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Etnoecologia e ecologia populacional da palmeira babaçu (Attalea speciosa Mart. ex Spreng) (Arecaceae) na região do Araripe, Nordeste do Brasil / Ethnoecology and population ecology of the babaçu palm (Attalea speciosa Mart. Ex Spreng) (Arecaceae) in the Araripe region, Northeast BrazilCAMPOS, Juliana Loureiro de Almeida 29 July 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-07-29 / We aimed to analyze the fruit extraction of Attalea speciosa Mart. ex Spreng (babaçu palm) in the Araripe Environmental Protection Area (APA-Araripe), northeastern Brazil, seeking to understand local knowledge and the process of exploitation of this resource,
and to investigate the implications of different ways of land-use on natural populations of the species and on the rate of fruit production. Semi-structured interviews were conducted with 49 extractivists of this palm (43 women and 6 men) through the "snowball" methodology. To understand the ecological implications of different forms of land use on babaçu palms populations, 150 plots of 10x10 meters were randomly demarcated in three areas with high incidence of A. speciosa subjected to different land uses, being 50 plots established in a pasture area (Area 1), 50 plots in an area of shifting cultivation (Area 2) and 50 plots in an area of seasonal forest (Area 3). Within each plot, all individuals of A. speciosa were counted, classified in seedlings, young and adults, being measured for height and diameter at breast height (DBH). To calculate the annual amount of fruit produced by the species, 20 individuals of babaçu were marked in each study area and for 12 months, they were monitored to estimate the productivity of fruits per bunch and number of bunches produced by individual. We obtained 352 citations and 50 different uses in eight different categories of use, receiving attention the categories crafts, construction and food. The total monthly income of the extractive had significant and positive influence on knowledge, suggesting that the informants explore babaçu to complementary monthly income. There was no significant relationship between knowledge and current practices of A. speciosa. The fruits and leaves are the only parts extracted by the informants, showing greater "use pressure" on these non-timber forest products. Access to technology can replace some of the traditional uses of babaçu, besides
inducing a selection on the type of use that is practiced in the community. All babaçu
populations had their vertical structure in a "J-inverted", indicating good recruitment of the
species. The grazing and shifting cultivation showed up as the most favorable to the
establishment of populations of A. speciosa, and the factor that appears to contribute to this is the highest rate of light incidence present in these locations. With respect to fruiting, grazing and shifting cultivation areas were more favorable, with the average number of fruits / individual significantly larger than the area of semideciduous forest. It was possible to verify that the babaçu palm is considered highly important commercial resource for residents of Sítio Macaúba, and subsistence uses are uncommon. The palm A. speciosa grows well in anthropogenic environments, and agricultural and pastures areas may contribute to the rapid establishment and growth of this species as well as higher rates of fruiting. / Essa pesquisa teve como pretensão analisar a extração do fruto de Attalea speciosa Mart. ex Spreng (palmeira babaçu) na região da Área de Proteção Ambiental do Araripe (APA- Araripe), nordeste do Brasil, buscando-se compreender o conhecimento local e o processo de exploração desse recurso, bem como investigar as implicações das diferentes formas de uso da terra sobre populações naturais da espécie e sobre a taxa de produção de frutos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 49 extrativistas dessa palmeira (43 mulheres e 6 homens), selecionados por meio da técnica “bola de neve”. Para compreender as implicações ecológicas das diferentes formas de uso da terra sobre as populações da espécie, foram demarcadas aleatoriamente 150 parcelas de 10x10 metros em três áreas com elevada
incidência de A. speciosa submetidas à diferentes usos da terra, sendo 50 parcelas estabelecidas em uma área de pastagem (Área 1), 50 parcelas em uma área de agricultura itinerante (Área 2) e 50 parcelas em uma área de floresta estacional semidecidual (Área 3). Dentro de cada parcela, todos os indivíduos de A. speciosa encontrados foram contados, classificados em plântulas, jovens e adultos, sendo medidos quanto à altura e diâmetro à altura do peito (DAP). Para calcular a quantidade anual de frutos produzida pela espécie, foram marcados 20 indivíduos adultos de babaçu em cada área de estudo e durante 12 meses, os
mesmos foram monitorados para estimar a produtividade de frutos por cacho e o número de cachos produzidos por indivíduo. Foram obtidas 352 citações e 50 usos diferentes, distribuídos em oito categorias de uso, recebendo destaque as categorias artesanato, construção e alimentação humana. A renda mensal total dos extrativistas teve influência significativa e positiva sobre o conhecimento. Não houve relação significativa entre o conhecimento e as práticas atuais de A. speciosa. Os frutos e as folhas são as únicas partes extraídas pelos informantes, evidenciando maior “pressão de uso” sobre estes produtos florestais não madeireiros. O acesso a tecnologias pode substituir alguns dos usos tradicionais do babaçu, além de induzir uma seleção no tipo de uso que é praticado na comunidade. Todas as populações de babaçu tiveram sua estrutura vertical em formato “J-invertido”, evidenciando bom recrutamento da espécie. A pastagem e a agricultura itinerante mostraramse como as áreas mais favoráveis ao estabelecimento de populações de A. speciosa, e o fator que mais parece contribuir para isso é o maior índice de incidência luminosa presente nesses locais. Com relação à frutificação, as áreas que se mostraram mais favoráveis foram a pastagem e a agricultura itinerante, apresentando número médio de frutos/indivíduo
significativamente maior que a área de floresta estacional semidecidual. Foi possível verificar que a palmeira babaçu é considerada um recurso de elevada importância comercial para os moradores do Sítio Macaúba, sendo os usos de subsistência pouco frequentes. A palmeira A. speciosa se desenvolve bem em ambientes antropizados, uma vez que áreas de cultivo e de pastagens podem contribuir para a rápida expansão e estabelecimento dessa espécie, assim como para as maiores taxas de frutificação da mesma.
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Etude de l'impact de l'anthropisation sur l'écologie évolutive des vecteurs de la maladie de Chagas : cas de trois communautés du Tapajos, Amazonie brésilienneQuartier, Marion, Quartier, Marion 14 December 2011 (has links) (PDF)
Les perturbations anthropiques en Amazonie liées au déboisement de la forêt tropicale conduisent à une mosaïque de paysages constituée de végétations secondaires (forêts secondaires, palmeraies, jachères) et de pâturages. Ces modifications favorisent la prolifération de grands palmiers héliophiles invasifs de la famille Attalea spp., palmiers qui constituent l'écotope principal des espèces de Rhodnius, punaises hématophages vectrices de Trypanosoma cruzi, agent étiologique de la Maladie de Chagas en Amérique Latine. Cette étude a porté sur différentes unités de paysage de trois communautés rurales du bas Tapajós (Amazonie brésilienne) ayant une époque d'installation différente sur le territoire (25-75 ans). Six unités de paysage ont été définies sur le terrain et appliquée via une classification supervisée à une image SPOT 5, afin d'obtenir une cartographie du risque environnemental associé à la présence de palmiers dans la région. Sur les cent trente trois palmiers disséqués appartenant aux trois espèces Attalea maripa, A. phalerata et A.speciosa, 73 (54.88%) étaient infestés par R. robustus (742 insectes récoltés). Des diminutions significatives de densité de triatomes ont été observées chez A. maripa, dans la communauté la plus récemment établie (Araipá) et dans les unités de paysage les plus anthropisées. L'infection des insectes par T. cruzi et T. rangeli a été examinée à l'aide de méthodes moléculaires (mini exon SL_IR and sno-RNA-C11). Respectivement 123 (16.57%) et 69 (9.3%) insectes dans 31 (23.3%) et 17 (13.82%) palmiers ont été identifiés positifs à T cruzi et à T.rangeli. Aucune infection n'a été trouvée dans les insectes collectés à Araipá et aucune différence significative n'a été mise en évidence entre les différentes unités de paysage. Les souches de Trypanosoma cruzi identifiées à l'aide de 4 marqueurs moléculaires (mini exon SL-IR, GPI, HSP60 et D7-24α-rRNA) appartiennent à la lignée TcId et 10 (8.13%) individus présentent une infection mixte TcI-TcII. Vingt espèces d'hôtes réparties en trois classes (mammifères, oiseaux, sauropsidés) ont été identifiées comme sources alimentaires à partir du repas sanguin contenu dans le tube digestif des insectes, à l'aide d'amorces cytochrome b, spécifiques de vertébrés. Quatre-vingts et un pourcent des repas détectés ont été effectués sur des mammifères, hôtes potentiels de T.cruzi dont Tamandua tetradactyla, source alimentaire principale. Cet hôte a été clairement identifié comme réservoir de T.rangeli ainsi que suggéré pour T.cruzi. L'analyse phylogénique réalisée à l'aide de séquences de cytochrome b démontre que les individus de Rhodnius identifiés dans la région du Tapajos appartiennent au clade II, ce qui correspond à une extension de l'aire précédemment décrite pour ce clade. L'utilisation du marqueur mitochondrial cytochrome b a permis de mettre en évidence une structuration phylogénétique (haplogroupes) non retrouvée à l'aide des marqueurs microsatellites. Ce résultat montre que l'histoire des gènes (génome mitochondrial) ne retrace pas l'histoire des individus (microsatellites, 10 locus). L'analyse de génétique des populations conduite à l'aide des deux types de marqueurs n'a pas révélé de structuration génétique au sein de la zone d'étude entre les communautés ou les unités de paysage. Cette étude met en évidence des flux géniques importants peu sensibles à la fragmentation du milieu, la dynamique d'invasion des palmiers assurant aux insectes une connectivité fonctionnelle entre les différentes unités de paysages et les communautés. La prédiction du risque environnemental lié à la situation du Tapajós va vers une augmentation du risque de transmission de la Maladie de Chagas dans cette région, du fait de l'abondance des palmiers, de leur forte connectivité, et de la présence de vecteurs et d'hôtes infectés circulant entre les différentes communautés et unités du paysage
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