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Disponibilidade domiciliar de alimentos em Pelotas-RS: uma abordagem do ambiente obesogênicoSoares, Ana Luiza Gonçalves 20 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-20 / É crescente o interesse científico pelos fatores ambientais envolvidos na etiologia de doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT), como a obesidade, em razão das influências que exercem, direta ou indiretamente, sobre os hábitos e estilo de vida, como as escolhas e preferências alimentares, entre outros aspectos. O ambiente domiciliar é um microambiente considerado em análises sobre alimentação e apresenta, entre suas diversas dimensões, a acessibilidade e a disponibilidade de alimentos no domicílio. As escolhas alimentares são reflexo de condições socioeconômicas, culturais, demográficas e ambientais, sendo os fatores socioeconômicos um dos mais importantes na sua determinação. Portanto, os alimentos disponíveis em casa podem caracterizar este ambiente como obesogênico , ao incentivar o consumo de alimentos muito calóricos e desencorajar a ingestão de outros menos energéticos e nutricionalmente mais ricos. Apesar de não representar a ingestão alimentar efetiva, a disponibilidade de alimentos no domicílio fornece informações sobre preferências alimentares da família e demonstra uma intenção de consumo dos alimentos. Este estudo visou identificar a disponibilidade domiciliar de alimentos ricos em gorduras e açúcares e de frutas, legumes, verduras e cereais integrais, descrevendo-a de acordo com fatores socioeconômicos e demográficos, no contexto de um ambiente possivelmente obesogênico. Para tal, foi realizado estudo transversal, de base populacional, na cidade de Pelotas-RS. A disponibilidade domiciliar de alimentos foi acessada a partir do relato da presença do alimento nos 30 dias precedentes à entrevista. Definiu-se como alta disponibilidade quando o alimento estava sempre ou quase sempre disponível no domicílio. Foi identificado também o local de compra de frutas, legumes e verduras. Foram obtidas informações de 1.555 domicílios e cerca de 80% deles apresentou alta disponibilidade de frutas, legumes e/ou verduras, sendo o local de compra mais referido destes alimentos o supermercado. Refrigerantes, embutidos e guloseimas apresentaram prevalências semelhantes de alta disponibilidade nos domicílios, aproximadamente 40%. Os cereais integrais e alimentos congelados estiveram nunca disponíveis em quase metade dos domicílios. A disponibilidade de alimentos esteve diretamente relacionada ao indicador econômico (IEN), estando aqueles alimentos ricos em açúcares e gorduras positivamente relacionados com a presença de criança e/ou adolescente, enquanto frutas e cereais integrais apresentaram relação inversa. Número de moradores, idade e escolaridade do chefe da família também estiveram relacionados à disponibilidade alimentar. Neste estudo, a alta disponibilidade domiciliar de frutas legumes e verduras, assim como de guloseimas, embutidos e refrigerantes demonstram a complexidade presente nas questões alimentares e na classificação do ambiente como obesogênico. Além de fatores socioeconômicos, características demográficas também estiveram associadas à disponibilidade alimentar. Apesar da variação nestes fatores, o detalhamento do que uma determinada população tem disponível de alimentos em sua residência fornece elementos importantes para que as políticas públicas possam interferir.
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Ambiente domiciliar X longevidade: Pequena história de uma casa para a velhiceMendes, Farah Rejenne Corrêa 02 May 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-05-02 / Introduction: The aging process is currently the focus of various studies around the world. In Brazil it is more than just a medical and socioeconomic concern. It is becoming a preoccupation of many additional areas of science due to the needs and demands of this aging population, considering their living environment, be it public space or their residence. Studies demonstrate that over the course of a lifetime, the home environment can affect people's economic, social, emotional, and health status and exert a strong influence on the well-being of senior citizens. Objectives: To investigate elderly´s view to plan the home environment relative to longevity, contributing to the formulation of housing policies that take into account the needs and transformation of the human body and the emotional relationships established with the social environment. Methodology: Quantitative and qualitative study conducted with 10 female subjects age 60 and older. The study was conducted with a group of senior citizens from Sao Paolo who participate in activities offered to the seniors of the SESC Unidad Consolacion. Descriptive analysis of the data collected. Results: 10 female senior citizens, between 62 and 81 years of age. In terms of their housing situation, 5 of them live alone, 9 in their own apartment and 4 wish to move. In terms of accessibility, all consider their homes accessible for themselves and 3 feel their homes are accessible to visitors with special needs. The question of aging permeated the responses of the interviewees but their relationship with their environment was not very apparent in their responses. Considering the core question of the study, it appears that senior citizens do not plan their environment to suit their needs as they age. Discussion: The home represents the the most valuable adquired asset over the course of their lives. This implies that they do not want to change, given their feelings of emotion, well-being, privacy, independence, autonomy and security. The study brings a reflection regarding the home environment and the complexity that aging brings to it. It argues the contribution of it for public and home policies which consider accessible and adaptable residential projects, taking into account the physiological and functional moves of human beings, proportionating environments that permit a harmonious relationship in all phases of life, contributing to well-being and the ability of senior citizens to stay permanently in their homes, their emotional space / Introdução: O processo do envelhecimento é, hoje, objeto de várias pesquisas no mundo. No Brasil, tem deixado de ser apenas uma preocupação da saúde e sócio-econômica, tornando-se uma preocupação de várias áreas da ciência pelas necessidades e exigências do mundo que envelhece, considerando-se o meio em que vivem, seja o espaço público ou seu domicílio. Pesquisas demonstram que o ambiente domiciliar agrega valores econômicos, sociais, emocionais, afetivos e de saúde ao longo da vida, e exerce influência na vida dos idosos, no seu bem-estar. Objetivos: Investigar a visão de idosos de planejar o ambiente domiciliar em relação à longevidade, contribuindo para a formulação de políticas habitacionais que considerem as necessidades e transformações do corpo humano e as relações afetivas estabelecidas com o meio ambiente e social. Metodologia: Pesquisa quantitativa e qualitativa, realizada com 10 sujeitos, sexo feminino, idade superior a 60 anos, realizada com um grupo de idosos da cidade de São Paulo que participam das atividades oferecidas ao público idoso do Sesc Unidade Consolação. Realizada análise descritiva dos dados coletados. Resultados: 10 idosas, entre 62 a 81 anos. Quanto à moradia, 5 delas moram sozinhas, 9 em apartamento próprio e 4 desejam mudar de casa. Quanto à acessibilidade, todas consideram a sua casa acessível para si e 3 acessível para receber visitas com necessidades específicas. A questão do envelhecimento permeou as respostas das entrevistadas, mas a relação com o ambiente teve pouca representatividade ao considerarmos o planejar o ambiente, que respondendo a pergunta do estudo, as pessoas não planejam o seu ambiente para velhice. Discussão: A casa representa o maior bem conquistado ao longo da vida, o que implica no não desejo de mudar, permeados pelo sentimento de conquista, afetividade, bem-estar, privacidade, independência, autonomia e segurança. O estudo traz uma reflexão sobre o ambiente domiciliar e a complexidade que envolve o envelhecimento. Discute a contribuição para políticas públicas e habitacionais que contemplem os projetos residenciais acessíveis e adaptáveis, considerando as mudanças fisiológicas e funcionais do ser humano, proporcionando ambientes que permitam uma relação harmoniosa em todas as fases da vida, contribuindo para o bem-estar e a permanência do idoso em sua casa, seu espaço afetivo
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