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Autopoiese e autoerotismo na transferência / Autopoiesis and autoerotism in transference

Ana Accioly Neves Correia 10 May 2010 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Assumindo uma leitura histórica descontinuísta do pensamento de Freud e privilegiando nele a dimensão pulsional do psíquico, as intensidades e os afetos, o presente trabalho busca demonstrar a ocorrência de uma operação criadora que a transferência faz comparecer no entre-dois do encontro clínico. O sentido de operação criadora aqui adotado encontra-se na idéia de autopoiese, uma idéia extraída da biologia contemporânea na qual identificamos afinidades significativas com o conceito freudiano de autoerotismo, o modo de operar originário das pulsões. Retomando este conceito seminal de Freud e fazendo-o dialogar com a autopoiese do vivo demonstrada por Humberto Maturana e Francisco Varela, visamos repensar o autoerotismo dentro da teoria das pulsões, concebendo-o como aquilo que define essencialmente a maquínica pulsional e que, como tal, perpetua-se no sujeito como uma operação criadora contínua. Se o autoerotismo é o infantil pré-individual, pré-narcísico, que em nós se perpetua, é na transferência que ele se repete, potencializando um plano intensivo de parcialidades multiformes mediante o qual a clínica pode ser concebida como um processo de criação de novas formas de si, de novas modalidades de existência para um sujeito. / Assuming a discontinuous historical reading of Freud's thought and favoring him to drive dimension of psychic intensities and affections, this paper seeks to demonstrate the occurrence of a creative operation that the transfer is between two people appear in the clinical encounter. The creative direction of operation adopted here is the idea of autopoiesis, an extracted idea of ​​contemporary biology in which we identified significant affinities with the Freudian concept of autoerotismo, the mode of operation of the originating impulses. Resuming this seminal concept of Freud and making him talk with the autopoiesis of the living demonstrated by Humberto Maturana and Francisco Varela, we aim to rethink autoerotismo inside the drive theory, conceiving it as what essentially defines the instinctual machinic and as such perpetuates the subject as a continuous creative operation. If the child is autoerotismo pre-individual, pre-narcissistic that is perpetuated on us, is the transfer he repeats, leveraging an intensive plan multiform bias whereby the clinic can be conceived as a process of creating new forms themselves, new forms of existence for a subject.
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Autopoiese e autoerotismo na transferência / Autopoiesis and autoerotism in transference

Ana Accioly Neves Correia 10 May 2010 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Assumindo uma leitura histórica descontinuísta do pensamento de Freud e privilegiando nele a dimensão pulsional do psíquico, as intensidades e os afetos, o presente trabalho busca demonstrar a ocorrência de uma operação criadora que a transferência faz comparecer no entre-dois do encontro clínico. O sentido de operação criadora aqui adotado encontra-se na idéia de autopoiese, uma idéia extraída da biologia contemporânea na qual identificamos afinidades significativas com o conceito freudiano de autoerotismo, o modo de operar originário das pulsões. Retomando este conceito seminal de Freud e fazendo-o dialogar com a autopoiese do vivo demonstrada por Humberto Maturana e Francisco Varela, visamos repensar o autoerotismo dentro da teoria das pulsões, concebendo-o como aquilo que define essencialmente a maquínica pulsional e que, como tal, perpetua-se no sujeito como uma operação criadora contínua. Se o autoerotismo é o infantil pré-individual, pré-narcísico, que em nós se perpetua, é na transferência que ele se repete, potencializando um plano intensivo de parcialidades multiformes mediante o qual a clínica pode ser concebida como um processo de criação de novas formas de si, de novas modalidades de existência para um sujeito. / Assuming a discontinuous historical reading of Freud's thought and favoring him to drive dimension of psychic intensities and affections, this paper seeks to demonstrate the occurrence of a creative operation that the transfer is between two people appear in the clinical encounter. The creative direction of operation adopted here is the idea of autopoiesis, an extracted idea of ​​contemporary biology in which we identified significant affinities with the Freudian concept of autoerotismo, the mode of operation of the originating impulses. Resuming this seminal concept of Freud and making him talk with the autopoiesis of the living demonstrated by Humberto Maturana and Francisco Varela, we aim to rethink autoerotismo inside the drive theory, conceiving it as what essentially defines the instinctual machinic and as such perpetuates the subject as a continuous creative operation. If the child is autoerotismo pre-individual, pre-narcissistic that is perpetuated on us, is the transfer he repeats, leveraging an intensive plan multiform bias whereby the clinic can be conceived as a process of creating new forms themselves, new forms of existence for a subject.

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