Aos domingos os estudantes (homens e mulheres) relataram níveis de sonolência menores do que aos sábados. O resultado da análise de regressão logística multivariada mostrou associação entre relatos de sonolência excessiva durante as aulas e: maiores jornadas de trabalho, meio da fase do sono >3:30hs, relatos de fadiga e menor consumo de cafeína nos dias de trabalho. O resultado da análise de regressão linear multivariada mostrou associação entre maior tempo dedicado às aulas na faculdade e: ser do sexo feminino, menores jornadas de trabalho semanal, menores durações de sono nos dias de trabalho, relatos de sonolência excessiva aos sábados e não consumir bebidas alcoólicas. Conclusões: A dupla jornada de trabalho e estudo interfere negativamente no tempo dedicado às aulas e também em outras atividades diárias, podendo comprometer o desempenho acadêmico e o tempo livre dos estudantes, para se dedicar em atividades extracurriculares e atividades físicas. São necessários outros estudos para melhor esclarecer as diferenças entre os sexos relativas aos padrões de sono. Particularmente, as causas da maior sonolência entre as mulheres jovens solteiras e sem filhos comparadas com homens com características sóciodemográficas semelhantes / Introduction: Working and studying are often observed among college students. One of the results of this double journey is the restricted bed and wake up time, especially among work days. This might have as a consequence excessive daytime sleepiness and reduced performance at school and at work. There a few number of studies discussing the sleep-wake patterns and sleepiness patterns of working college students, males and females. Objective: to assess sleep wake patterns among working college students, males and females. Methodology: Eighty-two evening working college students, from 21 to 26 years old participated in this study. Initially, all participants answered a comphreensive questionnaire on living, health and working conditions. Then, students worn for 7 consecutive days an actigraph, to obtain data on sleep-wake patterns. During the same days, they answered the Karolinska Sleepiness Scale and performed a Psychomotor Vigilance Task along the day. Also, participants answered a daily activity protocol to obtain data on time spent doing the following activities: work, domestic work, physical activities, commuting and leisure times, extracurricular activities, college classes, and sleep. Students answered questions about caffeine, theobromine and alcohol beverages consumption. The analyses of the sleep wake patterns, sleepiness and means of reaction time were performed using the ANOVA for repeated measures. To detect sex differences in daily activities a 2 way-ANOVA or a t-student test were performed. Multivariate linear and logistic regression analyses were used to detect the associated variables with time spent in college classes and excessive sleepiness during classes, respectively. In all analyses were considered the level of significance =5 per cent . Results: The results showed that during work days women showed longer sleep length compared to men. Women also showed an advanced sleep onset and midsleep, and higher sleep efficiency compared to men. Beside this, on work days, females were sleepier and showed slower reaction time than men. On Sundays students (males and females) reported to be more alert than on Saturdays. The results of the multivariate logistic regression analyses showed significant association between reported excessive sleepiness during classes and: longer working times, mid sleep >3:30hs, reported fatigue and fewer caffeine intake during work days. The results of the multivariate linear regression analyses showed significant association between more time spent in classes and: sex (females), shorter weekly working hours, shorter sleep length, reported excessive sleepiness on Saturdays and no alcohol consumption. Conclusions: The double burden of studying and working can interfere negatively on time attending classes and other daily activities. Thus, academic performance, and time spent on physical and extracurricular activities might be compromised. Further studies are necessary in order to clarify sex differences on sleep. These studies may explain the causes of higher sleepiness showed by single women with no children compared to male colleagues with similar socio demographic features
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