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Trace, empreinte, collecte : les formes d'inscription du corps de l'artiste dans la ville dans un contexte de mobilité

Barnabé, Catherine 12 1900 (has links) (PDF)
Cette recherche vise à montrer que, dans le contexte actuel d'une mobilité croissante, les artistes développent un nouveau rapport à la ville marqué par un déplacement de la figure moderne du flâneur vers ce que nous appelons la figure contemporaine du marcheur. Notre démonstration s'appuie sur trois artistes : Francis Alÿs, Gabriel Orozco et Gilbert Boyer. Si la modernité identifiait le flâneur comme paradigme de la mobilité des villes, le contexte contemporain appelle à une réévaluation de cette figure. Les pratiques artistiques de la mobilité se définiraient comme création où l'artiste se met en autoreprésentation. Le corps devient le point de départ, le centre et le matériau de l'œuvre qui, en pleine action, en plein mouvement, se redéfinit sans cesse. Partant des travaux de Walter Benjamin, la figure du flâneur est reconsidérée à la lumière d'auteurs contemporains (Régine Robin, Thierry Davila, Michel de Certeau) qui ont soulevé la nécessité de la redéfinir. C'est par une analyse des œuvres que la marche se révèle comme un véritable geste artistique qui intègre le quotidien. Nous étudions ensuite le contexte dans lequel ces pratiques artistiques prennent forme : l'hétérogénéité de la ville et ce que Marc Augé a nommé la surmodernité. En marchant, les artistes transforment potentiellement les non-lieux caractérisés par l'éphémère, le mouvement, l'absence de récit et de mémoire, en des lieux au sens anthropologique du terme. Si ces caractéristiques de la ville représentaient pour le flâneur le moyen de disparaître dans la foule, elles représentent aujourd'hui pour les artistes la possibilité de s'inscrire dans l'espace. Pour étudier cette transformation, nous identifions et analysons trois formes d'inscription : la trace, l'empreinte et la collecte. Celles-ci nous amènent à envisager, non seulement un nouveau rapport à l'espace, mais aussi au temps. La trace marque le parcours de l'artiste et établit un lien avec la mémoire de la ville. L'empreinte capte le parcours de l'artiste et en permet une reconstitution poétique. La collecte déplace les fragments de la ville et permet de constituer une archive des promenades et de mettre en jeu différentes expériences anachroniques du temps : le temps de la marche, le temps du passage, le temps de l'exposition. Ce nouveau rapport à la ville au « ras du sol » qui caractérise le marcheur contemporain instaure donc un nouveau rapport à l'espace, hétérogène, et au temps, anachronique. ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : art et ville, flânerie, marche, Francis Alÿs, Gabriel Orozco, Gilbert Boyer
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Às vezes fazer algo poético pode se tornar político e às vezes fazer algo político pode se tornar poético : a ocupação do tempo e do espaço na poética urbana de Francis Alÿs

Konrath, Germana January 2017 (has links)
A presente pesquisa trata da atualização de impulsos utópicos através da trajetória poética do artista belga-mexicano Francis Alÿs e de seu entrelaçamento com a noção de direito à cidade desenvolvida por Henri Lefebvre. Mais especificamente, questiona o potencial de reflexão e de transformação que essa produção artística apresenta em relação à nossa forma de pensar e de ocupar o espaço público, tanto de um ponto de vista temporal quanto espacial. O estudo tem como objeto empírico ações poéticas de Alÿs realizadas em grandes cidades ocidentais, majoritariamente latino-americanas, entre o final do século XX e início do XXI. Tais ações são aqui debatidas frente à produção teórica de autores cujas publicações datam desse mesmo período: Gilles Deleuze e Félix Guattari, Jacques Rancière, Michel de Certeau e Néstor García Canclini. Os conceitos que fundamentam toda a pesquisa, no entanto, tais como espaço público, direito à cidade e impulso utópico, remontam a dois pensadores do início do século XX: Henri Lefebvre e Ernst Bloch. O diálogo entre teoria e prática configura a espinha dorsal desta dissertação, que busca em obras artísticas a atualização dos conceitos trazidos pelos autores citados e a reverberação dessas práticas na teoria. / This research approaches the updating of utopian impulses through the poetic trajectory of the Belgian-Mexican artist Francis Alÿs and his intertwining with the notion of the right to the city developed by Henri Lefebvre. More specifically, it questions the potential for reflection and transformation that this artistic production presents in relation to our way of thinking and occupying public spaces, both from a time and spatial point of view. The empirical object is Francis Alÿs oeuvre carried out in large western cities, mostly Latin American, between the end of the twentieth century and the beginning of the twenty-first. These actions are discussed facing the theoretical contributions from authors who are contemporary to Francis Alÿs: Gilles Deleuze and Félix Guattari, Jacques Rancière, Michel de Certeau and Néstor García Canclini. The concepts that underlie all the research, however, such as public space, right to the city and utopian impulse, go back to two thinkers from the early twentieth century: Henri Lefebvre and Ernst Bloch. The dialogue between theory and practice, seeking in artistic works the updating of the concepts brought by the cited authors and aiming to identify the reverberation of these practices in theory, forms the backbone of this master’s dissertation.
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Às vezes fazer algo poético pode se tornar político e às vezes fazer algo político pode se tornar poético : a ocupação do tempo e do espaço na poética urbana de Francis Alÿs

Konrath, Germana January 2017 (has links)
A presente pesquisa trata da atualização de impulsos utópicos através da trajetória poética do artista belga-mexicano Francis Alÿs e de seu entrelaçamento com a noção de direito à cidade desenvolvida por Henri Lefebvre. Mais especificamente, questiona o potencial de reflexão e de transformação que essa produção artística apresenta em relação à nossa forma de pensar e de ocupar o espaço público, tanto de um ponto de vista temporal quanto espacial. O estudo tem como objeto empírico ações poéticas de Alÿs realizadas em grandes cidades ocidentais, majoritariamente latino-americanas, entre o final do século XX e início do XXI. Tais ações são aqui debatidas frente à produção teórica de autores cujas publicações datam desse mesmo período: Gilles Deleuze e Félix Guattari, Jacques Rancière, Michel de Certeau e Néstor García Canclini. Os conceitos que fundamentam toda a pesquisa, no entanto, tais como espaço público, direito à cidade e impulso utópico, remontam a dois pensadores do início do século XX: Henri Lefebvre e Ernst Bloch. O diálogo entre teoria e prática configura a espinha dorsal desta dissertação, que busca em obras artísticas a atualização dos conceitos trazidos pelos autores citados e a reverberação dessas práticas na teoria. / This research approaches the updating of utopian impulses through the poetic trajectory of the Belgian-Mexican artist Francis Alÿs and his intertwining with the notion of the right to the city developed by Henri Lefebvre. More specifically, it questions the potential for reflection and transformation that this artistic production presents in relation to our way of thinking and occupying public spaces, both from a time and spatial point of view. The empirical object is Francis Alÿs oeuvre carried out in large western cities, mostly Latin American, between the end of the twentieth century and the beginning of the twenty-first. These actions are discussed facing the theoretical contributions from authors who are contemporary to Francis Alÿs: Gilles Deleuze and Félix Guattari, Jacques Rancière, Michel de Certeau and Néstor García Canclini. The concepts that underlie all the research, however, such as public space, right to the city and utopian impulse, go back to two thinkers from the early twentieth century: Henri Lefebvre and Ernst Bloch. The dialogue between theory and practice, seeking in artistic works the updating of the concepts brought by the cited authors and aiming to identify the reverberation of these practices in theory, forms the backbone of this master’s dissertation.
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Às vezes fazer algo poético pode se tornar político e às vezes fazer algo político pode se tornar poético : a ocupação do tempo e do espaço na poética urbana de Francis Alÿs

Konrath, Germana January 2017 (has links)
A presente pesquisa trata da atualização de impulsos utópicos através da trajetória poética do artista belga-mexicano Francis Alÿs e de seu entrelaçamento com a noção de direito à cidade desenvolvida por Henri Lefebvre. Mais especificamente, questiona o potencial de reflexão e de transformação que essa produção artística apresenta em relação à nossa forma de pensar e de ocupar o espaço público, tanto de um ponto de vista temporal quanto espacial. O estudo tem como objeto empírico ações poéticas de Alÿs realizadas em grandes cidades ocidentais, majoritariamente latino-americanas, entre o final do século XX e início do XXI. Tais ações são aqui debatidas frente à produção teórica de autores cujas publicações datam desse mesmo período: Gilles Deleuze e Félix Guattari, Jacques Rancière, Michel de Certeau e Néstor García Canclini. Os conceitos que fundamentam toda a pesquisa, no entanto, tais como espaço público, direito à cidade e impulso utópico, remontam a dois pensadores do início do século XX: Henri Lefebvre e Ernst Bloch. O diálogo entre teoria e prática configura a espinha dorsal desta dissertação, que busca em obras artísticas a atualização dos conceitos trazidos pelos autores citados e a reverberação dessas práticas na teoria. / This research approaches the updating of utopian impulses through the poetic trajectory of the Belgian-Mexican artist Francis Alÿs and his intertwining with the notion of the right to the city developed by Henri Lefebvre. More specifically, it questions the potential for reflection and transformation that this artistic production presents in relation to our way of thinking and occupying public spaces, both from a time and spatial point of view. The empirical object is Francis Alÿs oeuvre carried out in large western cities, mostly Latin American, between the end of the twentieth century and the beginning of the twenty-first. These actions are discussed facing the theoretical contributions from authors who are contemporary to Francis Alÿs: Gilles Deleuze and Félix Guattari, Jacques Rancière, Michel de Certeau and Néstor García Canclini. The concepts that underlie all the research, however, such as public space, right to the city and utopian impulse, go back to two thinkers from the early twentieth century: Henri Lefebvre and Ernst Bloch. The dialogue between theory and practice, seeking in artistic works the updating of the concepts brought by the cited authors and aiming to identify the reverberation of these practices in theory, forms the backbone of this master’s dissertation.

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