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PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA EM MULHERES RECLUSAS DA AGÊNCIA PRISIONAL DE GOIÁS E A SUA VULNERABILIDADE A ESSE AGRAVO.Schaper, Lourdes Cristina 20 May 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-05-20 / I
ntroduction: In all the world the morbidity and mortality related to HIV/AIDS has
assumed an increasing impact among the poor and unfortunate. For a great number of
individuals, access to information and heath services is extremely difficult when not
impossible.
Objectives: To be acquainted with HIV infection in women confined by the Agencia
Prisional de Goias, as well as to evaluate the principal social, demographic and behavioral
factors which make this population vulnerable to this health malady.
Methods: From a total of 49 woman prisioners, 45 participated in the study. The first step
consisted in a collection of social, demographic and behavioral information of risks and
sorological screening for anti-HIV antibodies. In the second step, in-depth interviews were
made with the selected prisioners according to their sorological state, age, and the fact of
having or not a factor of assumed risk.
Results: Of the 45 samples tested, two (4.4%) presented anti-HIV antibodies. The average
age was 35.5 years; 82.2% worked before imprisionment, 94.6% of these earning up to two
minimum salaries. More than 85% of the woman prisioners had been jailed for crimes
related to the traffic of drugs. Considering factors of risk for infection by HIV, 57.8%
declared to have made use of illicit drugs, 44.5% admitted to have had more than 8 sexual
partners and just 13.3% used preservatives in all of their sexual relations. A history of
sexually transmitted disease was related by 15.6% of the female prisioners. Their life
stories revealed trajectories marked by violence, poverty, abandonment by the family and
society, low self esteem, and the sense of guilt.
Conclusion: The data point out that the feminine prison population of Aparecida de
Goiânia presents an elevated vulnerbility to infection by HIV, showing the need to establish
programs and policies of prevention under a perspective of gender, which take in
consideration the individual, social and institutional factors which make a woman vulnerable to this infection. / Introdução: No mundo todo a morbi-mortalidade relacionadas ao HIV/Aids tem assumido
impacto crescente entre os mais pobres e desfavorecidos. Para um grande número de
indivíduos, o acesso à informação e aos serviços de saúde é extremamente difícil, quando
não impossível.
Objetivos: Conhecer a prevalência da infecção pelo HIV em mulheres reclusas da Agência
Prisional de Goiás, bem como avaliar os principais fatores sócio-demográficos e
comportamentais que tornam essa população vulnerável a esse agravo de saúde.
Métodos: Do total de 49 detentas, 45 participaram do estudo. A primeira etapa consistiu
em coleta de informações sócio-demográficas e de comportamentos de risco e triagem
sorológica de anticorpos anti-HIV. Na segunda etapa foram realizadas entrevistas em
profundidade com as detentas selecionadas segundo estado sorológico, idade e ter ou não
fator de risco assumido.
Resultados: Das 45 amostras testadas, duas apresentaram anticorpos anti-HIV (4,4%). A
média de idade foi de 35,5 anos. 73% não foram além do ensino fundamental. Dentre as
que responderam o formulário, 82,2% trabalhavam antes de serem presas, sendo que destas
94,6% ganhavam até dois salários mínimos. Mais de 85% das detentas foram presas por
crimes relacionados com o tráfico de drogas. Considerando fatores de risco para a infecção
pelo HIV, 57,8% declararam já terem feito uso de drogas ilícitas, 44,5% admitiram ter tido
mais de 8 parceiros sexuais e apenas 13,3% usam preservativo em todas as relações.
História de DST foi relatada por 15,6% das detentas. Os relatos de vida revelaram
trajetórias marcadas pela violência, pobreza, abandono por parte da família e da sociedade,
baixa auto-estima e sentimentos de culpa.
Conclusão: Os dados apontam que a população carcerária feminina de Aparecida de
Goiânia apresenta elevada vulnerabilidade à infecção pelo HIV, destacando-se a
necessidade de estabelecer programas e políticas de prevenção sob uma perspectiva de
gênero, que levem em consideração os fatores individuais, sociais e institucionais que
tornam a mulher reclusa vulnerável a essa infecção.
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