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Avaliação dos efeitos adversos às drogas (minocilina, ofloxacina e clofazimina) do esquema alternativo para tratamento da hanseníase multibacilarMaia, Marina Valente 30 April 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-04-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / After introduction of multi-drug therapy (MDT/OMS) there were decline in
prevalence coefficients and new cases detections, however, the records of drug resistance and
relapse cases are threatening factors against lepra control, therefore, the importance of new
alternative schemes and monitoring adverse effects, avoiding abandonment or irregularity to
treatment. Objectives: Describe side-effects of multi-drug regimen containing minocycline,
ofloxacin and clofazimine in multibacillary (MB) leprosy patients and analyse the clinicalbacteriologic
indices. Materials and Methods: A prospective, descriptive and observational
study, in multibacillary patients, including intolerance cases of standard MDT and relapse
cases, carried out in Alfredo da Matta Foundation, Manaus, Amazonas, Brazil, during april
2010 and january 2012. The side-effects were recorded of every individual patient, filled
during the course of alternative treatment. The patients received alternative therapy with daily
self-administered doses of 100mg of minocycline, 400 mg of ofloxacin and 50mg of
clofazimine and a month supervised dose of 300mg of clofazimine for 06 months, thereafter
18 months of daily self-administered doses of ofloxacin 400mg, clofazimine 50mg and month
supervised dose of clofazimine 300mg. Results and Discussions: During research 26 patients
were treated, however, of these, only 21 cases were included in this study. The mild and not
persistent side-effects occurred in 33,3% of patients. From the 37 side-effects, 45,9% episodes
was attributed to ofloxacin, such as abdominal pain, nausea, vomiting, headache and
insomnia; 21,6% due to clofazimine, 100% of patients with skin pigmentation; however, no
side-effets due to minocycline. Mean duration for the development of adverse effects from the
start of therapy was 15,2 days. The media interval of follow-up was 13,7 months and 23,8%
of patients completed the 24 months trerapy. All the patients tolerated the drugs well and the
adhesion was satisfactory, among 15 patients that completed the first treatment year, 14 took
12 doses at 12 months from alternative regimen. Conclusion: The alternative therapy had a
similar feasibility and operational mode from MB/MDT, with safe, well tolerated and good
adhesion with no serious events. The side-effects attributed to alternative regimen were
comparable to previous studies, however this new three drugs combination indicates the
importance of these research results. No drug was stopped unlike others standard MDT
studies which had treatment interruption by side-effects. There was significant correlation
(p<0,001) between clinical classification and histopatologic diagnosis. At the end of first year,
there was clinical improvement and bacteriologic index reduction. Nevertheless, it s
necessary a follow-up and new inclusions to guarantee the efficacy and safe for the alternative
regimen. / Após introdução do esquema poliquimioterápico padrão (PQT/OMS), houve
declínio nos coeficientes de prevalência e detecção de casos novos, entretanto, os registros de
resistência medicamentosa e casos de recidiva representam ameaça para o controle da
hanseníase, por isso a importância da proposição de novos esquemas alternativos e a
necessidade de monitorar seus efeitos adversos, evitando-se casos de abandono ou
irregularidade ao tratamento. Objetivos: Descrever os efeitos adversos do esquema
terapêutico alternativo, contendo a associação clofazimina, ofloxacina e minociclina, em
pacientes com hanseníase multibacilar e análise da evolução clínico-baciloscópica dos
pacientes. Materiais e Métodos: Estudo prospectivo, descritivo e observacional, de casos
multibacilares, incluindo casos de recidiva da doença ou intolerância à poliquimioterapia
padrão, realizado na Fundação Alfredo da Matta, Manaus, Amazonas, Brasil, no período de
abril de 2010 e janeiro de 2012. Os efeitos adversos foram registrados em formulários
individuais para cada paciente, preenchidos ao longo do tratamento. Os indivíduos receberam
o esquema alternativo, composto de doses diárias auto-administradas de 100mg de
minociclina, 400mg de ofloxacina e 50mg de clofazimina e dose mensal supervisionada de
300mg de clofazimina por seis meses, seguida de 18 meses de doses diárias autoadministradas
de ofloxacina 400mg, clofazimina 50 mg e dose supervisionada mensal de
clofazimina 300mg. Resultados: Durante o período foram selecionados 26 pacientes, dos
quais 21 foram incluídos no estudo. Efeitos adversos leves e transitórios foram observados em
33,3% dos pacientes. Do total de 37 efeitos secundários, 45,9% foram atribuídos à ofloxacina,
como dor abdominal, náuseas, vômitos, cefaléia e insônia; 21,6% associados à clofazimina,
com relatos e observação em 100% dos pacientes de hiperpigmentação cutânea; entretanto,
nenhum efeito foi relacionado à minociclina, especificamente. O tempo médio de
desenvolvimento das reações adversas a partir do início do esquema foi de 15,2 dias. A
duração média do acompanhamento dos pacientes foi de 13,7 meses, sendo que 23,8% dos
pacientes já concluíram o tratamento em 24 meses. A adesão e regularidade ao esquema
foram satisfatórias, dos 15 pacientes que já completaram o primeiro ano de tratamento, 14
indivíduos realizaram 12 doses do esquema proposto em 12 meses. Discussão/Conclusão: O
esquema alternativo demonstrou viabilidade e operacionalização semelhantes ao esquema
PQT/MB, com segurança, boa tolerabilidade e adesão dos pacientes. A porcentagem de
efeitos adversos às drogas foi compatível a de outros trabalhos, contudo, a inovação na
combinação das três drogas acima, demonstra a importância dos resultados desta pesquisa.
Não houve registros de casos graves que indicassem à suspensão ou interrupção do
tratamento. Houve correlação significativa (p<0,001) entre a classificação clínica e o
diagnóstico histopatológico. Ao fim do primeiro ano do esquema alternativo, os pacientes
apresentaram melhora clínica e redução do índice baciloscópico médio. Todavia, há
necessidade de acompanhamento dos indivíduos e aumento do número amostral para garantir
a eficácia e segurança ao tratamento em longo prazo.
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