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Auto-experiência : a prática artística como imagem, projeção e intuição de si

Correa, Paula Krause January 2005 (has links)
Esta dissertação foi estruturada com base no pressuposto de que a experiência artística se dá através do corpo sensível - seja sob o ponto de vista do artista, na gênese do processo criativo, seja na ótica do processo de recepção estética de uma obra ou proposição artística. Através de propostas performáticas, fotografadas ou filmadas, que realizo com meu corpo, produzo meu trabalho como uma maneira de perceber, refletir e conhecer o mundo a minha volta. Chamo tal soma de conhecimentos, neste texto, de auto-experiência. Ao relacionar-me com o mundo sob a tutela do corpo, percebo que, em conjunção com o conteúdo estético das performances que proponho, meu corpo se confunde com a paisagem. Isto significa que, como intuição oriunda da própria prática criativa, meu corpo capta e reflete o que o rodeia, tornando a realidade que manipulo também uma evocação daquilo que sou. As imagens que sobram desta prática intensificam a experiência que as gerou; pois que, ao ver meu corpo em ação, ao visualizar as imagens resultantes das ações performáticas que realizo, a intuição de que este se confunde com a paisagem se evidencia de maneira contundente. Minha proposta, nesta dissertação, é, portanto, a de especular a respeito deste processo; o que inevitavelmente me leva à questão: quais são as minhas motivações para realizar tal trabalho? Não obstante, esta indagação me conduz a refletir, também, sobre o que penso sobre a arte em geral, como percebo sua ligação com a vida, e como se dá, para mim, a experiência estética de contato com uma obra de arte, e, mais especificamente, com as imagens que proponho para o outro. / This dissertation was structured upon the presupposition that the experience of art is given through the sensual body, whether from the artist perspective, during the creative process, or during the process of aesthetic reception of an art work or proposition. Through performance propositions, photographed and filmed, which I carry out with my own body, I produce my work as a way of perceiving, reflecting and knowing the world around me. I call that knowledge, in this text, self-experience. As I relate to the world through my body, I realize that, together with the aesthetic content of the performances I propose, my body confounds itself with the landscape. That means that, in an intuition given during the creative process, my body captures and reflects what is around it, making the reality which I manipulate also an evocation of what I am. The images that result from this exercise intensify the experience which have generated them, as, seeing my own body in action, viewing the images that remain from a performance, the intuition that it (my body) confounds with the landscape becomes evident. Therefore, I intend, with this dissertation, to speculate on this creative process, which inevitably will lead me to the question: what are my motivations to carry out this practice? However, this question also takes me to reflect upon what I think about art in general, how I perceive its connection to life, and how, to me, the aesthetic experience is given when facing a work of art, and, more specifically, facing the images I offer to the viewer.
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Auto-experiência : a prática artística como imagem, projeção e intuição de si

Correa, Paula Krause January 2005 (has links)
Esta dissertação foi estruturada com base no pressuposto de que a experiência artística se dá através do corpo sensível - seja sob o ponto de vista do artista, na gênese do processo criativo, seja na ótica do processo de recepção estética de uma obra ou proposição artística. Através de propostas performáticas, fotografadas ou filmadas, que realizo com meu corpo, produzo meu trabalho como uma maneira de perceber, refletir e conhecer o mundo a minha volta. Chamo tal soma de conhecimentos, neste texto, de auto-experiência. Ao relacionar-me com o mundo sob a tutela do corpo, percebo que, em conjunção com o conteúdo estético das performances que proponho, meu corpo se confunde com a paisagem. Isto significa que, como intuição oriunda da própria prática criativa, meu corpo capta e reflete o que o rodeia, tornando a realidade que manipulo também uma evocação daquilo que sou. As imagens que sobram desta prática intensificam a experiência que as gerou; pois que, ao ver meu corpo em ação, ao visualizar as imagens resultantes das ações performáticas que realizo, a intuição de que este se confunde com a paisagem se evidencia de maneira contundente. Minha proposta, nesta dissertação, é, portanto, a de especular a respeito deste processo; o que inevitavelmente me leva à questão: quais são as minhas motivações para realizar tal trabalho? Não obstante, esta indagação me conduz a refletir, também, sobre o que penso sobre a arte em geral, como percebo sua ligação com a vida, e como se dá, para mim, a experiência estética de contato com uma obra de arte, e, mais especificamente, com as imagens que proponho para o outro. / This dissertation was structured upon the presupposition that the experience of art is given through the sensual body, whether from the artist perspective, during the creative process, or during the process of aesthetic reception of an art work or proposition. Through performance propositions, photographed and filmed, which I carry out with my own body, I produce my work as a way of perceiving, reflecting and knowing the world around me. I call that knowledge, in this text, self-experience. As I relate to the world through my body, I realize that, together with the aesthetic content of the performances I propose, my body confounds itself with the landscape. That means that, in an intuition given during the creative process, my body captures and reflects what is around it, making the reality which I manipulate also an evocation of what I am. The images that result from this exercise intensify the experience which have generated them, as, seeing my own body in action, viewing the images that remain from a performance, the intuition that it (my body) confounds with the landscape becomes evident. Therefore, I intend, with this dissertation, to speculate on this creative process, which inevitably will lead me to the question: what are my motivations to carry out this practice? However, this question also takes me to reflect upon what I think about art in general, how I perceive its connection to life, and how, to me, the aesthetic experience is given when facing a work of art, and, more specifically, facing the images I offer to the viewer.
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Auto-experiência : a prática artística como imagem, projeção e intuição de si

Correa, Paula Krause January 2005 (has links)
Esta dissertação foi estruturada com base no pressuposto de que a experiência artística se dá através do corpo sensível - seja sob o ponto de vista do artista, na gênese do processo criativo, seja na ótica do processo de recepção estética de uma obra ou proposição artística. Através de propostas performáticas, fotografadas ou filmadas, que realizo com meu corpo, produzo meu trabalho como uma maneira de perceber, refletir e conhecer o mundo a minha volta. Chamo tal soma de conhecimentos, neste texto, de auto-experiência. Ao relacionar-me com o mundo sob a tutela do corpo, percebo que, em conjunção com o conteúdo estético das performances que proponho, meu corpo se confunde com a paisagem. Isto significa que, como intuição oriunda da própria prática criativa, meu corpo capta e reflete o que o rodeia, tornando a realidade que manipulo também uma evocação daquilo que sou. As imagens que sobram desta prática intensificam a experiência que as gerou; pois que, ao ver meu corpo em ação, ao visualizar as imagens resultantes das ações performáticas que realizo, a intuição de que este se confunde com a paisagem se evidencia de maneira contundente. Minha proposta, nesta dissertação, é, portanto, a de especular a respeito deste processo; o que inevitavelmente me leva à questão: quais são as minhas motivações para realizar tal trabalho? Não obstante, esta indagação me conduz a refletir, também, sobre o que penso sobre a arte em geral, como percebo sua ligação com a vida, e como se dá, para mim, a experiência estética de contato com uma obra de arte, e, mais especificamente, com as imagens que proponho para o outro. / This dissertation was structured upon the presupposition that the experience of art is given through the sensual body, whether from the artist perspective, during the creative process, or during the process of aesthetic reception of an art work or proposition. Through performance propositions, photographed and filmed, which I carry out with my own body, I produce my work as a way of perceiving, reflecting and knowing the world around me. I call that knowledge, in this text, self-experience. As I relate to the world through my body, I realize that, together with the aesthetic content of the performances I propose, my body confounds itself with the landscape. That means that, in an intuition given during the creative process, my body captures and reflects what is around it, making the reality which I manipulate also an evocation of what I am. The images that result from this exercise intensify the experience which have generated them, as, seeing my own body in action, viewing the images that remain from a performance, the intuition that it (my body) confounds with the landscape becomes evident. Therefore, I intend, with this dissertation, to speculate on this creative process, which inevitably will lead me to the question: what are my motivations to carry out this practice? However, this question also takes me to reflect upon what I think about art in general, how I perceive its connection to life, and how, to me, the aesthetic experience is given when facing a work of art, and, more specifically, facing the images I offer to the viewer.

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