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Deleuze com Proust / Deleuze with ProustPercino, Eziel Belaparte 24 March 2017 (has links)
A complicação deleuze-proustiana é um horizonte de incidência e emergência de ideias sobre a questão do pensamento. A fim de fazer jus a este horizonte, a presente tese examina as duas partes do livro Proust et les signes, animada tanto pelo que nele incide, reconstituindo e discutindo as suas formulações conceituais, quanto pelo que dele emerge, combinando a fotografia da explicação com o cinema da experiência, duas noções que, disparadas e fomentadas pela complicação, orientam aqui o próprio ato de examinar: ideia foto-cinema. É que, em qualquer instância, pensar não é apenas compactar exposições lineares e estáticas: além de surgir disparado e fomentado pelos signos emitidos por um objeto, o pensamento se desenha na dupla face da fixação e do movimento. Quando a tarefa ordinária, que remete apenas a um emaranhado de escolhas habituais e quebradiças, expõe-se à imprevisibilidade de um encontro extraordinário, os disparadores e fomentadores, que não são o objeto, mas os seus signos, não produzem outra coisa senão um sentimento de obrigação, a necessidade de um trabalho do pensamento; tudo aí se desdobra num exercício que tanto tematiza o outro quanto se torna ele mesmo uma verdadeira prática, um funcionamento: tríplice fronteira, jazz, lentidão e excesso. A questão, pois, nunca é a de estritamente inventariar o que é, afinal, Deleuze com Proust, dominando-o com arcadas mãos, mas a de assumi-lo como um território íntimo de signos, propício para uma espécie de cultivo livre que se faz desigualmente sobre e com ele, dinâmica funcional invariavelmente desejada e perseguida. / The deleuzian-proustian complication is an occurrence and emergency horizon of ideas concerning thought. In order to do justice to this horizon, this thesis examines both parts of Proust et les signes, encouraged not only by what occurs on it, through reconstitution and discussion of its conceptual formulations, but also by what emerges of it, combining photography of explanation with cinema of experience, two notions that, triggered and fomented by complication, guide herein the very act of examining: photo-cinema idea. It is just that thought is, in any instance, not only about compacting linear and inert statements: apart from the fact that it arises triggered and fomented by signs emanating from an object, thought is drawn on the double side of fixation and movement. When the ordinary task, which only refers to a tangle of usual and brittle choices, exposes itself to the unpredictability of an extraordinary encounter, triggers and fomenters, which are not the object, but their signs, do not produce anything else but an obligation feeling, the need of mind work; everything there unfolds into an exercise that both broaches the other and turns itself into a real practice, an operation: triple border, jazz, slowness and excess. Therefore, the question is never about strictly inventorying what after all is Deleuze with Proust, mastering them with arched hands. It would be rather about assuming it as an intimate sign territory, fertile to a sort of free cultivation which unevenly makes itself about and with it, a functional dynamic invariably desired and pursued.
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Deleuze com Proust / Deleuze with ProustEziel Belaparte Percino 24 March 2017 (has links)
A complicação deleuze-proustiana é um horizonte de incidência e emergência de ideias sobre a questão do pensamento. A fim de fazer jus a este horizonte, a presente tese examina as duas partes do livro Proust et les signes, animada tanto pelo que nele incide, reconstituindo e discutindo as suas formulações conceituais, quanto pelo que dele emerge, combinando a fotografia da explicação com o cinema da experiência, duas noções que, disparadas e fomentadas pela complicação, orientam aqui o próprio ato de examinar: ideia foto-cinema. É que, em qualquer instância, pensar não é apenas compactar exposições lineares e estáticas: além de surgir disparado e fomentado pelos signos emitidos por um objeto, o pensamento se desenha na dupla face da fixação e do movimento. Quando a tarefa ordinária, que remete apenas a um emaranhado de escolhas habituais e quebradiças, expõe-se à imprevisibilidade de um encontro extraordinário, os disparadores e fomentadores, que não são o objeto, mas os seus signos, não produzem outra coisa senão um sentimento de obrigação, a necessidade de um trabalho do pensamento; tudo aí se desdobra num exercício que tanto tematiza o outro quanto se torna ele mesmo uma verdadeira prática, um funcionamento: tríplice fronteira, jazz, lentidão e excesso. A questão, pois, nunca é a de estritamente inventariar o que é, afinal, Deleuze com Proust, dominando-o com arcadas mãos, mas a de assumi-lo como um território íntimo de signos, propício para uma espécie de cultivo livre que se faz desigualmente sobre e com ele, dinâmica funcional invariavelmente desejada e perseguida. / The deleuzian-proustian complication is an occurrence and emergency horizon of ideas concerning thought. In order to do justice to this horizon, this thesis examines both parts of Proust et les signes, encouraged not only by what occurs on it, through reconstitution and discussion of its conceptual formulations, but also by what emerges of it, combining photography of explanation with cinema of experience, two notions that, triggered and fomented by complication, guide herein the very act of examining: photo-cinema idea. It is just that thought is, in any instance, not only about compacting linear and inert statements: apart from the fact that it arises triggered and fomented by signs emanating from an object, thought is drawn on the double side of fixation and movement. When the ordinary task, which only refers to a tangle of usual and brittle choices, exposes itself to the unpredictability of an extraordinary encounter, triggers and fomenters, which are not the object, but their signs, do not produce anything else but an obligation feeling, the need of mind work; everything there unfolds into an exercise that both broaches the other and turns itself into a real practice, an operation: triple border, jazz, slowness and excess. Therefore, the question is never about strictly inventorying what after all is Deleuze with Proust, mastering them with arched hands. It would be rather about assuming it as an intimate sign territory, fertile to a sort of free cultivation which unevenly makes itself about and with it, a functional dynamic invariably desired and pursued.
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