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Entre linhas e letras de Rafael: estudo sobre a escolarização de uma criança com autismo no ensino comumSANTOS, E. C. 21 June 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-06-21 / Este estudo teve como objetivo analisar como ocorre o desenvolvimento da leitura e da escrita da criança com autismo no ensino comum. Utiliza uma metodologia qualitativa, realizada por meio de um estudo de caso do tipo etnográfico, que se desenvolveu em um trabalho colaborativo, à luz do aporte teórico e metodológico da perspectiva histórico-cultural. Para a coleta de dados, recorreu-se à observação participante, registros em diários de campo, filmagens, fotografias e entrevistas com os sujeitos envolvidos na pesquisa. Além disso, analisa os registros arquivados na escola, relatórios e laudos do sujeito com autismo foco do estudo. Toma o paradigma indiciário como base para a análise dos documentos e dos eventos observados e fundamenta a análise dos dados nos Pressupostos da Psicologia Histórico-Cultural de Vigotski e colaboradores, especificamente, nas elaborações construídas sobre o papel do outro e da linguagem na constituição do sujeito. A análise dos dados permitiu a compreensão de que os modos de inserção da criança com autismo nos diferentes tempos e espaços da escola e a constituição de si como aluno foram se estabelecendo com o passar dos anos; e que os profissionais e o trabalho educativo, a partir do planejamento coletivo e das ações pedagógicas, contribuíram para o percurso de simbolização da criança com autismo. O caminho percorrido pela criança, em relação à apropriação da linguagem escrita, teve momentos de avanços e retrocessos em um movimento não linear. Os dados indicam ainda que as interações verbais e a mediação pedagógica nas atividades de leitura e escrita contribuíram para avanços no desenvolvimento mental da criança com autismo, principalmente em relação à atenção voluntária e ao desenvolvimento da percepção, e na apropriação da leitura e da escrita.
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A mediação pedagógica na incusão da criança com autismo na educação infatilCHIOTE, F. A. B. 17 October 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-10-17 / Este estudo teve como objetivo analisar o papel da mediação pedagógica na inclusão da criança com autismo, compreendendo a mediação como processo de significação e constituição dessa criança na educação infantil, favorecendo a apropriação de práticas culturais historicamente delimitadas nesse espaço, no desenvolvimento da consciência de si e do outro. Foi realizado um estudo de caso em um Centro Municipal de Educação Infantil do município de Cariacica-ES, tendo como sujeitos a criança com autismo, suas professoras e as demais crianças de sua turma. A perspectiva histórico-cultural constituiu a base teórica e metodológica, representada pelos estudos de Vigotski (1983, 1997) e de outros autores que compartilham desse referencial e consideram que os sujeitos se constituem e desenvolvem nas condições concretas de vida, a partir das relações e interações que lhes são possibilitadas, dando relevância ao papel do outro e da linguagem nos processos mediados. Os dados foram coletados a partir da observação participante, entrevistas e análise documental, com registro em diário de campo, videogravações e fotos. A organização e análise de dados se apoiaram na abordagem microgenética na busca de desvendar os processos de desenvolvimento. A atuação das professoras no início do estudo estava vinculada às concepções que tinham sobre o autismo, baseadas na incapacidade e limitação da criança. As análises indicam que a mudança de olhar para a criança com autismo, percebendo-a como sujeito, bem como suas formas de se perceberam como professoras de uma criança com autismo na educação infantil foram se constituindo na medida em que era realizado o movimento de inserir essa criança em seu grupo para que ela se percebesse e se organizasse a partir da vivência coletiva nos diferentes tempos e espaços do CMEI. As mediações pedagógicas se construíram num processo de orientar as ações da criança com autismo para o que era esperado dela (e das demais crianças) numa determinada situação, num fazer para/com ela, favorecendo, a partir da orientação, a regulação do outro. O investimento do adulto na participação dessa criança, como sujeito das/nas práticas escolares/culturais, rompeu com o isolamento dela e possibilitou a construção de uma nova imagem, a de quem pode aprender com o outro. Essa nova imagem aproximou as crianças do grupo da criança com autismo, o que favoreceu a ampliação das experiências tipicamente infantis, como o brincar, na relação com seus pares e não apenas com o adulto. Nossas reflexões apontam que, no espaço da educação infantil, a mediação pedagógica pode favorecer o desenvolvimento da criança com autismo, permitindo a ela apropriações e compartilhamento de sentidos mais amplos e complexos em relação ao meio físico e social e a si própria nesse contexto.
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OS ALUNOS COM AUTISMO NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL E OS MOVIMENTOS DE CONSTRUÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICASSANTOS, E. C. 18 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-18 / Este trabalho se propôs investigar o movimento de construção de caminhos
alternativos na prática pedagógica desenvolvida com crianças com autismo em
turmas do 1º ano do ensino fundamental do município de Serra/ES. Apoia-se nos pressupostos da abordagem histórico-cultural, sobretudo nos estudos de Lev S. Vigotski sobre o desenvolvimento das funções psicológicas superiores e os processos mediados, enfocando o papel do outro no desenvolvimento humano e do ensino, com destaque para a busca de caminhos alternativos no planejamento da prática pedagógica de maneira a inserir as crianças com autismo na dinâmica educativa. Esta investigação seguiu os princípios teórico-metodológicos da pesquisa-ação e foi realizada em duas turmas de 1º ano de uma escola de ensino fundamental do município de Serra, enfocando particularmente as práticas pedagógicas orientadas para três crianças com diagnóstico de autismo. A pesquisaação seguiu diferentes etapas, todas elas desenvolvidas em conjunto com participantes do estudo: a equipe gestora, os professores regentes, a professora de Educação Especial, as estagiárias e as próprias crianças com autismo. Essas etapas envolveram: retomada e avaliação das práticas pedagógicas instituídas; momentos de estudo sobre o autismo e as práticas educativas; e busca por novas ações que possibilitassem avanços no desenvolvimento dessas crianças. Nesse percurso, o grupo participante da pesquisa foi se orientando para a busca de caminhos alternativos que permitissem às crianças com autismo se envolverem e
serem envolvidas nos processos de ensino e de aprendizagem, especialmente no contexto da sala comum. Paulatinamente, a pesquisa foi apontando alguns aspectos fundamentais para a educação escolar dessas crianças: a aposta em suas possibilidades de aprender e de estabelecer relações significativas com adultos e outras crianças na escola, o que implicou também paciência, insistência, estudo e perseverança de acordo com o tempo das crianças; a definição de pessoas como referência para a criança com autismo, no intuito de permitir a criação de vínculo, pois isso possibilita que, aos poucos, elas se sintam mais seguras, acolhidas e dispostas a interagir com os outros; a colaboração de seus colegas no processo de apropriação de ações para a criança com autismo tornar-se aluno. No que diz respeito especificamente aos processos de ensino e de aprendizagem, constatou que as vias necessárias para que a criança com autismo conseguisse participar do processo de ensino envolveu, por parte da equipe participante da pesquisa: atenção especial aos alunos com autismo no 1º ano, devido às mudanças que ocorrem em sua vida escolar; mais tempo e explicação das atividades; organização antecipada
do planejamento; direcionamento da fala diretamente para a criança; condução do aluno com autismo na proposta, fazendo com e fazendo para a criança; permissão para que a criança tente fazer sozinha as tarefas escolares; atenção às estratégias de inserção da criança no grupo. Nesse processo, ainda que se considerem as singularidades dessas três crianças, alguns avanços podem ser indicados: aumento das situações de participação voluntária nas atividades escolares; iniciativa para realizar determinada atividade, sabendo o que responder quando questionadas sobre assuntos que estavam sendo tratados próximo a elas; apropriação de conhecimentos escolares trabalhados nas turmas do 1º ano, por João, Marcos e Guilherme, cada um com sua maneira peculiar. Em relação à equipe de profissionais, a pesquisa-ação contribuiu para que eles acreditassem na possiblidade de aprendizado das crianças com autismo, investindo no estabelecimento de vínculo com elas, levando-as a fazer parte do grupo e buscando estratégias apropriadas para envolvê-las nas tarefas escolares.
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Alunos com autismo na escola:um estudo de práticas de escolarizaçãoAlves, Marcia Doralina 25 April 2015 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2015-10-09T13:15:48Z
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Previous issue date: 2015-04-25 / Nenhuma / Este estudo apresenta o resultado de uma investigação sobre a escolarização de alunos com autismo, tendo em vista as condições de possibilidade sob as quais essa escolarização tomou forma e se articulou como um imperativo pós-políticas públicas de inclusão. Partiu-se inicialmente, de um estudo sobre as narrativas produzidas pelos discursos clínicos sobre esses sujeitos, na tentativa de apontar para um entendimento sobre esse saber médico que foi se consolidando ao longo da história das civilizações. Realizou-se também um deslocamento histórico sobre as origens da escola, o que possibilitou compreender como o sujeito com autismo foi sendo constituído, inicialmente, a partir de aparatos sociais para o seu isolamento no final do século XIX (asilos, hospitais psiquiátricos) até a sua inclusão em escolas regulares no século XXI. Partindo desse cenário de universalização da educação é que apresento algumas problematizações sobre como vem se efetivando a escolarização de alunos com autismo na escola regular. Para tal, busco investigar esse processo, a fim de compreender de que modo as práticas pedagógicas direcionadas a esses alunos se instauram como regimes de verdade. Para tanto, optou-se por analisar entrevistas realizadas com profissionais da sala de aula regular e do Atendimento Educacional Especializado (AEE), ambos os professores de alunos com autismo. A fim de potencializar o estudo, buscou-se um cruzamento dessas entrevistas com os pareceres pedagógicos emitidos por esses professores. Acrescentou-se também ao estudo as conclusões de três pesquisas produzidas nos programas de pós-graduação brasileiros no período de 2008-2011, que tratam da escolarização de alunos com autismo. Como lentes teóricas desenvolveu-se um cuidadoso estudo a partir das proposições de Michel Foucault naquilo que foi possível apropriar-se, realizando um diálogo com a Educação. A pesquisa detectou que a socialização de alunos com autismo é a principal dimensão trabalhada pelos professores e que o fato desses alunos “não realizarem as atividades como os demais”, faz com que o professor busque, na maioria das vezes, um diagnóstico que reitere esse posicionamento, sinalizando para um aluno com poucas condições de aprendizagem dos conteúdos pedagógicos. Veremos que a escola é resultado de uma construção histórica que nasceu na Modernidade e que apesar de um discurso inclusivo, apresenta-se na contemporaneidade com lacunas para trabalhar com alunos com autismo, firmando-se como um espaço que exclui aqueles tidos como “anormais”. / This study presents the results of an investigation into the education of students with autism, given the possible conditions under which such schooling took shape and was articulated as an imperative public post- inclusion policies. Born first from a study of the narratives produced by clinical discourses on these subjects in an attempt to point to an understanding of this medical knowledge that has been consolidating over the history of civilization. Also held a historic shift on the origins of the school , allowing to understand how individuals with autism was constituted initially from social apparatuses for their isolation in the late nineteenth century (nursing homes, psychiatric hospitals) to their inclusion in regular schools in the XXI century. Based on this universalization scenario of education is to present some problems about the effecting the education of students with autism in regular school. To this end, I seek to investigate this process in order to understand how the pedagogical practices directed at these students are established as true regimes. So, we decided to analyze interviews with professionals in the regular classroom and specialized educational services (ESA), both teachers of students with autism. In order to enhance the study, we sought an intersection of these interviews with pedagogical advice given by these teachers. Also added to the study, findings from three researches produced in Brazilian graduate programs in the period 2008-2011, dealing with the education of students with autism. As theoretical lenses developed from a careful study of the propositions of Michel Foucault on what was possible to appropriate, conducting a dialogue with Education. The survey found that the socialization of students with autism is the main dimension crafted by teachers and the fact that these students "do not perform activities like other students" causes the teacher to seek, in most cases , a diagnosis that reiterates this positioning , signaling for a student with poor conditions for learning the course content . We will see that the school is the result of a historical construction that was born in Modernity and despite an inclusive discourse, presents the contemporary with gaps to work with students with autism, establishing itself as a space that excludes those considered abnormal.
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